– Gaby Narrando

Se for um sonho, por favor, não me acordem. Estava tudo exatamente perfeito, ele estava comigo naquela manhã. Como pode ser tão perfeito? Ele não sai dos meus pensamentos.

Havíamos chegado à escola, bem pelo menos eu havia. Como não o vi, entrei na sala olhando a minha rosa vermelha. Estava tudo muito quieto até entrar dois idiotas amáveis na sala, Bruna e Marcos.

– God manhã Gatinho – Essa foi Bruna me dando bom dia, e se jogando na cadeira.

– Oi Gaby – Falou Marcos que logo saiu da sala atrás do livro dos representantes de sala.

– Olha, acho que alguém ganhou uma rosa – falou a garota meio irônica – Quero saber quem ta jogando charme em você mocinha, pode me contar tudo. AGORA

– Ok eu já iria contar – mentira não iria não – O aluno novo. Ele é meu vizinho, primo do Lucas e talvez seja da nossa sala.

Bruna estava boquiaberta com aquela estória.

– Legal isso né, catando o vizinho Srta.? – Bruna segurava o riso – Ele é bonitinho pelo menos?

– Bonitinho? Ele é PERFEITO. – Falei com certo tom de apaixonada –

– Ai Deus! Seus olhos brilharam. Ok minha nega ta apaixonada.

– Bruna para de graça. – dito isso Bruna começou a dar aquela gargalhada escandalosa que só ela dava. – Me prometa que não contara para ninguém, promete de dedinho?

Mostrei o dedinho do mindinho, ela apertou em forma de juramento. Marcos havia voltado a sala conversando com o Gabriel.

PERAI ELE É DA NOSSA SALA! AI SENHOR ME SEGURA.

Ótimo a Vitória não venho. Legal isso agora tenho que agüentar a Bruna fazendo graça.

As aulas passaram rápido. Logo batia o sinal de ir embora, por um instante pude sentir os olhares maldosos de Mayara para mim e para Bruna. Eu ia saindo da sala quando o Gabriel segurou meu braço.

– Você volta comigo né? – falou ele com voz e cara de pidão, não tinha como não responder outra coisa sem ser um sim.

– Claro – dei um sorriso meio sem graça.

Estávamos quase no portão quando a fazenda inteira, digo quando a Mayara, Danna e Victória, agarram o Gabriel.

– Hey você pode ligar para a gente se quiser. Não mordemos, claro só se você quiser – Falou a Danna com a voz mais nojenta que podia.

VADIAS era isso que eu queria falar pra elas, mas a única coisa que eu fiz foi ir para fora da escola. Pude ouvir Gabriel respondendo.

– Hãm.. Não, meninas como vocês não fazem meu tipo. – Ele saiu com um sorriso no rosto – Hey baixinha vamos?

Assenti e fui atrás dele, estávamos quase em casa quando eu senti meu celular vibrando. Era algo no Twitter.

“ Gaabyy desculpa ter faltado, eu perdi a hora. Vitória”

Típico de ela perder a hora, ri e guardei o celular no bolso.

– Acho que chegamos. – Falou o Gabriel pegando o skate do chão.

– É... Acho que sim – puxei minha bolsa para frente procurando minhas chaves de casa

Levantei a cabeça e pude ver que ele estava bem próximo a mim, já podia sentir sua respiração bem próxima a mim. Ele estava preste a me beijar até que o celular dele começar a tocar. AH ÓTIMO VIU! DESNECESSARIO ISSO, SÓ ACHO.

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– Hum.. Desculpa baixinha tenho que atender, é minha mãe.

– Ah claro. Vou entrar. Tchau – dei um beijo em sua bochecha e entrei. –

– Gabriel Narrando

Estávamos tão próximos, já podia sentir a respiração dela em ritmo acelerado, era tudo que eu precisava, só não contava com meu celular tocar.

Praguejei de todos os nomes a pessoa que havia me ligado, olhei para o visor, eu não acredito, o que a Luana queria?

– Hum.. Desculpa baixinha tenho que atender, é minha mãe – Menti, era minha EX.

– Ah claro. Vou entrar. Tchau – deu um beijo na minha bochecha e entrou-

LIGAÇÃO ON

“- Gabriel?

– O que você quer Luana?

– Por favor, não me chame assim, desculpa eu não queria que aquilo tivesse acontecido.

– Você me ligou para isso? Ta perdendo tempo.

– Gabriel, por favor, me escuta. Eu te amo. Não queria te trair, aconteceu.

– Claro porque é super normal alguém trair quem se jurava amar. Luana não me ligue mais ok. Você me machucou de mais. Esquece-me.

– Eu não consigo. Não faz isso comigo amor..

– Não me chama assim Luana, já falei não me ligue mais.”

Não esperei a resposta desliguei o celular, me segurando para não chorar. Desculpa sociedade, mas homens também choram.