Eclipse Negro - O Retorno Do Imperador escrita por Mr BS


Capítulo 5
Presságio na Noite 1 — Denis




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Segui Gabi até uma república abandonada a uns vinte minutos da arena, era uma casa bem grande com um ar de chalé de seriado americano e ainda parecia bem conservada. Ela entrou pela porta da frente e disse:

— Embora esteja perto da arena, poucas pessoas vêm aqui. — Ela sorriu para mim. — Pelo que dizem, essa casa é mal-assombrada, mas não acho que isso vai te assustar.

— Fantasmas não são nada mais do que manifestações de outra realidade.

— Você e a Mai adoram acabar com a graça da coisa. — A sala de entrada era grande embora bem empoeirada, tinhas uns três sofás cobertos por panos, uma poltrona vermelha perto de uma mesinha e um quadro de frutas no canto direito. — Falando nela, como ela anda?

Gabi sentou na poltrona vermelha e me encarou.

— Cuidando do filho dela e da minha pequena.

— Devo presumir que a Kah está com ela, mais e o falcão?

— Pelo mundo como sempre, e se infiltrando em facções de domadores.

— Ele não para mesmo com um filho. — Ela cruzou as pernas então disse: — Kitty?

— Mesmo sendo minha guardiã, minha irmã é um espírito livre, nunca se sabe onde ela vai estar, até ela se meter em problema.

— Parece alguém que eu conheço! — Tinha um leve tom sarcástico na voz dela. — Acho melhor se sentar, vou querer saber de tudo desde a morte da An.

Sentei me no sofá a frente dela e comecei a contar tudo o que tinha ocorrido desde a nossa separação. Por volta das oito da noite ela olhou para a porta então disse num tom mais sério:

— Acho que já deu a hora, Denis!

— Você não é a vidente das minhas guardiãs, Gabi.

Eu sentir meu celular tocando, então abri e vi a seguinte mensagem: “Estou no portão da frente, pai”

— Como?

— Use seus sentidos para sentir tudo a sua volta — Ela olhou para mim —, foi uma das suas primeiras lições!

— Sua audição continua impressionante como sempre, qual é o raio de alcance?

— Sem você um quilômetro, com você quase que sete!

— Não vejo necessidade de me proteger tanto.

— Vai ficar discutindo meu dever ou vai ver a sua filha?

— Vamos vê-la, mas antes coloque os seus fones para diminuir o raio de alcance da sua audição, não estamos rastreando ninguém para usar ela no máximo.

— Certo, mestre!

Espreguicei-me e segui em direção ao portão de entrada sempre seguido de Gabi, sério, acabei ganhando uma sombra nova. Quando cheguei perto do portão reconheci os cabelos loiros com uma mecha preta de Angeli, eram naturais, incluindo a mecha. Era uma das características mais charmosas de Angi, algo que ela sempre dizia que o criador dela quis dar para fazer um charme. Embora as cores estivessem invertidas, algo que provavelmente foi causado por sua parte humana.

Ela correu na minha direção e me abraçou.

— Papi. — Ela sempre me chamava assim quando tinha medo de broncas e castigos, embora ache que eu não perceba.

— Não se preocupe você não aprontou nada ainda!

— E não pretendo! — Angeli olhou para Gabi. — Quem é ela?

— Gabi Riveans e, como você pode ver, ela é minha guardiã!

— Por que eu tenho a impressão... — Sabia muito bem o que ela queria falar, mas não era o local certo então a interrompi.

— Vamos para um local mais sossegado.

As pessoas já começavam a se reunir por ali, afinal muitas pessoas queriam conferir se o “dois em um” tinha uma filha realmente, pelo menos ia diminuir um pouco as investidas de outras pessoas, principalmente de mulheres.

— Consegue invocar Asmidio?

— Nem sei como o invoquei, e como você sabe?

— Um palpite. — Mai tinha me mandado uma mensagem descrevendo tudo que tinha acontecido, olhei para o lado. — Gabi, pode fazer um favor?

Com um belo sorriso, ela disse:

— Claro, precisava afiná-lo mesmo. — Ela puxou um violino prateado de um bolso, dimensionou-o e então começou a tocar uma música lenta e com o som mais alto que o normal.

Me abaixei até o ouvido de Angeli e sussurrei:

— Projete a imagem dele na sua mente e diga o nome dele ao fim de sua invocação, dizendo para respeitar o contrato de sangue com o nosso clã, funciona em noventa por cento dos casos.

— Certo, Papi! — Ela fechou os olhos ela e tirou uma pequena gota de sangue — Mostre seu poder sobre nós e respeite o seu contrato de sangue, Asmidio, guardião dos sonhos.

