Son Of A Devil escrita por David Silva


Capítulo 2
Morte e Ressureição de Saton - pt 1


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capitulo ficou muito resumido, resolvi escrever mais para explicar o primeiro, considerem esse cap um aprofundamento do primeiro.
sem mais, Boa leitura



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Saton, a discórdia em carne, osso e espírito. Morto por Sabath após fazer uma bagunça no reino sagrado, Morto? bom, Sabath não se certificou disso, Saton deixou muitos discípulos na terra sagrada, e discípulos como os dele não aceitam a morte de um mestre. O corpo da entidade foi pulverizado, mas seu espírito não foi aprisionado, apenas exilado e não podendo ser realmente morto, a discórdia escapou e vagou em direção aos seus domínios. O local exato não importa, mas o poder de Saton era tanto que quase metade da cidade sagrada estava nas mãos dele, e foi lá que ele encontrou um de seus mais aplicados alunos.

 O beco estava movimentado em um único ponto, como todas as noites, os jogadores de Dazzahr faziam suas apostas - O jogo de Dazzahr é jogado com um par de dados onde dois jogadores jogam um dado em cima de alguma superfície plana, mas antes o jogador escolhe seu numero, se o dado cair no numero escolhido, ele ganha o tal numero em Limbres do seu rival - Um tumulto é iniciado, Zusak sai em disparada com seus Limbres roubados.  Como toda cidade onde a discórdia passa, o roubo estava presente, a luxuria fazia suas festas, e calada em seu canto a morte escolhia facilmente sua próxima vitima. Zusak era um discípulo de Saton, experiente ladrão – embora não tivesse seus 20 anos e extremamente habilidoso nas palavras, conseguia enganar quase qualquer um. Acontece que ele não conseguia Não se meter em confusão, naquela noite perdera todos os seus Limbres no Dazzar, se recusou a pagar e roubou de um novato, sua sorte foi Saton o ajudar indicando o caminho, após se esconder veio o monólogo:

-Mestre, me... guiou? Obrigado! Onde está? Saton!

- Morto – Saton não falava, mas Zusak ouvia seus pensamentos – Provavelmente você não pode me ver.

- Estou exausto para perguntar detalhes, e de todo jeito o senhor não os daria se lhe conheço bem. Mas posso presumir que por ter me ajudado o senhor deseja algo.

- Seu poder de dedução está bom como sempre- Um sorriso orgulhoso – Quero que me dê seu corpo!

Zusak não conseguiu conter o pânico e espanto:

- M-mas mestre! C-como  farei isso? E-eu ainda tenho M-muito para viver.  Saton se irritou com a recusa, e sendo uma entidade poderosa simplesmente absorveu o espírito de seu aluno tirando-lhe a alma do corpo. A discórdia está de volta à ativa – Sua morte não será em vão Zusak; Agora começa a diversão.

    Amanhecia, Hamurabi levava suas criações para os pastos, engraçado como um rei tão poderoso pode ser tão distraído. De Gadra para os pastos só existe uma estrada, não muito movimentada, enquanto Hamurabi conversa com Zeus e Atena não percebe que está sendo vigiado por Saton, travestido como um caçador atrás da comitiva do rei; A discórdia observa atentamente cada detalhes das 12 criações e tem uma idéia, imediatamente da meia volta e segue para casa de um de seus discípulos: Epitáfio.

  Epitáfio era uma criação de Sabath que foi corrompida por Saton, Exilado teve dezenas de séculos para treinar sua habilidade única: Artesanato (artes à nato, como ele dizia) , Pensa que ele criava simples vasos e utensílios? Se engana: Epitáfio, artesão, mecânico, arquiteto, enfim, um criador fantástico, foi ele quem projetou toda a cidade sagrada de Gadra, é ele quem criava armas para o exército – ou para qualquer um que pagasse bem – e é ele quem fez uma criação que entrou para a história.

  Luna já se preparava para dar lugar à Magnus no céu, porém a chuva impedia qualquer um de vê-la, um caçador bate à porta do artesão:

   Epítáfio - Não vê que horas são? Meus serviços são realizados de dia!

   Saton – Cale a boca e venha me tirar desta chuva! Por acaso o título que me precede já não serve de nada? – epitáfio pula da cama e pega suas vestes

   - Por Magnus, Luna e Frixus, Saton! Achei que estava morto – A porta se abre e o caçador entra – De fato estava – o artesão se espanta mas logo Saton o corta – Agradeça esse fato a Suzak, mas não foi para festejar minha volta que vim até aqui. Tenho um trabalho para você.

   - Isso deve esperar! Por Frixus mestre, me diga o que aconteceu. Desde que o senhor foi para o castelo sagrado não nos deu noticias.

   - Como se você se importasse Epitáfio! Por acaso buscou noticias?

   - você matou kahá e Badij, foi o que eu soube.

   - Sabath matou Kahá e Badij! Aquele verme me levou junto para compensar, velho tolo! Esqueceu que a discórdia não pode ser eliminada.

   - O criador Supremo tem olhos e ouvidos em todos os lugares, não o xingue, ele pode matá-lo de novo – Epitáfio não se importava em reprimir Saton, ele sabia de sua importância.

   - Não me venha com suas frases feitas! De fato, sei dos riscos que corro neste corpo, mas não me preocupo com ele agora, Sabath está distante, minha mente queima com Hamurabi.

   - Sim, isso volta para o meu trabalho! Conte-me seus planos; mas você fugiu do assunto não? O que exatamente aconteceu no castelo dos reis?

