It's An Heroic Time! escrita por Lumie Phoenix


Capítulo 10
Capítulo VII - Uma Terça Incomum




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Terça-feira. Smiley acordou as 6 horas da manhã com os gritos dos vizinhos debaixo. Aparentemente estavam discutindo. Pensou na possibilidade do senhorio ter o enganado. 

Smiley: * Esfregando os olhos. Seu saco de dormir não era confortável, somente por isso já poderia tirar sua noite de sono como péssima, mas o vizinho debaixo conseguia se pior que a velha louca dos gatos... ou não? * -- Assim é treta... Parece que os problemas nos perseguem Tyziu, ou só a mim... Eu ainda vou mudar de vida, vou morar numa casa dahora com uma vizinhança cheia de mulher. * Levantou-se e foi até o banheiro para se higienizar. *

       Os gritos foram amenizando até se tornarem inexistente. Smiley continuou sua rotina matinal. 

Smiley: * Após ter se "arrumado", decide sair para ir às compras, já que a única coisa que levara para o novo apartamento foram o cão e sua mochila com um Notebook. * -- Tyziu, tenho de ir comprar algumas coisas. Não vou confiar mais deixar você sozinho, portanto, vá ao parque observar humanos, caçar borboletas, pegar umas cachorras... sei lá. * Pegou o dinheiro que encontrou e colocou em sua carteira, e arrumou sua mochila com o portátil nas costas. *

         Tyziu fez o que Smiley pediu, saiu para dar uma volta. Aproveitou para visitar sua antiga dona com quem construiu uma bela amizade. Smiley foi fazer suas compras e ainda um pouco preocupado com a possibilidade do Dominique aparecer novamente para atacá-lo. 

Smiley: * Após sair da loja de confecções onde comprar novas roupas, decide ir a uma loja de componentes eletrônicos. * "Aquele louco afeminado nem se preocupou em usar seus poderes num desconhecido, somente por causa do cachorro. Acho que agora devo ter cautela, e muita. Aquele protótipo de arma elétrica que fiz em minha entrevista pode me render uma boa segurança, e quem sabe o que mais posso criar com alguma inspiração?" * Cerrou os punho direito e o fitou por um momento. * " O que minha habilidade de boxer e bons equipamentos não podem me fazer, hã? " * Dirigiu-se a loja para comprar o necessário para começar suas invenções. *

        Gastou uma parte do dinheiro que havia encontrado no dia anterior como tinha planejado. Comprou seus equipamentos, se dirigiu ao caixa. Pagou por eles.  E saiu da loja. Andando pensando no que faltava, talvez. Lembrou-se porventura da mulher que salvara do Beco e que nunca mais a viu. Quem seria aquela mulher? 

Smiley: * A mochila estava pesando, com tudo aquilo que comprara não podia ser diferente. Tinha de guardar algum dinheiro para emergências, não podia gastá-lo a toa, portanto decidiu ir para o novo apartamento a pé já que não era assim tão longe, além do mais um pouco de exercício só o faria bem. Enquanto caminhava, lembrou-se do fato que mudou sua vida, e daquela mulher misteriosa. * " Caramba, é verdade, tinha me esquecido daquela mina. Ela até apareceu na palestra, mas por causa da conversa com o Prof. Gardner, esqueci-me de falar com ela. Será que um dia vou encontrá-la ainda? Ela poderia me arrumar uma grana. " * Riu sozinho enquanto pensava nesta última parte. *

      Em paralelo, Sebastian tinha passado a madrugada toda desenhando os primeiros traços de seu uniforme. Porém o cansaço era maior e acabara caindo no sono. Era aproximadamente 7h30 quando Mary tinha acordado confusa deitada na cama de Sebastian, tentando se lembrar de como foi parar ali. Levantou-se da cama e foi para a sala onde viu Sebastian dormindo  ao meio de um monte de folhas e segurando um lápis em um das mãos.  Mary pode concluir que ele passou a noite toda ali. 

Mary Barrett: *Se aproxima de Sebastian cuidadosamente* - Sebastian? *diz suavemente* 

Sebastian: * Com um pouco de cansaço e sono, Sebastian abre os olhos aos poucos, vendo que a luz já entra em seu apartamento. Ele balbucia algo ainda sonolento... * - Já vou querida, só mais 5 minutos...

