Beijo

“Vamos Natsu! Você consegue, é só chegar perto e...”

— Por que você está me olhando dessa forma, Natsu? — Lucy perguntou, atrapalhando os pensamentos do salamander. — Você parece assustado. Aconteceu alguma coisa?

— B-bem...

Lucy o olhou, preocupada. Natsu tinha acabado de gaguejar? Algo muito grave deveria estar acontecendo.

— O que houve? Eu posso te ajudar? — ela perguntou, e logo corou, pensamentos sugestivos invadindo sua mente.

— Pode — respondeu um pouco mais calmo que antes, as palmas das mãos suando de nervosismo. — Chegue mais perto! — pediu.

— Hum? — acatou o pedido do “amigo”, chegando consideravelmente mais perto.

“Faça o que Gray disse, é só chegar perto e...”

Batidas do coração sincronizadas.

Respiração falha.

Menos alguns centímetros de distância.

— Natsu...

E um beijo.

Calmo, gentil e quase inocente.

Quase.

E então, ele se afastou depois de um tempo, hipnotizado. E tudo pareceu arder, corou furiosamente e com um sorriso tímido dançando em seus lábios, murmurou:

— Obrigado! — e pulou a janela do quarto da maga, deixando-a sozinha e atordoada.

— Mas o quê... — tentou formular algo, a cabeça ainda girando, mas quando se recuperou, gritou: — Natsu! Volta aqui! — Suspirou. — Só um não foi o suficiente! — choramingou.