Meu Ponto Fraco - Litor escrita por Gi, LihBC


Capítulo 42
Capítulo 42 - Errado.


Notas iniciais do capítulo

Ei galera, Gi aqui o/
Demoramos pra postar de novo, né? :( nos desculpem, de verdade...tanto eu como a Lih andamos meio sem tempo pra nada, e na hora de escrever, a gente trava sdlfjksdfsdlf
Mas essa demora foi especialmente por algumas coisas desse capítulo não saírem do jeito que a gente esperava, aí a gente reescreve, e reescreve..surgem novas ideias..enfim sdlkfjsd demorou mas saiu.
E esse cap eu gostaria de dedicar à Beatriz Winchester e à Lis, pelas duas lindas recomendações. Muuito obrigada :)
Mas enfiim, vamos ao capítulo, né?



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Ao cair no lago, Lia se vê afundando e afundando. E voltando à superfície, Vitor podia ver que ela ria. Isso o fez rir também.

– Seu louco! - ela berrou enquanto passava a mão por seu rosto para retirar a água em excesso.

Vitor não responde, apenas pula no lago também, fazendo a água espirrar e molhar o rosto dela novamente.

Logo, eles estão em uma espécie de "guerrinha de água", onde o motoqueiro deixava que Lia espirrasse o quanto de água quisesse por todo seu rosto, para depois molhá-la totalmente com apenas uma "braçada" na água, fazendo seu esforço parecer inútil.

– Chega, não vale. Teu braço é bem maior do que o meu. – resmungou a garota rindo e se virou para que pudesse limpar seu rosto novamente. Vitor não perde a oportunidade de se aproximar e a abraça por trás.

Ela sente os braços do motoqueiro se entrelaçarem em sua cintura, e logo depois a boca dele encostando em seu pescoço e chupando-o. Ela se permite sentir o chupão, fechando os olhos.

A mão do garoto, que a início estava na cintura da roqueira, descia cada vez mais até alcançar sua coxa, fazendo leves carícias e arrepiando a garota.

Então, Lia colocou sua mão por cima da outra mão de Vitor, que permanecia em sua cintura e começou a brincar com os dedos dele, enquanto recebia beijos em seu ombro.

Anoitece.


Os dois permanecem no lago, até que a roqueira sente seus ombros relaxarem e suas pálpebras começarem a pesar. Vitor aproveitou o momento para beijá-la.

O simples toque, o jeito de Vitor segurar em sua cintura, davam uma sensação de paz à Lia que ninguém mais conseguia dar – mesmo que Vitor causasse tudo, menos paz a ela.

Ela se afastou do motoqueiro quando o ar faltou aos seus pulmões, suas mãos se dirigiram aos cabelos do garoto, o abraçando. Após um longo minuto, suas pálpebras começaram a pesar novamente, e ela quase não conseguia mais segurar os bocejos que ameaçavam começar o espetáculo.

– Vitor... – murmurou Lia. – Eu vou dormir.

– Não. – resmungou ele. – Fica aqui comigo.

Lia riu com o bico que o motoqueiro fez.

– Tá frio. – rebateu a roqueira, se afastando dos braços de Vitor – E eu tô com sono.

Ele não responde.

A garota saiu do lago, o mais rápido que pode. E o que ela mais queria era que Vitor a puxasse e a abrasasse, mas ele não o fez. O motoqueiro ficou a observando por um tempo para, por fim, ir falar com ela.

– Lia? – chamou ele ao se aproximar da garota. A roqueira estava torcendo a blusa, afinal, era a única que ela tinha.

– Que foi? – perguntou ela com a voz trêmula. Vitor deduziu que seria pelo frio.

Ele a olha e pensa em tudo. Mas acaba não dizendo nada.

– Vou para a barraca. – anuncia a garota ao passar por Vitor.

Lia caminhou vagarosamente e cabisbaixa até a barraca. O motoqueiro acompanhou seus movimentos até ela se deitar, puxando um cobertor fino.

"Até o colchão tem o cheiro dele" pensou a roqueira, inalando o perfume, que com certeza, era seu favorito.

A garota sentiu uma lágrima rolar pelo seu rosto. Ela chorava por tudo. Tudo que estava acontecendo. Por medo, - medo de ficar perdida para sempre. - por Vitor. Principalmente por Vitor.

Mais lágrimas surgiram ao pensar nele. Como ele era idiota. “Não! Eu sou uma idiota!” pensou Lia. “Uma idiota por amá-lo, uma fraca por não conseguir – mesmo que quisesse. – esquecê-lo, uma louca por continuar amando aquele cara que um dia me traiu.

– Vagabundo. – xingou Lia. – Babaca, idiota, filho da puta, retardado, viciado, traidor, tarado, convencido, louco... - ela pensa - e cheiroso, e corajoso, e lindo... e meu, só meu. - mais uma lagrima escorre pelo seu rosto e ela fecha os olhos forçadamente, tentando aliviar a dor gritante que sentia no coração. - ...Eu te amo tanto, Vitor. - ela fala e em poucos minutos, acaba adormecendo em meio de suas lágrimas.