Mary Barrett: *Ficando extremamente vermelha no mesmo instante e sem ação, Mary fica parada observando,por um momento, Sebastian até que ela volta a chamá-lo* "Querida?" - Sebastian? 

Sebastian: * Já meio desperto, abre os olhos e consegue enxergar com mais nitidez a face corada de Mary. Ele então lembra que ela havia dormido em seu apartamento... e que não deve estar entendendo nada! * -- Ahn M-Mary... oh acabei dormindo na sala... m-me desculpe... * Rapidamente se ajeita na cadeira, enquanto esfrega o rosto para completar de acordar... *

Mary Barrett:*Ainda vermelha e um pouco confusa* - T-tudo Bem... N-não precisa se de-desculpar. *Olha para o comodo na tentativa de desviar o olhar* 

Sebastian: -- Você deve estar confusa... sem saber porque dormiu aqui... eu pretendia acordar mais cedo para preparar o café, mas acabei dormindo demais... * Levanta-se e começa a recolher os papéis em cima da mesa... * -- E-Er.. você estava dormindo tão tranquilamente que não quis acordá-la. Acabei trazendo você para cá, me desculpe...

Mary Barrett: * Ainda vermelha* -- É... tu-tudo bem. Eu já disse... N-n-não precisa se-se des-desculpar *sorriu* 

Sebastian: * Terminando de recolher os papéis e joga-los em sua pasta, ele então vira-se para Mary, e dá um suspiro * -- Bem... acho que é melhor ir para casa. Daqui a pouco temos que ir para a universidade, e não quero que se atrase...

Mary Barrett: *Um pouco menos vermelha* -- O-o-ok... O que estava fa-fazendo aqui na sa-sala com esses pa-pa-papeis? 

Sebastian: * Sabendo que aquilo poderia levar a uma conversa maior, prefere guarda segredo... * -- É uma coisa, que eu estava pensando... Mas se não se incomodar, gostaria de lhe mostrar no momento certo. Tudo bem?

Mary Barrett: *ligeiramente constrangida* -- Tu-tudo bem... Irei pro meu apartamento me arrumar. *andando em direção a porta, um pouco hesitante por causa do tornozelo* 

Sebastian: * Vendo que ela ainda está andando com certo receio até a porta se adianta para ajuda-la, e ao apoiar o braço dela em suas costas diz * -- Vamos, deixe me ajuda-la...

Mary Barrett: *Ficando extremamente vermelha* -- O-o-obrigada! *sorriu* 

Sebastian: * Enquanto caminham até o apartamento de Mary (que fica logo ao lado do seu), Sebastian tenta reduzir o clima que ficou * -- Bem, já que foi ideia minha jantar naquele bairro estranho ontem... acho que terei que leva-la nos braços até a universidade... * Ele sorri. Só que não foi muito efetivo... * 

Mary Barrett: *Ainda com o tom extremo de vermelho e sem reação pelo o que acabou de ouvir* -- é-é-é? 

Sebastian: -- Bem, é o mínimo que posso fazer pelo seu tornozelo machucado... * Chegando até um pouco dentro da casa de Mary, ele retira o apoio e se despede * -- Bem, acho que não terá problemas para se trocar... Então... te espero daqui a alguns minutos, okay?  Pensando melhor... porque não aproveita para descansar em casa?? Já tem um atestado médico... descanse um pouco. Eu resolvo tudo para você lá na faculdade * Ele dá sorriso *

         Mary concorda com o que Sebastian disse. E foi para o seu apartamento. Se despediram e Sebastian foi direto para a Universidade. 

