Hung Up escrita por le97le


Capítulo 1
I'm hung up on you


Notas iniciais do capítulo

Olá...
Preparadas para mais uma one?
Essa não vai ter continuação, mas eu até que gostei de escrever.

Vamor lá...



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POV Edward

E lá estava ela. Seu vestido azul marinho curtíssimo chamando atenção de todos os garotos daquela festa. Seu sorriso meigo e malicioso fazendo as mentes se revirarem de vontade de beijá-la. Aquelas pernas. Puxavam quaisquer olhos para ela, principalmente em cima daquele salto, que só a deixava na altura dos meus ombros.

Ela conversava com a minha irmã, Alice, completamente animada. Ela gesticulava com os braços enquanto explicava algo realmente animador para a amiga. Tanto fazia, na verdade. O que realmente importava era aquele brilho de felicidade que passava pelos olhos dela, apesar do traço estranho que sempre estava ali.

Em algum momento da conversa, ela correu os olhos pelo cômodo lotado e seus olhos chocolate encontraram os meus verdes. Ela sorriu amável e apontou para mim para que Alice soubesse que ela viria até mim.

Nós nos conhecíamos desde que ela tinha quatro anos e eu seis, quando minha família se mudou para cá, Forks. Ela estudava com a minha irmã e eram melhores amigas.

Foi no ano passado que tudo começou. Eu sempre havia gostado dela, mas as tentações que passavam na minha vida eram muito grandes, então eu a ignorava. Afinal, era só mais uma amiga de Alice. Quão enganado eu era.

Eu havia entrado no grupo de alunos do Ensino médio que tinha no face e vi que tinha o telefone de todos os alunos ali. Eu só estava interessado no das garotas, e fui anotando no meu celular. Passei reto pelo dela, ou melhor, eu achava que tinha passado reto, pois estava salvo em um contato sem nome.

Eu havia mandado uma mensagem para o celular dela dizendo: “Hey, qual é o seu nome? Esqueci de marcar na minha agenda

E ela me respondeu na hora “Bella Swan”. Fria e linda.

Mas ela não era assim.

A partir desse dia, nós trocamos mensagens sempre. Não nos falávamos muito pessoalmente, mais por telefone. Uma pena, com certeza. Mas ela era a única garota que eu mandava mensagens e ligava de volta.

Eu descobri durante esse ano que ela amava festas, mas odiava a putaria que rolava nelas. Descobri que sua comida preferia era o chocolate. Descobri que seu cheiro era de morangos. E que ela amava ficar conversando comigo por telefone até tarde.

Fui tirado dos meus pensamentos por seu sorriso que estava bem próximo a mim. Ela estava parada a minha frente sorrindo, feliz. Seus olhos tinham um brilho estranho hoje. Estranhamente familiar.

Sorri de volta para ela e a abracei.

– Bells. – Sussurrei no ouvido dela, ficando mais feliz ao vê-la se arrepiar. – Que bom que veio. Sabe que Alice ama exagerar nessas coisas, não é? – Ela assentiu. – Venha, vamos beber alguma coisa.

Peguei sua mão, sentindo a tão conhecida eletricidade que passava pelo seu toque. Sabe, era como um sinal.

Peguei para ela um refrigerante e ela me olhou brava. Eu não a queria bêbada. Ela era mais que aquelas garotas da escola que eu pegava. Coisa de uma noite. Não.

Ela era mais. Mais para mim. Ela era especial.

– Edward. – Ela ralhou. – Não é como se eu fosse beber tudo que fosse colocado a minha frente.

Senti meus pelos se arrepiarem e sorri. Aquela voz. Era uma voz doce que, nem se quisesse, conseguiria me colocar medo. Mas eu amava que ela ficasse brava, pois parecia uma tigresa, toda corada. E eu simplesmente amava suas bochechas coradas.

Ela ficou mais brava ao ver meu sorriso e bateu em meu braço. Meu sorriso aumentou, pois não havia doído nada. Ela deu de ombros e riu de si mesma.

– Eu sei. – Eu respondi. – Mas, como seu amigo, – Ah, como eu odiava aquela palavra quando dita para ela. – Devo mantê-la sã para devolvê-la para o Chefe Swan.

Nós rimos e uma musica qualquer começou a tocar.

Nós ficamos parados vendo as pessoas dançarem e se divertirem, e minha mente voou longe. Voou para quatro dias atrás.

Eu estava feliz por ter descoberto meus sentimentos em relação à Bella e conversava com Emmett por papel durante a aula de história. No papel, eu havia escrito tudo o que sentia e o porquê de me sentir daquele jeito. Ele respondeu e logo aquilo parecia um bate-papo da UOL.

