Assimetria conveniente escrita por DeadPmoon


Capítulo 1
A troca


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Essa é a minha segunda fanfic KidxMaka, mas dessa vez resolvi apostar escrever em português mesmo. Aproveitem!

Ah sim! Por favor, não deixem de comentar. Eu preciso saber se vocês apreciam o enredo da fanfic antes de continuar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366123/chapter/1

Capítulo 1 - A troca

DEATH THE KID P.D.V

Ah, a simetria! Nada é mais belo que as proporções geométricas, a exatidão das medidas! O universo exala harmonia sem irregularidades e imperfeições. Desprezo aqueles que desconstroem com tanta facilidade e ignorância a imagem de um mundo simétrico – e no momento, estou me referindo a um indivíduo específico, que tenho a infelicidade e quase obrigação de encontrar diariamente – Soul Eater Evans. Criatura infeliz, com aquele cabelo espetado, bagunçado, desarmonioso. Eu fui amaldiçoado com um cabelo naturalmente errado, graças as três linhas de Sanzu, sendo impossível torná-lo simétrico, mesmo comigo passando horas arrumando cada fio do meu couro cabeludo (sou uma pedaço de lixo inútil...) Mas aquele maldito, mesmo tendo a possibilidade de arrumar o próprio cabelo simetricamente sem grandes dificuldades, nem sequer se importa! Pelo contrário, quando o questiono ele apenas me resmunga algo sobre arrumar o cabelo "não ser maneiro". Ultraje! Como pode fazer isso com a bela simetria? Como um genuíno Shinigami, não posso permitir isso! É um desrespeito ao equilíbrio natural! Não posso! Não...

– Kid, acorda pra vida! – Liz me chacoalhou, me trazendo de volta a realidade – Foi só eu falar sobre como minha unhas estão perfeitas hoje que você já teve um ataque obsessivo de simetria, fazendo mil caras e bocas diferentes!

– Perdão, estava apenas filosofando. – Respondi, orgulhoso. Liz suspirou.

– Vamos logo, a aula já começou. – Ela me puxou pelo braço. Já estávamos nos corredores da Shibusen, próximos a sala de aula. Patty nos acompanhou, carregando em seus braços uma girafa de pelúcia.

Ao entrarmos na sala, senti o olhar frio e corrosivo de Stein direcionado a mim. Ele desprezava o atraso por parte dos alunos. Provavelmente agora ele deveria estar pensando em como me dissecar por inteiro – só de imaginar já me dava calafrios! Sentei no meu lugar, ajeitando minhas pernas da forma mais simétrica possível, e ao meu lado se acomodaram as irmãs Thompson. Logo na carteira acima da minha estava Tsubaki, imaginando onde estaria seu parceiro, o idiota e exageradamente egoísta Black*Star. Acenei educadamente, recebendo um cumprimento gentil em resposta. Logo abaixo avistei a Maka ao lado do Soul, o porco espinho albino assimétrico.

– Bom dia Maka! – Murmurei em baixo volume, afim de evitar que nosso amado professor Stein escutasse.

– Bom dia Kid! – Ela sorriu gentilmente em resposta. Que belo sorriso aquela garota possui, sempre sincero e acolhedor.

– Eaí, Soul – cumprimentei secamente. Ainda estava perturbado com o cabelo dele, e hoje mais do que o normal.

– Eaí. – Ele soltou em resposta, levantando o braço em símbolo de cumprimento mas sem se preocupar em desviar o olhar para mim.

Neste momento, Sid entrou na sala, interrompendo a aula.

– Kid, Maka, Black*Star e seus parceiros, me acompanhem por favor. – Ele comunicou, em alto tom para permitir que sua voz ecoasse pela sala. Tsubaki lamentou a ausência do parceiro, mas nos acompanhou da mesma forma.

– O Shinigami-sama está nos chamando? – Maka indagou a Sid.

– Exato. Me acompanhem, por favor. – Ele disse e então seguiu adiante.

Ao entrarmos na Death room, a primeira coisa que se foi avistada foi uma figura de um homem, correndo como louco, exaltado, em nossa direção.

–MAKAAAAAAA! MINHA LINDA FILHA! PAPA ESTÁ AQUI! ME DÁ UM ABRAÇO DE URSO MEU AMOR!

