Ploft! Ploft! Outra gota de chuva caiu insiste no ombro de Julieta ela ferveu na sua pele até sumir, mas, as gotas insistiam em implicar com Julieta as gotas ferviam em sua pele e logo sumiam.

Era quase meia noite ela se viu andando pelas ruas sem um rumo certo... Plaft! Uma poça da água e Julieta não podia fazer nada com o temporal que acontecia uma vez por mês naquela cidade infernal árida até para os cactos.

Então se viu sozinha mais uma vez ao entrar em casa e não encontrar nada mais que um tapete para se abrigar a noite e por fim dormiu ver sua casa tão vazia quanto seu coração lhe doía os ossos como uma doença esquisita.

A chuva caia lá fora serena e calma que poderia durar horas mas sempre era considerada muito pouca ela ia na mesma frequência que chegava e logo adormecia nos rios.

Alguém a abraçou por um longo tempo Julieta ficou ali imóvel não olhara para ver quem era só sentira o calor que chegava até sua pele a onda de choques que percorriam sua nuca aquilo lembrava a época de quando ela vivia. Mas espera, como poderia decair nesse devaneio sem ao menos saber como e porque essa pessoa entrará em sua casa? Mas aquele calor humano era mais aconchegante do que almofadas de algodão egípcio então ela se entregou ao máximo aquele abraço que esvaziava sua mente como um torpor e não deixava ela pensar em nada além de como era sentir o calor humano envolvendo seu corpo. Mas não, não queria aquilo para ela precisava se afastar imediatamente não, nunca, jamais queria se envolver com alguém começou a chutar o vento e sentiu o suor escorrer pelo seu rosto estava desesperada sua existência era obsoleta não tinha como sair daquele abraço seus braços e pernas não se mexiam apenas iludiam na o amor é algo muito bom pra quem o quer, porem existem pessoas que não vem tão grande beleza nele, pessoas como eu! É um poço escuro que ao se entregar você sai sobre pedras e quebra todos os ossos e fica gemendo de dor até cair em um torpor de não pensar direito não fazer nada direito paixão amor disso tudo Julieta queria fugir queria se libertar não queria pensar melhor queria fugir dali como as crianças fogem do escuro então apenas murmurou com a voz muito melancólica o suficiente para cortar em pedacinhos qualquer coração amedrontado.

_Pare- disse sua voz saiu mais alterada do que esperava. - Por favor- Insistiu.

_Eu s-s-s-ó es-tou t-t-t-enatando ajudar. - Gaguejou uma voz masculina rouca que em vida faria Julieta cair de joelhos para quem a disse. - Digo apenas queria que você se sentisse melhor meu nome é Rick, é uma honra lhe conhecer pessoalmente Julieta ou será Rafael?.- Seus lábios tremeram em um sorriso que revelou uma fileira de dentes branquinhos e uma boca bem fina os cabelos desciam até o maxilar revelando os olhos cor de rubi sim olhos de um vermelho intenso uma jaqueta de couro nova com a etiqueta ainda pendurada com um preço absurdamente caro ele a olhou de cima a baixo estendeu a mão para que Julieta levantasse.

_Quem é você? - Julieta sentia medo angustia e atração num misto de confusões que lhe embrulhava o estomago até que seu estomago se revirou tanto dentro dela que vomitou.- Desculpe é que, esquece vai embora da minha casa...

_Deixe-me ajudar você Lieta.

_Não me chame assim.

_Eu sei que você é uma mensageira quero lhe mostrar o lado bom da nossa missão. Lieta...

Julieta lhe deu uma bofetada.

_Certo Lieta. Assim que as coisas vão ficar mas Éllen o caso dela não acabou você quebrou as regras e eles virão atrás de você e isso pode custar sua existência você pode simplesmente sumir. Puf! Sumiu sem corpo sem alma sem luz é isso que você quer?

_Eles disseram que...

_São as regras Lieta, fica bem ok? Tente não sair muito meu bem...- Rick beijou a testa de Julieta  e saiu deixando um calor no ambiente como se houvesse uma fogueira dentro da alma de Julieta...

Éllen ainda não acabou? Sua garganta ardia e o medo inundou seu ser, ia aceitar a ajuda de Rick... Mas não iria se aliar a ele. Fechou os olhos e voltou a dormir sem culpa ela não era covarde não ia desistir e as regras? Julieta não ligava pra elas.