Sebastian: * Ao chegar na faculdade, Sebastian passa na secretaria do Centro de Tecnologia, para dar baixa nos dias de folga para Mary. Em seguida, ele decide resolver seu problema mais urgente: arrumar um assistente. Ele volta para o seu gabinete, e depois de alguns minutos refletindo sobre a melhor escolha, ele pega o telefone. Disca para Smiley *

Smiley: * O celular de Smiley tocou uma, duas, três vezes, até que ele o encontrou dentro de sua mochila desorganizada. Não sabia quando poderia encontrar o louco afeminado novamente, portanto o celular deveria ficar num local "seguro". * -- Alô... Professor?! E então, me ligas para me dizer quando começar a trabalhar? * Soltou uma risada baixa. *

Sebastian: -- Oi Smiley. Hey, não fique muito confiante, ainda não decidi nada. Lembre-se que nossa entrevista foi interrompida, certo? * Fala, como de costume, sério * -- Gostaria de falar com você hoje aqui na universidade. Venha as 18h.

Smiley: -- Okay, você vai me testar para construir engenhocas novamente? Se sim, já posso ir com algo em mente e... * Distraído pelo celular, atravessa uma rua sem presta atenção no trânsito e quase é atropelado. Afasta a o celular do ouvido e tampa o receptor com a mão enquanto pragueja contra o motorista. *

Sebastian: -- Na verdade não, o que vi já foi o suficiente. Espero você então no horário combinado. Até mais. * Desligando o telefone em seguida. Logo, decide retornar a suas atividades, tem muitas aulas para dar hoje... *

Smiley: * Coloca o telefone novamente ao ouvido. * -- Então professor... Professor...? * Verifica o celular e vê que a chamada já fora encerrada. * " Putz... Melhor ir pra casa e trabalhar um pouquinho, não conheço muito bem o trânsito por aqui, mas não quero correr o risco de chegar atrasado, novamente. " * Segue para casa. *

         Smiley chegou em casa e encontrou Tyziu dormindo, aproveitou para construir algumas engenhocas... Duas horas se passaram e Smiley notou que estava num horário perigoso para tentar chegar na Universidade sem que o Professor Gardner reclamasse..

Smiley: * Todo sujo e machucado por mexer com mecanismos, apressa-se para tomar banho e estrear um novo paletó que comprou. Depois de pronto, correu para um beco perto de seu prédio e tentou utilizar o novo equipamento que construíra.* -- Vamos... Vamos.. Dê certo.

         Smiley conseguiu fazer com que o seu novo equipamento funcionasse era um jetpack e foi voando para a universidade. Sebastian por acaso estava no lado de fora da universidade, distraído, conversando com a Mary para ve se ela estava realmente bem mesmo estando sozinha... 

Sebastian: -- Tem certeza que está tudo bem, Mary? De qualquer modo vou levar o jantar para você hoje, não quero que faça esforço desnecessário... * Fala para Mary pelo celular... *

Mary Barrett: -- Tu-tudo Bem. *fez um ruído que poderia ser interpretado como um leve riso* 

Smiley: * Sentia-se estranhamente confortável enquanto pilotava o seu engenho. Avistou o Professor Gardner fora da universidade e tentou pousar perto dele, mas não sem antes tentar um rasante. * -- Surpresa professa!

Sebastian: * Sem palavras diante da visão que está tendo, decide interromper a conversa... * -- Err Mary, depois a gente se fala. Não se esforce demais, viu? Até mais tarde.

       Smiley está dando o seu rasante para chamar a atenção de Sebastian. Porém, como era esperado Murphy atacou mais uma vez e Smiley derrubou Sebastian no chão, mas conseguiu pousar com sucesso. 

Smiley: * Mal percebeu que deixou o professor no chão, só reparando depois que pousou e virou-se para falar com Sebastian. * -- Professor, cheg... Ops!

Sebastian: * Levantando-se, e limpando a roupa que ficou um pouco suja por causa do chão, ele encara o irresponsável rapaz * -- Se está querendo me impressionar, conseguiu. Mas não encare isso como um elogio...

Smiley: - Ah... porque esse rancor todo no coração? Brigou com a Mary?! * Riu sozinho enquanto desligava o equipamento. * -- E então... porque me chamou aqui, se não fui admitido?

