Nocturna - Fic Interativa - escrita por Elora


Capítulo 11
Sonho ou pesadelo?


Notas iniciais do capítulo

Olá,leitores estava com saudades de vocês.Como a minha criatividade está estagnada com a minha outra estória resolvi postar mais um capitulo para vocês.Quando escrevo uma história não consigo escrever a outra.TRAGICO!!
Espero que gostem do capitulo.
Bjs!
P.S:Daqui a pouco eu posto o próximo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/365898/chapter/11

Os múrmuros penosos e choros histéricos haviam cessado entorno da fita amarela e preta que limitava o acesso à escola. Os rostos familiares tristonhos velavam em silencio os corpos que iam surgindo entre os escombros; eu observava tudo de longe escorada pela parede solida descascada do laboratório de química. Eu precisava de uma bussola para indicar a direção que tanto necessitava para despertar deste pesadelo em que fora arrastada.

Reconheci o rosto pequeno em formado de coração revestido de uma pele branca, seus olhos marejados deixam as lagrimas trilharem as suas monções na sua face, era a senhora Elisa.A mãe da Melissa.Que jazia com a cabeça apoiada no ombro do marido Renan que ocultava bravamente a tristeza devastadora do luto pela morte da sua única filha.

– Sinto muito pelos seus amigos – consolou Austin, parando ao meu lado.

– Como sabia que eu estava aqui? – especulei, sequei as lagrimas involuntárias que deságuam dos meus olhos.

– Rebecca me contou sobre o atentado,então apenas juntei as peças – ele esclareceu,pondo a mão no meu ombro.

– Sabia que eu deveria está ali?O Jeremy foi até a minha casa e eu acabei me atrasando para aula – revelei, fitando o grupo de bombeiros que havia encontrado mais um corpo inativo coberto de poeira de concreto, reconheci a pulseira de ouro com pingentes de sapatos que brilhava sob o sol fraco.Anita.E agora estava sendo o colocada dentro do saco preto. – Eu deveria está morta agora – acrescentei.

– Mas não está.Agradeça o mala do Jeremy por ter salvado a sua vida – aconselhou Austin,então me envolveu nos seus braços dando-me um abraço de urso.

– Eu não quero parecer rude, mas eu prefiro ficar sozinha – mencionei com o rosto espremido na sua camisa,o seu perfume amadeirado havia se instalado nas minhas fossas nasais.Afastei-me  e,forcei os meus pés encontrem um lugar onde eu pudesse ficar com minha dor ;então avistei a porta do laboratório aberta e decidi adentrar no recinto.

O cômodo estava todo revirado,objetos estilhaçados ,cadeiras divididas em diversos pedaços,diferentes partes do esqueleto estavam espalhados por todo lugar que formavam uma lembrança solida do caos que eu fizera quando encontrei com o Jeremy a primeira vez.

Ele tinha algo que conseguia desestruturar a minha lucidez e deixa-la fragmentada e submersa na minha mente.Eu precisava afasta-lo da minha vida,porque por mais que odiasse admitir a sensação frenesi da sua pele sob a minha que provocava  formigamentos prazerosos dentro de mim,era como tentar  desatar um nó que já estava enraizado em cada pensamento.Eu tinha que tomar uma atitude quanto a isso.

Jeremy era a chama flamejante que destruía toda  a integridade com o seu toque e o Alex o rapaz que faz um simples e poderoso sentimento dominar as minhas ações todas sempre favoráveis  a ele.

Passos abafados soaram atrás de mim, eu não precisei olhar para saber quem era.

– Por que você nunca ouve o que eu digo? – perguntei,dedilhando a estante pendurada por poucos pregos enferrujados.As nossas conversas frequentem  eram disputas de poder,e não me importava com isso.O jeito dominante que bebia de cada segmento do meu corpo era irritante,porém não ter os seus olhos vazios passeando em mim era solitário e gélido.

Respirei fundo.

– Porque eu tenho a mania de ouvir apenas os seus pensamentos – brincou Jeremy,a sua sombra se ampliou na parede a minha frente.

– Você não tem nada melhor para fazer do quê ficar me perseguindo? – falei,esquivando-me dos olhos negros imprudentes que se aguçavam a cada passo em minha direção.

– A melhor coisa já está na minha frente – ele respondeu.

A sinceridade dissecada e transformada em palavras ditas por sua voz aveludada me fez derrubar as ultimas prateleiras da estante danificada.

– Você não se cansa desses joguinhos? – perguntei, tentando consertar o estrago que acabara de fazer.

– Isto não é um jogo.

Não consegui refrear as minhas pupilas de rolarem lentamente nas minhas orbitas oculares.

– Se lembra do nosso primeiro beijo? – continuou – depois você enfiou aquela merda de vidro em mim. Rebecca demorou muito para costurar a minha pele – acrescentou ele, seu suspiro pensativo solidificou-se no ar entre nós. – Como não lembrar? – pensei.O seu desejo liquido impregnando todo meu lóbulo frontal devorando as batidas ritmadas do meu coração e ocasionalmente me fazendo deteriorar a lembrança do Alex momentaneamente.

– Por que você me beijou naquele dia?

Virei o rosto para encara-lo esta história nunca deveria ter começado mais agora escreveria o nosso ultimo ato. Seus olhos fitavam os meus intensamente, sua respiração aquecia o meu semblante estava vidrada em cada centímetro do seu rosto.

– Sinceramente, eu não sei.

Suas mãos encontraram as passadas da minha calça e me puxou contra o seu corpo.

– Não sabe? – indaguei,;nossos lábios estavam separados por uma fina passagem de ar. – Você nunca sabe o que quer – conclui,mais para mim mesma do que para ele.Recordando da presença fantasmagórica da sua ex-noiva.Carmely.

– Eu quero você. Aqui e agora, não me importo com nada se tiver você – ele sibilou. – Eu só preciso saber se você me quer? – completou,num tom decidido.Mas ele não percebia que tudo não se resumia em uma simples pergunta.Eu estava  comprometida,e ele sabia disso.Como abandonar a segurança pelo imprudente?Era assim que poderiam serem definidos o Alex e o Jeremy.

Fiquei em silencio por um perpetuo minuto.

– Sim, eu quero você.

...

Abri os olhos,como um filme caseiro em preto em branco as cenas estavam embaçadas do Jeremy dançavam fazendo movimentos sutis e turvos, ele  me deitando sob o mármore frio da mesa mais próxima; suas mãos apressadas tirando a sua camisa exibindo o seu peitoral musculoso e se inclinando sobre mim.A sua boca se inundando na minha com o seu sabor transcendental,queimando tudo dentro de mim rapidamente.Uma corrente elétrica transitava em minha pele paralisando qualquer pensamento racional.Quando dei me conta ,nós já estávamos a trajes íntimos.O seu sorriso malicioso

A voz da Hayley cantando a musica Ignorence  parecia ascender no meu bolso traseiro da minha calça jeans,peguei o aparelho e o atendi.

– Se você não sair agora,o seu sonho irá se concretizar – avisou,uma voz feminina.

– Sonho?– repeti aturdida,agora havia entendido o que ela havia dito eu estava sozinha no laboratório de química.  – Quem é você?

– Apenas uma amiga.

Então encerrou a ligação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!!!!!!