Depois de alguns segundos, eu e Walt nos levantamos, e voltamos para o ginásio, onde Josh estendia a mão para mim.

- Você demorou tanto. – ele me olhou nos olhos e sorriu.

- Josh... – eu tentei continuar, mas seus olhos azuis me deixavam tão... Boba. – Este... – apontei para o Walt. – é o meu amigo, Walt.

Eu já havia contado para Josh sobre o Walt, e que ele era o irmão da Mary. Josh apertou a mão de Walt e sorriu para ele, que ainda estava com os olhos inchados.

- Ah, desculpe! – Josh rapidamente colocou a mão no bolso, onde seu celular tocava. – Era o meu pai... Depois eu ligo de volta. – ele deu de ombros.

- Espera, era o Aerosmith?- Walt se referia ao toque de celular do Josh. E como eu conhecia Walt muito bem, sabia que ele iria falar a noite toda sobre esta banda! Então, fui buscar um copo de refrigerante. Walt e Josh conversavam animadamente sobre a banda.

Que bom que o Walt e o Josh encontraram algo em comum, agora eu não teria problemas de amizades.

Já eram 2h da manhã e ainda havia muita gente no ginásio, mas eu e Josh, já estávamos cansados. Dançamos muito e passamos a noite conversando. Kate, depois de ter levado um fora do garoto, ficou conversando com a gente na mesa.

- Se divertiu? – Josh me perguntou. Estávamos no estacionamento procurando o carro.

Eu assenti com a cabeça. Estava fria aquela madrugada, eu me arrepiava a cada passo que dava, quando sentia a brisa leve e gelada.

Sem dizer nada, Josh tirou o casaco e o colocou nos meus ombros. Ele abriu a porta do carro para mim e fomos para casa.

- Obrigada. – eu o beijei. O carro estava confortável e em uma temperatura perfeita.

- Pelo que? – ele segurou meu rosto.

- Por me divertir, por me fazer esquecer... de tudo.

Ele não disse nada. Josh me segurou pelos cabelos de uma forma carinhosa, mas selvagem, e me beijou.

Eu amava aquilo. Ele era fofo, mas misterioso. Muitas vezes, ele não respondia as perguntas com palavras, mas respondia com atos, que valiam mais do que uma simples resposta. Ele me fazia estremecer todas as vezes que ele chegava perto de mim.

Aquilo não era mais um simples ‘beijo de boa noite’. Ele tirou o casaco dele que me envolvia deixando meu ombro exposto. Meus olhos se fechavam de prazer.

Josh parou e me olhou nos olhos. Nossas respirações eram rápidas e quentes. Ele jogou meus cabelos para trás e começou a descer os lábios no meu pescoço e meu busto.

Quando abri meus olhos, eu vi que a luz da minha casa que estava apagada, agora havia sido acendida.

-Josh. – ele não parou. – Josh! É minha mãe! Ela deve estar acordada! – eu apontei pra minha casa. – então ele me soltou.

- Boa Noite. – ele sorria para mim, ainda ofegante.

Eu retribuí o sorriso e saí do carro. Eu me sentia a garota mais feliz do mundo naquele dia.

- Bom dia, Tori!

Eu abri meus olhos devagar, e olhei para o relógio, eram 10h da manhã, esfreguei meus olhos e lá estava ela. Mary, sentada ao meu lado na cama. De novo.

- Quer saber? – eu sorri. – Você não vai estragar meu dia hoje! Nem me assustar, nem nada. Porque ontem foi um dia perfeito! – eu me sentei na cama.

- Quem disse que essa era a minha intenção? – ela também sorriu. – Só vim pra te contar uma coisa.

- O que é? – eu me levantei e amarrei o cabelo.

- Olha, eu tenho pouco tempo aqui, porque os outros espíritos estão me dando cobertura, para que os feiticeiros não me vejam. Então, não tenho tempo de te contar tudo com todos os detalhes. Mas, tem um livro, na casa do Josh, que você precisa dele.

- O que? Na casa do Josh? Feiticeiros? O que você está falando? – eu sentei ao lado dela.

- Eu já disse que não tenho muito tempo. Então, preciso, por favor, que você vá até a casa dele, e pegue o livro vermelho com as iniciais “AZ” na frente. Leia o mais rápido que puder.

- Mary, eu não vou fazer nada, sem saber o porquê, ok? E não quero que você envolva o Josh nessas suas loucuras!

- Tarde demais, ele já está envolvido. – ela desapareceu, e depois de alguns segundos voltou. – Por favor, faça isso! Por mim! E por todos aqui!

- Todos quem? – eu cruzei os braços.

- Que estão no seu quarto agora. Você não os vê, mas eu sim. E sei que eles estão tão desesperados quanto eu. Agora, por favor, você não tem a semana toda pra isso! – seus olhos começaram a suplicar.

- Se eu fizer isso... Você me deixa em paz? – eu perguntei.

- Sim. Prometo! Agora vá! Se não quer ser assustada de novo! – e desapareceu.

- Oi, Josh! – ele atendeu a porta sorridente.

- Oi! Que bom que você veio! Estou realmente precisando da sua ajuda em Inglês! – ele me pediu pra entrar e assim o fiz.