O motoqueiro, que estava encostado a uma árvore, se levantou para pegar sua camiseta. Vitor caminha cautelosamente até a barraca. Ao chegar mais perto, consegue ouvir um ruído e, fixando sua atenção nele, ele descobre Lia chorando, ou pelo menos com vestígios de choro. Sua respiração estava descontrolada, mas ela dormia.

Vitor olhou para a roqueira, que tremia, provavelmente pelo frio, mas mesmo assim, continuava dormindo.

O motoqueiro se vê suspirando. Ele sabia que a garota estava chorando, sua respiração estava descontrolada e seu rosto molhado.

Então, ele vai até ela e se deita ao seu lado. Logo depois, a abraça, tentando de alguma forma aliviar o frio que ela sentia.

* * *

Amanhece.

Ao abrir os olhos, Lia se esforça o máximo para não voltar a dormir. Ela queria poder levantar, mas sentiu os braços de Vitor ao redor de seu corpo, e rapidamente, tenta se desvencilhar deles sem acordá-lo, em vão.

– Bom dia. - exclamou Vitor, como se já estivesse acordado há um bom tempo.

– Oi. - ela responde, desanimada. - deixa eu levantar. - fala, tirando os braços dele de seu corpo.

Ele a prende novamente com um abraço, fazendo ela olhá-lo.

– Tá tudo bem? - ele diz, olhando nos olhos dela.

– Tá sim. - ela responde, tentando sair do corpo do motoqueiro.

– Não, não tá.

– Claro que tá... - ela fala, meio sem jeito. - Me deixa levantar, vai.

– Se tá tudo bem, por que você tava chorando ontem?

– Não é nada...

– Me fala, Lia.

– Não é da sua conta. - retrucou Lia. - São problemas meus.

– Me fala, Lia.

Ela suspira.

– Sabe o que é? Eu te odeio, Vitor...eu te odeio tanto. E eu me odeio mais ainda. - ela se segura, tentando não chorar. - Me odeio por não conseguir ficar longe de você, mesmo te odiando.

O olhar de Vitor pedia uma explicação, uma explicação que ela não sabia dar.

– Ah, sei lá...eu só...te odeio. Mas ao mesmo tempo que eu te odeio, eu te amo. Eu te amo porque você me faz te odiar, sabe?

Ele ri, como se tudo que ela disse não fizesse o menor sentido. E Lia sabia que não fazia mesmo.

– E além de tudo...eu tô com medo. - ela fala - Eu tô com medo pra cacete, Vitor!

– Medo de que?

– Como "de que"? E se a gente ficar preso aqui pra sempre? Ninguém veio buscar a gente ainda. E se não vierem? Como faz?

– Aí a gente vira dois sem-terras, ué. - ele brinca. Mas se arrepende ao ver que a garota ao menos sorriu.

– Ei amor, calma. - fala ele, passando a mão pelos cabelos dela. - Vai ficar tudo bem.

– Não, não vai. E não me chama de amor. Eu tô puta com você. - ela fala, batendo na mão dele.

– Mas o que eu fiz? Até ontem a tarde tava tudo bem... - dizia ele, até que ela o interrompe.

– Não, não estava. Nunca esteve. - exclamou ela - Cara, por que você faz isso? Você não tem o direito de me fazer sofrer desse jeito.

– Mas o que eu fiz agora? - indagou ele em meio a risadas.

– Tudo. Você trouxe a gente pro meio do mato. E de novo eu não consegui resistir a você, e eu deveria, porque você me traiu. O que a gente fez, tudo que a gente faz...é errado, Vitor. - a esse ponto, ela já chorava.

O motoqueiro se aproximou da garota e a abraçou, na tentativa de acalmá-la.

Ela correspondeu ao abraço e o toque dele fez com que tudo em seu mundo virasse de cabeça para baixo.

E como sempre, o cérebro dela dizia: "Não! Ele só te fará sofrer"

E o seu coração retrucava: "Sim, mas é dele que você precisa para viver".

E assim, ela se rendeu e se entregou totalmente à ele pela segunda vez, mesmo em consciência que o arrependimento viria depois.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Lia é a miss bipolaridade kfdhsdfkhfsf não acham?
Mas coitada.
Quem aí já sentiu um amor assim? Deve ser complicado, né?
Acho que niinguém, porque igual a esses dois tá bem difícil de encontrar, viu? auhshusahasuashsa
Mas enfim, comentem o que acharam, favoritem, recomendem... e obrigada por não deixarem a gente :)
E repetindo o que a Lih disse no cap anterior, nós vamos tentar não demorar tanto pra postar, mas nada garantido... acho que segunda-feira já sai o próximo.
Beijo!
—Gi