Perfume escrita por Kalhens
Notas iniciais do capítulo
Estou indignada.
Quando fui escolher as personagens, só tinha o Riff e o Cain.
A Mary Wheater, o Alexis, o Jezabel... Ficam como D:?
Não que eles apareçam aqui, mas enfim.
Quem já abraçou a mulher amada depois de longa separação, deve saber como é.
Sentir a cabeça se afundando em seu peito, e deixar os pensamentos vaguearem pelo pescoço.
E sentir.
Sentir o perfume dela. Não apenas o delicioso odor comprado e engarrafado num vidrinho de cristal e, antes do encontro, cuidadosamente espirrado por todo o ser, chegando quase a sufocar um desavisado.
Mas o perfume da própria pele.
Aquele cheiro único e viciante, inebriante, que te faz querer provar o sabor da fonte de tal tentação.
Mas tais devaneios não deixam de ser um tanto quanto impróprios ali, e com ele.
Havia o abraço, sem dúvidas.
E termina ai o paralelo de seu doce e simplório devaneio com a crua realidade para a qual fora tragado desde que começara a trabalhar na mansão.
Aquele jovem se agarrava em sua blusa, as mãos tremulas apertando o tecido de um modo que chegava a doer só de olhar.
Ali, ainda deixava lágrimas caírem impulsionadas por soluções mal-contidos.
Riff se limitava a fechar o pequeno corpo marcado no circulo de seus braços, as mangas do uniforme se sujando com o sangue que escorria das costas de seu jovem mestre.
O cheiro doentio de ferro inundaria a cena, se não fosse um outro, mais forte. Aquele que, secretamente, impregnava a pele daquele herdeiro que jamais fora uma criança, mas ainda não parecia um adulto.
O cheiro de veneno.
Arsênio e cianureto eram os mais comuns.
Havia também o chá maldito que seu Mestre preparava, o doce aroma da morte misturado às ervas.
O garoto de fios negros desordenados no desespero era ele inteiro veneno, como um bom membro da maldita família Hargreaves.
Mas Riff realmente não se incomodava.
Apenas fechava os olhos, saboreando o perfume de seu jovem mestre.
Se deixava arrastar pouco a pouco, caindo num delicioso abismo de inconsciência onde nada fora do limite de seu abraço importava.
Mal sabia que logo o perfume das rosas mudaria tudo.
E o então conde Hargreaves estaria morto.
Mas tudo isso foi a muito tempo.
Agora, seu Mestre já era o Conde e herdeiro da amaldiçoada família.
Mas ainda estava ali.
Podia sentir, enquanto fechava, um por um, os botões de suas roupas.
Estava ali, quando ajoelhava-se diante dele para arrumar-lhe os sapatos.
Mesmo quando em raros momentos, ele se deixava envolver em abraços secos de lágrimas, mas tão necessitados quanto sempre foram.
O perfume daquele homem pelo qual abrira mão de sua vida.
Mentira.
O homem que lhe entregara um motivo para viver.
Algo de bom para sentir.
Um alguém para tocar, para sonhar, para enlouquecer e, num sorriso educado, arrumar as roupas e sapatos.
Cain.
E seu eterno cheiro de veneno.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
:D
Depois de Junjou Romantica, Conde Cain.
A seguir, Kuroko no Basuke :D //apanha
De certa forma, essa fic também está relacionada à Chriss, mas de um modo bem torto.
Nem sei se eu deveria estar colocando-a aqui, mas enfim.
Alias, alias, dessa vez quem betou não foi a Konan! Foi um amigo meu que, volta e meia, vinha me dizer ''Eu já betei fics yaoi, sabe''.
Mas isso não vem ao caso.
Grata a todos que leram.
Até uma próxima o/