Escolha Sua Garota escrita por jisoo


Capítulo 3
Capítulo 3 - Festa do Gabe.




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Eu realmente não sei se o Kenny tem problema, ou sei lá o que, o cara se liga numa garota que gosta de Mangás ou animes. Sinceramente? Kenny entrou uma vez na fila de nerd e depois não quis mais sair, mas provavelmente Deus não o quis ali, atrapalhando seu progresso. O pior de tudo realmente é o dia das mães, pelo menos pra mim, sempre cai num domingo e eu sempre acordo cedo, porque minha mãe sempre quer sair comigo e com meu pai. A velha não quer admitir que é chifruda e decidiu abusar.


–O que vai fazer esse final de semana? - perguntou John, com o cigarro na boca -

–Eu realmente não sei ainda, talvez eu vá na cidade com meus pais. - murmurei catando o cigarro da boca dele e colocando na minha -


De longe pode parecer nojento pra caralho, e é mesmo, mas cara olha só, meu maço de cigarro acabou, e eu não iria até um bar comprar cigarro, se o John tem é pra dividir. E ele é meu melhor amigo, pegamos quase todas as mesmas garotas, apesar de que ele pega mais que eu, se fosse pra eu pegar doença dele, eu já teria a muito tempo.

Já sentiu como se tivesse alguém te observando? Eu estava me sentindo assim, não tem nada daquilo de "as costas queimando sobre o olhar dele(a)" e bla bla bla, sério, deixem de assistir GG (Gossip Girl) um pouco, acordem pra vida. Nenhum Chuck vai te querer e depois começa a namorar com você, não, não. O cara vai te comer, até você não poder andar mais, e depois vai espalhar o quanto você é ruim na cama, e que ele fez um favor de dormir com você. Mesmo que você na verdade seja boa na cama.


–Daniel? - ouvi Kenny chamar e me virei para ele arqueando a sobrancelha -

–Quê? - rosnei, por que ele tem essa mania de me atrapalhar quando estou num pensamento maneiro? -

–Tem uma festa na casa do Gabe, ele chamou nós três.


A verdade? Gabe era um dos caras mais nerds que eu já vi em toda minha vida, depois do Kenny. O pior de tudo? Nas festas dele só tinha drogas. O melhor de tudo? Era sempre uma das melhores festas, apesar de ter muitas gurias nerds juntas.


–Fechou. - disse - Hoje?

–Sim... - Kenny praticamente sussurrou, talvez tivesse passando uma garota que ele gostava e deu um fora nela antes, ou talvez só estivesse passando uma garota -

–Cara, a semana passou voando, em uma hora já era segunda feira, na outra já é sexta, demorou irmão. - John berrou rindo -

–Cara, você se drogou. - observei o rosto dele todo vermelho e suado -

–Por que tu acha isso Fred? - perguntou gritando -

–Meu nome é Danny. - respondi me apoiando na parede -

–Quem é Fred? - perguntou Kenny virando para nós -

–Ele. - John apontou pra mim -

–Ele é o Daniel. - Kenny declarou após alguns segundos em silêncio -

–Cara, eu estou muito doido.

–Cara, tu tá muito doido. - eu e Kenny completamos -


Saindo do momento drogas do John e voltando para as garotas nerds, sabe aquelas garotas que a fantasia sexual delas provavelmente é o cara vestido de Super Homem, com uma sunguinha vermelho sangue? Cara, eu me vestiria de Batman, porque o Batman é sexy, pensa comigo. Se veste de preto, não tem aqueles poderes bixas que o super-herói na maioria das vezes tem, ele é muito mais realista que qualquer super herói, essa é a verdade. E porra, o cara é praticamente um morcego mesmo, se eu fosse gay e ele real, eu casaria com ele.

Nota mental: Nunca declarar em voz alta que você acha um cara sexy, mesmo que você seja garota, foda-se, guarde isso pra você, não vai gostar de ter uma amiga pra competir.


As vezes uma festa pode levantar o humor de qualquer um, se imagine como um cara sexy, cheio de tatuagens fodas, mas que não é nem um pouco forte? Cara, eu acabei de me descrever. Acho que vou entrar na academia.