Sebastian: -- Na verdade, gostaria de ter uma conversa com você. Dependendo disto, decidirei sobre a vaga. Porque não me acompanha até minha sala, e a próposito: procure não fazer nada. * Começa a andar em direção a sala *

Smiley: * Levantou suas mãos, como alguém que entregou suas armas e estava se rendendo. * -- Tudo bem, meu velho. * Sorriu e seguiu o professor. *

      Chegaram até a sala. O clima estava ligeiramente pesado. Smiley estava preocupado se aquele incidente iria afetar negativamente a decisão do sério Professor. 

Sebastian: * Aponta para uma cadeira em frente a sua mesa, indicando para Smiley sentar-se nela. Enquanto isso senta-se também * -- Sente.

Smiley: -- Realmente necessito me sentar? É que o equipamento que desenvolvi ainda está em fase de testes,  é um pouco complicado de colocá-lo e extremamente desconfortável para sentar-me com ele atado. Como sinto que já já me mandará sair daqui, prefiro ficar em pé. * Aponta para o seu "jetpack". *

Sebastian: * Observa o rapaz por alguns segundos, então diz * -- Bem, se preferir assim... Smiley, você mostrou uma capacidade intelectual muito apurada para a ciência. Estes dois... aparatos... que desenvolveu, nunca vi alguém assim construí-los. Pelo menos não tão jovens. Diga-me, o que pretende fazer com essas coisas que cria?

Smiley: -- Ah, professor... Nem sei. Veja bem, tenho problemas financeiros há algum tempo, penso que patenteando esses dispositivos possa fazer algum dinheiro, e quem sabe continuar minha faculdade. * Solta um leve suspiro. * - Apesar de que já me desanimei com a justiça. * Olhando para o chão fixamente. * -- Mas talvez eu possa entrar na área da tecnologia, não é? Digo, se fui capaz de construir isso aqui sozinho, quem sabe eu não seja contratado por um dos poderosos chefões do mundo científico e até ajudar a encontrar, sei lá, Aliens!

Sebastian: * Surpreso com a resposta do rapaz, reflete um pouco sobre o que ele diz, então pergunta * -- Então, não se importa em como essas coisas que cria serão usadas??

Smiley: -- Bem... Não parei pra pensar nisso. * Sentiu-se por um momento envergonhado. * -- Mas fazer o quê? É a vida... A grande palhaçada da história. O que poderia fazermos? Criar os dispositivos e os entregar às autoridades? Tenha certeza, professor, vão conseguir dar um jeito de usá-los para propósitos egoístas e desenfreadamente. * Pela primeira vez, falava totalmente sério ao professor. * -- A justiça, Sebastian... é uma piada.

Sebastian: -- Bem... * Tira os óculos de leitura que estava usando, e os coloca sobre a mesa, enquanto se levanta e caminha até a janela * -- É verdade que muitas coisas que deveriam ser criadas para beneficiar a humanidade foram convertidas para propósitos errados. A tecnologia nuclear é um exemplo. Isso é inevitável. Mas a questão é: você está preparado para assumir a responsabilidade pelos seus atos? Pelas suas criações? * Vira-se para encarar o rapaz *

Smiley: -- Assumo-as com todo o prazer, desde que eu saia da pindaíba. * Sua face com o sorriso estampado era um contraste gritante com a do Professor. * -- Professor, se tivesse algum jeito de realmente impedir que coisas ruins acontecessem, eu sinceramente tentaria ajudar. Mas não há! É caos para todos os lados, nada funciona do jeito que deveria. Ou será que é assim que deveriam funcionar, e nós estamos buscando o equilíbrio, a paz, em vão?

Sebastian: * Medindo as palavras para não assar uma impressão errada, fala ao jovem * -- Bem, você ainda é novo, mas... existem coisas mais importantes do que pensar em si mesmo quando se faz ciência, rapaz... * Volta-se novamente para a janela, enquanto pensa em Mary e em todas as pessoas que estão a mercê da violência na cidade... * -- Concordo com você, a vida está um caos. Mas mesmo no caos, é possível encontrar uma ordem, um propósito maior... e acho que você ainda não encontrou o seu! Infelizmente, não posso lhe ajudar enquanto você não descobrir isso... me desculpe. * Volta-se novamente para Smiley *

