Quinn

No dia vinte e quatro de agosto a gente tava indo para Boston, fazer o vigésimo show da turnê, quando algo realmente estranho aconteceu.

Nós ouvimos um barulho de tiro e não sei se foi impressão minha, mas ele pareceu pegar na lataria do ônibus.

O restante que se passou dentro do ônibus aconteceu muito rápido.

A Rach e eu estávamos abraçadas conversando com a Sant, a Britt e o Sam. Tudo bem que todos nos assustamos, mas o que a Rach fez foi diferente.

Ela pulou e ficou em pé, e quando o barulho se repetiu ela deu um grito.

- Para esse ônibus.

Assim que o ônibus parou, ela tirou uma arma não vi de onde.

- Desculpa gente. – ela disse – Se protejam.

Ela correu ate o motorista, disse alguma coisa para ele e saiu do ônibus.

Ela era loca ou o que? E porque minha namorada andava armada?

Eu corri e sai do ônibus atrás dela e a encarei por um segundo.

Caramba! Ela parecia uma profissional atirando daquele jeito. E quando eu me dei conta, estava no meio de um tiroteio. A minha Rachel de um lado e um cara para o qual eu nem olhei do outro.

Quando ela me viu me empurrou para dentro do ônibus.

- Vai logo! – ela gritou para o motorista que nem se mexeu. Ela respirou fundo – Alguém dirige esse ônibus para bem longe daqui, ou fiquem todos abaixados. De preferência saiam daqui. Se me acontecer alguma coisa não quero que seja em vão.

Ela voltou para fora do ônibus, e eu e a Santana fomos atrás.

Agora aquele cara estava mais perto, e ele e a Rachel ainda trocavam tiros.

Quando viu a Santana o alvo dele mudou, passou a ser ela, mas, graças a Deus, ele só acertou o ombro dela, mas mesmo assim, ela caiu no chão gritando de dor.

- Leva ela pra dentro – a Rachel gritou aflita – e fica por lá.

Eu fiz o que ela mandou, ou pelo menos parte disso.

Deixei a Santana com uma Brittany desesperada, que a levou para dentro e fui para o lado da Rachel.

- Eu mandei você entrar. – ela disse. O barulho dos tiros me deixava quase surda.

- Eu não vou te deixar sozinha Rach! Nunca.

Ela me olhou nos olhos por um segundo, e isso foi a ultima coisa que eu vi antes de sentir uma dor insuportável e minha visão ficar embasada por alguns segundos antes de eu não ver mais nada.

Rachel

Ele não tinha feito isso! Não com a Quinn! Eu virei para o infeliz armado na minha frente e disparei. Os dois tiros pegaram exatamente onde eu queria, e em um segundo ele estava caído, com a perna machucada e a arma longe o suficiente para que ele não alcançasse.

Eu liguei pro meu tio e disse onde estávamos, e ele disse que chegaria o mais rápido possível.

O Sam e a Britt levaram a Quinn para dentro do ônibus e levaram ela e a Santana para o hospital mais próximo.

Quando meu tio chegou com pelo menos mais uns dez caras eu peguei o carro no qual ele veio e fui para o hospital – ele que se virasse para ir embora depois.

- E então como eles estão? – eu perguntei pro Drew, o guitarrista da banda.

- Ninguém disse nada ainda.

Depois de alguns minutos esperando, o medico saiu de uma das salas.

- Quem esta com a senhorita Lopez e a senhorita Fabray?

- A gente aqui. – caramba! Só agora eu percebi o tanto de gente que tava aqui e era da banda, equipe técnica, etc...

- A senhorita Lopez esta bem. Só perdeu um pouco de sangue.

- Graças a Deus. – a Britt disse e sentou.

- E a Quinn? – eu perguntei e a Britt voltou a ficar em pé num pulo.

- As notícias sobre a senhorita Fabray não são tão boas.

Eu não sabia o que ele ia falar, mas simplesmente sentei, já tonta.