Um Dia Talvez! escrita por HunterB


Capítulo 4
Capítulo 3




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Borboletas no estomago. 

Quando cheguei em casa era 13h e pouco, nem me preocupei em olhar no relógio, estava morrendo de fome, lavei as mãos e fui direto para a cozinha. Não havia ninguém ali. - Alô.. Alguém em casa?– Disse indo para a escada, mas não houve barulho nenhum ali. - Mãe?– Disse um pouco mais alto. Revirei os olhos e voltei para a cozinha. - Não tem nada pronto, para comer? Como assim?– Respirei fundo, peguei a carteira da minha mochila e sai, tranquei a porta e coloquei a chave dentro do bolso junto com o celular, tinha um restaurante ali perto, não era nada demais, mas com a fome que eu estava qualquer coisa servia. Peguei meu celular e coloquei uma musica para tocar, comecei a cantarolar junto com a musica, me esquecendo de tudo a minha volta. Esse era o problema dos fones, cada vez que eu os colocava, o mundo sumia, eu não tinha mais problema, mais vida fora aquilo ali. O sol ainda brilhava, com menos intensidade mas ainda sim estava um dia gostoso. - Mas olha só que tentação.– Escutei alguém dizer, não liguei, pois achei que não era comigo. - Vai fingir que não está escutando nada dona Lydia?– Assim que ouvi meu nome parei olhando para o lado. - Max.. - Disse sem muito ânimo na voz. - Nossa senhora, isso que eu chamo de animação ein.. Vêm cá, porque está assim comigo lindinha?– Max dizia parando na minha frente, não me deixando passar, apenas bufei. - Acordou com a macaca foi? – Ele disse rindo. 10. Vamos contar até 10 para não socar ninguém. - Acho que não. Não acordei com a sua mãe hoje não lindinho.– Disse sorrindo e desviando do mesmo, continuei a andar, pelo menos era isso que eu queria fazer até ele me segurar pelo braço. Quando ele me virou, ele estava rindo, como se aquilo tivesse a maior graça do mundo. - Ta rindo do que idiota?Já te falaram que você fica linda, toda irritadinha? – Ele disse me puxando para mais perto. Ele usava o mesmo perfume do dia em que nos conhecemos, mas eu não iria cair na conversa dele novamente, vai saber se não tinha o dedo do James por trás disso novamente?! - Não, mas acabei de saber disso.– Abri um pequeno sorriso. - Só toma cuidado ok! A lindinha aqui pode meter a mãozinha na sua cara se a deixar mais irritada. E se não se importa, estou com fome, e preciso almoçar.– Percebi que enquanto eu falava, ele afrouxou seus dedos do meu braço, foi quando eu o puxei, quando terminei de falar comecei a andar de novo, mas dessa vez ele não disse e não fez nada, e nem fiz questão nenhuma de olhar para trás. Coloquei meus fones novamente, virei a esquina, faltava pouco para chegar no restaurante, mas dessa vez nem a musica me fez para de pensar. Por mais que eu tivesse raiva de Max, no tempo que ficamos juntos, ele foi legal comigo, pelo menos no começo, depois parecia que ele queria mais não queria levar algo a sério, foi quando tudo veio a tona. Meus pensamentos se sessaram quando meu telefone começou a tocar. - Alô.– Disse atendendo sem ao menos ver quem era. - Acho que você não tem como almoçar sem isto.. – Escutei a voz do Max rindo do outro lado da linha, quando olhei para trás, ele estava a alguns passos de distância. - Se você me chamar para almoçar junto com você, posso pensar em te devolver.– Ele disse sorrindo. - Eu não tenho escolha mesmo. – Disse desligando o telefone e o colocando no bolso. - Sabia que você não iria recusar almoçar junto comigo. Eu sei que ainda mexo com você, posso ver nos seus olhos.– Ele disse passando suas mãos envolta do meu pescoço. - Ah claro, te amo demais, que você não tem noção. É um amor que não cabe nem no peito.– Ele sorriu vitorioso, como se aquilo fosse a coisa que ele mais quisesse escutar. - Só não fique se gabando muito não ok.– Disse com um sorrisinho forçado. Quando entramos no restaurante, tirei o braço dele do meu ombro e arranquei a carteira da sua mão. - E isto é meu!– Ele não estava esperando por aquilo, não naquele momento, aposto que se eu não tivesse pegado agora, ele faria alguma chantagem para que eu o beijasse. Nos sentamos numa mesa mais ao fundo, o restaurante estava cheio. Resolvemos o que íamos comer, achei que seria pior essa parte. - Dois pratos do dia. – Max disse sorrindo para a garçonete e depois voltou seu olhar para mim. - Senti sua falta, nesse tempo que estivemos longe.– Ele disse se sentando mais para frente, como se pudesse fica mais perto de mim, sendo que havia uma mesa nos distanciando. - Hm.– Foi a unica coisa que eu disse, depois disso olhei para a janela, como se o tempo pudesse passar mais rápido. - Você não acredita não é mesmo?– Ele fez uma pausa dramática. - Te juro, que senti sua falta. No começo, bem no comecinho, quando te vi na festa não tinha nenhum dinheiro envolvido nisso, depois de algumas semanas foi que o seu irmão me ofereceu a grana. - Ele disse me encarando, eu odiava sentir olhares sobre mim, eu nunca sabia como reagir. - E como eu estava precisando de grana aquele dia, eu aceitei, mas eu não queria que fosse daquele jeito, só agi daquela maneira, porque fazia parte do trato, mas eu realmente comecei a gostar de você. – Aquelas palavras faziam meu coração acelerar, como estávamos sentados naquelas mesas que são com bancos em volta da mesa inteira, em questão de segundos, ele estava ao meu lado. Eu queria dizer alguma coisa, mas não saia nada, quando abri a boca só saiu um gemido baixinho, olhei para cima na intenção de não chorar. Max não foi o primeiro garoto com quem eu tinha ficado, e nem o ultimo que eu iria ficar, como as outras eu não tinha essa neura de "Ai meu Deus, eu o amava tanto, ele era minha vida, vou morrer agora que está tudo acabado entre nós." Senti seu corpo se aproximando do meu, eu podia escutar sua respiração, quando olhei para ele novamente, não deu tempo para nada, ele apenas me puxou e me beijou. Era só com ele que eu havia sentido aquilo, borboletas no estomago, era tão idiota aquilo, eu me sentia como aqueles menininhas que eu mais falava mal, aquelas todas frágeis, mas com Max eu me sentia daquele mesmo modo, eu era uma boneca em suas mãos, ele tinha todo o poder sobre mim. Pelo menos era isso que eu achava..


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