   Após um suspiro Saton começa – tive uma conversa com Frixus e no meio dela pensei em um meio de acabar com o reinado das três crias superiores de Sabath – essa parte da conversa veio com um tom de mofa e desprezo evidente. Deitei-me em meus aposentos e me pus a refletir – Por fora não conseguirei prejudicar nenhum dos irmãos, logo terei de entrar naquele maldito castelo. Durante dois dias eu pensei, e antes que Magnus cruzasse comigo pela terceira vez em sua estrada, descobri um meio para entrar no castelo de Gadra.

    Era de manhã – continuou. Não me recordo direito, subi a ponte para o castelo sagrado, Badij me atendeu:

   - Ora ora! O pobre demônio se perdeu?

   - Cale a boca verme idiota! Quero falar com vocês. Os três.

   - Sobre?

   - Minha rendição – a cara de espanto e confusão de Badij foi o suficiente para Saton saber que entraria – E então?

   - fique aí – falou o rei – verei o que faremos.

Pouco tempo depois permitiram minha entrada, fui escoltado até o salão principal, e se eu não fosse tão... profissional por assim dizer, teria rido daqueles idiotas – Saton escolheu bem estas palavras, mas precisou de uma dose de vinho para que sua narrativa se torna-se seria novamente. Kahá, Badij e Hamurabi! Por Frixus, nunca vi reis tão burros, o único que se destacou foi Hamurabi, talvez por ser o mais velho, talvez, Mas enfim, me perdi em pensamentos, onde eu estava Epitáfio?

    - Estava diante dos tronos sagrados...

    - Oh! Sim, eu estava. Kahá foi o primeiro a se pronunciar:

    - dispensarei as formalidades, Saton, você disse a Badij algo sobre rendição.

    - sim, o verme não sabe dar recado? (uma nota sobre Badij: nunca o chame de verme). Badij se levanta – messa sua palavras! Está diante dos três filhos de Sabath, comandantes do universo e reis da cidade de Gadra!

    - É mesmo? – respondi com o maximo de ironia possível – seu poder de observação me espanta. Teria continuado com ele se Hamurabi não nos impedisse.

    - Sente-se irmão, vamos voltar ao assunto, explique o porquê da sua vinda até aqui Saton.

    - Eu já não falei? Rendição.

   - Rendição? – perguntou Kahá

   - pura e completa! Serei seu prisioneiro, ficarei sobre observação, aquela história toda – Creio eu que imprimi muita calma em minhas palavras, até um certo tom de tédio.

    - Por quê? – Hamurabi tomava a palavra.

    - desculpe – respondi – não entendi a pergunta.

    - Você foge e se oculta nas sombras desde os primórdios, já atacou abertamente este castelo, e agora de repente aparece querendo se render. Por quê?

    - Cansei.

    - Desta vez quem não entendeu foi eu – aparentemente Badij recuperava a calma – cansou?  Suas palavras têm mel, mas vindo de você tudo pode ser mentira.

   - Realmente seus pontos são válidos, mas pense comigo verme: eu não posso morrer pelas suas mãos pois sou uma entidade como Sabath, vocês não podem morrer a menos que seu criador os mate. Um não pode vencer o outro, à não ser que um dos lados se renda. Entendeu?

   - Sim, entendi, mas por que VOCÊ decidiu se render?

   - Cansei. Recentemente conversei com Frixus e percebi que se continuarmos da mesma forma esta batalha perdurará por séculos infindáveis e nenhum dos lados ganharia. Mas – e agora vinha o jogo de Saton – como o verme disse, eu posso estar mentindo, então, vou embora – Porém a calma de Badij já havia acabado. O rei odiava ser chamado de verme, e Saton sabia. Em questão de segundos a discórdia já estava no chão, Badij não sabia que caia no plano de Saton, e como ele costumava dizer: Começou a diversão.

  Os Machados de Badij vibravam a cada golpe, Saton se esquivava com facilidade.

   - Você é o rei, mas ataca como uma simples criança. Porém nesta hora um filete de sangue desce da testa da discórdia – Calado – Devolveu Badij – Seu poder está nas palavras, e você se esconde atrás delas. O que pode fazer em silêncio?

  Uma espada é sacada, o vermelho-ferrete emite sua beleza fosca – em silêncio? – uma voz carregada de malicia veio de Saton – Vamos brincar garoto!

  Desta vez era Badij quem se esquivava, mas após alguns golpes o rei já estava ferido – Já cansou verme? Saton não conseguiu esconder o desprezo – Você só é rei por ser filho de Sabath! Se dependesse de si próprio não passaria de um mero caçador!

   A discódia avança para o golpe final. Um chicote canta. A espada cai. Saton sorri. Badij foi salvo de último por Kahá – Já estava na hora – Saton está estérico – Era esperado. Você Kahá, Não se intrometa onde não é chamado. Novamente o chicote canta, atingindo em cheio o peito de Saton – Agora você me irritou – disse a entidade, mas Kahá apenas se vira para Hamurabi e pergunta: você vem?

   - Vá primeiro, se precisarem, estarei aqui.

   Saton pega sua espada, Badij já se recuperou o suficiente para lutar, Kahá ataca com habilidade e em meio aos choques da espada e machados, zunidos do chicote, socos e tapas das 8 mãos e esquivas e contra-ataques, Badij e Saton cai. Os machados de Badij chanfraram após um golpe da discórida, a espada deste foi tomada por Kahá.  A cena é histórica, a discórdia se ajoelha perante dois reis – Mais uma parte do plano completa – pensou Saton antes de ser levado para as masmorras.


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Notas finais do capítulo

gostaram?
Mais pra frente explicarei sobre Frixus e seu valor nessa cultura.
Espero que tenham gostado kk



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