A figura de um canário pequeno surgindo e pousando no ombro dela foi até que fofa, até ele olhar para mim e voar para o meu ombro. Asmidio não era meu guardião dos sonhos preferidos, minha relação com ele a pior entre todos eles, sinto que se pudesse ele arrancava minha cabeça.

— Folgado como sempre, As!

— Olha quem fala, faz a filha me invocar a base de música alta, não podia ser um Mozart?

— Sabe que se eu te invocasse meu disfarce ia pro brejo e não estou nem aí pro seu gosto musical.

— Sei, mas é só para te irritar mesmo, coisa chata.

— Pode levar duas pessoas nas costas, coisa irritante?

— Claro, só não me culpe se você cair por acidente.

Gabi nos encarou e falou num tom mais irritadiço:

— Vocês dois vão ficar trocando elogios ou o quê?

Olhei para Angeli que estava visivelmente cansada de ouvir nossa conversa.

— Desculpe.

— Pensei que você não podia sair do terreno da escola.

— Não vamos sair. — Apontei para o céu. — A regra não se aplica a altura máxima, desde que eu esteja na área da escola! — Olhei para Asmidio — Por favor.

— Certo. — Ele levantou voo e se transformou. — Subam, por favor!

Asmidio ajudou Angeli a subiu nas costas dele então disse:

— Cuide dos engraçadinhos que tentarem ouvir, Gabi!

— Certo. — Ela observou enquanto nós levantávamos voo então passou a tocar uma música mais agitada enquanto dizia algumas palavras num tom inaudível.

Asmidio levantou voo uma altitude consideravelmente difícil para invocações de classe baixa e média alcançarem. Olhei para Angeli um pouco assustada e ao mesmo tempo impressionada pela altura e a visão então passei a mão sobre a cabeça dela e disse:

— Não me é surpreende você ter usado aquele poder.

— Como assim?

— Você herdou muitas das minhas habilidades e não seria de se estranhar puxar a sua mãe também.

— Que habilidades?

— Aquelas que eu copiei naturalmente, como poder usar todos os tipos de magia, ou sua regeneração e anticorpos acelerados.

— Copiou?

Nunca tinha explicado para ela como ganhei meus poderes, então já esperava essa pergunta em relação a isso.

— Nasci como guardião, e as habilidades dos mágicos são resultados do efeito da minha dádiva. — Ela estava com um sério olhar de quem não está entendendo nada então perguntei: — Ainda não teve uma explicação sobre o que são dádivas na escola, né?

— Nenhuma.

— Resumindo, Deus deu a todos os seres características básicas para eles sobreviverem independente de que espécie sejam, elas existem em maior ou menor nível, quando elas são colocadas no potencial máximo damos o nome de dádiva.

Observei ela por alguns segundos tentando ver se ela estava entendendo, então continuei

— Minha dádiva é aprendizado, a capacidade de aprender sobre tudo a minha volta — estiquei a minha mão na direção dela e criei uma chama —, incluindo os poderes de outros tipos e espécie só que em escala reduzida para meu corpo suportar. Se eu fosse definir ela eu diria que ela se divide em duas características que eu simplesmente chamo de cópia, onde eu aprendo completamente e adapto para meu uso qualquer habilidade que me afeta ou vejo e inutilidade onde eu faço ela se tornar ineficaz contra mim, entendeu?

— Um pouco.

— Provavelmente você deve ter herdado tudo o que eu copiei pelo sangue, embora as partes relacionadas a dádivas possam estar mais fracas que as originais, pois algumas das dádivas que copiei, como a cura e a regeneração se mostraram em você.

— Regeneração?

— Seus machucados se cicatrizam muito mais rápido que o normal, por isso seus avós normalmente usam algo para cobrir eles ou fingem colocar um remédio cicatrizante.

— Por que vocês fazem isso? Não é melhor deixar acontecer sem fingimento?

— Cada dádiva só tem uma pessoa que pode usar atualmente, aprendizado e troca são as únicas dádivas que podem quebrar essa regra e eles sabem que o Imperador tem a dádiva do aprendizado.

— E eu não posso ter a dádiva da troca?

— Não é tão simples assim! — Olhei para o céu por um instante, então disse, voltando o olhar para ela: — “Troca” não é como as outras, nunca foi passada de um usuário para outro após a sua morte. Não se nasce com ela, se ganha, e a única dona da dádiva manteve ela por um bom tempo até morrer e passar para a pessoa que ela amava.

— E quem era?

— Sua mãe! E eu provavelmente vou passar ela para você quando minha hora chegar, mas não é algo que eu possa no momento, pois ela revela nossas identidades.

— Certo, mas como eu vou faze para controlar a minha parte apocalipsiana?

