Já se passou uma semana deste que eu conheci quatro loucas que agora sou obrigada a chamar de “melhores amigas” e empregadas. Bem, nós estamos reconstruindo o café com nossas próprias mãos sem nenhum pedreiro. A ideia foi da Maria, e eu aceitei. O problema é que as mãos de todas nós estão doloridas e nossos corpos, antes alvos e negros, no caso da Maria, estão verdes, rosas e azuis. TUDO POR QUE NÃO TEMOS DINHEIRO PARA PAGAR O PEDREIRO!

Enfim, terminamos a construção hoje e até que ficou bonitinho. Bem... Ficou bonitinho, mas ainda precisamos do mais importante para o Neko Café: Cozinheiros. E NINGUÉM SE INTERESSOU NESSA SEMANA!

– Estamos ferradas, estamos ferradas. – murmurava eu, no meu apartamento cheio de meninas. Eu havia aceitado Sakki e a menina, que se chamava Kenshin Naomi e que era dona do gato angorá preto, e elas também estavam no apartamento.

– Para de falar besteira, Sakurami-san! – me reprimiu Mihara, a Bipolar. – Logo, logo eles aparecem.

– Sei não, sei não. – fiquei murmurando.

Então a campainha bateu e eu me levantei em um pulo. Abri a porta e dei de cara com duas gêmeas, idênticas. Pareciam o clone de uma. Tinham longos (longos mesmo! Batiam nos joelhos) cabelos negros como a noite, lisos e olhos tão dourados como ouro. Eram bonitas.

– Yo! – disseram as duas, em uníssono.

– Sou Yukina Yukari – disse a gêmea da direita.

– E eu sou Yukina Yukami – disse a da esquerda.

– E queremos trabalhar no seu Neko Café! – disseram juntas.

Ouvi Maria gritar “yeah” lá da sala e Sakki falando alguma coisa.

– CALEM A BOCA! – gritei para Maria e Sakki. – Podem entrar.

Yuki 1 e Yuki 2 entraram e se sentaram em um dos sofás, de frente para o sofá em que eu, Maria, Sakki, Mihara, Naomi e Yuuki estávamos sentadas. Kiyomi estava em pé.

– Idade? – perguntou Kiyomi.

– 16 – responderam.

– Altura? – perguntou Sakki.

– 1.70

– Gato? – perguntou Maria.

– Gatos gêmeos, persas brancos. O meu é o Kayuri, e o da Yukari é o Mayrin. – respondeu Yuki 1, Yukami.

– O que querem ser? – perguntei.

– Maids. Mas gostaríamos de fazer as sobremesas. – respondeu Yuki 2, Yukari.

– Ótimo. Gostam de yaoi? – perguntou Yuuki.

– Sim. Somos fujoshis. – respondeu Yuki 2.

– KYAAAAAAAAH! JÁ AMO VOCÊS! – Yuuki pulou em cima das Yuki 1 e 2.

– SE ACALME, YUUKI! – gritei. – Vocês estão aceitas.

– Ahn... Nossos amigos poderiam nos ajudar? – perguntou Yuki 1, empurrando Yuuki.

– Que amigos? – perguntei.

– O L... – murmurou Yuki 2.

– E o Rin... – murmurou Yuki 1.

– Rin? O NOME DELE É RIN?! – perguntei.

– Sakurami-san, você tem nome de homem. – disse Maria, rindo com Naomi e Mihara.

– Dane-se. Sim, eles podem dar uma mão para vocês.

– Ótimo. Vou ligar para eles. – disse Yuki 2.

– Venham amanhã, às 10. Sem faltas, por favor. – pedi.

– Claro, claro. Vemo-nos amanhã. – disse Yukari, indo embora com a irmã.

– Elas são legais, né? – disse Sakki.

– São sim. – concordei.

A campainha bateu de novo e várias meninas chegaram juntas. Uma rosada, de olhos azuis. Uma albina, também de olhos azuis. Uma cinzenta, de olhos vermelhos. Uma morena de cabelos curtos e olhos negros. Uma ruiva baixinha, de olhos vermelhos. Uma morena de cabelos meio arroxeados, olhos castanhos. Uma loira que usava marias-chiquinhas, com heterocromia (olho azul, olho amarelo).. Todas seguravam os cartazes. Mandei-as entrar e comecei a entrevista.

– Nome e idade – perguntei.

– Akashiya Sakura – respondeu a rosada de olhos azuis. - 17

– Sakurai Miyumi – respondeu a albina de olhos azuis. – 17 também.

