O Escolhido escrita por woozifer


Capítulo 24
♕ 24


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas sobreviventes da quarta guerra mundial (:

Desculpe se houver erros



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Há compartimentos secretos, escadas e corredores ocultos espalhados por todo o palácio, por eles podemos andar através das paredes e ir a lugares ocultos ou simplesmente a outros cômodos do palácio, mas esses lugares são geralmente minúsculos e somente usado em emergências. E era por dentro das paredes que eu e Amanda estávamos andando em direção ao Esconderijo Real.

- Isabella, o que está acontecendo? – perguntou Amanda alarmada.

- Depois de explico – prometi enquanto corríamos através dos corredores.

Avistei a porta pesada e de ferro do Esconderijo Real logo a frente.

Guardas e mais guardas estavam por lá.

- Com licença, sua beleza real passando – falei tentando descontraí-los e funcionou, os guardas riram e abriram espaço.

Eu e Amanda entramos no Esconderijo e acho que todos já estavam lá, meus pais, os outros monarcas, as princesas, Harry, Otávio e... William.

- Cadê o Louis? – perguntei assustada enquanto olhava em volta.

- Ele ainda não chegou, majestade – disse um dos guardas que estavam perto da porta.

- Como não chegou? Como não chegou? Cadê ele? – perguntei começando a entrar em desespero e saí do Esconderijo.

Eu podia ouvir acima da minha cabeça barulhos de armas e luta corporal, barulhos de botas correndo e coisas assim.

- Princesa, deve entrar – disse o General e me pegou pelo braço pra tentar me levar de volta pra dentro do esconderijo.

- Não me toca – falei irritada.

- A única coisa que vossa alteza pode fazer é esperar – disse o General.

- Não, essa não é a única coisa – falei e saí correndo em direção ao muro de soldados, passei por eles que tentaram correr atrás de mim.

Enquanto eu subia as escadas que levava do esconderijo até o segundo andar, senti meus olhos se encherem de lágrimas de irritação e preocupação.

Então trombei com alguém. Louis.

- Isabella? – disse ele alarmado e me segurou pelos ombros.

- Louis – sussurrei e o abracei enquanto as lágrimas escorriam – seu idiota, pensei que algo tinha acontecido.

- Altezas, devem descer – disse uma voz imponente a minhas costas, limpei as lágrimas e me virei.

Ai Josh, que merda cara, o que cê tá fazendo aqui?

Funguei e desviei o olhar dele, Louis me abraçou pelos ombros e descemos ainda meio rápido. Entramos no Esconderijo abraçados e procurei entre os presentes meus pais, eles me olharam aliviados e repreendedores.

- Você está bem? – perguntou Louis a mim, baixinho.

- Não – resmunguei e ele me apertou um pouco mais contra si antes se afrouxar de novo o abraço e me levar para o fundo do Esconderijo.

As princesas estavam em prantos, desesperadas, os reis e rainhas agüentavam firmes, mas também pareciam preocupados.

Os Selecionados estavam sérios, fitando-me.

Suspirei e me sentei no chão do esconderijo com Louis ao meu lado, ainda com o braço ao meu redor.

Estávamos longe de todos, mas eu podia vê-los perfeitamente de onde estava.

- Onde você estava? – perguntei a Louis.

- Entrei em algumas portas erradas – disse ele fazendo careta.

- Seu besta, quase morri de preocupação – falei lhe dando uma cotovelada fraca.

- Ai. Desculpa, e eu só demorei uns minutos.

- Em uns minutos você poderia estar morto, Louis. Morto – falei brava.

- Desculpa, Bells, não sabia que você ficaria tão preocupada.

Qual é, eu quase saí na porrada com uma loira metida a besta por você, e você acha que eu não ficaria preocupada?

Suspirei e me aninhei mais junto a ele que se ajeitou para me abraçar melhor.

- Pensei que se preocupasse mais com o William... – sussurrou ele.

- Você entendeu as coisas erradas, Louis, mas é difícil explicar – crispei os lábios.

- Tenta.

- Hummm... Ok. William é um dos meninos que as vadias loiras queriam.

- Não tem nada de complicado nisso – resmungou irritado.

- Está vendo? Você já está entendendo errado.

- O que eu estou entendendo errado, Isabella Elizabeth Singer Schreave?

- William é um dos que elas querem, mas não é o único como eu te disse.

- Eu sei, quem é o outro?

