The Pirate And The Prince escrita por Bruna Catarina


Capítulo 5
Capítulo 5 - Wendy, A Lágrima Azul


Notas iniciais do capítulo

Yo minna! Neste cap a história da Wendy é revelada e promessas importantes são feitas. Espero que gostem!



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“Enterre todos os seus segredos em minha pele. Desapareça com a inocência e deixe-me com meus pecados.”. (Snuff – Slipknot)



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Wendy, A Lágrima Azul




Natsu seguiu Wendy, que o levaria para conhecer o navio. Ele percebeu que ela estava com um radiante sorriso no rosto, como se não soubesse do mal que impregnava o mundo. Uma menina tão inocente assim realmente poderia estar no meio daqueles piratas perigosos? Natsu se perguntava porque uma garotinha tão jovem estava no meio de uma tripulação de piratas temidos por todo país. Será que soaria muito idiota se ele perguntasse?

–Hã... Wendy? - ele disse, meio envergonhado de perguntar isso a ela. Ela parou e se virou pra ele. Ela olhou pra ele e disse:

–Sim, Natsu-san?

–O que a trouxe a um lugar como esse? Quer dizer, o que uma menina jovem como você faz aqui, em meio a esses piratas?

–Ah... Sempre me perguntam isso... B-Bom, isso começou há alguns anos atrás.

"Eu tinha só 7 anos quando conheci a Lu. Eu tinha uma família muito pequena, só eu e minha mãe. Mas um dia, minha mãe foi acusada de ser uma espiã de um país rival, mas na verdade o que ela fazia era vender peças de cerâmica em outros países. Ela tentou provar sua inocência, mas não conseguiu. Foi enforcada na praça principal da cidade no horário de pico, então a maior parte da cidade viu aquilo.

Quando minha mãe morreu, eu fiquei... Completamente desnorteada. Minha mãe era tudo que eu tinha, mas eu a tinha perdido. Eu estava voltando pra casa chorando quando vi os guardas colocando um anúncio na porta da nossa pequena casa. O governo havia tomado nossa casa e tudo que havia nela. Quando eu me dei conta que nem casa eu tinha mais, chorei mais ainda.

Acabei por dormir na praça, ao pé da fonte, cansada depois de tanto chorar. E assim foi por mais 2 dias. Toda vez que os guardas me viam andando por aí sem rumo, eles me davam uma surra. Eu fiquei cheia de machucados e tudo que eu sentia era tristeza e dor. Eu estava sentada, ao pé da fonte da praça, morrendo de fome. Eu bebia água da fonte, escondido é claro, mas comida eu não conseguia encontrar. Eu estava chorando outra vez, quando eu a vi.

Ela estava usando uma blusa branca bufante e calças marrons, com botas pretas. Seu cabelo estava amarrado em dois rabos de cavalo e seu chapéu a deixava ainda mais bonita, apesar de, naquela época, o chapéu ficar um pouco largo nela. Ela tinha por volta de 13 anos, se não me engano. Mas já naquela época ela era uma líder incontestável. Pra qualquer um que passasse e olhava pra ela de forma reprovadora, ela dizia "Tá olhando o quê? Nunca viu uma menina, esquisito?".

Por causa do seu jeito meio assustador e seu temperamento difícil de lidar, eu me encolhi de medo dela. Então ela me viu. Os seus olhos castanhos, que antes faiscavam cheios de frieza, adquiriram um ar doce. Ela caminhou até mim e se abaixou. Ela sorriu e disse:

–O que foi, pequena? Está perdida?

–N-Na verdade eu não tenho um lugar pra voltar. Minha mãe foi enforcada por um crime que ela não cometeu, minha casa foi tomada e eu não tenho nada além das minhas lembranças terríveis. Estou fugindo dos guardas que me batem até eu implorar pra pararem já faz 2 dias. - eu disse, chorosa.

–Oh. Isso é horrível. - ela disse. Então ela fez a última coisa que eu esperava que ela fizesse. Ela me abraçou. Me confortou e me fez sentir protegida. - Você tem comido regularmente esses dias? - Ela disse. Eu me afastei dela e fiz que não com a cabeça. - Hum, imaginei. Vamos, coma. - e ela me deu um pão que tirara do bolso. Era um pedaço pequeno, mas foi suficiente pra satisfazer-me por um tempo.

–P-Porque... - eu murmurei - Porque está sendo tão boa comigo?

–Porque eu sei como é estar sozinha sem ter um lugar pra voltar. Eu sei como é estar em um pesadelo e não poder acordar. É por isso que eu estou te ajudando, pra que você não tenha que sofrer ainda mais. - ela se levantou e estendeu a mão pra mim. - Eu sou uma pirata. Capitã pirata na verdade. Eu posso te levar ao meu navio, onde você terá um quarto, comida e água todos os dias e uma cama quentinha pra dormir a noite. Mas terá que aceitar o preço de ser uma pirata. Se aceitar, jamais voltará a ser uma pessoa querida pela sociedade. Entende isso? - eu fiz que sim com a cabeça e ela disse: - Ótimo. Se pegar minha mão agora, te levarei comigo e te darei uma segunda chance. - eu nem precisei pensar. Peguei a mão dela e me levantei. Eu abracei sua cintura e disse:

–Obrigada. Muito, muito obrigada. - ela sorriu e fez carinho na minha cabeça, dizendo:

–Esqueça toda a dor que você tem sentido. Me conte seus segredos e confie sua dor a mim. Tudo que eu quero em troca, é que você acorde todo dia e mostre ao mundo o sorriso lindo que eu sei que você tem. - eu sorri pra ela e disse:

–Sim!"

–E é por isso que eu sorrio todos os dias. Eu tive mais uma chance de ser feliz, e vou aproveitá-la. - disse Wendy. - Agora eu desempenho a função de médica do navio, visto que eu aprendi uns truques por aí.

–Então... Foi você que fez com que eu não enjoasse no navio?

–Sim, foi. Usei um remédio caseiro, uma velha receita da minha família. Eu também fico enjoada ás vezes, então resolvi te dar um pouco porquê muita gente fica assim. Fico feliz que tenha sido de ajuda! - Ela suspirou e olhou pro nada, sonhadora - Eu vi que você não se deu muito bem com a Lucy de cara... Mas sabe, a Lu é uma pessoa muito boa. Todos os piratas dessa tripulação tem uma dívida de gratidão com ela, e juntos somos uma família. Tudo bem, nós roubamos pra viver, mas mesmo assim... Nos amamos e confiamos uns nos outros, nós tivemos uma segunda chance graças a Lucy. Você vai ver. Se você deixar, Lucy pode te mostrar um novo jeito de ver a vida. - dizia Wendy.

–Sim... De algum jeito isso me parece levemente familiar... - dizia Natsu, olhando pro chão absorto em pensamentos. Wendy olhou pra ele com um sorriso ainda maior.

–Sério? Sério mesmo?

–Claro.

–Isso é ótimo! Ei, ei, você me promete que vai dar uma chance a ela? Me promete que vai dar uma chance de ela mostrar um novo horizonte pra você? - Natsu olhou para aqueles olhinhos brilhantes, cheios de esperança. Aqueles olhos não mentiam. Natsu sorriu e disse:

–Eu prometo! E também prometo que vou me esforçar pra ser seu amigo, Wendy!

–Sim!


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