Cath passou pela sala onde a TV estava ligada num canal de noticias e viu sua mãe sentada no sofá, dormindo. Cath balançou a cabeça, não atrapalharia o sono da mãe, então foi desligar a TV feliz por Grissom ter passado a noite com ela, foi quando viu a noticia e teve certeza de que aquilo não era uma brincadeira.

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- Fale devagar Cath! – Grissom pediu olhando Sara que tirava fotos do corpo. Ele se afastou um pouco pra ouvir Cath melhor.

- Grissom, esse corpo que vocês acharam. Meu Deus. – ela estava ofegante – Esse é o corpo que estava nas fotos! – ela berrou, mexendo em algo.

- Não seja boba, claro que não é! – Grissom tampou o Sol com uma de suas mãos.

- É sim! – alguma coisa caiu e Grissom franziu a testa, o que Cath estava fazendo? Ela parou ofegante – Cadê as fotos e o bilhete de ontem? Eu deixei aqui... Cadê?

- Joguei fora... Cath você esta...

- Jogou fora? O que? – Cath afastou o telefone dos lábios e gritou pra outra pessoa – Mãe! Mãe! O lixo, cadê? O QUE? Nada! Não acredito. – pelo barulho Grissom achou que ela estivesse correndo.

- Cath, o que você esta fazendo? – Grissom franziu mais a testa.

- O lixeiro já passou, já passou. – ela parecia choramingar e então a ligação caiu.

- Cath?! Catherine?! – Grissom se virou e levou um susto quando deu de cara com Sara lhe fuzilando com o olhar, mas logo se acalmou e sorriu.

- Estava falando com alguém? Ou estava falando de alguém? – ela mordeu o lábio prosseguindo – Ou estava verificando se eu ainda estava aqui quando desligou o celular desesperado? Ou os três? – o sorriso dela se foi e Sara já se virava para ir embora quando seu coração foi fatiado e pego de surpresa pelas palavras dele.

- Precisamos terminar, agora! – sua voz era séria – Precisamos muito terminar e não terá volta.

O sangue de Sara ferveu e ela fechou tanto a mão em punho que suas unhas poderiam ter entrado em sua carne, mas ela relaxou imediatamente.

- Vou retirar minhas coisas da sua casa ainda hoje. – Sara deu uma rápida olhada pra trás, onde Grissom estava encarando-a – Grissom. Olha pra onde você esta indo. – ela baixou o tom de voz – Indo de encontro ao assassino.

- Sara...

- Cath! Esse é o nome. Cath. – ela falou lentamente e quando deu as costas Grissom ainda podia ouvir a voz dela ecoando o nome de Cath.

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Ele abriu os olhos sentindo algo em seu rosto, algo que antes não estava ali. Seu corpo estava totalmente quebrado e sua vontade de viver já tinha chego ao fim. Com a visão embaçada olhou ao seu redor, ainda estava preso, mas o mascarado não estava ali. Ele olhou pra sua frente vendo o seu reflexo no espelho e levou um susto quando viu a imagem do mascarado. Uma imagem assustadora. “Cadê ele?” o homem não tirava os olhos de sua imagem. Tão apavorado com a mascara que usava, a mascara que o assassino estava usando antes dele desmaiar. Ele se encontrava ainda nu e ele podia ver cada ferida de seu corpo. Seus pulsos e tornozelos estavam amarrados. Ele sentiu vontade de gritar, mas só de respirar sentia dor.

- Socorro! – sussurrou, sua garganta arranhava e seu pulmão ardia.

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Cath estava nervosa e apreensiva, não sabia o que fazer. Parou o carro e decidiu pensar, mas seus pensamentos eram absurdos.

“Por que ele jogou as fotos fora? Não, não, se ele fosse o assassino... Não faz o menor sentido ele me dar aquilo e depois jogar fora, não faz nenhum sentido o assassino estar entre a gente!” Cath franziu a testa e pegou sua pasta onde havia tudo sobre os casos do serial killer, graças a Warrick.

Olhou então os nomes de cada pessoa que trabalhou em todos os casos e além de Grissom, Brass e David, os que apareciam em todos era Nick e... ela. Levantou o rosto, ela só não apareceu em dois casos, mas...

Cath saiu do carro olhando toda a rua vazia. Vizinhança calma, e a casa de Sara bem a sua frente. Greg também não trabalhou em dois casos, mas alguma coisa dentro de Cath dizia que Sara sabia de algo.

Catherine aproveitou a janela dos fundos da casa que estava mal fechada e entrou.

Cath não sabia por onde começar, a casa de Sara era enorme e com tantos cômodos que se um ladrão entrasse ali desistiria de roubar algo pela casa ser um labirinto. Mas Cath já fora ali muitas vezes e decidiu começar pela sala onde Sara trabalhava. Ela correu pra lá com cuidado, sem fazer qualquer barulho. Cath sabia que Sara não estava, mas tinha cautela a cada passo.

Entrou na tal sala sentindo inveja por ser tão linda pra uma sala de trabalho. Tudo arrumado e organizado diferente de sua salinha. Cath deixou a porta entre aberta e caminhou pela sala tocando em tudo a procura de algo que não sabia. Em meio à linda sala havia uma algema grossa que fez Cath franzir a testa. Teve medo de seus pensamentos, será que Grissom...? Ela pegou o metal gelado e o revirou na mão, deu de ombros e o largou no mesmo lugar, no chão perto da mesinha. Ela parou e olhou ao seu redor. Procuraria na mesa onde tinha papeis e pastas arrumadas e organizadas. Ali era seu ponto de saída, pois era sobre o caso garganta todas aquela folhas.

Havia muitas informações ali. Ideias que era dela, somente dela. Cath sentou e começou a ver as informações, as fotos, cada pista.

Depois de horas procurando algo, sem sucesso algum, passou pela sua cabeça de novo que não poderia ser Sara. Ela sentiu um enorme alivio por isso e então se jogou no sofazinho após ter arrumado tudo. Até sorriu se sentindo feliz pela morena, mas esse momento acabou quando enxergou uma pasta grossa em meio a vídeos na estante, ela achou estranho e foi até a pasta, pegando-a.

Antes que pudesse fazer qualquer coisa, um barulho de carro a assustou. Correu até a janela, abriu um pouco a cortina e viu o carro de Sara estacionando. Seu desespero aumentou e rapidamente guardou a pasta em sua bolsa grande.

Sara estava estacionando, então ela entraria pela porta dos fundos onde a janela estava entre aberta, Cath então só poderia sair pela porta da frente. Correu desesperadamente até a porta da frente, esbarrou em um vaso que ela segurou a tempo e continuou com a corrida silenciosa até a entrada principal. Cath ouvia apenas as batidas de seu coração que parecia querer explodir. Fora isso era apenas um silencio profundo. Colocou a mão na maçaneta, mas não foi ela quem girou.