Rachel

– Eu te amo. – Quinn disse beijando meu rosto enquanto eu ria – Muito! Muito mesmo!

– Ok, sua interesseira. – ela fez bico e eu ri – Como foi com Beth?

– Foi ótimo. Ela aceitou bem e... Ela não queria ficar no orfanato. Me fez prometer que vou voltar amanha. Ela quer conhecer você melhor. E Harmony também.

– Você falou sobre a Harmony?

– Preferi contar tudo de uma vez. – ela deu de ombros – Obrigada Rach. Eu nem sei como agradecer.

– Não precisa agradecer.

– Eu vou ligar para o Puck. – ela sorriu e pegou o celular.

– Quem é Puck?

Ela parou por um segundo antes de começar a gaguejar.

– Puck é... Um... Ele é...

– Fabray. – rosnei e ela suspirou.

– O pai da Beth.

– Certo. E por que você nunca me falou sobre ele?

– Achei desnecessário.

– E vocês ainda conversam?

– Às vezes. Ele também estava procurando a Beth.

– E ela era o único assunto?

– Rach, nós somos amigos. Qual o problema afinal?

– Você é amiga do pai da tua filha! Quer problema maior? Que tal dois quartos separados e um casamento cancelado? – eu quase gritei.

– Hey! – ela disse e me abraçou.

– Me larga.

– Não. Ciumenta.

– Não to com ciúmes.

– Então?

– Eu só... Ok. Eu to com ciúmes!

Ela riu e sentou do meu lado.

– Então, vamos fazer assim, eu ligo, e falo no viva-voz ok? Mas eu preciso contar pra ele.

– Tudo bem. – suspirei.

Ela discou e, três toques depois, a voz soou pelo celular.

– Hey Q!

– Hey Puckssauro! – Quinn sorriu e eu revirei os olhos.

– Sentiu saudades foi? Sei que não consegue viver sem mim!

– Como você é convencido. Serio, eu sou esmagada pelo seu ego ate pelo telefone.

– Mas você me ama.

– Chato. – ela riu.

– Antes de qualquer coisa, parabéns pelo casamento. Vi hoje na TV. Igual a todos. Obrigada pela consideração.

– Oh! Desculpe não ter contado antes.

– Tanto faz. Mas sua judia é quente.

– Dobre a língua para falar da minha mulher Puckerman! – Quinn rosnou e eu ri.

– Ok. Essa risada não foi sua. A patroa ta do lado?

– Puck. – sorri.

– Cara, vou aproveitar que as duas estão ai e me oferecer para um...

– Calado Puckerman. Se eu me encrencar, nossa filha fica sem o pai.

– To calado. E disponível também.

– Vem cá, as conversas de vocês são sempre assim?

– Parabéns Puck! Vou dormir no sofá que nem temos ainda por sua culpa.

– Boa sorte Baby mama. – ele riu.

– Vá se ferrar!

– Me diga princesa judia... – ele parou por um segundo – Posso te chamar assim, Rachel? É Rachel não?

– Sim Puck, é Rachel.

– Bem, posso te chamar de princesa judia então?

– Esquece Puck. A princesa é minha. E vamos direto ao assunto aqui ok?

– Não. Eu não descobri nada sobre Beth. – ele suspirou.

– Pois eu sim. – Quinn disse – Já sei onde ela esta.

– E onde encontramos nossa filha? – ele pareceu animado.

– Puck, eu já... Eu já falei com ela. Passamos o dia juntas na verdade.

– E ela?

– Aceitou fácil até de mais. – Quinn suspirou – Tenho medo que ela surte a qualquer minuto.

– Vamos torcer para não acontecer. Quando eu posso conhece-la?

Quinn me olhou e eu suspirei, me jogando na cama.

– Rach?

– A filha é de vocês. Se virem. – murmurei.

– Não sei Puck. Eu não falei sobre você ainda. Talvez seja melhor se falarem por telefone primeiro. Daqui algum tempo. Mas prometo que você vai vê-la.

– Ok. Já entendi o recado. Rachel! – ele chamou – A mulher é sua e eu sei disso. Não se preocupe. Eu sou um galinha confesso, mas respeito minhas amigas quando elas estão comprometidas.

– Isso é bom pra você e todos os filhos que você quiser ter no futuro. – eu disse – Chegue perto da minha noiva, e eu te castro.

– Parabéns Quinn! Conseguiu achar alguém pior que você! – ele riu – Pode deixar, princesa judia.

– Desligue logo isso. Estou com dor de cabeça e não quero barulho. – disse virando de costas e Quinn suspirou.

– A gente se fala depois Puck.

– Certo. Tchau garotas.

– Tchau Puck. – Quinn disse e desligou o celular – Rachel?

– O que é, Baby mama? – debochei.

– Hey, Rach, para com isso! – ela me abraçou e eu me afastei – Para de ciúmes. Não tem por que disso.

– Tem sim Quinn. – eu me virei pra ela e vi a surpresa no seu rosto quando ela percebeu minhas lagrimas – Eu te amo. E você nunca me falou nada sobre ainda falar com ele. Quer dizer, ele é o pai da sua filha!

– Foi uma noite. Um erro. – ela deu um sorriso de lado – Na verdade acho que foi naquele dia que eu tive certeza que homens não faziam meu estilo. – eu ri fraco – Beth é minha filha com o Puck, sim, e eu não vou impedi-lo de vê-la. Isso, claro, levando em conta que ela vá morar com a gente. Mas é com você que eu vou casar. É você que eu quero ver todo dia, quando chegar em casa. É você, Rachel, a única que eu amo. Agora, será que eu posso abraçar a minha noiva?

– Não sei. Você esta quase me convencendo. – eu sorri e ela riu.

– Bem, eu preciso chegar perto pra dar o ultimo passo.

– E qual seria?

Ela sorriu e me beijou.

– Ok, você já me convenceu. – eu ri depois de me afastar um pouco e voltei a beija-la.

– Rachel! – Santana bateu na porta e Quinn se afastou.

– Vocês, definitivamente, tem que parar de nos interromper. – Quinn disse.

– Espero que seja seguro entrar Fabray, por que já estou entrando, e não quero ver minha irmã em uma situação constrangedora.

– Pode entrar San. – eu ri.

– É bom que seja importante. – a Quinn disse quando a Sant entrou.

– O pai e o tio estão chamando vocês. – ela revirou os olhos – Desçam logo.

Quinn

– Hey pai. – a Rachel disse entrando na sala – O que aconteceu?

– Garotas, esse é o advogado que esta cuidando das adoções. – ele sorriu apontando o homem parado entre ele e Will.

– Algum problema? – murmurei e os três sorriram.

Uma hora e meia depois, Harmony e Beth eram, oficialmente, nossas filhas.