*LEIAM AS NOTAS FINAIS!*

POV Jenny

Eu sei que eu não queria ter outro filho por causa da minha idade. Mas, assim que olhei pro Logan, me arrependo de um dia ter pensado em não querer outro neném.

Olhei pra ele, enquanto ele dormia no bercinho do lado da cama.

- Ele vai ser igualzinho a você. - Disse pro Jay ainda olhando pro Logan.

- Mas ele tem o seu nariz.

- Mesmo assim. Sua mãe me mostrou fotos suas de neném uma vez. - Olhei pra ele, que estava corado. Ri. - É a sua cara. - Jason sorriu. Suspirei. - Não quero ficar dois meses aqui.

- Eu sei. Mas o Logan é muito pequeno ainda. Eu venho te ver.

- Lógico que vem. Não quero ficar longe de você. - Falei fazendo bico.

- O que aconteceu pra você estar tão manhosa assim?

- Eu vou ficar carente. Tenho direito!

- Eu to carente há meses, Jenny. - Ele disse com um bico do tamanho do mundo.

- E os meus beijos? Não contam?

- Tu sabe do que eu to falando.

- Safado. - Resmunguei. - Pega ele pra mim? - Jason foi até o bercinho, pegou o Logan e me entregou. Sorri.

- Eu vou ficar carente, sozinho...

- Você não vai ficar sozinho. Tem a Sophie lá.

- Você sabe do que eu to falando, Jenny.

- Ai que coisa! É só ficar um pouquinho sem sexo que já tá reclamando. Homem é foda viu!

- Um pouquinho?! Eu to a meses!

- Fala baixo que ele tá dormindo. - Disse e beijei o topo da cabeça do Logan. - Sabe, Jay... Eu vou sair do hospital depois de amanhã só. Não precisa ficar aqui comigo.

- Sei... To de olho no enfermeiro bonitão.

- Que enfermeiro, Jason? Ficou doido?

- Aquele moreno, alto e com a voz sexy. - Ri.

- Parece enfermeiro de série americana.

- Ou erótica. - Minha mãe disse entrando no quarto. - Desculpe, ouvi sem querer. - Revirei os olhos. - Cadê meu netinho preferido? - Imaginem minha mãe fazendo voz de criança. A cena seria cômica se não fosse tão trágica. Afinal, minha mãe tá perdendo a sã consciência. Triste.

- E a Sophie? - Jason perguntou.

- Ela é netA. Logan é netO.

- Suas teorias são comoventes, mãe.

- Lógico que são. Ah! Precisamos decidir pra onde te levar assim que você sair do hospital.

- Eu vou estar com os pontos.

- Nada que uma cadeira de rodas não resolva. Tem um aquário que dá pra nadar com golfinhos. Sophie quer ir.

- Ai! Eu quero! - Disse e fiz bico.

- Você não pode. Quem sabe quando os dois meses estiverem acabando. - Jason falou.

- Mas eu quero agora.

- Tá parecendo uma criancinha de 5 anos. - Lhe dei a língua.

- Não to mais aguentando ficar aqui deitada enquanto tem um lugar lindo e especial esperando por mim lá fora.

- Você vai passar dois meses aqui! - Minha mãe disse.

- Bom, a única coisa que eu tá me preocupando nesse momento é deixar a Sophie sozinha com o Simon no hotel. - Tinha que ser o Jason.

- Deixa eles... Tá querendo que a menina vire freira? - Minha mãe perguntou e vi ele bufar.

- Mas não precisa ser agora né. - Revirei os olhos. Sophie pode ter 30 anos. Ele nunca vai mudar de opinião.

POV Sophie

Minha vó, Robert e meu pai resolveram ir ver minha mãe e o Logan. Como eu e o Simon tínhamos ido mais cedo, resolvemos andar de escuna, já que o hotel oferecia no pacote.

- É em grupo? - Simon me perguntou.

- O passeio? Lógico que é. Por que?

- Queria que ficássemos sozinhos. - Ele colocou as mãos na minha cintura e veio colando em mim, enquanto eu me arrumava de frente pro espelho.

- E vamos ficar. Acho que eles vão demorar lá no hospital.

- Hm... Vai demorar o passeio? - Olhei pra ele através do espelho.

- Você não quer ir? É isso?