–MAKA-CHOP! – Maka o golpeou com um livro que estava segurando. Pobre Spirit. Aquele livro tinha no mínimo 800 páginas! As vezes me indago como aquele corpo dela. que parece tão frágil (ao contrário da alma, teimosa e determinada) carrega com tanta facilidade um peso daqueles.

–Por que não me ama, minha filhinha? – Choramingou Spirit, acariciando a cabeça contundida.

–Você sabe muito bem a resposta, papa. – Ela respondeu friamente.

–Bom dia crianças! ~ - Uma voz infantil cantarolou.

– Bom dia, honorável pai. – Respondi, respeitosamente. O resto do grupo também o cumprimentou. – O que temos para fazer, desta vez?

– É uma simples missão! Há uma bruxa aqui em Death City, e eu quero que vocês descubram qual o propósito dela. Não vai demorar muito até ela liberar o Soul Protect novamente. Me parece que não é uma bruxa muito cuidadosa.

– Essa vai ser fácil – Soul sorriu com aqueles dentes afiadíssimos, que mais pareciam os de um tubarão.

– Vamos lá! – Maka exaltou com excitação. Ambos dispararam na frente pois estavam animados para realizar a missão. Estávamos em tempos pacatos e para aqueles que gostam de ação, qualquer movimento é lucro. Maka era uma pessoa ávida, desejava ser forte. A missão de campo é a melhor maneira de ir se superando aos poucos, portanto, compreendia perfeitamente essa exaltação por parte dela.

– Mas... e o Black*Star? – retornei a encarar meu pai, assim que me lembrei da figura. Tsubaki também o encarou, aguardado uma resposta.

– Ele está treinando a concentração no momento... Me desculpe Tsubaki-chan, você não poderá participar desta missão. – Ao som destas palavras, ficou explícito o desânimo nela, estampado em seu rosto. Em poucos segundos ela se recuperou.

– Não tem problema, eu vou para casa – Ela respondeu ao meu pai sorrindo forçadamente e se direcionou a saída. A aura dela estava claramente depressiva.

– Vamos, Liz, Patty. – Chamei-as, Liz parou de mexer no esmalte e Patty jogou pro lado os restos de enchimentos - do que antes poderia ser considerado uma pelúcia de girafa - e me seguiram.

Não demorou nem dez minutos após sairmos da Shibusen que a Maka sentiu a presença de uma bruxa.

– Por aqui! – ela exclamou e logo começou a correr, instintivamente. Soul estava logo atrás dela.

A seguimos, eu estava sob o Belzeebub e Liz e Patty imediatamente se transformaram em pistolas para o transporte ser facilitado. Em pouco tempo, estávamos de frente a responsável por aquela presença 'bruxolesca'.

– Teremos que lutar com ELA? – Soul disse, em tom de decepção, apontando para a criaturinha.

A bruxa que estava a nossa frente era pequenina, tinha no máximo 1,30m de altura. Tinha aparência totalmente infantil; cabelos curtos e castanhos, olhos azul-piscina enormes e brilhantíssimos. Em sua cabeça estavam expostas duas grandes orelhas pontudas de animal, peludas e macias. Ela usava um vestidinho branco com estampa de margaridas e em sua traseira era possível ver um grande rabo peludo de raposa. Era uma criatura adorável! Percebendo a falta de perigo da situação, Liz e Patty se voltaram novamente para suas formas humanas. Liz estava encantada com tamanha fofura diante dela.

– Posso ficar com ela? Eu juro que dou comida! - Liz disse, em tom de brincadeira. Isso pareceu irritar a pequena bruxa.

– Tá achando que eu sou cachorro, ô nojentinha? - A bruxinha provocou, fazendo careta.

–Nojentinha? – Liz exaltou com irritação e foi correr atrás da pequena – Mas que peste! Venha aqui pra ver quem é a nojentinha! – A bruxinha riu. A criança parecia fraca, mas era muito ágil. – Maldita! Não consigo pegar ela! Me ajuda aqui, Soul, Patty! - ela implorou. Eu não pretendia fazer nada, apenas olhar com divertimento a situação, assim como Maka. Como a Liz já estava ciente disso inconscientemente optou por chamar o Soul e não a mim.

