Ele É Apenas O Meu... (MODIFICADO 2020) escrita por lubizinha


Capítulo 12
Capítulo 12 - Clueless (Megan Nicole)




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/365446/chapter/12

Oi pessoal, desculpem a demora para postar é porque eu viajei e começou as aulas então não deu. Mas eu não desisti de escrever a fic. Para recompensar vocês escrevi um capítulo bem longo e tentei melhorar a fic com as sugestões que me deram. Boa leitura.

Ignorei o Nathan até chegarmos à escola e nós separarmos, como sempre ele ia até os seus amigos e eu ia procurar o Justin. Tinha tudo para ser um dia normal, só havia um pequeno detalhe: meu primeiro treino de futebol. Não me lembro a última vez que joguei futebol ou se eu era boa. Uma coisa era certa: eu corro muito. Uma consequência do bullying que sofri, corria dos populares o tempo todo na minha outra escola. Eu estava nervosa na sala de aula faltando poucos minutos para tocar e Justin tentava me reconforta:

— Calma, é só o seu primeiro treino. O treinador não vai pegar pesado com você.

— Justin, a última vez que joguei futebol faz muito tempo, eu vou estragar tudo! – falei.

— Você não disse que ia ficar no time só por um tempo? – murmurou Justin. Isso não estava me reconfortando naquele momento.

O sinal tocou e eu me lembrei que teria que avisar a Nathan sobre o treino porque eu esqueci de avisar a minha mãe ou ao Sr. Mcdeall que iria ficar até mais tarde na escola. Eu não queria falar com ele, mas era necessário. Então fui uma das primeiras a sair da sala, Justin foi embora e eu fiquei esperando o Nathan sair. Fiz um sinal discretamente para ele e Nathan se distanciou dos amigos. Estávamos no corredor cheio de pessoas então tentei ser direta:

— Eu tenho treino de futebol e só vai acabar de três horas. Avisa a minha mãe.

— Ok. – assentiu Nathan. Me virei para ir embora, mas ele puxou a minha mão. – Espera, eu preciso falar com você.

— Aqui no corredor? Eu acho melhor não, Nathan, não vai pegar bem você falando comigo.

— Quando ia nos contar, Nathan? – perguntou um dos amigos de Nathan, chegando por trás dele. Não sei o nome de nenhum dos amigos, mas eles todos apareceram ali. Congelei com as palavras. Havíamos sido pegos no flagra. – Quando ia contar que pegou a novata? Sinceramente, achei que você tivesse um gosto melhor.

Olhei confusa para o que ele havia falado. Por que ele disse isso? Olhei para a Britney e ela sorria vitoriosa. Então só podia ter sido ela. Olhei ao redor e todo mundo do corredor estava olhando para mim.  Virei-me e corri em direção ao ginásio.

— Lena. – ouvir Nathan chamar.

Quando cheguei o treinador gritou do outro lado do ginásio que eu estava atrasada e era para eu me trocar. Fui ao vestiário feminino e havia umas onze meninas lá dentro, a maioria já estava pronta com a roupa de educação física da escola, um short de laica preto um pouco acima dos joelhos e uma camiseta azul com o nome da escola. Encontrei um armário vazio e fui me trocar no cantinho. Já estava trocada quando umas garotas vieram falar comigo.

— Eu sou a Tasha, sou a capitã da equipe. – disse uma garota negra de cabelos castanhos escuros enrolados nas pontas que iam até abaixo dos ombros, olhos de mesma cor e mais alta que eu.

— Oi, eu sou a Lena. – falei forçando o sorriso sincero. Eu não queria chorar na frente das meninas.

— Acho melhor você jogar com vontade Lena, no nosso time a gente dá o nosso melhor sempre então quem entra também tem que dá. Entendeu? – perguntou ela.

— Sim, senhora. – respondi e então ela começou a rir.

— Estou brincando com você. Quando estiver jogando, lembre-se de se divirtir. – falou ela com um sorriso depois se virando e sendo acompanhada pelo resto das meninas. Respirei fundo. Elas pareciam serem legais. Fechei meu armário e fui para o ginásio.

— Lena – chamou o treinador. – você vai ser atacante nesse primeiro tempo e depois trocamos você para a defesa para podermos ver em qual posição você é melhor.

— Ok. – concordei indo para a posição que ele apontou.

Não nasci para narrar jogo de futebol, mas vou tentar: eu fui um DESASTRE como atacante! Gol? O que ser gol? Não consegui fazer nenhum e pior era que eu chutava feio mesmo, ia para todo lugar do ginásio, mas a bola não ia pra dentro de jeito nenhum. Então no segundo tempo fui jogar na defesa, as garotas viam correndo voltadas nos samurais para cima de mim e então eu fugia, lógico, eu vou ficar lá pra levar bola na cara?

— Lena! – gritou o treinador irritado. – Mas o que é isso? Como você ajuda o seu time adversário a fazer o gol?

