Zombie Zone 1ª Temporada escrita por Dreamer


Capítulo 16
Traição


Notas iniciais do capítulo

Aquela pura traição nos aproxima, mas podemos estar a bera da morte... sempre.



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Sarah

Já havia se passado três horas desde que deixaram o barco no cais, Sarah só conseguia pensar em algo para comer. A noite em fim chegou e tinham que encontrar abrigo.

– Saem seus bandos de merdas. – Gary gritou um pouco a frente.

Gary avançava um pouco a frente e Jason e Sarah um pouco atrás. A coragem de Gary em combater zumbis era aterrorizante, ele matava um a cada cinco minutos e usava apenas uma faca que encontrar na cabine do barco. A arma sem munição. Jason a carregava na esperança de encontrar uma loja de armas em algum lugar.

Sarah observou o lugar, Londres uma vez fora linda, mas agora estava à beira da destruição, estava tudo destruído, carros emborcados pegavam fofo, as paredes dos prédios tinham manchas de sangue, papeis de jornais voavam ao ar livre cheio de fuligem. A única coisa que Sarah queria era um bom prato assado e Jason mantinha o braço enfaixado pelo tiro de raspão que levara, estava claro que doía muito, pois ele a cada momento fazia caretas de dor. Sarah sentiu a maior pena do garoto.

– Aqui. – gritou Gary apontando para um mercadinho.

Sarah e Jason correram para alcança-lo antes que os zumbis fizessem, quando todos entraram, Gary lacrou a porta. Os zumbis se bateram contra ela querendo desesperadamente entrar.

A loja era bonita, quase nada foi revirado, mas tinha posas de sangue nos corredores, mas nenhum corpo a vista. Eles arranjaram um pouco de comida e sentaram em um dos corredores limpos para aproveitarem a oportunidade de comer alguma coisa.

– Sabe, aquele idiota tinha uma força bruta. – comenta Gary arrancando com o dente um dos pacotes de bolachas. – Senti o gosto de seu sangue, ruim como a pessoa a qual pertencia.

Sarah engoliu a comida.

– Ele tinha família, era um homem bom.

– Bom? – Gary riu. – ele quase nos matou, atirou no Jason, queria nos deixar no mar, fala pra mim Sarah que homem bom faz uma coisas dessas.

– Se você não estivesse planejando mata-lo...

– Você também estava! Iria agir comigo...

– Sarah tem razão, Ele escutou tudo o que você falou Gary. – disse Jason mastigando. – Ele iria me matar...

Gary fechou a cara, lentamente foi até Jason se curvou acima dele e encostou os seus lábios nos dele, Sarah virou para o lado, não queria ver a cena. Um menino que uma vez amor e o menino que amava. Era muito duro ver isso e ainda pior ver os dois se beijando. Ela ouviu Gary sussurrando ao ouvido de Jason “Não importa, estaremos juntos, eu e você, para sempre”. Não podia ficar ali, sabia que era um incomodo para Gary, para os dois em geral. Deu uma ultima olhada em Jason enquanto ele passava as mãos pelos cabelos de Gary e o beijava. Sarah pegou um pacote de bolacha e avançou para dentro da loja.

Lá viu mais sangue e uma porta entreaberta. “Por quê? Porque aqueles que eu amo, não olham para mim, não sabem que eu sou louca por eles?”. Chorar agora era a única solução, não tinha nada que pudesse fazer. Jason preferiria Gary, não ela, nada que faça poderia mudar o jeito dele pensar, de gostar dela de fato. Sarah se encostou à parede no fundo da loja, ao lado da porta entreaberta e sentou-se deixando as lágrimas caírem de seu rosto.

– Querida?

Sarah da um pulo e se ergue, mas não era de fato uma ameaça. Uma velha senhora esta a encarrando, estava suja e acabada, estava realmente precisando de alguma ajuda. Sarah foi logo ao encontro dela.

– Oi. – disse segurando a velha pelo braço. – Jason!! Hã... Gary!!! – Gritou.

