O dia estava calmo. Parecia que todas as pessoas da Big Apple resolveram parar de morrer.

   Katherine Beckett estava sentada em frente a sua mesa e agradecia por já ter encerrado todos os casos, ao mesmo tempo em que amaldiçoava por não ter nada para fazer. Esposito e Ryan conversavam animadamente sobre um jogo qualquer de basquete que acontecera na noite passada.

   Castle teve uma reunião logo cedo sobre seu novo livro e ainda não tinha aparecido. Ele e Kate já estavam juntos há algum tempo e todos já sabiam disso. Gates, ao contrario do que todos pensavam, não expulsou o escrito, apenas deixou claro que não aceitaria demonstrações de afeto dentro da delegacia.

   Kate brincava com uma caneta quando Castle apareceu. Ele olhou para todos os lados e, percebendo que somente os dois amigos estavam por perto, a beijou rapidamente nos lábios.

   -Castle! – ela disse. – Ficou maluco? E se Gates vê?

   -Eu ainda não fiquei maluco. – o escritor se sentou. – E quanto a Gates, a reação não vai ser pior do que se ela descobrir que você anda trazendo o Alex para o trabalho.

   -Fale baixo. – Beckett olhou ao redor, procurando alguém que pudesse ter ouvido a conversa e se acalmou quando não achou ninguém. – Você sabe que eu só o trouxe porque todos estavam ocupados e ele não pode ficar sozinho.

  -Falando nele, cadê o pestinha?

   Kate simplesmente apontou para debaixo da mesa.  Seguindo a direção com o olhar, Castle viu o pequeno garoto encolhido e dormindo tranquilamente. Alexander era o filho de cinco anos do casal. Ele era um garoto esperto para a idade e extremamente elétrico. Tinha os cabelos castanhos e olhos incrivelmente azuis. Castle se abaixou, tirou um foto da criança e o pegou no colo.

   -Eu não acordei ele por dó. – ela disse enquanto observava o escritor se ajeitar na cadeira com o filho no colo. – E não o peguei porque não teria como explicar o porquê dele estar aqui, caso Gates aparecesse.

   -Se ela aparecer agora é só dizer que eu trouxe ele para ver você. – Castle sorria.

   Kate ficou ali, somente observando os dois e pensando no quão feliz estava e em como queria que sua mãe estivesse ali, com eles.

   Mas Johanna estava ali. Na verdade, ela sempre esteve e sempre estaria ali cuidando de todos e agradecendo por sua filha ser feliz.