Peguei meu pingente e coloquei-o no pescoço dela:

— Existem magias de selamento, embora a maioria seja de origem angelical ou apocalipsiana. Sua mãe fez esse pingente para mim quando eu copiei os poderes dela, com isso seus poderes estarão selados até você completar vinte e um anos ou tirar ele!

— Por que vinte e um?

— É a idade que eu calculo que seus poderes vão estourar a capacidade máxima de contenção do selo, pode acontecer antes.

— O seu parou de funcionar nessa idade?

— Na verdade não. Perder sua mãe fez meus poderes evoluírem numa maneira absurda tão rápido que meu selo quebrou naquele momento, mas não vou fazer você passar por uma situação dessas! — Passei a mão na cabeça dela e disse: — Vou pedir um favor a uma professora de invocação para você, para evitar problemas, seres muito mais fortes que Asmidio servem a nossa casa, embora não seja problema, mas se você usar um daqueles com que eu firmei contrato...

Asmidio colocou uma das caudas entre nós e disse:

— Pode ser perigoso demais, os contratos de seu pai foram feitos para época em que ele queria proteger sua mãe enquanto os contratos da sua vó são mais relacionados a função do clã dela, a de controlar demônios dos sonhos, tirando um ou outro.

— Pode ser, mas ainda assim invocá-los não vai ser difícil limpar a bagunça, embora se ela invocar “Ni”, aí vai ser um problema, apesar de não saber se ela está autorizada a isso.

— Quem é “Ni”, pai?

— Minha guardiã espiritual. Invocar uma é o ápice de um invocador, são extremamente poderosos e servem apenas a um invocador exceto...

— Exceto...?

— Membros da família a qual ele é apegado e nos casos mais raros eles servem ao líder da família por gerações! — Asmidio falou com a maior rispidez. — Se você chamá-la a identidade do seu pai será revelada e vocês não terão sossego, nunca mais!

— Por quê?

— Ni não possuem forma, mas também não tem restrição no que pode se transformar e as habilidades que pode usar, em suma acho que ela é a própria manifestação da dádiva do seu pai, tornando-se assim muito perigosa.

— É tão forte assim?

Asmidio se aproximou com a cauda dela

— Sim, embora “Ni’ raramente se importe com algo, mas em relação ao seu pai é diferente, ambos estão ligados, então não dá para saber a reação dela.

Passei a mão sobre a mecha de Angeli, então disse, num tom mais calmo para tranquilizá-la:

— Não se preocupe, a Mai e a Kah vão garantir que ninguém descubra sua identidade e que não aconteça nenhum problema com você.

— Certeza?

— Confiei a minha vida a elas e confiei a sua também, que é mais importante pra mim, nas mãos delas, acha mesmo que elas não vão fazer o máximo possível?

— Desculpe, ainda tem o assunto do meu guardião.

— Anderson? — Não esperava que ele tivesse mostrado a marca para ela. — Não se preocupe, cão que ladra não morde, ele te odeia em parte e ao mesmo tempo não suporta a ideia de te perder. Faz lembrar a sua mãe quando eu a conheci.

— Como assim? — Ela me olhou com um olhar curioso esperando que eu contasse a história.

— Outro dia eu te conto, no momento acho melhor ligar para aquela que vai te ajudar com as invocações.

— Outra mulher e deixe-me imaginar... outra das suas guardiãs?

Dava para perceber o tom sarcástico na voz dela. As crianças amadurecem mentalmente mais rápido a cada geração ou é simplesmente impressão minha?

— Não! — Olhei para ela e disse: — É a sua tia! E para sua informação é mais comum ter guardiões de sexo oposto e eu tenho um guardião homem.

— A tia I?

— Essa mesmo. — Senti meu telefone vibrar e assim que abri vi a seguinte mensagem:

“Melhor vocês saírem logo, os SS estão se movendo para espionar! E mestre, aquela pessoa está aqui, então se prepare para encrenca! ”

— Ótimo, vamos descer As! — Olhei para Angel. — O que era importante te contar no momento eu já falei, o resto nós conversamos no domingo.

— Não vai passar o sábado comigo, papi?

— Infelizmente, por mais que eu queira, vou ter que resolver algo com a alta cúpula do nosso clã — Ela fez uma cara de tristeza que não resisti então disse —, posso te levar mas, deve prometer que não vai dizer nada durante a reunião, certo?

O sorriso dela se abriu por um momento.

— Claro!

— Ótimo, nós vamos acampar depois disso, então acho que na segurança da floresta posso te contar certos segredos.

— Como a história de como você conheceu a mamãe?

Por mais que não quisesse contar, aquela cara de cachorro pidão acabou me convencendo.

— Certo, An! Asmidio, por favor desça.

— Suave ou o mais brusco possível?