- Um aí – resmunguei – Enfim, eu te disse que eu talvez gostasse mais de uns dos que outros certo? – ele assentiu – Então, William é um dos que eu gosto “de menos” –fiz aspas com os dedos.

- Estou curioso pra saber de quem você gosta mais –disse ele semicerrando os olhos azuis.

Seus olhos eram tão azuis que quase me obrigavam a falar. Abri a boca para dizer seu nome e me denunciar completamente, mas desviei o os olhos dele.

- Pare de fazer isso Russeu.

- Isso o que? – perguntou ele confuso.

- Me olhar nos olhos, isso não é legal – falei olhando meus pés ao lado dos dele.

Louis riu.

A batalha se desenrolava acima de nós, podíamos ouvir os ruídos das brigas. E lentamente todos no lugar foram se sentando em cadeiras ou no chão e caindo no sono, apenas meus pais e eu e Louis ficamos todo o tempo acordados.

Eu e o francês conversamos por toda a noite de novo, até que após algum tempo uma menina se aproximou, ela nos olhou ainda de pé e perguntou:

- Estou atrapalhando?

- Não – falamos em coro.

- Posso me juntar a vocês então? – perguntou ela e eu assenti.

Amanda sorriu um pouco e se sentou do meu lado.

- Então, o que acha de me contar agora o que é isso tudo? – perguntou ela pra mim.

- Nem todos do povo estão satisfeitos com o governo, então eles se rebelam, e quando eles se rebelam acontece isso tudo – gesticulei pra cima a ela assentiu.

- Não é tão complicado – observou ela.

- Mas não é algo para conversarmos enquanto estamos correndo loucamente pra fugir dos rebeldes – falei e ela e Louis riram.

- Realmente, não é – assegurou, sorri.

Então começamos os três a conversar, até que Harry se juntou a nós, e então Otávio e William também, aí as princesas insuportáveis vieram e não pudemos dizer a elas que elas não eram bem-vindas, então ficamos os oito conversando sobre assuntos diversos por mais algum tempo até que nos disseram que podíamos voltar para os andares superiores.

- Já enjoou da minha cara ou topa sair comigo? – perguntou Louis com a boca próxima a minha orelha quando saíamos do esconderijo continuando abraçados.

Eu ri e revirei os olhos.

- Vou pensar no seu caso, francês, mas se eu dissesse sim, onde nos encontraríamos?

- Na escada do segundo andar em meia hora? – sugeriu, assenti e ele deu um sorriso enorme.

Enquanto subíamos as escadas procurei Josh entre os soldados que estavam por ali, nem sinal dele.

Ok, sei que sou uma péssima... O que quer que eu seja do Josh, porque eu nem consegui pensar nele enquanto estávamos todos protegidos no Esconderijo. As únicas coisas que eu pensavam era: como estou feliz por Louis estar vivo e inteiro, como o sorriso do francês era bonito e como eu queria muito beijá-lo. Simplesmente não existia Josh na minha cabeça quando eu estava com Louis, e eu não sabia se isso era bom ou ruim.

Me soltei de Louis quando alcançamos as escadas e eu e Amanda fomos direto para o terceiro andar, tínhamos ficado toda a noite naquele esconderijo, ela devia estar morrendo de cansaço, bom, pelo menos eu estava, mas duvidava muito que fosse conseguir dormir antes de ver o Josh, ou antes de ver o Lou e certificar de que os dois estavam sãos o bastante.

Encontrei Louis pontualmente no nosso ponto de encontro, ele já estava lá e sorriu para mim quando me aproximei, mas depois ficou sério enquanto me guiava escada abaixo.

- O que foi? – perguntei ao moreno quando terminávamos de descer os últimos degraus.

- Estou apenas pensando – garantiu.

- Não faz muito isso se não seu cérebro pifa – brinquei e ele riu.

Então ficamos em silencio e só voltamos a falar quando já tínhamos alcançado as portas do jardim.

- Eu... Estou confuso Bells – admitiu ele enquanto caminhávamos.

- Com o que?

- Com... Nós. Geralmente consigo sentir quando uma menina gosta de mim, mas não sinto que você goste de mim, quer dizer... Não sei o que pensar.

Suspirei e pensei que o melhor jeito seria ser honesta.

- Lou, eu... Sinto algo por você, realmente sinto, só não sei o que é...

- Mas você não sente algo apenas por mim, Isabella.

