Um Amor Repentino escrita por Yuri Black


Capítulo 2
O início de um grade amor - ParteI




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Capitulo 2 – O início de um grade amor

ParteI

Acordou com os raios de sol penetrando as janelas de seu quarto, só então percebera que dormira sem fechar as cortinas. Abriu os olhos lentamente, incomodada com a claridade. Sua visão estava um pouco embaçada, por ter passado um bom tempo chorando, e logo ter adormecido. Passou as mãos por seus olhos. Viu agora claramente no despertador que marcava sete horas da manhã. Assustou-se, pois sua a aula começava às oito horas, e sua casa ficava um pouco distante da escola, por esse motivo, tinha certeza que não ia dar tempo.

Seu som ainda tocava. Lembrou-se que havia acordado de madrugada e colocado na rádio, porém uma coisa lhe intrigava o som estava mais baixo do que se lembrava ter deixado isso queria dizer que alguém tinha entrado em seu quarto e havia baixado. Isso a deixou chateada! Seus pais não poderiam ir invadindo sua privacidade assim! E além do mais, ela estava irritada com eles, principalmente dos seus pais por lhe tratar como uma criança.

A música que tocava não era lá muito agradável, era uma música antiga... Não gostava muito de musicas antiga, pois lhe lembravam do passado e odiava viver no passado, preferia presenciar o presente e deixar o que passou para trás. Desligou o aparelho como uma batida violenta.

Estava ainda com muito sono, preferia ainda está dormindo e acordar bem tarde, porém não poderia fazer isso graças a maldita aula. Odiava ir para a aula! Pois teria que rever todas as pessoas que odiava, que a xingavam e que a ignoravam. Ela era praticamente invisível na escola, tirando o fato da maldita patricinha, Hillary Pettyfer sempre tirar alguma piadinha com ela ou até mesmo aprontar para cima de Ann.

- Droga! Estou atrasada! – falou a menina levantando-se rapidamente – Eu odeio a aula! – falou de cara feia – por que isso tinha que existir?! – disse revoltada com quem inventou a escola, ela ainda não sabia o quanto era importante a escola na vida de uma pessoa.

Correu para o banheiro, onde tomou um banho bem rápido e fez toda a sua higiene pessoal.

 

**

 

Foi até seu guarda-roupa procurar uma roupa. Não se importava com o que os outros diziam de suas roupas – leia-se Hillary Pettyfer e suas amigas patéticas - , vestia o que tinha vontade e a deixava confortável, isso era única coisa que importava! Pegou a primeira roupa que viu pela frente. Foi uma camisa de manga longa preta, uma calça bem skinny xadrez, e como sempre o seu querido all-star, todo preto com cadarço laranja. Adorava calçar all-star, se tivesse dinheiro suficiente compraria uma loja daquelas belezuras. Tinha apenas alguns, que era considerado uma coleção pelos seus pais.

Não poderia sair de casa sem antes colocar sua sombra preta e muito menos sem colocar delineador e lápis de olho, aquilo era fundamental, era sua marca, era o que fazia com que Hillary e suas amigas a chamassem de “esquisita”. Foi ao banheiro e se debruçou em frente ao espelho, calmamente começou a passar o delineador, sem borrar, poderia dizer que era uma especialista naquilo, muitas garotas poderia ter inveja dela por isso. Sorriu ao observar sua imagem, já produzida, no espelho.

Colocou alguns livros na sua mochila e sem tomar café da manhã, saiu correndo para o carro. Levou suas mãos aos bolsos de sua calça a procura da chave, mas teve o desprazer de não a encontrar. Olhou para sua Picape, que era de um vermelho desbotado, com pára-lamas grandes e arredondados e uma cabine bulbosa.

- Ai meu deus! Me esqueci da chave do carro! – disse nervosa por está atrasada e sabia que iria se ferrar com isso.

Foi correndo pegar as chaves, apenas quando entrou em casa novamente e olhou ao redor, percebeu que não fazia a mínima idéia de onde havia deixado a chave. Se sua mãe estivesse ali, ela diria: “É por isso que eu sempre digo para você deixar de ser tão desorganizada!”. Poderia até escutar a voz dela dizendo isso.

 

**

 

Já havia procurado em todo canto e não tinha achado. Parou por alguns segundos, tentando acalma-se, talvez assim pudesse lembrar-se. E não é que deu certo?! Quando parou de sentir-se tão desesperada uma luz apareceu, e com um “puft” a imagem da chave veio em sua cabeça.

As tinha deixado no quarto de seus pais. Não queria entrar lá para não acorda seu pai, pois da última vez que fez isso se deu muito mal. Lewis sempre ficava de mal-humor quando era acordado, coitado da criatura que tivesse o azar de fazer isso.

Mas precisava fazer, era a única forma de ir para escola. Não precisava necessariamente acordá-lo, poderia entrar sem fazer nenhum barulho. Dirigiu-se ao quarto. Tomo fôlego antes de levar sua mão à maçaneta e então gira-la brindo a porta bem devagar.