Assim, Patty entrou gargalhando na brincadeira e começou a correr atrás da bruxinha em círculos, assim como Soul, que só foi quase que por obrigação. Maka o empurrou para perto da pequena assim que a Liz o chamou e instintivamente ele também começou a correr atrás da bruxinha, participando da correria. Eu me dispus ao lado da Maka, que estava rindo com toda aquela balbúrdia.

– Isso nem se pode ser chamado de missão – Comentei a ela, rindo.

– Né! – Ela ria, se divertindo com a situação.

Alguns míseros segundos depois, a bruxinha voou de repente para cima, saindo do alcance do grupo que a perseguia.

–Volta aqui, garotinha! - Soul gritou. Patty tentou pular para alcança-la.

Ela olhou para baixo e sorriu, então balançou a varinha dela, direcionou o olhar a Maka e Kid e suspeitosamente, apontou-a para eles.

– Vocês não brincaram comigo! Vão ser castigados! – Ela falou, rindo sarcasticamente. - Foxe Foxie Foartic! – Um brilho reluzente surgiu em volta de sua varinha.

–Maka! Kid! – Liz gritou preocupada.

Opa! Eu e a Maka estávamos de guarda aberta! O que faríamos naquela situação? Tentamos, instintivamente, desviar do brilho que se aproximava rapidamente de nós, porém, a luz tornou-se cada vez mais intensa e ofuscante, impedindo-me de enxergar. Assim, em poucos milésimos, fomos ambos atingidos... Fechei os olhos por um segundo e coloquei minhas mãos cobrindo meu rosto em uma tentativa inútil de proteção. Logo, os abri. Olhei ao redor. Apenas uma cortina de fumaça em minha volta. Nada mais parecia diferente. Pouco depois, a neblina que tornava minha visão quase que opaca desapareceu, o que me permitiu olhar ao redor com clareza.

– O que aconteceu? – Perguntei. Minha voz! Parecia mais... fina? Afeminada?

Em pouco tempo, notei olhares me encarando, tentando desvendar qualquer diferença. Estavam todos próximos de mim, exceto Maka.

–Liz, aconteceu alguma coisa comigo?

– Acho que não, Maka, você parece igual sempre.

– Maka? Tá maluca? É o Kid aqui!

–Kid? - Ela indagou, estranhando. Por que tal estranhamento? Como ela poderia me confundir com a Maka?

Neste momento, notei olhares surpresos, e, poucos segundos depois, Soul estava com a mão tampando a boca, como se estivesse contendo o riso.

– É você mesmo Kid?

–É claro que sou eu! O que é que há com vocês? - Perguntei com ânsia.

Liz apontava seu dedo trêmulo pra mim, tentando falar-me algo.

–Vo.. vo... – Ela gaguejava, segurando o riso.

–Vo o quê, mulher? Fala logo! – Gritei, aflito.

–VOCÊ TÁ NO CORPO DA MAKA! – Ela então exaltou e seguidamente soltou uma risada altíssima e exagerada.

No corpo da Maka... Esperaí aí. Mas.. Mas o quê? EU O QUÊ? Olhei para as minhas mãos e eu parecia estar vestindo luvas brancas. Passei a mão em meu cabelo e senti dois rabos de cavalos posicionados em lados contrários. Eu estava sentindo uma brisa estranha passar entre minhas pernas... EU... ESTAVA DE SAIA! E EU ESTAVA NO CORPO DA MAKA! Olhei para os lados desesperado, a procura do meu corpo. O avistei logo ao meu lado, e eu, quer dizer, a Maka, estava olhando assustada para mim, com aqueles meus olhos dourados.

–KID! SAI DO MEU CORPO! – Ela exaltou – CADÊ AQUELA BRUXA MALDITA? DEVOLVE MEU CORPO! – Ela procurou a bruxa, porém a mesma já havia sumido dali.

Neste ponto, todos, exceto é claro Maka e eu, caíram na gargalhada. Uma situação tão constrangedora quanto, admito, hilária!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaí gente, como será que eles vão lidar com isso? Putz, que situação hem? :P

Bom, esse é apenas o primero capítulo e foi curtinho propositalmente pois eu só pretendo continuar com alguns leitores. Preciso que comentem para saber se gostam da minha ideia. Por favor, não o deixem de fazer.

Até logo (:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Assimetria conveniente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.