Inicialmente quero agradecer a todos que comentaram, estão me ajudando a seguir em frente com a fic.

Agradecimento especial para SALUA UCHIHA que recomendou a fic. Muito obrigada, fiquei emocionada pelo que disse. Esse capitulo é dedicado a você.

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Uma semana depois.

Ino On.

Eu tinha acabado de chegar do hospital e Gaara ficou mandando eu ir deitar.

Tsc, ele age como se eu ainda corresse risco de vida, mas tudo bem, né.

Tomei um banho e me deitei, logo Gaara entrou no quarto com uma bandeja cheia de frutas.

- Sabe, eu estava pensando em falar com o Naruto. – Falou se sentando na cama.

Me sentei também, apoiando minha cabeça em seu ombro.

-Sobre o que? – Perguntei.

- Vou fazer uma proposta a ele. – Falou colocando um morango em minha boca.

- Que tipo de proposta? – Perguntei já engolindo o morango.

Ele suspirou.

- Temari esta namorando com Shikamaru e ela quer se mudar para Konoha, então vou fazer a seguinte proposta: Temari vai para Konoha e você fica aqui. – Falou.

Tirei minha cabeça do seu ombro e olhei em seus olhos.

- Gaara, eu tenho que ficar em Konoha. – Falei.

Claro que queria ficar com ele, mas Konoha é onde nasci e ainda tem o clã. Para poder me mudar para cá, teria que passar a liderança para outra pessoa.

- Você pode ir visitar Konoha sempre que quiser. Por favor Ino, fique. Por mim, eu me mudava para Konoha, só para ficar bem pertinho de você, mas não posso. – Falou.

Suspirei.

- Tudo bem Gaara, eu fico. MAS, eu tenho que ir em Konoha pegar minhas coisas, e só se o Naruto deixar. – Falei.

Ele sorriu e me beijou.

- Vou pedir a ele. – Falou depois do beijo.

O olhei seria.

- Falando nisso, meu Kazekage, não devia estar no Gabinete? – Perguntei.

- Baki esta cuidando de tudo por mim, volto para o Gabinete só depois de amanha. – Falou.

O olhei com raiva.

- Me diga que não esta lá por minha causa. – Falei.

Ele deu um sorrisinho sem graça.

- Gaara, não pode deixar suas obrigações por minha causa. Eu sei me cuidar, você tem uma vila toda para comandar. Deve estar por fora do que esta acontecendo na vila. – Falei brava.

Ele suspirou.

- Sei que não posso, mas estava preocupado e não conseguia me concentrar. E também, todo dia um ANBU de minha inteira confiança vem me falar o que esta acontecendo. – Falou cruzando os braços.

Sorri para ele.

- Preocupado, é? – Perguntei.

- É. – Me deu um beijo na bochecha. – Agora come, fruta vai te fazer bem.

Reparei bem na bandeja. Tinha maçã picada em pedaços e descascada, laranjas já descascadas, morangos, uvas, pêra também descascada e picada em pedaços e melancia.

- Não acha que tem fruta demais aqui? – Perguntei.

Ele negou com a cabeça.

- Não, você vai comer tudo. Eu que descasquei e piquei todas elas. – Falou.

- Obrigada, mas... Não acha que esta exagerando? – Perguntei novamente.

Ele riu.

- Acho que um pouquinho. Desculpe. – Falou.

- Tudo bem. – Sorri e lhe ofereci um pedaço de maçã.

- Não gosto de maçã. – Falou.

O olhei incrédula.

- Por quê? – Perguntei.

Ele sorriu.

- Por que não. E sim, eu já experimentei. – Falou novamente.

Sorri sapeca.

- Aposto com você que te faço comer maça. – Falei lhe estendendo a mão.

Ele segurou minha mão.

- Aposto que não. – Falou.

Sorri novamente e coloquei um pedaço da maça entre os dentes e uma parte ficou fora da minha boca.

- Pega. – Falei sem deixar a maçã cair.

Ele me olhou e sorriu. Cruzou os braços e fez não com a cabeça. Tirei a maçã da boca.

- Se não pegar, vai ficar uma semana sem ganhar nem um beijo meu. – Falei com um sorriso vitorioso.

Ele desfez o sorriso e pareceu pensar.

- Eu posso roubar. – Falou e sorriu novamente.

Eu ri.

- Se acha que consegue, tente. – Falei.

Me deitei novamente e ele tentou me beijar, virei o rosto. Ele tentou de novo e de novo, mas não conseguiu, eu sempre virava o rosto na hora.

Sai da cama e mostrei língua para ele, um gesto bem infantil, mas era legal.

- Não consegueeeee. – Falei correndo pelo quarto com ele atrás de mim.

- Se você ficasse parada, seria mais fácil. – Falou.

Dei uma risada e entrei no banheiro, fechando a porta logo em seguida. Ele tentou abrir.

- Que foi Gaa-kun, - Falei dando ênfase no apelido dele. – Não consegue me pegar?

Comecei a rir.

