Mais um dia que acordo pensando em meu Gray-sama. Ontem saí da Guilda mais cedo, e já faz quase 11 horas que não o vejo. Estou morrendo de saudades! Acho que vou chama-lo para comer um bolo na nova lanchonete que abriu ha uns quarteirões da Fairy Tail!

Chegando à Guilda, logo vi o Gray-sama brigando com o Natsu-san. Empolgada, comecei a torcer loucamente para meu amado, mas de tanto pular torci o tornozelo. Sei que meu corpo é feito de água, mas não pude perder a oportunidade de que meu Gray me olhasse por um instante.

–Juvia! – exclamou ele.

–Estou bem! Obrigada por se preocupar com Juvia. – Falei.

Quando ele estava saindo do meu lado, rapidamente agarrei a barra de sua blusa. Assumo que fiquei um pouco desesperada ao vê-lo saindo daquele jeito, sem nem me ajudar a levantar. Ele apenas fez uma cara de alívio, ao saber que não havia me machucado gravemente. Só isso.

–Espere! – falei com um tom preocupado. Ele olhou para mim.

–O que foi? – ele disse. Corei.

–É que... – estava vermelha. Como dizer isso?

–Sim? – percebi que ele estava ficando impaciente.

–Você viu que abriu uma lanchonete aqui perto?

– Lanchonete? Não cheguei a passar por lá ainda... Por que?

         Como assim, “porque”? Ele parecia não perceber que eu queria leva-lo lá. Fiquei um tempo parada, apenas gaguejando: “p-porque...”

– Porque Juvia queria ir comer um bolo com o Gray-sama! Me disseram que lá tem um bolo ótimo, e Juvia quer levar o Gray-sama para conhecer o lugar! – falei de uma vez.

 –Opa! Porque não disse logo? Eu estava mesmo com fome. Será que nessa lanchonete tem bolo de morango?

         Foi só falar a palavra “bolo de morango” que Erza-san apareceu (não sei de onde) como uma louca desordenada procurando por alguma coisa.

–Bolo de morango? Cadê? Aonde? Eu quero! – dizia ela olhando para todos os lados.

         Nisso, Natsu, Happy, Elfman e Cana já vieram correndo saber o motivo da empolgação da ruiva. Logo já estava sentada em meio a aquela bagunça. Não havia ordem entre as pessoas, mas isso já era de se esperar. Eu estava brava mesmo porque meu programa com meu amado Gray-sama acabara de ser arruinado. “Então tem uma lanchonete aqui perto?”, “nossa, vamos lá tomar um lanche!” diziam as pessoas. Fiquei vermelha de raiva. Parecia um tomate.

–Parem! Esse programa é apenas para a Juvia e para o Gray! Vão a outro lugar, outro dia! – gritei, embora ninguém me escutasse. Minha voz começava a desaparecer no barulho.

         Então a guilda inteira foi correndo para a lanchonete, deixando apenas Charles e eu para trás.

– Que deselegância! – exclamou a gatinha.

– Juvia quer ficar com o Gray-sama!

– Pois parece que ele foi arrastado pela multidão. Ou foi por conta própria. Mas parece que vou ter que acompanha-los. Não quero deixar a Wendy com esses irresponsáveis.

         Acabei ficando sozinha, sentada, sem saber o que fazer. Comecei a chorar, desiludida. Quando acabei o drama, voltei para meu quarto, no dormitório. Deitei em minha cama e fiquei imaginando como teria sido aquela tarde. Acho que eu era a única no prédio. Estava quase pegando no sono quando escuto a campainha. A recepcionista não estava então fui eu mesma atender a porta. Quando abro, uma surpresa. Quase não me aguentei ao vê-lo, sim, ELE: meu Gray-sama, parado na entrada do dormitório. Mais surpresa ainda, fiquei, quando vi suas lindas bochechas rosadas corarem. Surtei (por dentro. Por fora mantive a pose, mas não consegui não arregalar os olhos).

–Como não conseguimos ir a lanchonete, pensei que não seria certo deixa-la sozinha quando tinha planos para essa tarde. Será que você quer jantar comigo? – ele estava ainda mais corado.

– M-mais é claro! Claro que sim! Juvia adoraria! – falei, tentando me conter.

–Pensei em irmos a um restaurante, bem informal, pois não tenho muito dinheiro. Ele fica meio longe daqui, talvez teremos que pegar um trem.

– Juvia não se importa! Ela também não tem muito dinheiro... – falei com um tom cômico, com risinhos no final da frase.

         E assim, fomos juntos até o trem, e tivemos um jantar maravilhoso. Fiquei impressionada com meu Gray-sama, não pensei que conversar com ele era tão interessante e empolgante.

         Só fui descobrir depois, ao conversar com Erza-san, que ela havia dado uma forcinha e convencido meu Gray-sama a se desculpar, e que ele havia ido, sim a lanchonete com todo o mundo por vontade própria! Mas que se sentiu mal ao perceber que eu não estava presente na lanchonete

         Posso definir aquele dia como um dos melhores da minha vida!