Depois de dar muitas voltas no mesmo lugar decidir ir conversar com alguém pra tirar da cabeça um pouco aquela cena que eu tinha passado com a Lucy. Eu tava andando um pouco com pressa e de cabeça abaixada, olhando pro chão a todo o momento, respirando fundo eu tava totalmente nervoso. A Lucy tinha me deixado com os pensamentos a mil, foi ai que o Eduardo me segurou.
- Ei você ta bem ? - Dizia ele segurando meus braços
Levei um tremendo susto e olhei para o rosto e reconheci
- Eae cara
- Você ta bem Thommas? - Disse ele meio preocupado
- Não sei, na verdade não quero falar sobre isso. - Eu tava muito nervoso, empurrei meu braço um pouco para tras para que ele me soltasse e dei um passo para trás - Cara depois eu converso com você, deixa eu ir
Sai andando, o Eduardo certamente não entendeu nada doque eu tinha falado e muito menos o que eu tava passando. Então começo a tocar uma música bem alta de reggae eu a conhecia era de uma banda de uns amigos meu, columa. Eu respirei fundo e olhei pra cima e vi que eram os meus amigos lá tocando.
Naquele momento eu me perguntei da onde eles tinham surgido? E porque a Lucy uma garota que tinha namorado estava dano encima de mim, logo de mim. Foi naquele momento que eu percebi que nenhuma mulher era boa o bastante pra nenhum homem. Fiquei me lembrando da época em que eu odiava a Lucy, era tudo tão mais legal e normal e simples e agora tudo tava complicado. Eu a queria e isso eu não queria negar nem pro Richard. Mas também eu não queria perder a minha amizade com ele. E isso também estava na minha cara. Tem horas que um garoto tem que tomar certas decisões bem estranhas, eu queria ir embora antes que tudo complicasse mais. Que tudo começasse a ficar mais estranho pro meu lado. Eu não sabia o que fazer em questão a Lucy e já nem tinha mais certeza se eu queria mesmo ficar com a Mildren naquela noite. Passei minhas mãos em meu rosto e respirei fundo e olhei em volta, estava lotado e então resolvi descer pra cachoeira. E a Lucy estava lá, eu tentei subir novamente mas ela ja tinha me visto.
- Thom, volta aqui - Ela dizia com uma voz fraca
Eu estava voltando pra cima, quando eu ouvi a voz dela, meu coração acelero e isso nunca tinha acontecido comigo.
- Me desculpa por tudo que eu disse Thommas, eu não quero atrapalhar a sua amizade com o Richard, eu não quero atrapalhar a sua vida, eu só quero mesmo que você entenda que eu estou mesmo gostando de você e isso não é de hoje, eu gostei de você quando estudávamos juntos mas você nunca percebeu e eu nunca tive a coragem de falar. Quando eu conheci o Richard, pensei que era a única forma de me aproximar, mas ao contrario ele se apaixonou por mim, sim eu gosto dele, mas não da forma que eu te amo - Ela chorava eu podia sabia pela forma que ela dizia
Eu estava de costas pra ela, apenas ouvindo fechei meus olhos ao ouvir as coisas que ela dizia e me deu vontade de abraçá-la e a beijá-la, mas eu me controlei. O barulho da cachoeira perto de nós estava bem alto, e sem contar o som da música da banda do meu amigo.
- Thommas olha pra mim, eu só quero te dizer a verdade - Ela deu um passo, ouvi pelas pedras que se mexerem
- Lucyanna, eu não posso fazer isso com o Richard - Eu só conseguia dizer isso
- E se ele não fosse mais o meu namorado?
- Ele ainda seria o meu melhor amigo.
Ela ficou calada e eu me virei, ela estava linda até chorando. Seu cabelo loiro cobria um pouco do olho dela e eu pude ver que seus olhos brilharam quando eu me virei eu olhei pra ela nos olhos e fiz uma cara triste, sim eu estava triste porque afinal eu também gostava dela demais, muito mais do que eu pude gostar de qual quer garota, sim a Lucy despertou em mim um sentimento que eu nunca tinha sentido por ninguém mas eu não podia dizer que era amor, estava cedo demais pra mim afirmar isso.
- Eu tenho que ir - Apontei pra cima e a olhei
Ela começo a se aproximar eu sabia que dessa vez se ela tentasse me beijar eu concertesa não iria conseguir resistir. Ela veio calma e me olhando ela sabia que eu não iria deixar ela sozinha ali, então ela segurou meu rosto com as duas mãos bem firme e ficou nas pontas dos pés e aproximou o rosto dela do meu e olho meus lábios, olhou meu nariz e meu rosto inteiro, e me deu um beijo demorado em minha testa e se afastou.
- Eu sempre soube
- Soube de que?
- Que você nunca iria ser meu.
Eu dei um sorriso de lado e mordi meus lábios e me aproximei dela e a abracei, eu não sabia mesmo o que fazer naquela situação, eu sabia o que eu queria, mas eu sabia que não podia fazer. Fiquei ali abraçado com ela por um bom tempo, senti o cheiro dela que cheiro doce e amável. Pensei em seriamente em beijá-la, mas achei que não seria uma boa idéia, ela chorava muito. Afastei-me um pouco e limpei seus olhos
- Não chore, e nunca diga nunca. - Ela olhava pra mim com uma cara de triste
Me afastei mais um pouco e subi. E a deixei lá, dessa vez eu achei que tinha tido tudo, e não quis voltar.