- Eu quero, mas... Eu... Olha, eu só quero passar um tempo com você. - Fitei-o através do espelho. Sempre deixei claro pra ele que não sou "mais uma", mas ultimamente é isso que tá parecendo. Tá parecendo que ele quer só... aquilo. - O que foi? - E ele ainda me pergunta!

- Nada, Simon... Nada! - Terminei de me arrumar com ele me olhando encostado na porta.

(...)

- Olha! Peixinhos! - Ouvi uma menina, que estava sentada do meu lado na escuna, dizer olhando pro mar. A mãe dela segurava a sua cintura, impedindo-a de cair. Olhei pro mar.

- Gosto mais daquele laranjinha. - Disse e ela me olhou.

- Prefiro o azul. Ou aquele negócio que parece ser legal ali no cantinho vindo pra cá. - Ri.

- O nome é raia.

- Raia?

- Isso.

- Morde?

- Não sei. - Me inclinei quando vi a raia se aproximar do barco, olhando pra mim e pra garotinha. Passei a mão. Ela começou a balançar o rabo na água.

- Eu quero.

- Você é muito pequenininha. - Ela fez bico e cruzou os braços.

- Só porque você tem peitos. - Abri a boca indignada.

- Marie! - A mãe dela repreendeu, mas rindo, assim como eu. - Não pode falar essas coisas pra moça.

- Mas ó, um dia você também vai ter peitos. - Disse pra menininha. - Talvez até maiores que os meus.

- Quero ter que nem os daquela atriz que faz a Rapunzel. - Onde fui parar? Conversar sobre peitos com uma menininha de uns, sei lá, 6 anos?

- E você vai, meu amor. - A mãe dela deu-lhe um beijo. Sorri com a cena. Virei pro lado do Simon. Meu sorriso se desfez assim que vi ele trocar sorrisos com uma garota sentada do outro lado da escuna. Levantei, jogando minha bolsa nele sem olhar e fui pro bar que tinha lá dentro. Sentei e pedi uma batida de frutas vermelhas.

- Qual a sua idade, garota? - O cara perguntou rindo.

- Estamos no Caribe! - Ele riu mais ainda.

- É no Caribe e não em Cancún. Só me prometa que não vai contar pra ninguém.

- Promessa de escoteiro. - Vi de relance o Simon entrar no bar e sentar do meu lado.

- Não vai querer nada pra comer? - O cara perguntou.

- Não. To sem fome.

- Se você tiver estômago fraco, melhor não comer mesmo.

- Não lembro se tenho. Quando fiz um cruzeiro, era pequena ainda.

- Continua sendo. - Simon se intrometeu fazendo piadinha. Mas eu não ri.

- Irmão? - O cara perguntou.

- Amigo mala. - Respondi e ele riu. Simon me olhou sério, mas não falou nada. Continuei tomando a batida. O cara ficou atendendo outras pessoas. Simon pediu um suco (milagres acontecem) e ficava me encarando.

- Perdeu o cu na minha cara? - Perguntei irritada.

- O que você tem?

- Nada.

- Te conheço desde que tu era do tamanho de uma formiga, garota! Fala logo o porque da cara de merda.

- Aqui não. A gente tá em público.

- E o que tem?

- Não to afim de treta e meio mundo olhando.

- Você pretende discutir comigo? É isso?

- Simon, entenda, eu não sei onde tudo isso vai dar.

- Você vai terminar comigo?

- Não.

- Eu to ficando confuso. - Eu que to confusa, meu filho! Parece um cão no cio comigo e depois fica de risinho pra outra.... O que tu quer comigo?! Obviamente que a idiota aqui não disse nada.

Olhei pra fora e vi que a escuna estava parada. Deixei meu copo ali e fui pra fora. As pessoas estavam colocando coletes de salva-vidas e pulando na água. Sorri entrando na fila.

(...)

- Tudo bem. Já chegamos e estamos sozinhos. - Simon disse fechando a porta do quarto. Sentei na cama e encarei minhas mãos. - Sophie?

- Eu... Eu vi você olhando e sorrindo pra aquela outra garota hoje na escuna. - Despejei tudo rápido demais. Ok, admito. Estou com ciúmes. Mas... Qual é?! Quase tive minha primeira vez com ele e ele me apronta essa?

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