Era duas da manhã e Philip tinha acabado de levar Suzanna para o carro. Enquanto Luce estava bêbada na sala, eu levei eles até a porta. E então, Philip e eu ficamos sozinhos:
- Cara foi muito boa a noite, Luce é um máximo, bonita e inteligente. Espero que tenha mais noites iguais a essa.
- Verdade foi um máximo - eu parei e ele me olhou, e mentalmente disse "não vai falar sobre ela?" - Luce é sensacional.
- Sim, então depois nós vemos. Até cara
- Até

E eles se foram.

Entrei na casa e vi que Luce não estava no lugar que eu a deixei. Desesperado sai a procura dela.
- AHHHHH - ela gritou - QUE ISSO?
Sai correndo até o seu quarto e me deparei com ela de calcinha e sutiã de renda preto tentando matar uma barata.
- Hey Josh me ajuda a matar essa barata - quando eu vi a barata já estava morta.
- Mas Luce, ela está morta
- Sério? Que bom - ela parou e saiu correndo, eu a segui e ela foi diretamente ao banheiro. Quando eu vi ela se ajoelhar na privada a  primeira coisa que eu fiz foi segurar seu cabelo ruivo e ondulado. E então, ela vômitou.
- Josh não to bem - disse ela chorando. - me ajuda
- Vem aqui, limpa essa boca e vai deitar. - disse tentando traquilizar ela
- Fica aqui essa noite? - disse ela me abraçando - por favor
- Tá - então peguei ela no colo e a coloquei na cama. Por respeito a ela não deitei, coloquei um banco ao seu lado. E então passei a noite em claro lendo enquanto ela dormia.

Quando acordei não estava mais no banco, estava na cama dela. Abri meus olhos, senti o sol penetrar na minha pele e ouvi Luce na cozinha.
Me levantei e me arrumei, desci as escadas brancas e fui a cozinha.
 Antes que eu pudesse falar algo ela já veio e disse:
- Te coloquei na minha cama para você dormir confortávelmente, obrigado por ontem.
- Magina - disse eu indo na direção dela a abraçando - e você tá melhor?
- Não, eu quero deitar
- Então vá, eu cuidou do resto.

Passei a tarde toda cuidando dela e da casa. No final da tarde, fui ao quintal para nadar na piscina dela. Sua casa era enorme e branca, meio quadrada, com uma vista linda. Na piscina dava para ver a sacada do quarto dela, as janelas dos outros quartos e a parede de vidro que pegava a cozinha e a sala. Vi que ela estava descendo as escadas e percebi que estava com fome, pois abria os armários e a geladeira. Me sequei e fui ao seu encontro.

- Luce, tá com fome? - disse
- Morrendo de fome cara da sunga - rimos juntos
- Vou fazer algo, quer o que?
- Arroz doce
- Arroz doce?
- Arroz doce - parou, pensou e disse - com canela e cravo-da-índia.
- Okay vai deitar.
Me troquei e fiz o que ela desejava tanto.
- Vamos ver algo? - disse ela
- Que "algo"? - disse eu levando o arroz doce para ela na cama, fala sério sou um cavaleiro.
- um filme
- pode ser.
Vimos Marley e eu, e na parte da morte de Marley, ela teve um ataque de choro. Pausei e fiquei consolando ela até se acalmar.
Ficamos sentados na cama, nos observando. Nossas respirações estavam juntas, calmamente. Nossos narizes juntos e minha mão estava em sua bochecha, acariciando ela levemente. Cada lágrima que descia, eu secava. Ela colocou a mão na minha nuca, acariciando meus cabelos. Sinto arrepios, mas não ligo, está rolando um clima, então ela interveio:
- Você... Você acha que está rolando um clima? - disse ainda a olhando nos olhos profundamente
- Acho
Então continuamos com os carinhos. Depois ela deitou no meu colo, e eu fiquei fazendo cafuné nela, até que profundamente ela dormiu. E como Hazel Grace disse: "Me apaixonei do mesmo jeito que alguem cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra".