Ignoradas,
Taxadas de loucas,
Amadas e às vezes maltratadas,
Cantando até ficarem roucas.



Aquele sorriso bonito,
Que aquece o coração,
O fascínio pelo que é dito,
E os olhinhos brilhando de admiração.



As bochechinhas rosadas,
E o corpinho inquieto,
As mãozinhas que não ficam paradas,
Os lábios carregados de afeto.



Crianças,
E suas brincadeiras,
Não importa quantas sejam as lambanças,
Elas são verdadeiras.



Da boca saem milhares perguntas,
Elas são curiosas,
Todas juntas,
Formam coisas maravilhosas.

As pessoas dizem que elas não compreendem,
Mas elas entendem sim,
Os adultos sempre as impedem,
E depois tiram a sapatilha e a chuteira, e põe mocassim.



Gira-gira, amarelinha e escorrega,
Esconde-esconde gato mia e balanço,
Pula corda, ado leta e pega-pega,
Isso é delas a alegria sem descanso.



Espertas são as crianças,
Mais do que os adultos,
Pois elas são as únicas esperanças,
De um mundo sem brigas e insultos.



Elas têm ideias mirabolantes,
Muitas vezes largadas,
Criando maravilhas em todos os instantes,
Que de “fase” são chamadas.



Poderia ser eterno,
Elas tem de ser valorizadas,
Jamais deveriam usar gravata e terno,
Em uma prisão de escritório trancadas.



Crianças precisam ser respeitadas,
Elas são importantes,
Necessitam ser amadas,
Porque elas são brilhantes.