— Eu achei que ela era do meu time. – expliquei.

— Para o banco. – disse o treinador sem paciência.

Sentei-me no banco, só restando dez garotas jogando porque havia uma garota também sentada no banco comigo.

— Oi, meu nome é Carly! – disse a garota ao meu lado parecendo animada. Ela tem cabelos castanhos claros cacheados e olhos verdes escuros, provavelmente da mesma altura que eu.

— Lena. – me apresentei.

— Sei como se sente. Se isso te faz se sentir melhor o meu primeiro treino foi ainda pior, o treinador ficou vermelho de tanto gritar comigo: Carly, você não tem pé? Então por que a bola não se mexe! Não sabe dar um chute! – ela fez uma voz engraçada tentando imitar o treinador, não ficou nenhum pouco parecida, mas me fez rir. – Mas não se preocupa, jogando bem ou não nenhuma das meninas vai ficar chateada com você. Elas nunca ficaram comigo e olhe que eu já dei muita bola fora, literalmente.

— Você sempre fica no banco? – ela assentiu. – Então eu também vou ficar.

— Na verdade, elas precisam de você jogando. Mas se ficar cansada, eu posso ir no seu lugar. – ela sorriu.

O jogo demorou a acabar e quando acabou o treinador chamou todo mundo para se sentar em um círculo no meio do ginásio. Sentei-me ao lado de Carly e de Tasha.

— Bem, o primeiro jogo do campeonato já é próximo final de semana. Agora finalmente temos jogadoras suficientes para podermos participar. Temos que praticar muito, manter o foco e jogar em equipe. Se tivermos essas três coisas, nós teremos chance de vencer. Fiquem de olho nos erros que eu aponto em cada uma no treino e tentem melhorar, só assim conseguiremos ir para as finais. Muito bem, estão liberadas. – todo mundo se levantou. – Menos você Lena.

— Boa sorte. – disse Carly antes de ir embora.

Fiquei nervosa. Eu sabia que tinha sido um desastre, mas não queria ouvir isso em voz alta.

— Lena, claramente você tem que treinar mais do que todo mundo. – ele fez uma pausa. - Você acabou de entrar e eu ainda não sei que posição colocá-la. Por isso, você também terá que treinar nas terças e quintas. Chamarei um jogador do time de futebol masculino da escola para lhe ajudar a treinar, eu chamaria uma das meninas, mas como o jogo já é próxima semana não quero desconcentrar uma delas. O que você acha? Você pode vir para esses treinos extras? – perguntou o treinador.

— Sim, mas quem vai me treinar? – perguntei.

— Ainda não sei, vou ver alguém que possa. – respondeu o treinador coçando o queixo pensativo. – Enfim como você foi à última a sair e é o seu primeiro treino você ficará responsável por guardar as bolas. – olhei amargamente para o ginásio e para as bolas espalhadas. – Até próxima semana.

Depois de ter guardado todas as bolas, eu estou exausta. Fui pegar as minhas coisas no armário do vestiário e sai da escola. Cheguei ao cais e tive uma surpresa um pouco desagradável.

— Oi roxinha. – disse Nathan ao lado do barco do Sr. Mcdeall.

— Não tinha outra pessoa para vir me pegar? O Sr. Mcdeall? Um desconhecido na rua? Um louco no cais? Um alienígena? – perguntei entrando no barco.

— Vejo que ainda está com o seu bom humor de sempre. – falou Nathan entrando logo depois de mim.

— Não fale comigo. – disse friamente. – Agora me leve logo pra casa.

— Ah droga! – falou Nathan fazendo uma voz de encenação. – Você acredita roxinha que eu não vou levar você para casa agora?

— Por que não? – perguntei irritada.

— Porque primeiro quero te pedir desculpas pelo o que aconteceu hoje na escola. – a expressão brincalhona sumiu e ele ficou olhando sério para mim. – Aparentemente a Britney te viu lá em casa e achou que estávamos... Você sabe, juntos. Então ela espalhou para a escola toda que eu tinha ficado com você e que eu te larguei porque você beija mal.

— Ótimo! Ninguém gostava de mim antes e agora todo mundo acha que eu sou uma garota fácil. – estalei meus dedos com raiva.

— Eu já falei para a Britney deixar de incomodar você, no momento estou sem falar com ela. – pediu Nathan. – Me diz, o que eu tenho que fazer para te ajudar? Eu faço qualquer coisa.

— Você disse para todo mundo que era mentira, não foi? – perguntei.

— Não, ninguém acreditaria. – Nathan cruzou os braços nervoso. – Quer dizer, nos pegaram conversando no corredor. Eu sei que isso não significa nada, mas... Como explicaríamos você lá em casa?

— Dã! Que eu moro lá! É tão ruim para você contar para todos que moramos juntos? – perguntei com medo da resposta. – Você tem tanta vergonha assim de mim?

