Agora É Guerra! escrita por LDMRPB


Capítulo 13
Aquele da proposta.


Notas iniciais do capítulo

Gente a fic tem dois caminhos a serem traçados, em uma opção esse é um dos capítulos próximos ao ultimo, na outra estamos agora na metade. Como decidir... Como decidir...

Um grande obrigada para Dreyar, Erick sanchez, Arqueira Yuuki, Matt, Lin, MaruChan e todos que estão acompanhando.

Não me odeiem e boa leitura :D



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Eu poderia dizer que acordei ao belo som que os pássaros faziam ao lado de fora da minha janela, mas seria uma colocação completamente errônea pelo fato de eu não ter conseguido fechar meus olhos nem por um segundo durante toda aquela noite. Eu queria ligar para o David e falar sobre tudo que acontecera durante a noite, mas sabia que ele estava ocupado com o ruivo e não quis atrapalhá-lo novamente. Tentei ligar para Clary, mas aquela vadia loira fez questão de não atender.Eu simplesmente precisava conversar com alguém sobre o Sean. Alguém tinha que me convencer que tudo aquilo realmente acontecera e que eu não precisaria ser internado devido a alucinações. Pensei até mesmo em ligar para os meus pais, mas já que hoje iria voltar para casa, achei desnecessário. E falar com a minha mãe estava fora de cogitação, ela ainda tinha na cabeça que eu era muito jovem para ter um "namoradinho", total hipocrisia vindo de alguém que engravidou aos 16 anos.

Levantei da cama ainda me sentindo completamente relaxado como se tivesse tido uma das melhores noites de sono da minha vida.

Era realmente compensante estar atraído por alguém que frequentava minha escola. Minha presença na escola iria aumentar radicalmente se eu levantasse tão disposto todas as manhãs. Tomei um banho, depois escovar os dentes e usar o banheiro. Para finalmente poder descer os degraus e tomar um delicioso café da manhã preparado pela minha mãe.

A refeição foi banhada de bastante bom humor e um pouco de drama da minha mãe dizendo que eu deveria ser menos ingrato e visita-la com mais frequência. Apenas concordei, porque de fato era verdade. Recebi um beijo na testa da coroa e um forte aperto de mãos do meu padrasto antes de sair em direção ao colégio.

Ao chegar na instituição, revirei os olhos enquanto entrava na sala de aula. A primeira matéria seria a do meu tão amado professor.

Sentei em minha usual cadeira próximo a janela, aguardando pelos meus amigos. Ao vibrar do meu celular conferi um torpedo que recebera do David, informando que se atrasaria e só chegaria para o treino. Revirei os olhos novamente. David atrasado, grande novidade.

Selecionei algum jogo aleatório em meu celular para me distrair durante alguns minutos. Ser o primeiro a chegar do meu grupo, sempre foi uma total tortura, mas meus melhores amigos eram queridas belas adormecidas que ainda demoravam milênios se arrumando. Um terrível fardo, que eu já me acostumara a carregar. Clarisse chegou uns cinco minutos antes do professor, o que não nos permitiu conversar muito.

Álgebra nunca foi a minha melhor matéria e acabei viajando em pensamentos várias vezes durante aquele primeiro tempo. A hora parecia mais longa do que seus triviais sessenta minutos.

Agradeci quando o querido sinal finalmente soou.

— Não acredito que terei biologia com a chata da Julie agora, inferno! — Reclamou Clary enquanto organizava seus materias com pressa. — Vou indo na frente Dani, tentar convencer aquela bruxa para aceitar o meu trabalho. — Acenou apressada segurando vários livros na mão antes de desaparecer atropelando todos a sua frente. Acabei sorrindo.

— Sempre atrasada. — Murmurei baixo, enquanto colocava meu caderno dentro da mochila automaticamente. Não tinha a menor pressa em chegar a aula de biologia.

— Daniel, fique um pouco, por favor. — Levantei meu queixo encarando a voz que eu infelizmente já reconhecia.

— Se eu ficar, você poderia parar de encher meu saco com essa insistência? — Revirei os olhos.

— Serei breve. — Concordei com a cabeça permitindo que prosseguisse. Assim que todos os alunos tinham saído da sala ele sentou-se na cadeira ao meu lado. — Daniel, nós não teremos muito tempo. Logo os próximos alunos chegarão, mas eu realmente preciso conversar com você. Nós não poderíamos ir a um lugar mais reservado depois da aula? — Quase gargalhei com o pedido, recebendo um olhar incrédulo em resposta.

— Senhor Treadaway, se sua intenção em me alugar após todas as suas aulas é fazer pedidos impossíveis, peço que desista. — Respondi já levantando. — Tenha um bom dia. — Dei o sorriso mais falso que pude antes de dar-lhe as costas.

As próximas aulas se passaram tão vagarosamente quanto, ou talvez até mais, que a primeira. Parecia que quanto mais próximo chegava do fim, mais demorava. Como uma realidade alternativa feita para me matar de tédio e sufocar em pensamentos levianos.