- Me deixa entrar ai que você vai ver. – Ouvi ele falar.

Vi um clone de areia sendo formado dentro do banheiro, ele me afastou da porta e a abriu. Gaara entrou com um enorme sorriso.

- Isso não vale. – Falei cruzando os braços emburrada.

O clone se desfez e de repente Gaara me puxou, colocando um braço ao redor da minha cintura e com a outra mão, segurou minha nuca.

- Quem disse que não? – Perguntou e logo depois me beijou.

Eu não pude fazer nada além de retribuir, afinal, é o beijo do Gaara. Completamente irresistível. Coloquei os braços ao redor de seu pescoço e uma de minhas mãos, foi parar no cabelo dele.

Logo senti falta de ar e nos separamos. Ele encostou sua testa na minha, um pouco ofegante.

- Perdeu a aposta, amor. – Falou.

Suspirei.

- Outro dia eu consigo te fazer comer maçã. – Falei.

Lhe dei um selinho e me soltei dele, indo para a cama.

- To cansada. – Falei me deitando.

Ele estava encostado na porta do banheiro, com os braços cruzados e sorrindo. Lindo.

- Isso que da fugir de mim. – Falou.

O olhei de cima abaixo, reparando em tudo. Seu cabelo ruivo estava um pouco rebelde, os olhos tinham um certo brilho, os lábios irresistíveis estavam com um sorriso sedutor, sua blusa branca de manga deixava bem marcada a barriga de tanquinho, seus braços cruzados sobre o tórax mostravam os músculos bem trabalhados, a calça de moletom preta deixava sua bunda bem marcada, reparei isso quando ele entrou no quarto e estava descalço.

- Esta tentando me seduzir? – Perguntei me sentando na cama e mordendo o lábio.

Ele se olhou e depois olhou para mim.

- Não...  – Ele sorriu sapeca. – Estou te seduzindo?

- Talvez. – Falei me deitando de novo.

O ouvi rir. Em um piscar de olhos ele estava deitado em cima de mim.

- Você é uma pervertida. – Falou sorrindo e me beijou de novo.

Senti uma de suas mãos levantando minha blusa, sorri e segurei a mão dele, a tirando dali.

- Depois eu que sou pervertida. – Falei entre o beijo e o senti sorrir.

Ouvi alguém bater na porta, tentei tirar o Gaara de cima de mim, mas não consegui. Ele me olhou ainda com o sorriso sapeca e falou “entre”.

A mãe dele entrou no quarto, olhou para nós e sorriu. Puder sentir meu rosto queimando.

- Gaara, levanta. É a sua mãe. – Sussurrei.

Ele riu.

- Tem nada não. – Sussurrou de volta.

Meu rosto queimou mais ainda quando ela riu.

-Ino, querida, não precisa ficar com vergonha. Eu te entendo. O pai do Gaara vivia fazendo isso. Lembro-me que morria de vergonha, ele fazia de proposito, igual ao Gaara. – Falou Karura.

Gaara riu de novo e se levantou, abraçando Karura e a levantando no ar, girando.

- Tudo bem, mãe? – Perguntou assim que a soltou.

Ela sorriu.

- Só vim ver como Ino esta, já que não me deixaram vê-la no hospital. Como esta querida? – Perguntou.

Me sentei e sorri.

- Estou bem, Gaara esta cuidando bem de mim. – Falei apontando para a bandeja de frutas em cima da cômoda.

Ela riu.

- Ele esta cuidando bem ou esta te enchendo de comida? – Perguntou.

Eu ri um pouquinho.

- Os dois. – Falei.

- Hei, estou apenas garantindo que ela se recupere logo. – Falou cruzando os braços e fazendo bico.

Ficou uma gracinha.

- Eu sei filho. Eu vou indo. – Falou e quando chegou na porta, se virou para Gaara. – Se quer que ela se recupere logo, evite ficar passando esse tipo de vergonha nela, querido.

Ela riu, piscou para mim e saiu do quarto.

- Que vergonha. – Falei deitando de novo colocando os braços na frente do rosto.

Senti a cama afundando e logo Gaara me abraçou.

- Nem vem, você bem que estava gostando. – Falou.

Lhe dei um tapa de leve e sorri.

- Gaa-kun, vamos sair? Quero andar pela vila. – Pedi.

Ele me olhou.

- Não estava cansada? – Perguntou.

- Estava. Não estou mais. Vamos, vamos. Vou tomar banho. – Falei me levantando.

- Hei, ta se esquecendo de uma coisa. – Falou fazendo bico.

O olhei com a toalha na mão.

- O que? – Perguntei.

- Meu beijo. – Falou.

Revirei os olhos e lhe dei um selinho. Entrei no banheiro ouvindo ele resmungar algo do tipo “sou o melhor namorado do mundo, faço tudo e só ganho um selinho”.

Eu ri e comecei a tomar meu banho. Quando sai, Gaara estava vestindo uma calça, ele estava com o cabelo molhado, devia ter tomando banho no outro quarto.