Mas a minha felicidade durou pouco, pois senti o papel ser retirado da minha mão por uma garota que eu já tinha ficado.

– O que tanto escreve, Eddie? – Eu odiava ser chamado desse jeito.

Ouvi a risada abafada de Emmett.

– Nada que seja da sua conta, Lauren. – Eu disse irônico, tentando puxar o papel de volta. Mas ela foi mais rápida e correu com o papel nas mãos.

Puta que pariu. Foi o que pensei na hora. E se o papel fosse parar nas mãos de Bella? Não era como se eu quisesse que ela descobrisse tudo através de um papel arrancado do meu caderno de história.

Olhei em pânico para Emmett, que deu de ombros.

Belo amigo.

Saí correndo atrás da vaca, mas só consegui vê-la entrando no banheiro feminino. Droga.

Fui para a próxima aula. Biologia. Era a única que eu tinha com Bella. Além das mensagens, esse era nosso contato diário, junto com o almoço.

Me sentei no lugar de sempre e esperei que ela chegasse na sala, o que não aconteceu tão rápido. Na verdade, ela demorou bastante, pois, quando ela entrou, o professor já estava lá e por pouco não a deixou entrar.

Ela estava corada e ofegante. Tinha corrido até ali. O que significava que alguém havia prendido ela por um tempo. O que significava que eu podia estar ferrado.

Ela se sentou ao meu lado e eu a cutuquei sussurrando um oi. Ela corou mais e eu entendi. Ela já sabia.

Merda. Merda. Merda. Merda. Merda.

Voltei à realidade com a mesma morena dizendo algo.

– Não é, Edward? – Ela disse.

– Oi?

– Você não estava me ouvindo, certo? – Ela me observava atentamente, me fazendo corar. CORAR. – Eu estava dizendo que eu tinha que conversar com você sobre terça passada. Não é, Edward? – Eu assenti para ela.

– Depois da festa, Bells.

Eu era bom em enrolar as pessoas, mas não a Bella.

E, durante todo o ultimo ano, parecia que era a única pessoa que eu pensava.

Bella. Bella. Isabella.

Eu a amava.

Ela foi chamada por alguém e logo estava dançando como todas as outras garotas. Mas, por ser diferente, ela chamava mais atenção. E eu odiava a atenção que ela recebia. Porque ela era minha. Mesmo que não soubesse ainda.

Eu me sentei em uma poltrona qualquer enquanto continuava olhando Bella, e enquanto minha mente continuava voltando para lembranças aleatórias. Com ela, é claro.

Foi como quando ela precisava de alguém para acompanhá-la em compras. Ela havia me olhado com os olhos pidões.  Que olhar. E me abraçado quando eu disse que sim.  Que toque. E beijado minha bochecha animadamente.  Que beijo.

E, então, andou até o seu carro conversível com a capota abaixada.  Que garota.

A expressão de êxtase que ela tinha ao sentir o vento batendo no rosto me deixava excitado. Ela era tudo que eu precisava.

Ela me conhecia e eu apostava que ela pensava que ela algo de momento. Mais uma. Ela dizia. Não. Eu a queria agora. Eu a queria depois. E eu iria querê-la sempre.

Sempre.

Senti alguém sentar no braço da poltrona e levantei os olhos para a figura indesejada. Tanya.

Não que eu não goste dela. Eu gosto, mas ela era do tipo grudenta. Chiclete total. E eu só havia dado um beijo nela em seu aniversário. Ela havia ajudado Lauren a espelhar pela escola que eu estava literalmente de quatro por Bella.

Ela tirou foto do papel e mandou por mensagem para todo mundo, menos para Bella. Mas a noticia passou rápido e, no dia seguinte, a reação de todos me surpreendeu. Umas garotas me abraçaram e disseram o quanto eu era fofo. Alguns garotos bateram nas minhas costas e outros riram de mim, passando as mãos pelo pescoço como se dissessem “encoleirado”.

– Hey, Eddie. – Bufei ao ouvir sua voz fina e irritante. – Não quer dar uma volta e me apresentar o seu quarto? Sabe, eu tenho uma surpresinha para você.

– Agora não dá, Tanya. Tenho que ficar aqui e observar todos na festa. Meus pais não querem nada quebrado quando voltarem amanha.

Ela seguiu meus olhos e viu que eu ainda olhava Bella. Ela bufou irritada.

– Olhar todo mundo ou olhar Bella? – Ela disse brava. – Credo, Edward. Até parece que você gosta mesmo dela.

Eu desviei minha atenção de Bella e olhei com todo o meu ódio para Tanya.