Smiley: -- Não se preocupe professor, já estou acostumado com isso. * Não estava irritado, estranhamente estava calmo e solitário. Com o habitual sorriso sarcástico, se dirige em direção a saída da sala. * -- A culpa não é sua, a vida raramente ri para mim. Digamos que sou fruto de uma piada ruim. * Diz antes de sair deixando a porta fechar-se atrás de si. *

Sebastian: * Enquanto observa o garoto se retirando, pensa * " Talvez em breve, Smiley, quando você ver que há mais do que dinheiro ou influência, possamos trabalhar juntos... "

Terça-feira. Smiley acordou as 6 horas da manhã com os gritos dos vizinhos debaixo. Aparentemente estavam discutindo. Pensou na possibilidade do senhorio ter o enganado. 

Esfregando os olhos. Seu saco de dormir não era confortável, somente por isso já poderia tirar sua noite de sono como péssima, mas o vizinho debaixo conseguia se pior que a velha louca dos gatos... ou não?  –  Assim é treta... Parece que os problemas nos perseguem Tyziu, ou só a mim... Eu ainda vou mudar de vida, vou morar numa casa dahora com uma vizinhança cheia de mulher. -Levantou-se e foi até o banheiro para se higienizar. 

       Os gritos foram amenizando até se tornarem inexistente. Smiley continuou sua rotina matinal. 

Após ter se "arrumado", decide sair para ir às compras, já que a única coisa que levara para o novo apartamento foram o cão e sua mochila com um Notebook. –  Tyziu, tenho de ir comprar algumas coisas. Não vou confiar mais deixar você sozinho, portanto, vá ao parque observar humanos, caçar borboletas, pegar umas cachorras... sei lá. -Pegou o dinheiro que encontrou e colocou em sua carteira, e arrumou sua mochila com o portátil nas costas. 

         Tyziu fez o que Smiley pediu, saiu para dar uma volta. Aproveitou para visitar sua antiga dona com quem construiu uma bela amizade. Smiley foi fazer suas compras e ainda um pouco preocupado com a possibilidade do Dominique aparecer novamente para atacá-lo. 

 Após sair da loja de confecções onde comprar novas roupas, decide ir a uma loja de componentes eletrônicos.  "Aquele louco afeminado nem se preocupou em usar seus poderes num desconhecido, somente por causa do cachorro. Acho que agora devo ter cautela, e muita. Aquele protótipo de arma elétrica que fiz em minha entrevista pode me render uma boa segurança, e quem sabe o que mais posso criar com alguma inspiração?" - Cerrou os punho direito e o fitou por um momento. - " O que minha habilidade de boxer e bons equipamentos não podem me fazer, hã? " - Dirigiu-se a loja para comprar o necessário para começar suas invenções. 

        Gastou uma parte do dinheiro que havia encontrado no dia anterior como tinha planejado. Comprou seus equipamentos, se dirigiu ao caixa. Pagou por eles.  E saiu da loja. Andando pensando no que faltava, talvez. Lembrou-se porventura da mulher que salvara do Beco e que nunca mais a viu. Quem seria aquela mulher? 

A mochila estava pesando, com tudo aquilo que comprara não podia ser diferente. Tinha de guardar algum dinheiro para emergências, não podia gastá-lo a toa, portanto decidiu ir para o novo apartamento a pé já que não era assim tão longe, além do mais um pouco de exercício só o faria bem. Enquanto caminhava, lembrou-se do fato que mudou sua vida, e daquela mulher misteriosa. - " Caramba, é verdade, tinha me esquecido daquela mina. Ela até apareceu na palestra, mas por causa da conversa com o Prof. Gardner, esqueci-me de falar com ela. Será que um dia vou encontrá-la ainda? Ela poderia me arrumar uma grana. " *-Riu sozinho enquanto pensava nesta última parte. 

      Em paralelo, Sebastian tinha passado a madrugada toda desenhando os primeiros traços de seu uniforme. Porém o cansaço era maior e acabara caindo no sono. Era aproximadamente 7 horas e 30 minutos quando Mary tinha acordado confusa deitada na cama de Sebastian, tentando se lembrar de como foi parar ali. Levantou-se da cama e foi para a sala onde viu Sebastian dormindo  ao meio de um monte de folhas e segurando um lápis em um das mãos.  Mary pôde concluir que ele passou a noite toda ali.  Ela se aproximou do professor adormecido cuidadosamente e suavemente disse. –  Sebastian?