— Você acha que eu tenho vergonha de você? – perguntou Nathan sem acreditar. – Eu não quero que ninguém saiba que logo estaremos na mesma família porque todos os meus amigos iriam ficar em cima de você querendo se aproveitar. – o olhei tentando entender. – Quando viemos morar aqui ninguém sabia quem eu era. Acredite se quiser, mas eu era como você, Lena. Ninguém queria ser meu amigo, eu era o garoto calado que estava sempre atrás de um livro. Até hoje, eu sou o mesmo, porém aprendi a me socializar mais. – Nathan colocou as mãos nos bolsos. – Assim que todo mundo descobriu o quanto o meu pai era rico e importante, todo mundo quis ser meu amigo. – ele fez uma pausa e continuou: - A Britney queria namorar comigo e o pessoal do time de futebol começou a me chamar para as festas. Eu me deixei ser levado por eles até que começaram a me meter em cada encrenca, teve uma semana que eu fiquei suspenso por causa de umas brincadeiras que eles fizeram e eu levei a culpa sozinho. Sem falar que me pediam dinheiro emprestado e nunca me pagaram. Então eu tomei a decisão de terminar com a Britney, que parece ligar mais para a reputação do que para os meus sentimentos, e parei de andar com os caras do time fora da escola, salve algumas festas. Não consegui me afastar deles totalmente, como você já sabe. – ele bufou. – Por isso quero você longe deles. Eles podem parecer legais, porém eles não são. Não quero você perto deles.

 

— Isso é verdade? – perguntei surpresa com a história.

— Lógico que é, roxinha. – afirmou Nathan. – Você acha que eu sou um deles?

— Você anda com eles. – disse.

— Bem, talvez essa seja a oportunidade que eu queria para parar de andar com eles de uma vez. Os comentários que fizeram sobre você hoje passaram do limite. – falou Nathan olhando para o chão do barco. Aproximei-me dele e o abracei.

— Obrigada por me contar a verdade. – ele retribuiu o abraço. Depois de alguns segundos o soltei. – Podemos ir para casa agora? – ele piscou um dos olhos para mim e começou a pilotar o barco.

 

Eram umas cinco horas da tarde, eu estava na sala terminando de fazer algumas tarefas da escola quando escutei alguém descendo as escadas.

— Tenho algo importante para falar com você. – ouvi a voz de Nathan sem tirar a minha atenção do caderno. Fiz um sinal com a mão para que ele me desse um minuto. Terminei o último cálculo de matemática e olhei para Nathan.

— Tá, pode falar.

— Amanhã vai ter uma festa na casa do Jackson e eu quero que você vá comigo. – disse ele.

— Primeiro: quem é Jackson? E segundo: por que você quer que eu vá? – perguntei confusa.

— Jackson é um dos caras do time de futebol. – respondeu Nathan como se fosse algo que todo mundo soubesse. – E eu quero que você vá comigo para tentarmos reverter às fofocas que fizeram na escola. Eu não quero você andando com esse pessoal, mas eu posso dizer que você é minha amiga e explicar que você estava na minha casa me ajudando a estudar.

— Você acha que isso vai funcionar? – perguntei incrédula me levantando do sofá.

— Mesmo que não acreditem ao menos eles vão poder te conhecer melhor e ver que você é legal. Assim param de pegar no seu pé. – Nathan tentou me convencer que era uma boa ideia. Pensei por alguns minutos e por fim disse:

— Tá bem. Não custa nada tentar. – dei de ombros e ele fez uma dança da vitória. – Espera... Você me acha legal?

— E-eu... – riu nervoso.

Ouvimos passos vindos da escada. Antes que eu pudesse ver quem era, Nathan se aproximou de mim e depositou um beijo rápido em meus lábios, porém bem no momento em que minha mãe e o Sr. Mcdeall chegaram à sala. Fiquei em estado de choque e pelas expressões do Sr. Mcdeall e da minha mãe eles também estavam surpresos e visivelmente desconcertados.

— Minha filha, eu gostaria da sua opinião sobre alguns ornamentos que escolhi para o casamento. – pediu minha mãe. Depois de alguns segundos eu respondi saindo do estado de choque que o beijo do Nathan me causou:

— Claro, mãe. – e eu a segui até o quarto de casal, onde ela pegou o tablet e começou a mostrar os ornamentos que havia escolhido. Minha mãe não comentou nada a respeito do beijo. Tentei me concentrar no que ela estava me mostrando.

 

SE VOCÊ GOSTA DESSA FIC DEIXE UM COMENTÁRIO PARA EU SABER! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixe um comentário me contando o que você achou do capítulo. Sei que tem muita gente que passa aqui e não comenta então não façam isso porque eu preciso de motivação para escrever ok? Até o próximo capítulo! :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ele É Apenas O Meu... (MODIFICADO 2020)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.