TEMPESTADE.

Prefácio.

* * *

Os dias passaram-se, e ela ainda estava ali, diante do castelo de Hogwarts, como todos os dias, a dor no peito que ela sentia, espalhava-se cada vez mais a cada dia, as lágrimas pareciam ter secado-se, mas quando era noite elas automaticamente voltavam assim como as memórias do pai.

Memórias essas que ela forçava-se a não esquecer, nem em uma eternidade, nem mesmo após sua morte, ela queria-o, queria vê-lo, sentir suas mãos em seus cabelos acariciando-os e murmurando palavras reconfortantes para ele e ameaçando seus ex-namorados por magoá-la.

Levantou-se de cabeça erguida, ela sabia que esse era o dia, em frente ao castelo de Hogwarts, e de olhos fechados murmurando palavras desconexas para si mesma, por fim abriu-os com um brilho distante de determinação.

— Historisk tid — uma brisa gélida e forte a fez abraçar o próprio corpo e fechar novamente os olhos ao sentir os olhos arderem levemente a força da brisa, mas quando abriu-os novamente viu o castelo, mas totalmente diferente para quatro meses no passado, parecia mais cinzento, e mais destruído, além de um pouco menor, mas antes de tomar pensamentos estranhos respirou fundo adentrando no castelo e escola de Hogwarts

Observou curiosamente os detalhes dos máximos ao mínimos, em passos lentos parou em frente à uma sala, que era sua sala de Defesa Contras as Artes das Trevas. Nesse horário todos deveriam estar no salão principal, resolveu entrar na sala, e observando a classe sentiu-se nostálgica, já faziam-se três meses que não pisava em Hogwarts, e ela sentia uma grande necessidade dela, era como uma segunda casa, sem Comensais e sem pessoas cruéis.

— O que está fazendo aqui? — em choque esta virou-se lentamente arregalando os olhos ao ver seu pai, não exatamente, parecia mais jovem. O cabelo partido ao meio, sedoso em um castanho escuro, e os olhos cor de diamante tinha um brilho distante de curiosidade, o cenho levemente franzido, as roupas, apesar de ser de segunda mão era engomada e sem marcas, passou a língua sobre os lábios, deveria admitir que seu pai era mais bonito do que na única foto que tinha dele, preto e branco em que ele tinha seus braços cruzados e apenas mexia seus lábios em um sorriso de canto, ele estava completamente diferente do habitual no qual estava acostumada

O menino ergueu a sobrancelha, como se a incentivasse a respondê-lo.

— Eu estava procurando o diretor — murmurou com os olhos colados no menino, admirando-o internamente, ter seu pai assim tão perto de si era como vê-lo no futuro, talvez um pouco mudado, mas igualável — Mas eu me perdi...

— Então, siga-me.

— Não quero incomodá-lo — engoliu o seco, sabia que se continuasse ao lado do pai acabaria por abraçando-o e então denunciando-se veemente. Internamente torcia para poder ficar ao seu lado para toda a vida, sem nenhum tipo de exagero por sua parte

— Esse é o meu dever — notou que o mesmo respondeu com desgosto com uma careta de desagrado — Então, por favor, poupe meu tempo e siga-me.

Não respondeu-lhe, mas seguiu o pai em direção a sala do diretor. Tom olhou-a de canto e viu um brilho distante nos olhos da menina, parecia admiração, mas não tinha certeza, viu que ela contorcia-se tentando parar algo, talvez as próprias atitudes ingrimes, sentiu-se curioso em relação a menina.

E ele sabia que isso não iria acabar bem.