 Com um pouco de cansaço e sono, Sebastian abre os olhos aos poucos, vendo que a luz já entra em seu apartamento. Ele balbucia algo ainda sonolento. –  Já vou querida, só mais 5 minutos...

Ficando extremamente vermelha no mesmo instante e sem ação, Mary fica parada observando,por um momento, Sebastian até que ela volta a chamá-lo. –  Sebastian? 

 Já meio desperto, abre os olhos e consegue enxergar com mais nitidez a face corada de Mary. Ele então lembra que ela havia dormido em seu apartamento e que não deve estar entendendo nada! –  Ahn M-Mary... oh acabei dormindo na sala... m-me desculpe... - Rapidamente se ajeita na cadeira, enquanto esfrega o rosto para completar de acordar.

Ainda vermelha e um pouco confusa. – T-tudo Bem... N-não precisa se de-desculpar. -Olha para o comodo na tentativa de desviar o olhar. 

– Você deve estar confusa... sem saber porque dormiu aqui... eu pretendia acordar mais cedo para preparar o café, mas acabei dormindo demais... -Levanta-se e começa a recolher os papéis em cima da mesa. –  E-Er.. você estava dormindo tão tranquilamente que não quis acordá-la. Acabei trazendo você para cá, me desculpe...

Ainda vermelha. –  ... tu-tudo bem. Eu já disse... N-n-não precisa se-se des-desculpar - sorriu. 

 Terminando de recolher os papéis e joga-los em sua pasta, ele então vira-se para Mary, e dá um suspiro. –  Bem... acho que é melhor ir para casa. Daqui a pouco temos que ir para a universidade, e não quero que se atrase...

– O-o-ok... O que estava fa-fazendo aqui na sa-sala com esses pa-pa-papeis? 

Sabendo que aquilo poderia levar a uma conversa maior, prefere guarda segredo.–  É uma coisa, que eu estava pensando... Mas se não se incomodar, gostaria de lhe mostrar no momento certo. Tudo bem?

Ligeiramente constrangida. –Tu-tudo bem... Irei pro meu apartamento me arrumar. - Andando em direção a porta, um pouco hesitante por causa do tornozelo.

 Vendo que ela ainda está andando com certo receio até a porta se adianta para ajuda-la, e ao apoiar o braço dela em suas costas diz . –   Vamos, deixe me ajuda-la...

Ficando extremamente vermelha. –   O-o-obrigada! - sorriu. 

 Enquanto caminham até o apartamento de Mary (que fica logo ao lado do seu), Sebastian tenta reduzir o clima que fico. –  Bem, já que foi ideia minha jantar naquele bairro estranho ontem... acho que terei que leva-la nos braços até a universidade... - Ele sorri. Só que não foi muito efetivo.

Ainda com o tom extremo de vermelho e sem reação pelo o que acabou de ouvir. –  é-é-é? 

– Bem, é o mínimo que posso fazer pelo seu tornozelo machucado... - Chegando até um pouco dentro da casa de Mary, ele retira o apoio e se despede- –  Bem, acho que não terá problemas para se trocar... Então... te espero daqui a alguns minutos, okay?  Pensando melhor... porque não aproveita para descansar em casa?? Já tem um atestado médico... descanse um pouco. Eu resolvo tudo para você lá na faculdade. -Ele dá sorriso.

         Mary concorda com o que Sebastian disse. E foi para o seu apartamento. Se despediram e Sebastian foi direto para a Universidade. 

Ao chegar na faculdade, Sebastian passa na secretaria do Centro de Tecnologia, para dar baixa nos dias de folga para Mary. Em seguida, ele decide resolver seu problema mais urgente: arrumar um assistente. Ele volta para o seu gabinete, e depois de alguns minutos refletindo sobre a melhor escolha, ele pega o telefone. Disca para Smiley.