- Não – admiti e o olhei hesitante Louis observava a grama – eu sei que sinto algo por você, mas também sinto algo por mais um rapaz, e estou confusa...

- É o Harry não é? – disse ele me parando.

Mordi a língua para não falar o nome de Josh e contar tudo a Louis.

- Não vou te contar quem é, não posso te contar – falei fazendo careta- e sinceramente eu acho que você não quer realmente saber quem é.

- Tem razão – ele suspirou arrasado e então meu corpo agiu antes de mim.

Eu o abracei, mas não era para me reconfortar como sempre acontecia, ela para confortá-lo, para mostrar a ele que ele significava mais para mim do que eu lhe falaria algum dia, e que ao mesmo tempo eu não podia me entregar a ele porque estava apaixonada por ele e por mais alguém, mas que isso não diminuía nem um pouco – infelizmente- meus sentimentos por ele.

- É tudo tão complicado, Isa... – sussurrou ele e por um momento pareceu Josh falando, fiquei tão confusa que me afastei atônita dele para ter certeza de que quem eu estava abraçando tinha olhos azuis e não castanhos, ele me olhou confuso e quando me certifiquei de que ele era Louis, e não Josh, voltei a abraçá-lo.

- Eu imagino – falei baixo, mas então já tinha tudo acabado, eu tinha voltao a minah dura realidade de preocupação constante com Josh, meu momento de encantamento e preocupação extrema com Louis havia acabado, agora eu estava pensando em Josh, querendo saber se ele estava vivo, o que lhe tinha acontecido, porque eu ainda não tinha visto-o, se ele estava inteiro, se estava bem e de pé, e até se sua farda estava intacta.

- Eu sei – disse ele baixo e beijou o topo da minha cabeça.

♔ O Escolhido ♕

- Acho que vou morrer – falei andando de um lado pro outro no quarto. Já era noite, e eu estava a ponto de contar tudo para Amanda e implorar para ela ir correndo pelo palácio comigo atrás de Josh.

 Até agora eu não tinha visto-o, e minhas criadas também não.

- Calma, Bella, senta, me conta o que está acontecendo, vou te ajduar a resolver – prometeu a morena.

- Não posso, Amanda, esse o problema!- falei suspirando cansada – Não posso te contar o que está acontecendo comigo, e não sei se algum dia vou poder.

- Você não confia em mim? – disse ela de olhos semicerrados.

- Não é isso, eu confio mais em você do que confio em mim mesma as vezes, só que eu realmente não posso te contar! – falei exasperada e me joguei na cama – Acho que vou morrer, meu peito vai diminuir até virar um grão de café então vai se esfarelar.

- Menos, Isabella, bem menos – pediu ela e eu bufei.

To hiperativa hoje, acho que vou entrar na maratona, ou vou ter que ir na ala hospitalar pedir um calmante porque olha... Calma... A ala hospitalar! Ele pode estar lá!

Sou um gênio, dá licença, gênio passando, não se aproxima muito meu bem, mãos longes da minha cabeça e fotos sem flash por favor.

- Já volto – falei e saí correndo do quarto, mas quando cheguei lá fora tentei manter a compostura, afinal as pessoas achariam estranho me ver correndo loucamente pelo palácio.

Mas ainda assim, andei o mais rápido possível.

Assim que cheguei a ala hospitalar fiquei decepcionada, não tinha ninguém lá, nem o médico estava lá.

Muito bonito, se eu estivesse morrendo agora eu precisaria esperar um médico vir do vilarejo, que lindo isso.

Dei meia volta na ala hospitalar e... Dei de cara com Amanda, ela me olhou de sobrancelhas arqueadas.

- O que você está fazendo aqui? Veio atrás de quem, Isabella? – perguntou ela acusadora.

- Você está me seguindo? – perguntei no mesmo tom que ela.

- Não, apenas estávamos vindo pro mesmo caminho. O que você está fazendo aqui?

- Vim pegar calmante, estou muito acelerada – menti naturalmente e ela semicerrou os olhos verdes pra mim.

- Sei.

Sorri e tentei entrar na saleta do médico, mas estava trancada.

- Não dá pra entrar, vou pedir um chá de camomila pras criadas – falei suspirando falsamente – vamos dormir, Amanda.

- É, vamos dormir – resmungou ela e veio desconfiada ao meu lado enquanto voltávamos para o meu quarto.


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Notas finais do capítulo

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