De repente a porta deu um pequeno estralo, Ann fez uma careta, fechando os olhos, apenas esperando os gritos atingirem seus ouvidos, porém isto não aconteceu. Voltou a abrir seus olhos. Passou uma vista no quarto, para não ter que entrar, ficaria ali na porta mesmo onde era seguro. Logo avistou sua chave na mesinha de cabeceira, ao lado da cama dos seus pais. Andou vagarosamente até lá, as pegando, quando olhou para o lado, viu Lewis roncando, de boca aberta e ao mesmo tempo babando.

- ECA! – fez um careta e virou o rosto para não vomitar

Cambaleou para trás vendo aquela terrível cena e sem querer acabou batendo no abajur que havia na mesinha de cabeceira, fazendo-o cair no chão. Olhou para seu pai assustada e o viu virar-se na cama, para o lado dela, ainda roncando.

Rapidamente saiu do quarto antes que causasse mais algum acidente que acordasse seu pai.

- Ufa! Finalmente eu já posso ir para escola. – disse aliviada e se dirigindo-se para o  carro.

Ann não dirigia nem um pouco bem, já havia batido o carro antes. Dirigia a cem quilômetros por hora, estava passando rapidamente de uma faixa para a outra desviando dos carros, a maioria buzinava quando passava.

- Vai se fuder! – gritou a garota, estirando dedo.

Tentou ligar o ar-condicionado, mais repentinamente este fez um estrondoso barulho e soltou uma fumaça negra, o que a fez fazendo ficar sufocada, tendo assim que abrir a janela rapidamente, mesmo assim a fumaça não saiu da cabine, a garota então colocou sua cabeça para fora e começou a torci. Esperou que toda a fumaça saísse para assim poder colocar a cabeça novamente para dentro do automóvel, sem morrer sufocada ou ficar sem enxergar.   

No caminha para a escola tentou ligar o som botando um CD de My Chemical Romance, mas como naquele dia ela tava sem sorte, o Cd não pegou, quando ela tentou tira-lo, ele não saiu.

- Hoje não é meu dia de sorte mesmo! – disse a garota chateada - Som idiota! – falou batendo no brutalmente no aparelho. 

 

**

 

Assim que chegou a escola, viu uma pequena vaga, foi tentar procurar outra, mas não tinha, todas estavam ocupadas, então teve que tentar colocar naquela mesmo. Tentou três vezes seguidas, porém não conseguiu o resultado esperado. Ela definitivamente não era boa dirigindo e muito menos estacionando em lugares minúsculos.

- Posso ajudar? – perguntou uma voz masculina ao seu lado. Virou-se assustada e viu um belo garoto loiro de incríveis olhos verdes, estava encostado em um carro com os braços cruzados a observando. Tentou lembra-se do rosto dele, mas por fim chegou à conclusão de que nunca o vira naquela escola.

Antes de responder Ann deu uma olhada para o tal garoto misterioso de baixo para cima, deu um pequeno sorriso meio sem jeito.

 

- Claro! – disse ela descendo do carro, não conseguindo parar de olhar para aqueles lindos olhos verdes.

Sorrindo para ela, o loiro entrou no carro o ligando e rapidamente, sem dificuldade alguma conseguiu colocar o automóvel na vaga.

- Nossa! Você dirige muito bem! – disse Ann sorrindo, impressionada.

- Obrigado! – disse descendo do carro e entregando a chave ela - Eu me esqueci de me apresentar – disse parecendo um pouco se graça e colocando a mão atrás da cabeça – Sou Matthew Low – disse o garoto – mais pode me chamar de Matt - falou tirando a mão de trás da cabeça e estendendo para ela.

Sentiu-se corar ao encara aqueles olhos mais uma vez. Sentia-se envergonhada por não conseguir estaciona em uma simples vaga, o que o garoto deveria está pensando dela?!

- O prazer é todo meu – disse meio envergonhada – meu nome é Ann Robson – falou olhando nos olhos do rapaz – mais pode me chamar de... – pensou em algum apelido, mais não encontrou nenhum – Ann mesmo – sorriu. O garoto deu uma risadinha - Você é novo por aqui? – perguntou a garota curiosa.

- Sim – disse com um lindo sorrio no rosto.

- Agora tenho que ir. – falou despedindo-se, já andando em direção aos portões da escola, lembrando-se ligeiramente que estava atrasada – Tchau – acenou.

- Tchau – acenou – Espero te encontrar mais vez. – sorriu o garoto

Havia esquecido-se completamente de sua aula, por está conversando com Matthew. Começou a andar com passos rápidos, foi até seu armário e colocou alguns livros na sua mochila e saiu rapidamente para sua sala, esbarrou em algumas pessoas na tentativa de andar mais rápido, desculpou-se, mesmo assim recebeu alguns olhares nada amigáveis e algumas respostas grosseiras.

Chegou à sala, quando abriu a porta, logo viu a professora, com cara de poucos amigos.

“Me ferrei “ pensou a garota

- Oi professora – falou com medo da reação dela

- Muito bonito senhorita Robson, todo dia chegando atrasada! – disse a professora seria – Agora vá se sentar. – disse apontando para a cadeira da garota – Já que nossa querida Ann fez o favor de atrapalhar a aula, – disse ironicamente - eu queria apresentar um novo aluno – disse agora já com um belo sorriso no rosto – Chama-se Matthew Low. – falou abrindo a porta para o novo aluno entrar – Entre senhor Low. – disse fazendo sinal para que ele adentrasse a sala. 

 


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