Ao amanhecer, voltei à escola e fui ao meu quarto me trocar, pois estava muito sujo da noite anterior. Enquanto me trocava, ouvi risos vindos da janela, como se alguém me espionasse. Fui olhar quem era, pensando que fosse alguma menina idiota, mas era pior que isso. Era o Joseph, rindo de mim. Abri a janela para ele entrar, e disse: “Mas por que está aqui?”. E ele falou, debochando: “Enquanto conversávamos, lembrei que era proibido aparecer em Mahou, então eu vim. Vou tentar ficar um dia aqui sem que ninguém me note, só para testar meu modo anônimo. E... porque queria ter ver...”. O interrompi, e disse: “Espera, você é ga... IAAAUGH!”. Antes de terminar a frase, ele me empurrou e estava em cima de mim, com um olhar fulminante, encostando uma lâmina MUITO afiada na minha garganta. “Não, não sou. Só. Vim. Para. Conversar.” Sussurrou, com um sorrisinho no canto da boca. Depois desse momento totalmente tenso, começamos a discutir que magos não são pessoas ruins, isso e aquilo... Até que propus a ele, assistir uma aula minha de magia; e ele aceitou. Preparei meus materiais para começar minhas aulas especiais de magia.

Meu novo professor era um velhinho não tão gente boa, chamado Makarov. Os alunos da minha turma disseram que ele costuma ser bravo, mas é muito gentil. Aliás, os alunos me acolheram bem, alguns me olhando torto por eu ser destaque, mas isso não fazia sentido, pois mesmo agora, sabendo que sou um Dragon Slayer, não muda o fato de eu ser atrapalhado. Um aluno que me ajudou muito foi Romeo, um dominador de fogo, na realidade, Rainbow Flame. Durante a aula, foi recomendado que tivesse aulas particulares com o Amadeus, para retomar o conteúdo perdido. Mas não na semana do torneio! Hehehe...

Fui ao encontro do meu amigo, que estava extremamente ansioso para saber como foi minha aula. Conversamos enquanto os exorcistas não começavam com a disputa de demônios – batalha que foi muito estranha, mas diferente. Assisti o segundo dia de luta de Qui-Gon, que foi mais emocionante ainda, onde conseguiu ficar em primeiro nas colocações!

Durante a luta de gladiadores, foi acionado o alarme de invasão, o que me fez, instintivamente, sair correndo. Esse foi meu erro. Depois de ser pisado em uma queda, fui puxado por alguém, que me colocou no meio da batalha. Algo estranho acontecia daquela vez: os monstros não eram fracos e em pequeno número, exatamente o contrário. Fortes, grandes, numerosos. Trolls, demônios de todos os tipos, Cães Infernais, Gigantes. Eu realmente me ferrei. Enquanto apanhava consideravelmente, vi Joseph fugindo para a floresta - eu ainda vou espancar esse malandro!

Após ser cruelmente espancado por um goblin, fui levado à enfermaria (NÃOOO!), mas pude jurar ter ouvido Mephisto comentar: “...será que eles... quebrar o pacto...”. Seria um aviso? Ou o início de uma guerra? Essas perguntas me atormentavam... até que lembrei do que Qui-Gon dissera: “Sinto que um grande conflito acontecerá em breve, a minha Força intui, e acredito que nossas vidas estarão em jogo.” Aí que entrei em real desespero. Comecei a me debater na maca, dizendo palavras sem nexo, misturadas com um riso histérico, até que a enfermeira me imobilizou e me pôs para dormir.

No outro dia (quando acordei todo amarrado em uma maca), notei uma estranha movimentação no colégio, como se todos estivessem apreensivos; como se a qualquer momento pudéssemos ser atacados. Meus pensamentos foram confirmados quando ouvi o pronunciamento do diretor pelos auto-falantes: "Alunos, infelizmente, devemos informar que a semana do Torneio foi suspensa por ameaça de novos ataques, como o que ocorreu ontem. As aulas vão funcionar normalmente; portanto, peço que compareçam.". Saco! O único momento que eu consigo curtir na escola foi suspenso, mas as aulas foram mantidas.

Chateado - e ainda muito dolorido -, fui ter os reforços com Amadeus. Ele evitou deixar transparecer que havia algo errado, mas sua expressão preocupada não me enganou. Algo muito, mas muito ruim estava acontecendo. Ele me ensinava teoria da origem da magia, mas não ouvia uma palavra, meus pensamentos estavam longe demais. Muita gente depositava esperança em mim, em razão de eu ter poderes de Matador de Dragões; portanto, precisava ficar forte, muito forte.