 O celular de Smiley tocou uma, duas, três vezes, até que ele o encontrou dentro de sua mochila desorganizada. Não sabia quando poderia encontrar o louco afeminado novamente, portanto o celular deveria ficar num local "seguro". –  Alô... Professor?! E então, me ligas para me dizer quando começar a trabalhar? -Soltou uma risada baixa.

– Oi Smiley. Hey, não fique muito confiante, ainda não decidi nada. Lembre-se que nossa entrevista foi interrompida, certo? - Fala, como de costume, sério. –  Gostaria de falar com você hoje aqui na universidade. Venha às 18 horas.

– Okay, você vai me testar para construir engenhocas novamente? Se sim, já posso ir com algo em mente e... - Distraído pelo celular, atravessa uma rua sem presta atenção no trânsito e quase é atropelado. Afasta a o celular do ouvido e tampa o receptor com a mão enquanto pragueja contra o motorista. 

– Na verdade não, o que vi já foi o suficiente. Espero você então no horário combinado. Até mais. -Desligando o telefone em seguida. Logo, decide retornar a suas atividades, tem muitas aulas para dar hoje..

 Smiley Colocou o telefone novamente ao ouvido. –  Então professor... Professor...? - Verifica o celular e vê que a chamada já fora encerrada.  – Putz... Melhor ir pra casa e trabalhar um pouquinho, não conheço muito bem o trânsito por aqui, mas não quero correr o risco de chegar atrasado, novamente.  - Segue para casa. 

         Smiley chegou em casa e encontrou Tyziu dormindo, aproveitou para construir algumas engenhocas... Duas horas se passaram e Smiley notou que estava num horário perigoso para tentar chegar na Universidade sem que o Professor Gardner reclamasse.

 Todo sujo e machucado por mexer com mecanismos, apressa-se para tomar banho e estrear um novo paletó que comprou. Depois de pronto, correu para um beco perto de seu prédio e tentou utilizar o novo equipamento que construíra. –

  Vamos... Vamos.. Dê certo.

         Smiley conseguiu fazer com que o seu novo equipamento funcionasse era um jetpack e foi voando para a universidade. Sebastian por acaso estava no lado de fora da universidade, distraído, conversando com a Mary para saber se ela estava realmente bem,mesmo, estando sozinha.

– Tem certeza que está tudo bem, Mary? De qualquer modo vou levar o jantar para você hoje, não quero que faça esforço desnecessário... - Fala para Mary pelo celular.

– Tu-tudo Bem. -fez um ruído que poderia ser interpretado como um leve riso. 

Smiley  sentia-se estranhamente confortável enquanto pilotava o seu engenho. Avistou o Professor Gardner fora da universidade e tentou pousar perto dele, mas não sem antes tentar um rasante.  –  Surpresa professa!

Sebastian fica sem palavras diante da visão que está tendo, decide interromper a conversa. –  Err Mary, depois a gente se fala. Não se esforce demais, viu? Até mais tarde.

       Smiley está dando o seu rasante para chamar a atenção de Sebastian. Porém, como era esperado Murphy atacou mais uma vez e Smiley derrubou Sebastian no chão, mas conseguiu pousar com sucesso. Ele mal percebeu que deixou o professor no chão, só reparando depois que pousou e virou-se para falar com Sebastian.  –  Professor, cheg... Ops!

Levantando-se, e limpando a roupa que ficou um pouco suja por causa do chão, ele encara o irresponsável rapaz. –  Se está querendo me impressionar, conseguiu. Mas não encare isso como um elogio...

–Ah... porque esse rancor todo no coração? Brigou com a Mary?! - Riu sozinho enquanto desligava o equipamento. –  E então... porque me chamou aqui, se não fui admitido?

– Na verdade, gostaria de ter uma conversa com você. Dependendo disto, decidirei sobre a vaga. Porque não me acompanha até minha sala, e a propósito: procure não fazer nada. *-Começa a andar em direção a sala.

Levantou suas mãos, como alguém que entregou suas armas e estava se rendendo. –  Tudo bem, meu velho. -Sorriu e seguiu o professor. 

      Chegaram até a sala. O clima estava ligeiramente pesado. Smiley estava preocupado se aquele incidente iria afetar negativamente a decisão do sério Professor. 