Pude ver sua boxer preta, ele estava de costas para mim, quando terminou de vestir a calça, se virou para mim.

- Vou terminar de trocar de roupa no outro quarto para você se trocar. – Falou.

Pegou uma blusa preta e saiu, depois de me dar um selinho.

Suspirei.

Estou tão feliz ao lado do Gaara, irei passar a liderança do clã para Yamanaka Natsume. Ela sempre quis ser líder mesmo.

Eu vou ficar em Suna, mas o que me preocupa, são as ameaças. Tenho a impressão que logo, logo, iremos ser atacados de novo.

Como estava à tarde, vesti um short e uma regata preta. Coloquei minha sandália ninja e predi meu cabelo no rabo de cavalo.

Passou uns 3 minutos alguém bateu na porta.

- Entra. – Falei.

Era o Gaara.

- Esqueci de pentear o cabelo. – Falou emburrado.

- Não gosta de pentear o cabelo? – Perguntei sorrindo.

Ele negou com a cabeça e eu sorri.

Dei dois tapinhas na cama e ele se sentou. Peguei minha escova de cabelo e comecei a pentear o cabelo dele.

- Seu cabelo é tão lindo, é um ruivo bem chamativo. – Sorri.

Ele sorriu também.

- Obrigado. E obrigado por pentear ele também. Eu não tenho paciência. – Falou.

Eu ri.

- Imagina se ele fosse do tamanho do meu? Ai sim que você não teria paciência. – Falei.

Ele pegou nas pontas do meu cabelo.

- Mas eu gosto do seu cabelo. – Falou.

Sorri me lembrando da minha luta contra Sakura há muito tempo.

- Lembra durante o Exame Chunnin? Cortei ele bem curto. Culpa da Sakura. – Falei rindo.

Ele riu.

- Eu lembro. Quando você cortou, eu achei um desperdício de cabelo, mas nunca entendi o motivo de você ter cortado. – Falou.

Me sentei ao seu lado e suspirei.

- Naquela época, eu também gostava do Sasuke, e ele gostava de garotas com o cabelo grande, então deixei ele crescer para ver se chamava a atenção dele, mas acabei me acostumando com ele grande. E a Sakura tinha cortado o cabelo para poder salvar a vida dele e do Naruto. Eles foram atacados durante a prova e só ela estava acordada. Entao, ela fez de tudo para salva Naruto e Sasuke, mas depois de um tempo ela começou a apanhar, então eu e minha equipe a ajudamos. Sasuke acabou gostando do cabelo dela curto. – Falei.

O olhei e ele estava serio.

- O que foi? – Perguntei.

- Não imagino você gostando de outro homem que não seja eu. – Falou.

Me levantei e o puxei para um abraço.

- Bobo. Isso tem tempo e eu gosto só de você. – Falei o soltei. – Agora vamos.

Eu ia saindo do quarto quando ele me pegou e me colocou em suas costas. Suas mãos seguraram minhas pernas e eu segurei em seus ombros.

- Gaara, eu posso andar. – Falei.

Ele já estava descendo as escadas, ele riu.

- Eu sei. – Falou e chegamos na sala.

Temari e Shikamaru estavam lá.

- Oi cunhadinha, oi maninho. – Falou Temari.

- Oi Tema-chan, Shika-nii-san. – Falei.

Eles sorriram para mim.

- Olá. – Falou Shika.

- Vamos dar uma volta pela cidade, voltamos logo. – Falou Gaara.

Ele me colocou no chão.

- Não voltamos não, vamos andar Suna inteira. – Falei rindo.

Ele me olhou.

- Credo. Sabe o tamanho que é Suna? – Perguntou.

Sorri travessa.

- Você esta acostumado. Agora vamos. – Falei o puxando pela porta.

Nós andávamos de mãos dadas, as pessoas olhavam para nós e algumas cumprimentavam Gaara, se curvando.

Estávamos passando de frente uma sorveteria quando vimos Matsuri com o mesmo homem do dia que a conheci e um outro que não sabia quem era.

Ele tinha o cabelo castanho, olhos pretos e uma barba mal feita. Não era novo, mas também não era velho.

- Gaara. – Matsuri falou.

Fechei a cara.

- Gaara-sama. – Falou o cara que segurava a mão de Matsuri com um sorriso cínico.

O outro homem se curvou e quando se levantou, estava com um sorriso mais cínico do que o do outro.

- Kazekage-sama. – Falou.

Essa voz... Eu conheço ela...

Arregalei os olhos e puxei Gaara correndo para dentro da sorveteria, nos escondendo em uma pilastra.

- Ino, o que foi? – Perguntou.

Eu estava ofegante e assustada.

- Gaara, essa voz... – Falei.

- O que tem a voz daquele homem? – Perguntou.

Olhei desesperada para ele.

- É a voz que ouvi na cabeça de sua mãe. É ele Gaara. – Falei e Gaara arregalou os olhos e depois espiou pela pilastra.

Olhei também e o homem estava com um sorriso sádico no rosto.

Continua...