– Tsukiyomi Arkane – respondeu a cinzenta de olhos vermelhos. – 15

– Misaki Yume – respondeu a de cabelos curtos e olhos negros. – 18

– Kiomy Hatsume – respondeu a baixinha – 16 – Meu Deus! Ela parecia ter 13!

– Nekomura Rami – respondeu a de cabelos arroxeados e olhos castanhos – 13 – Cara... A baixinha é mais velha do que ela...

– Nekomura Shiori – respondeu a de marias-chiquinhas, com heterocromia. – 13 – Nada a declarar...

– O que querem ser na NN Emporium? – perguntei. Acho que vou mudar esse nome...

– Maid – responderam Shiori, Sakura, Miyumi, Arkane, Yume e Hatsume.

– Balconista. – respondeu Rami.

– Estão aceitas. Venham amanhã, às 10, para começarmos. – pedi e elas foram embora.

Me joguei no sofá enquanto as outras iam embora. Acabei adormecendo.

No outro dia... – 1 de Setembro – Primeiro Dia do Nekokaigi (Nome que eu inventei na pressa)

Acordei tão cedo, que vi todas as maids e balconistas chegarem. Eu havia feito um pedido para uma costureira e ela costurou o uniforme que a Maria havia me mandado, o vestido. Felizmente, alguns pedidos eram do número das novatas e todas nós (até eu, infelizmente) estávamos vestidas..

– Vamos usar isso? Que legal! – exclamou Shiori, rodando com o vestido.

– É verdade. É lindo. – disse Rami, dançando com a prima (sim. Elas eram primas).

– É realmente muito bonito. Parabéns, Maria-chan! – disse Yukari, que também dançava com a irmã e as duas primas Nekomura.

Então a porta do Neko Café abriu. Um cara que mais parecia a Madonna se sentou numa mesa e fez sinal.

– O QUE A MADONNA DA CACAU SHOW TÁ FAZENDO AQUI?? – gritou Hatsume, com uma aura negra.

– O conhece? – perguntou Arkane.

– Sim, infelizmente. – respondeu a baixinha. – Eu vou chutar a cara dele, com licença.

E Hatsume saiu andando em direção do cliente-Madonna. Então ela começou a gritar com ele chamando-o de Madonna, enquanto ele a chamava de baixinha. Chegou uma hora em que eles partiram para a porrada, o que fez todas nós cairmos no chão de tanto rir.

A porta abriu de novo. Um ruivo, que usava óculos amarelos (?) entrou e se sentou em uma mesa. Ele começou a rir da Madonna e da baixinha, e depois fez sinal.

– É O MATT! DEIXA QUE EU ATENDO! – gritou Maria, estupefata.

– Quem? – perguntamos todas nós, em uníssono.

Então a porta abriu... De novo. Um rosado e um loiro começaram a brigar na porta, então pararam e foram se sentar.

– Não acredito que aquele baka está aqui... Deixa que eu atendo. – disse Sakura, indo em direção ao loiro.

– Hm... O rosado é kawaii, né? Vou atender ele. – disse Yuuki, indo em direção ao rosado.

E de novo, a porta abriu. Um cara esquisito, com umas coisas no rosto e vestido com uma capa preta com nuvens vermelhas (?) se sentou.

– EU ATENDO ELE! – disse Miyumi, saindo correndo.

FALA SÉRIO? VIROU A CASA DA MÃE JOANA PRA BROTAR TANTO HOMEM ASSIM?! É. Mais homens entraram. Um cara completamente, totalmente albino que foi atendido pela Arkane. Um moreno sem camisa (pode isso, Arnaldo?) que foi atendido pela Naomi (que mais ficou babando). Um moleque magricela com chapéu de palha, que foi atendido pela Yume. Dois caras que foram atendidos pelas primas Nekomura. E mais um cara bonitão de cabelo castanho que foi atendido pela Mihara.

Minha situação atual: Vai ficar para a titia.

Sim. Eu não quero mais morrer sozinha. DANE-SE A MINHA PROMESSA! Que apareça alguém que preste, que apareça alguém que preste...

Minhas preces foram ouvidas! Ou não.

Santa paciência.

Por que ele?

Não poderia ser... Tipo... O Ciel Phatomhive? O Sebastian? ATÉ MESMO O GOKU (que é casado) serviria. Mas não.

Tinha que ser o estereoscópio de deus da simetria do Death The Kid, o baka namorado da Sakki e, definitivamente, o maior idiota, imbecil, filho da mãe da face da terra.

Que sorte essa a minha, não?