Terapia - Porque Psicólogos Não Ajudam Muito escrita por Takahashi


Capítulo 1
Capítulo 1 - Eu e meus amores


Notas iniciais do capítulo

Nada melhor que começar uma terapia falando sobre o que mais te tormenta. Nesse caso, as garotas.



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Garotos surgem burros. Se eles soubessem que, na adolescência, iriam começar a correr atrás de garotas, não fiariam criando coisas como ''clube do Bolinha'' pra falar mal das meninas. No meu caso, não ligava pra isso. Não, eu não tendia ao homossexualismo. Explicando bem, o que acontecia é que não me importava se não tinha namorada ou não, e nem me interessava em ter uma. Queria prever o futuro às vezes...

Percebi que corria o risco de viver sozinho quando perdi a única amiga que me admirou o suficiente pra me querer: Lara. Tínhamos só uns  10 anos, e ela já queria ficar comigo. Só que era muito novo, bobo, imbecil ou inocente o suficiente pra notar isso. Saíamos de mãos dadas, sentávamos sempre perto um do outro, ela até me mandava uns beijinhos!!! E como a anta aqui não notou isso? Era muito bobo. Aliás, ainda sou.

Desde então, pensava apenas em achar a garota perfeita. Só que tinha um porém. Dois, aliás. Nervosismo e timidez. Nervoso em vários sentidos. Ansioso, inquieto, raivoso, irado, assustado, vários sentidos mesmo. Um calcanhar de Aquiles meu, mas que é assunto pra outro momento. E a timidez não tenho certeza se é por medo e insegurança ou por genética, visto que japoneses são conhecidos por terem sempre vergonha, serem tímidos e até mesmo por evitar contato corporal, ou seja, comprimente alguém do modo brasileiro lá, com abraços e beijos, e logo eles ficam envergonhados, pois pra eles é intimidade demais. Aí não sei se isso pode explicar o que rola comigo.

Depois da Lara, levei uns 4 anos para achar outra candia Elza. Moreninha da minha oitava série. Passei o ano todo falando dela. E só. Ela falava comigo, mas nem ligava muito. Deixei de pensar nela no fim daquele ano, quando ela se entregou aos braços de um amigo meu. Mas ele fez por merecer. Eu, nem tanto.

Então, veio a loira: Juliane, única coisa que me motivou a beber no meu ensino médio. Tímido como era, e ainda sou, o que poderia me dar coragem para falar com uma loiraça daquela? Essa coisa atendia por Cortezano. Fraquinho, mas muito prum novato como eu era. Mesmo batizado me modificava. Tinha menos medo em agir. E menos ainda pra depois pedi-la em namoro. Única vez que isso deu sucesso.

Mas não durou muito e nem deu pra aproveitar. Fomos namorar numa época que ela trabalhava e estudávamos em colégios diferentes. Em 4 meses, nos vimos 4 vezes. E apenas um beijo rolou. Era festa junina e meus amigos me mandaram com ela pra barraca do beijo. Só sairia de lá depois dum beijo. E foi. Era novo pra mim aquilo. Eu quase mordi a boca dela. Mas depois ela esqueceu que tava namorando, e quando lembrou quis me chutar. Concordei porque era melhor, namoro que não rendia. Pena que não tive outro.


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