Nocturna - Fic Interativa - escrita por Elora


Capítulo 2
Um toque


Notas iniciais do capítulo

Olá,meus queridos leitores!
Eu adorei todos os personagens que me enviaram e agradeço por ter cedido a mim está mera mortal suas ideias.Porém ainda preciso de alguns personagens então estejam dispostos a mandarem mais fichas.
E ainda não encontrei um co-autor,então quem desejar é só me mandar uma mp.
Espero que gostem do capitulo!
bjs!
P.S:Um personagem maravilho vai aparecer no proximo capitulo tenho certeza que vocês vão adorar conhecer o Jeremy.



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 – Onde você estava? – perguntou Melissa,sobressalta.

– Só seguindo um garoto novo – disse ela,despreocupada.Dando de ombros.

– Você é maluca?Como diz isto com tanta naturalidade,você tem namorado  – falou Melissa,um tom de voz exaltado.

– Ele é bonito? – intrometeu-se Siena – Sim,é só para constar,eu tenho namorado mais não estou morta ou cega,tá – completou,lançando um olhar agressivo a Melissa.A espera do sermão da Melissa.

– Era personificação de um deus grego andando por nós meros mortais – revelou Natasha, num tom teatral.

– Tchau,depois conversamos – interviu Jon,impaciente.Melissa se despediu deu as costas para nós e carregou a  Siena  consigo seguindo pelo corredor abarrotado de estudantes.

Entramos na sala,Jon e Natasha sentaram-se juntos na primeira carreira de  mesas da classe;alguns alunos agrupados sentados em uma mesa distante grudaram seus olhos em mim;a cada passo em direção ao fundo da senti o nervosismo apoderar  dos meus sentidos .

– Olha quem chegou a anormal da família – interceptou Anita Muniz,com a voz carregada de desdém.Vestia uma saia vermelha justa e uma regata branca com um decote avantajado.

Soltei uma gargalhada irônica.

Ela me encarava desorientada com a minha reação inesperada,seus olhos azuis presunçosos mesclado de confusão.

– Pensei que fosse uma piada sobre você,afinal você que é a aberração por aqui – retruquei,sorridente. – Mas a piada não foi sobre qualquer animal que seja igualado com você, então já perdeu a graça – acrescentei,passando por ela.

Andei em passos pesados até o meu lugar no fundo da sala,acomodei-me na cadeira e coloquei á mochila na cadeira vazia ao meu lado;liguei o mp3 no ultimo volume a musica Smile da Avril Lavigne explodia nos fones de ouvido,não queria ouvir o burburinho  de especulações sobre mim. – Como a Elisa pode trocar suas vestes exuberantes que realçava as curvas do seu corpo esbelto por roupas simples e toda está coisas supérfluas.Porém todos ali desconheciam os motivos levaram-me a uma transformação tão repentina e inesperada.

Há oitos anos,numa noite fria e nebulosa descobri que eu era uma aberração;o meu dom ou posso dizer a "maldição" é a telecinésia.Consigo fazer qualquer objeto flutuar no ar ,todavia quando perco o controle das minhas emoções os objetos ganhavam voo descontrolados   desorientados lançados por todas as direções, muitos jarros e objetos delicados já explodiram em meu quarto.

Hoje, tenho que controlar os meus sentimentos para não destruir tudo ao meu redor.Já tinha minhas despensas com a escola,mensalmente eu doava uma quantia em dinheiro pelos  meus danos nas janelas quebradas  e lâmpadas estouradas do prédio.

O sinal tocou,finalmente,os alunos que aglomeravam-se nos corredores começaram ir para suas respectivas aulas;então ele apareceu na soleira da porta. – Isso só pode ser uma brincadeira e de muito mal gosto – pensei.

Andou até o fundo da sala.

– Oi,Alex! – falou ele,sentou na cadeira ao meu lado.Abaixei  volume da música Nobody perfect de Jessie J  berrando no meu mp3.Porém continuei em silêncio por um longo segundo.

 – Sou Luisse – apresentei.

Seus olhos exprimiam curiosidade ao meu respeito,mas ele emanava mistério.

– Bom dia,meus queridos alunos! – saudou,o senhor Jean Ferraz.Retirei os fones de ouvidos,peguei à mochila do chão,pois ele havia derrubado,e guardei-o.O professor passara um teste surpresa em dupla com vinte perguntas sobre a obra O mercador de Veneza.

– Prefere responder primeiro? – perguntei,minha voz soou hesitante.

– Sim,algum problema quanto a isso? – ele especulou,educado.Sua atenção voltada para mim como se fossemos os únicos ali presente.