–Fala seu cuzão, chegamos. - John anunciou a entrada dele e de Kenny, enquanto eu terminava de ajeitar meu cabelo - Você é muito gay cara, faz isso aqui. - ele bagunçou meu cabelo, parecia que eu tinha acabado de acordar depois de uma transa, mas mesmo assim tava sexy -

–Ui gostosa. - Kenny gritou, na sua mão um baseado, pulei na cama tentando pegar e por fim consegui -

–Cara, começaram a diversão sem mim, putaria. Quando eu comer vocês, tão fodidos. - alertei eles que começaram a rir -

–Tipo, vai ser mais ou menos assim "Ai Kenny" "Ai Dan, mais rápido" "Estou chegando lá" "Vou gozar na minha mão" "Ahhhhhhh!" - ele caçoou rindo -

–Eu fico por trás então. - Kenny anunciou após parar de rir, achei que ele ia mijar minha cama, sério cara -

–Tu é gay demais da conta, não fica por trás nem com uma garota, ela que tem que arranjar o pênis falso pra entrar nessa bundinha. - John disse pulando em cima de nós dois e dando um tapa na bunda de Kenny -

–Cara, tu tem certeza que não é gay? - perguntei, o baseado na boca com a fumaça me deixando doido já -

–Tu é tão fraco, bora Kenny, antes que a mulherzinha aqui decida não ir pra festa porque tá muito doido. - John mudou de assunto e me puxou pelo braço -

–Só não vai passar a mão em mim, eu realmente não sei se sou capaz de aguentar, vou te agarrar. - zombei, andando com o braço em cima do ombro de John -


Festas, dependendo de como você seja, se drogue ou apenas beba, no meu caso, eu me drogo. John bate punheta antes de vir me chamar, eu sei disso pois uma vez antes de morarmos juntos, nos arrumamos na casa dele, e ele foi pro banheiro com uma revista pornô. Kenny repete várias vezes uma frase, nunca consigo ouvir realmente o que ele fala, mas no final de tudo, todos nós acabamos nos drogando antes de ir pra festa.

Eu tenho uma puta mania de quando tô drogado, eu fico um John da vida, gritando e rindo de tudo. E antes que me pergunte, não, o John não vai drogado pra escola, ele tem essa personalidade brincalhona e escandalosa. Assim que chegamos onde seria a festa do tal Gabe, né? Ah sei lá, enfim, seria em uma praça, apesar de ser em lugar público, ficava em um lugar onde a maioria dos drogados iam, e eu me pergunto, como ele sabia desse lugar? Sério, eu vinha aqui quase todos os dias após a escola e antes de dar uma hora da manhã eu ia embora e nunca o vi aqui.


–Eu falei sobre esse lugar aqui com ele, nunca que ele conheceria isso. - John anunciou como se tivesse lido minha mente -

–Hoje eu pego a Claire. - Kenny disse, parecia ter se desligado da nossa conversa -


E vamos a nossa última nota mental da noite: Nunca, nunca mesmo, ajude uma garota chorando a parar de chorar, sempre dá merda, ela vai achar que você tá muito afim dela, e vai ficar correndo atrás de ti.

O motivo dessa nota mental? Parece que o imbecil do Daniel, vulgo eu, se esqueceu completamente da regra "Nada de garotas choronas". Sério, eu não sei o que deu na minha cabeça pra eu ir falar com Julie.


–Sozinha? - perguntei indicando pro banco ao seu lado -

–Sim, pode sentar se quiser eu saio. - falou e antes de levantar eu a puxei de volta pro banco -

–O que aconteceu? - perguntei, seus olhos estavam meio avermelhados e seu rosto totalmente vermelho, parecia um tomate -

–É o John. Aquele filho da puta tá sempre atrás de mim para me zoar, Kennedy não podia ter feito isso comigo.


No ano passado, Kenny espalhou para toda a escola que Julie além de virgem nunca tinha beijado ninguém, e que quando ele beijou ela, foi como se beijasse a avó, o beijo mais babado que ele já deu na vida segundo ele. Eu sabia que era uma quase verdade, já que Kenny raramente falava que uma garota beijava mal, mas acho que ele exagerou nesse negócio do beijo babado.


–Ele só tá afim de você. - falei naturalmente, acendendo um cigarro -

–Tu acha mesmo? - ela perguntou, sua franja caindo do chapéu e indo parar em cima de seus olhos -

–Acho, tu gosta dele? - uh, típico cara que quer pegar uma garota, mas não pega por causa da regra número quatro "Ela é de seu amigo" -

–Não. - ela murmurou abaixando o rosto, seu cabelo liso e negro caindo e tapando seu rosto -

–Não acho que você beije mal, quer dizer, não tem cara. - falei me aproximando -

–Sério? - ela perguntou levantando o rosto e me olhando -

–Sim, quer dizer, sei lá. - murmurei, meus olhos em sua boca -

–Daniel. Vem cá, preciso de você. - senti John me arrastar por praticamente toda a praça, e ficar ao lado do Kenny - Cara, te salvamos. - ele suspirou -

–Do que exatamente? - perguntei -

–Da Julie, tá doido? Regra número quatro "Ela é de seu amigo". - John praticamente berrou -

–Vocês nem estão afim dela. - murmurei cruzando os braços e encarei John - Ah não, você tá afim dela? Porque não me avisou seu saco de bosta, eu não teria me aproximado. - exclamei dando um soco no seu ombro -


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