– Engraçado, – eu disse irônico, – por um minuto eu até ia te responder, mas ai eu lembrei que não era da sua conta.

Me levantei e a deixei sozinha com uma cara perplexa. É, eu nunca havia sido grosso com ninguém. Eu não era um garoto explosivo. Esse era Emmett.

Emmett era outro que amava Bella. Como uma irmã, óbvio. Ele a pegava no colo e a chamava de tampinha. Ele parecia um gigante perto dela. E era assim mesmo que ela o chamava. Gigante.

Ela dava apelido para todos os amigos. Eu era o único que ela chamava simplesmente de Edward. Não que eu não gostasse de ouvir meu nome sendo pronunciado por sua voz, mas eu também queria um apelido vindo dela.

Espera. Quando foi que eu fiquei assim? Todo amarrado nela? Eu parecia um bobo apaixonado. Era chato ficar com ela na minha cabeça o tempo todo.

E agora eu senti seus olhos em mim. Ela deve ter visto minha expressão brava, porque em um segundo ela estava atrás de mim. Tocando minhas costas com calma, me deixando calmo instantaneamente.

Minha menina.

Eu a puxei escada acima e entrei com ela em meu quarto.

Ele era branco com uma das paredes em azul, com um quadro de fotos pendurado em uma das paredes. Havia seis fotos dela lá, mais uma foto com todo mundo e outra minha com Alice, Emmett, Rosalie e Jasper, seus namorados.

Eu deixei com que ela se familiarizasse com o local. Eu sabia o quanto ela era curiosa. Às vezes até me perguntava o que ela acharia do meu quarto. Hoje, eu poderia perguntar. Ela acabou sua inspeção, sorrindo ao ver minhas fotos, e se sentou em minha cama. Totalmente confortável.

– Pergunte. – Eu disse. Era mais do que óbvio em sua expressão que ela tinha milhares de perguntas rondando sua mente.

Ela corou e eu sorri.

– Quero saber da verdade dos boatos. Quero saber o que você sente. Quero saber se você quer saber o que sinto.

Ri de suas frases enroladas, mas parei para pensar.

A verdade dos “boatos”? Total. O que eu sinto? Amor. Se eu quero saber o que ela sentia por mim? ÓBVIO.

Eu não quero ser como aqueles caras nerds que tem seus amores platônicos, amores não correspondidos e amores falsos. Eu quero ser realizado e, se eu puder, viver com a minha Bells sempre.

Eu não podia ser como aqueles melhores amigos que nunca se declaram e só ficavam felizes enquanto a melhor amiga estava solteira. Não podia. Agora era a hora.

– Os boatos são totalmente verdadeiros. Eu te amo. Há muito tempo. Na terça, eu havia escrito aquele papel para Emmett, e estava finalizando, quase me preparando para jogar fora. Mas aquela vaca da Lauren – ouvi sua risadinha – pegou o papel da minha mão e saiu correndo. Agora me diz. – Pude sentir meus próprios olhos brilhando. – O que você sente?

Suas bochechas ficaram da cor de um tomate enquanto seu sorriso sumia. Ela estava com medo. O quão ruim seria?

– Eu... – Ela passou a mão nos cabelos ondulados. – Eu não entendo. – Fiquei confusa. – Não entendo como o garoto que eu gosto pode gostar de mim também. Eu o achava um metido. Irmão da minha melhor amiga que nunca olhava na minha cara, sempre andando com dezenas de garotas, mas nunca comigo. E, de repente, ele me manda uma mensagem. Primeiro, fiquei decepcionada por ele não ter o meu número quando eu já tinha salvado o dele há séculos. Depois, fiquei contente ao ver que ele gostava de ser meu amigo. Mas não podia chegar nele e dizer que eu o amava desde os quatro anos, podia? Eu achava que não. E, pelo visto, ele foi bem mais corajoso que eu.

Eu sorri ao processar suas palavras. Ela me amava.

Eu estava parado perto da porta, um pouco longe de onde ela estava sentada. Mas ela levantou devagar e veio andando em minha direção. Colou seu corpo ao meu e apoiou suas mãos em meu peito, logo passando para meus cabelos. Ela deu um puxão.

– Sim, eu também te amo. – Ela sorriu e depois fez uma cara de brava. – Agora me beije. – Disse autoritária.

E quem era eu para contestar a vontade da minha garota? Nos joguei na cama e eu poderia apostar que não sairíamos dali tão cedo. Talvez amanhã. Não importava muito, se ela estivesse ali.




You got the style, you got the flavor

I want you now, I want you later

I'm hung up, so let's get down tonight

Hung up on you


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentários e recomendações são bem-vindas.
Beijos,
L.



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