Aponta para uma cadeira em frente a sua mesa, indicando para Smiley sentar-se nela. Enquanto isso senta-se também. –  Sente.

– Realmente necessito me sentar? É que o equipamento que desenvolvi ainda está em fase de testes,  é um pouco complicado de colocá-lo e extremamente desconfortável para sentar-me com ele atado. Como sinto que já já me mandará sair daqui, prefiro ficar em pé. - Aponta para o seu "jetpack". 

 Observa o rapaz por alguns segundos, então diz. –  Bem, se preferir assim... Smiley, você mostrou uma capacidade intelectual muito apurada para a ciência. Estes dois... aparatos... que desenvolveu, nunca vi alguém assim construí-los. Pelo menos não tão jovens. Diga-me, o que pretende fazer com essas coisas que cria?

– Ah, professor... Nem sei. Veja bem, tenho problemas financeiros há algum tempo, penso que patenteando esses dispositivos possa fazer algum dinheiro, e quem sabe continuar minha faculdade. - Solta um leve suspiro. - Apesar de que já me desanimei com a justiça. - Olhando para o chão fixamente. –  Mas talvez eu possa entrar na área da tecnologia, não é? Digo, se fui capaz de construir isso aqui sozinho, quem sabe eu não seja contratado por um dos poderosos chefões do mundo científico e até ajudar a encontrar, sei lá, Aliens!

Surpreso com a resposta do rapaz, reflete um pouco sobre o que ele diz, então pergunta. –  Então, não se importa em como essas coisas que cria serão usadas??

– Bem... Não parei pra pensar nisso. - Sentiu-se por um momento envergonhado. –  Mas fazer o quê? É a vida... A grande palhaçada da história. O que poderia fazermos? Criar os dispositivos e os entregar às autoridades? Tenha certeza, professor, vão conseguir dar um jeito de usá-los para propósitos egoístas e desenfreadamente. - Pela primeira vez, falava totalmente sério ao professor. –  A justiça, Sebastian... é uma piada.

– Bem... - Tira os óculos de leitura que estava usando, e os coloca sobre a mesa, enquanto se levanta e caminha até a janela. –  É verdade que muitas coisas que deveriam ser criadas para beneficiar a humanidade foram convertidas para propósitos errados. A tecnologia nuclear é um exemplo. Isso é inevitável. Mas a questão é: você está preparado para assumir a responsabilidade pelos seus atos? Pelas suas criações? - Vira-se para encarar o rapaz .

– Assumo-as com todo o prazer, desde que eu saia da pindaíba. -Sua face com o sorriso estampado era um contraste gritante com a do Professor.–  Professor, se tivesse algum jeito de realmente impedir que coisas ruins acontecessem, eu sinceramente tentaria ajudar. Mas não há! É caos para todos os lados, nada funciona do jeito que deveria. Ou será que é assim que deveriam funcionar, e nós estamos buscando o equilíbrio, a paz, em vão?

 Medindo as palavras para não assar uma impressão errada, fala ao jovem. – Bem, você ainda é novo, mas... existem coisas mais importantes do que pensar em si mesmo quando se faz ciência, rapaz... - Volta-se novamente para a janela, enquanto pensa em Mary e em todas as pessoas que estão a mercê da violência na cidade. –  Concordo com você, a vida está um caos. Mas mesmo no caos, é possível encontrar uma ordem, um propósito maior... e acho que você ainda não encontrou o seu! Infelizmente, não posso lhe ajudar enquanto você não descobrir isso... me desculpe. - Volta-se novamente para Smiley.

– Não se preocupe professor, já estou acostumado com isso. - Não estava irritado, estranhamente estava calmo e solitário. Com o habitual sorriso sarcástico, se dirige em direção a saída da sala. –  A culpa não é sua, a vida raramente ri para mim. Digamos que sou fruto de uma piada ruim. - Diz antes de sair deixando a porta fechar-se atrás de si. 

Enquanto observa o garoto se retirando, diz para si. –

  Talvez em breve, Smiley, quando você ver que há mais do que dinheiro ou influência, possamos trabalhar juntos... 


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