Com exceção do intervalo onde pude inteirar Clary de tudo que ocorrera, o resto do dia estava sendo um tédio sem fim. Por sinal, minha conversa com Clary foi tão produtiva quanto conversar com um a vargem. A loira simplesmente arregalava o olhos e boca para tudo que eu contava soltando sonoros "eu não acredito" e "conta mais" repetidamente. Quando a garota finalmente tentou dizer algo diferente o sinal tocou, nos obrigando a partir para caminhos opostos.

Após o fim daquela tortura educativa, me direcionei até o ginásio para o treino, onde finalmente encontrei o David, já propriamente vestido com o seu uniforme e fazendo alguns arremessos certeiros, sempre perfeitos. Dei um tapa em sua bunda antes de caminhar até o vestiário para colocar o uniforme. Os treinos agora se tornariam mais frequentes com a chegada do campeonato de verão se aproximando. Algo de meu total agrado, afinal eu amava o basquete. Nunca existia tempo ruim para mim quando o assunto era jogar.

O treino de hoje fora ótimo como a grande maioria. O time todo estava com uma conexão incrível e recebemos inúmeros elogios do técnico, algo realmente raro de acontecer. Depois de muitos arremessos, todos já cansados caminharam até o vestiário. Fiquei para trás acompanhado pelo David, sentado na arquibancada.

— Eu estou exausto! — Comentou.

— Nem me fale. — Me joguei em seu ombro, descansando a cabeça. — Estou com saudades suas David, parece que faz décadas que nós não temos uma conversa de verdade. —

— Concordo, e é minha culpa. Eu realmente não sabia que gostar de alguém demandava tanto do meu tempo. — Seu tom deixava bastante claro que ele não reclamava disso.

— Por falar em gostar de alguém... — Comecei logo, deixando a sutileza de lado.

— Quem é a sua paixão da vez, Danny? — Indagou risonho. Menosprezando o que eu acabara de falar.

— Quem falou em paixão? Dessa vez, tem alguém gostando de mim, okay? — Falei meio birrento fazendo-o rir.

— Oh, perdão então. Quem seria esse ser? —

— Hum, bem... Eu não sei se quero contar, odeio quando você estar certo... — Comecei inseguro, fazendo suspense.

— É o moreno da equipe de torcida né? — Tentou adivinhar.

—Não. —

— O encrenqueiro de cabelo colorido? — Neguei.

— O nerdizinho de química? — Balancei a cabeça negando novamente.

— O cara alto que vive te oferecendo carona? —

— Não, David. Você nunca vai adiantar. É o... —

— Não, não diz! — Me interrompeu. — Oh, meu Deus! É quem eu estou pensando? Não, não pode ser! É aquele enrustido da natação né? Aposto que é! — Enrubesci. — EU SABIA! —

— Okay Sherlock, você acertou sim. — Revirei os olhos.

— Eu nunca erro. — Vangloriou-se. — Então, o gigante finalmente saiu do armário e foi atras de você? Conta isso! —

— Você está parecendo a Clarisse falando assim! — Brinquei.

— Você contou primeiro a ela? - Indagou, visivelmente ofendido.

— Er... — Ruborizei. — Enfim, ele veio ontem lá em casa e bem... A gente ficou. -

— Muito esperto mudar de assunto, não pense que vou esquecer isso tão facilmente. — Estreitou os olhos desconfiado. — Você simplesmente deixou ele entrar e lhe atacar? Quero detalhes Daniel! Detalhes! - Enfatizou.

— Meninos? O que ainda fazem aqui? Saiam logo da minha quadra e vão tomar um banho. Eu consigo sentir o cheiro de estrume daqui! — A voz alta e grossa do nosso treinador se fez presente, nem um pouco gentil.

— Sim senhor! — Eu e o David respondemos em uníssono, sendo obrigados a adiar o assunto e abandonar a arquibancada.

Acabamos nos encontrando com alguns amigos que ainda estavam no vestiário e o assunto morreu sem que eu entrasse em mais detalhes. O David ainda sussurrou um "não pense que nossa conversa acabou" antes de sair. Ele tinha algum compromisso com o ruivo e por isso deixou passar, o que sinceramente agradeci pois agora não queria falar com ninguém, queria apenas a minha tão merecida detenção.

Demorei um pouco mais no banho do que eu normalmente demorava, apenas para ter certeza que eu não sairia cheirando a estrume, como o meu tão querido técnico fez questão de frisar. Devido a demora, acabei sendo o ultimo a sair do vestiário.

A caminho da biblioteca, onde hoje teríamos que fazer nossos serviços, escolhi o caminho que levava às piscinas do colégio. Sendo Sean um nadador, eu talvez pudesse esbarrar "acidentalmente" com ele. Acabei sorrindo involuntário, com um pensamento pervertido de beija-lo na piscina do colégio.

Avistei o loiro, já vestido com o uniforme da instituição, perto da piscina central, sinal de que o treino acabara. Ele e mais dois colegas da equipe conversavam algo extremamente engraçado pelo que deduzi das risadas.