Os dois chegaram o mais rápido possível, em menos de dois segundos, principalmente Jason, Sarah sentiu um calor quando ele tocou de leve em seu braço para enfim segurar a velha.

A velha apontou com a cabeça para a porta, Sarah abriu-a e encontrou um aposento improvisado para mais de sete pessoas, aos cantos tinha quartos limpos e aconchegantes, a frente havia dois pequenos banheiros, masculino e feminino, Sarah vira os desenhos nas portas. Juntos colocaram a velha em uma das camas, a todo o memento Gary apenas observou a cena.

– O que ela tem? – perguntou como se os dois soubessem a resposta.

– Acho que não está nada bem. – responde Sarah quando deitam a velha a cama, Jason olha para ela e sorri.

– Bom trabalho. – diz ele.

– Não foi nada. – Sarah sentiu sua face queimar, lentamente colocou os cabelos louros para trás da orelha e abaixou a cabeça para verificar se tinha pés, embora tivesse certeza de que eles estavam lá.

Gary interrompeu a frente, se abaixou na cama e encarrou a velha.

– O que aconteceu? – perguntou.

A velha olhou para ele antes de responder.

– Eles vieram, levaram meus filhos, meu marido – sua voz era fraca. – Eles o mataram e o levaram, todos eles...

– Esta infectada?

– Não, meu querido, não... – e adormeceu.

Sarah respirou fundo, aquela velha lembrava muito a sua avó, doce, amável e frágil, não poderia deixar a pobre senhora daquela forma, era mais uma coisa que Sarah estava determinada a fazer. Tinha que tomar conta dela.

– Pessoal, tomem banho. Depois veremos o que fazer com ela.

Gary encarrou Sarah e puxou Jason pelo braço, direto para o chuveiro.

Sarah vasculhou o lugar e encontrou roupas que cabiam perfeitamente para os meninos, Gary era um pouco magro e Jason era forte e musculoso, deixou as roupas ao pé da porta. Achou algumas roupas para ela e foi tomar banho no banheiro feminino. Era um lugarzinho pequeno, mas a água era quente e agradável. Depois de cinco minutos ela saiu.

A velha ainda dormia e os garotos ainda estavam de chuveiro ligado, “Porque estão demorando?” Ela preparou as camas de todos e estava preparando-se para dormir, mas não tinha total confiança de que estavam realmente seguros, levantou-se e foi verificar a loja mais uma vez, só para ter certeza. Tudo estava calmo.

Trancou a porta do aposento e travou-a com uma cadeira para mais segurança e voltou para a cama e enfim conseguiu dormir, ouvindo o barulho do chuveiro em que Jason estava com ele...

****

Sarah abriu os olhos, estava no meio da noite e alguma coisa pegava suas pernas. O chuveiro estava desligado, mas algo estava no quarto junto com ela, na escuridão. Não! Pensou ela, “Gary está aqui para me matar, ele leu meus pensamentos em relação a Jason”. A mão segurou forte a sua perna enquanto ela se debatia e apertava cada vez mais. Nada enxergava naquela escuridão.

A mão subia e subiu, “Ele quer chegar ao meu pescoço, ele vai me matar”. Ela não conseguiu sair da cama, ele era muito forte, sentiu o calor se sua boca chegando aos seus ouvidos “ele quer me amaldiçoar antes de me matar”... mas...

– Acalme-se. – era a voz do sussurro de Jason.

– Jason. – ela falou baixinho. – Oque está fazendo, me solte...

– Não. – a voz dele era doce e tranquilizante. – Não vou deixar você escapar.

Sarah desejava ver seu rosto, mas estava muito escuro.

– Escapar do que, Jason, por favor, me solte. – “Não, nunca me solte”.

– Não posso.

– Por quê?

– Porque eu a amo Sarah, eu a quero sempre ao meu lado...

Sarah não teve reação com o tempo, agradeceu pela escuridão não deixa-lo ver seu rosto agora, devia estar vermelha como um tomate. Quando percebeu estava o beijando. O beijo mais apaixonante e bom que uma pessoa já vez na vida.


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