Rachel

- Gente, mudança de planos. – meu pai disse e sentou do meu lado.

- Primeiramente oi. – eu disse – E depois, como assim mudança de planos?

- Vocês não vão para a casa do Kurt hoje.

- Por quê? – a Quinn perguntou.

- Porque, como o Kurt disse que já faz tempo que ninguém ia lá, o Will mandou uma empregada para dar um jeito na bagunça.

- Então a gente acordou cedo por nada? – a Santana quase gritou.

- Por nada não. Vocês podem aproveitar o dia.

- Mario, é legal ficar aqui, mas não temos muito o que fazer. – o Kurt disse.

- Já jogamos todos os jogos, assistimos todos os DVD. – o Blaine disse – E olha que eu e o Kurt só estamos aqui há uma semana.

- Imagina a gente! – o Sam disse.

- E que tal vocês mudarem isso hoje?

- Como? – a Britt perguntou.

- Saindo daqui. – meu pai disse o obvio.

- Não acho uma boa idéia. – eu disse.

- Qual pode ser o problema Rach? – meu pai perguntou – Amanha vocês vão para outro lugar mesmo.

Eu olhei para o pessoal e respirei fundo. Todos pareciam implorar mentalmente que eu concordasse.

- Tudo bem. – eu disse.

- Ótimo. – meu pai falou – Já volto.

Meu pai foi para a cozinha e eu subi para o meu quarto, encostei a porta, deitei e respirei fundo.

Alguns segundos depois a Quinn entrou e fechou a porta.

- O que você tem? – ela perguntou sentando do meu lado.

- Nada.

- Para de tentar mentir para mim Rachel.

- Lucy eu já disse que não tenho nada! Que droga! – eu levantei e ia sair quando ela me puxou pro colo dela – Me solta Fabray!

- Desculpa princesa. – ela murmurou e eu respirei fundo – Eu me preocupo com você Rach. Só isso.

- Não tem porque se preocupar.

- Tudo bem. – ela sussurrou – Você sabe que eu to aqui sempre que você precisar não sabe?

- Eu sei. – nós ficamos em silencio por alguns minutos e eu respirei fundo – O que eu fiz pra te merecer? – sussurrei.

- Eu me pergunto o mesmo. – ela disse – Às vezes fico te olhando dormir e penso Deus! O que ela vê em mim?

- Boba. – eu disse rindo

Quinn

Eu olhei para a Rach e respirei fundo.

O que havia com ela? Essa não era exatamente a Rachel que eu conhecia. A minha Rachel não tinha tanto sofrimento no olhar.

Nós ouvimos o Mario nos gritar e a Rach levantou respirando fundo.

- Vai ver o que o meu pai quer. – ela disse indo em direção ao banheiro – Eu já desço.

Ela entrou no banheiro e eu desci.

A Rachel podia trabalhar pra CIA e ser especialista em esconder as coisas e em fingir, mas não ia esconder nada de mim.