Seus olhos eram sagaz,observava cada um dos meus movimentos,como de um leão selvagem a espera do momento certo tramando um ataque letal a sua vitima;desviei os olhos e, comecei a tamborilar os dedos ansiosos concentrei-me no tampo da mesa encardido.

Ele entregou-me o questionário, evitei qualquer contato com sua pele novamente.Foi estranho e muito assustador quando ele me segurou em seus braços ... Nunca senti nada comparado com o que sentira e minha mente ainda estava atordoada recolhendo os cacos que fizera o acidente.

 – O que te trouxe aqui? – interroguei intrigada.Sentia-me na obrigação de conhecê-lo,minha intuição esbravejava  para eu ter cuidado,pois seus olhos eram frios e enigmáticos.Tinha um aviso  estampo neles ... Algo que me arrependeria por ter desvendado este mistério sobre a sua vida.

Sua postura ficou rígida por aquela pergunta repentina,ficou em silêncio por um perpetuo minuto;então arrastou a minha cadeira para ficar mais junto da sua,o rangido abafado pairou sobre nós.

– Você.

Sua voz soou sedutora,mais com uma pontada de ironia.

– Tenho certeza que não tive nada haver com a sua chegada –  eu articulei,sarcástica.

– Como está a minha aluna favorita? –perguntou o professor Jean,parado a minha frente,com uma expressão de admiração difundida em orgulho.

– Estamos terminando – informei-lhe.

– Que bom! – exclamou ele,com um sorriso amarelo nos lábios. – Tem uma parceira muito boa,Jean – completou.

– É,eu sei – concordou Alex num tom de malicioso,seus olhos correram lentamente pelo o meu corpo.No entanto o professor pareceu não notar a suas palavras maldosas.Então voltou a caminhar pela sala supervisionando os outros alunos.

– Então você é aquele tipo de pessoa que tem medo de viver – supôs Alex.Como ele tinha a audácia de fazer suposições ao meu respeito.Ele nem me conhece.

– Você não sabe nada sobre mim – prossegui. – Então não fale como se soubesse – repreendi-o. – Ele só está fazendo isto para te irritar – disse, a mim mesma.

Respirei fundo.

– Você tem certeza? – perguntou Alex uma expressão audaciosa serpenteou em seu semblante. – Por que não olha o que está escrito atrás da folha? – sugeriu.Relutei por um instante,depois quis dá uma conferida desinteressada.

Você deveria parar de mentir para si mesma, você não é igual a todos neste colégio miserável.Você é especial,tem um poder tão extraordinário se ao menos permitisse que ele se libertasse das correntes colocadas  por você para aprisioná-lo dentro de si.Mas você tem medo de utiliza-lo,não é?

Não conseguir controlá-lo,e depois não ser a mesma pessoa,que ele te consuma e se torne uma pessoa solitária neste mundo grandioso.Onde todos apontam-na como uma anomalia.Uma aberração.

Só que existe muitas coisas que seus olhos nunca viram ,e que agora terá a oportunidade de conhecer.Existem muitas pessoas como você, só que você não os encontram por acaso andando pelas ruas.Eles tem temores como você e sonham encontrar uma luz que os guiam para um lugar onde tudo é diferente em que ser possa aceito do jeito que é.Sem restrições.

Se você confiar em mim,nunca  mais terá que ficar sozinha.Vou lhe mostrar coisas que nunca ousou imaginar nem nos seus melhores sonhos.Se desejar,me encontre na biblioteca na hora do almoço.

Encarei-o perplexa sem entender o que tudo aquilo significava; eu podia ver que cada palavra escrita por sua perfeita caligrafia era verdade.Seus olhos encontraram o caminho dos meus, meu coração batia descompassado em meu peito, minhas mãos suavam descontroladamente,obriguei a minha respiração a tranquilizar o meu sistema nervoso,porém foi inútil.

Os vidros das janelas começaram a dançar nos ferrolhos produzindo uma sinfonia rouca estridula, às luzes do teto oscilantes deixavam rastros de risadas provocadas pelos meus colegas de classe, alguém engatou uma conversa sobre a escola ter sido construída em cima de um cemitério.O professor assustado com os eventos estranhos foi até a janela,o céu azul-turquesa não tinha vestígios de nuvens,ao menos tinha uma brisa leve transitando pelas ruas.

Uma mão cálida pousou em meu rosto,e tudo que lembro.Uma chuva de cacos de vidros atirados para fora da sala,gritos histéricos e os alunos amedrontados correndo pela sala desosrientados buscando uma forma de proteção contra o aguaceiro de vidros estilhaçados.

Merda.


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Notas finais do capítulo

Suas opiniões são todas bem- vindas!