— Tente a segunda opção para ver se não temos sopa de demônio do sonho de janta hoje!

— Você não sabe brincar! — Retrucou com uma voz meio preocupada.

— Claro que sei, é só você que não percebe, agora desça!

— É pra já!

— Não necessitava ser tão grosso com ele, pai.

— Desculpa, As e eu nos tratamos assim, mas se quiser eu alivio nas provocações.

— Não necessita se vocês se tratam assim como diversão.

Sorri para ela, em parte era diversão, em outra parte era implicância dos dois lados, um queria irritar o outro.

— Chegamos — Asmidio pousou o mais suave possível. — Posso descansar?

— Claro — diz Angeli acariciando o bico dele. — descanse bastante!

Gabi olhou para Angeli.

— Você realmente puxou o sorriso da sua mãe, garota.

— Obrigada.

— Denis, sua irmã me mandou isso.

Ela puxou um celular com a seguinte mensagem:

“Se pretende encontrar com “eles” sem mim e as outras nem pense nisso! Posso ver seus movimentos muito antes de você pensar, maninho.

Te encontro no sábado em casa acompanhada com a Mai e a Karol, e mais uma coisa, cuidado com a sua carrasca, ela pode te entregar se você não a controlar, e se isso acontecer eu te mato e depois mato ela.

Da sua irmã trigêmea favorita, Kitty. ”

— A Kitty não toma jeito mesmo.

Uma voz interrompeu nossa conversa.

— A trigêmea mais nova vai cuidar do treino da garota e a mais velha vai voltar à função de guardiã do irmão — A voz que disse isso era bem familiar... Jaque. — Fazia tempo que eu não via os irmãos tempestade se moverem assim.

— Sempre na espreita, DarkRaven — Chamava-a assim, pois ao contrário da Gabi e da minha trigêmea querida, a identidade dela era secreta para todos fora do meu círculo de confiança. — Vai ficar nas sombras agora?

— Melhor sim, acabei esquecendo minha máscara no dormitório.

— Vamos ao clã principal sábado, então não esqueça dela!

— Certo, mestre!

Jaque era inconstante, mas não ia perder tempo só para dizer aquilo, por isso desconfiei da presença dela ali então acabei logo perguntando:

— Você não veio só por isso. Então me diga: o que é?

— Nunca deixa passar uma, mestre.

— Quem está falando, pai? — Angeli estava meio preocupada.

Gabi se aproximou dela e disse:

— É uma das guardiãs do seu pai, e provavelmente a mais perigosa.

— Por que?

— Ela também foi treinada na arte do assassinato e é meio instável.

— Instável é a mãe, Gabi — Jaque tinha elevado mais que o normal a voz.

Gabi riu e disse para Angeli com um sorriso no rosto

— Não se preocupe com ela, entre nós é a mais leal ao seu pai.

— Chega com isso, as duas. — Olhei para Gabi que faz o gesto de fechar a boca com um zíper.

Aquela pessoa está aqui. E se ameaçar a revelar seu segredo, eu a mato!

— Sabe o que vai acontecer depois disso, não sabe?

— Você me mata, mas pelo menos “aquilo” ainda fica em segredo.

Sabia que ela não estava brincando, Jaque sempre foi extremista ela preferia minha segurança a sua vida, minha principal relação com ela era impedir que se matasse.

— Contenha-se, Raven, não quero machucar você e nem que você se machuque — olhei de raspão para minha sombra e disse da maneira mais calma possível —, não acho que eu possa aguentar perder mais alguém importante para mim!

Então eu senti algo me abraçando e a voz de Angeli dizendo:

— Então não deixe que isso aconteça, pai!

Olhei para ela, vou dizer a verdade: deu vontade de chorar com isso, mas fazer o papel de durão tem suas desvantagens. Acariciei sua cabeça e disse:

— Obrigado, An. — Desviei o olhar dela quando ela olhou para mim. — Quase me esqueci. — Tirei uma chave do meu bolso. — Acho que a sua mãe iria querer te dar isso quando você despertasse.

Ela pegou a chave e disse:

— O que é?

Ao mesmo tempo me virei para minha sombra e disse:

— Não se preocupe, DarkRaven, eu sei me proteger. E prefiro que você fique viva! — Olhei para Angeli novamente. — É surpresa, a porta que essa chave abre está perto do altar da sua mãe .

Ela sorriu enquanto observava atentamente a chave e Jaque me dizendo, sussurrando:

— Ela está se aproximando, vou sair antes que acabe tendo duas mortes aqui.

Bem, não deu muito tempo para reagir a esse aviso, quando eu percebi já tinha uma espada apontada para a minha garganta e uma garota pronta para me matar dizendo:

— Há quanto tempo, Denis!


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