— Hey, Sean! — Acenei de longe aproximando-me. — Pronto para a detenção? — Sorri. Percebi que os olhares direcionados a mim pelos amigos do gigante eram similares ao que se teria para uma aberração. Foi impossível não notar, eles nem faziam questão de disfarçar.

— Eu já sei a tortura que é passar minhas tardes com você, não precisar me apressar. — Arregalei meu olhos incrédulo com a grosseria do loiro. Só para me surpreender ainda mais quando ele finalizou a frase. — Viadinho! — Senti meu sangue ferver ao ouvir aquilo. As risadas dos dois garotos que o acompanhavam só me deixava mais furioso. Os olhos do Sean não aparentavam nenhum deleite no que dissera, assim como nenhum arrependimento. Pensei em mil maneiras de retrucar àquele imbecil, mas tudo que fiz foi sorrir e continuar o meu caminho para a biblioteca, ainda ouvindo piadas do trio.

Cheguei a minha estante furioso, subindo os degraus com tanta força que poderia quebrar um acidentalmente. Eu estava completamente surpreso, e o que me deixava mais irritado era que eu não deveria estar. Eu sempre soube que o Sean era um homofóbico imbecil. Então só porque ele fala algumas coisas e começa a me tratar com sutileza isso não muda oque ele é. E o que ele é, é o que o David vive me dizendo e eu tolo discordo, ele é um viadinho enrustido e imbecil. Eu estava furioso com ter me iludido tão facilmente pela ideia de que ele era um cara decente. Eu sempre fui ingenuo, mas esse tinha sido meu ápice.

— Príncipe? — Ouvir sua voz culpada me chamar depois de cerca de meia hora. Olhei para baixo e desci as escadas ferozmente.

— Príncipe? Príncipe? Como você ousa me chamar de príncipe? — Meu tom de voz estava baixo, mas totalmente irritado.

— Daniel, me deixa explicar. — Levantei minha mão em sua direção, pronto para atingir-lhe o rosto. Eu queria deixar marcado em sua pele o ódio que eu sentia nesse momento. Sean apertou os olhos com força preparando-se para o tapa que nunca veio. Minha mão desceu em seu ombro antes dos meus lábios tocarem os seus levemente.

— Você não tem o que explicar, Sean. Eu já entendi tudo. Custava ter me dito antes? — Revirei os olhos, soltando uma especie de risada pelo nariz. O gigante tinha os olhos arregalados totalmente alheio a tudo que acontecia.

— Do que vocês está falando Daniel? —

— Eu não tenho interesse nenhum em você além do seu corpo. Você me atrai e é apenas isso que quero de você. Com o campeonato chegando tudo que eu mais quero é um escape para toda a pressão que me atinge. Não faço a mínima questão de ser seu amigo ou nada mais que isso. Não se preocupe, não cometerei o erro de dirigir-lhe a palavra novamente em qualquer lugar que não seja privado para nós dois. Enfim, já terminei aqui. — Dei-lhe pequenas tapas em seu ombro antes de virar com um brilhante sorriso em meu rosto. — Até mais Sean. — Minha voz não falhara em momento algum. E totalmente surpreso pelo caminho que a nossa conversa tivera o Sean nem tentou me impedir. Ele continuou paralisado no mesmo lugar que estivera desde que comecei a falar. O que achei excelente, não queria ninguém me atrapalhando no que eu pretendia fazer agora.

Eu posso não poder controlar o que sinto, e talvez eu tenha criado algum tipo de afeto por ele e isso infelizmente é algo que foge do meu controle, mas eu podia fingir que não me importava e que o que ele dissera não me atingiu. Que eu não me importava com a humilhação, ou com a maneira que fui tratado por alguém que antes me fora tão gentil. E agora que tudo que eu sentia era mágoa e decepção eu iria correr atrás de outro sentimento, prazer. Nem que eu me arrependesse depois.

Cheguei ao local que seu carro estava estacionado, aliviado por ele ainda estar no colégio. Demorei alguns minutos antes de avista-lo vindo em direção do veículo. Mesmo depois de um dia corrido ele continuava lindo. Se possível o ar de bagunça e cansaço o deixava ainda mais charmoso. Assim que seus olhos me encontraram um genuíno sorriu apareceu em sua face.

— Perdido? — Indagou.

— A sua proposta ainda está de pé, professor? —


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Notas finais do capítulo

Meus amooores *-*

Não atirem pedras em mim, mas eu gostei do capítulo haha

Quando o Sean deixará de só fazer burrada ein? Vocês acham que ele merece o Daniel, ou o nosso jogador consegue algo melhor? E o Dani, ein? Ele agiu certo? Ele deveria ter dado um tapão na cara do gigante, ou empurra-lo na piscina... O que vocês acham sobre como o loirinho agiu? E por último... Parece que só quem se deu bem nesse capítulo foi o professor... Será que isso é algo bom ou mais um erro para a lista do Dani?

Socializem comigo, ando muito sozinha :'(

Hahaha Grande beijo, e espero que tenham gostado 0/