Quando o sol se vai

E a noite cai

As estrelas brilham

E os rostos se iluminam.

No céu escuro

Na noite fria

Eu subo no muro

Para admirar a luz que ela irradia.

Como a lua é bela,

Iluminando a escuridão

Eu a observo da janela

Pensando naqueles que moram no meu coração.

Todas as noites eu falo com ela,

Coisas minhas e dela,

Poucas pessoas notam,

Mas a lua é muito tagarela.

Para ela digo poesia,

Esperando que demore a chegada do dia,

Então continuo aquela troca de palavras infinita

Já percebeu como o silêncio irrita?

Todas as noites observo as constelações,

Aqueles grandes heróis,

Que um dia possuíram belos corações,

Será que pessoas quando morrem viram estrelas?

Eu sei lá, mas se for,

Então eu quero um dia ser uma delas.

A lua guarda nossos segredos mais profundos,

Nossos diversos mundos,

Nos observa das alturas,

Nas noites de ternuras,

A bondade é o que procura,

Viver sem observá-la é uma tortura.

Ela protege quem vai luta,

Quando um amigo se junta,

Quando alguém escuta.

O uivo do lobo é uma sinfonia,

A mais linda melodia,

A lua guarda consigo,

Os mais insanos pensamentos,

Se uma nuvem a cobrir,

É melhor ficarmos atentos,

Pois é horrível vê-lá sumir.

Ela guarda os sigilosos segredos,

Sabe de tudo, até sobre nossos piores medos,

Ilumina até os mais obscuros,

Que possuem os corações mais duros.

Quando a observo não consigo não sorrir,

Se não olhar para ela, também não conseguirei dormir.

A lua é uma mãe,

Que nos observa atentamente,

Quando ela me olha fico bem contente,

Pois ela é alguém que me zela infinitivamente.