Final Fantasy VII - Haku Ryuu No Saga escrita por Kira


Capítulo 16
Capítulo 16 - Dominar das Sombras


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap para vocês meus amorecos, a partir daqui começa a acontecer mesmo as coisas, já ta na hora XDDD

Boa leitura!!!



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Passando os meses, chega o outono, folhas caem e aquela temperatura gostosa chega para trazer o equilíbrio entre o calor e o frio. Porém, aquele outono não estava muito normal, o volume de chuvas estava muito maior que normalmente estaria, não que isso desagradasse a maioria das pessoas e animais.

Cloud mostrou grande evolução em seu treinamento, ia com Azera ao templo da montanha sempre que podia para aperfeiçoar suas técnicas e até mesmo aprendeu a usar parte de suas habilidades de meio dragão. Com relação as correntes negras que surgiram em seu lado esquerdo do corpo, a draconiana mantinha o loiro sob controle estando a uma proximidade adequada dele. Usava a ressonância do elo para manter aquele parasita sob controle até descobrir como se livrar dele.

Apesar da paz que envolvia Midgard, aquela sensação chata não deixava o dragão que sempre conferia o território onde estava a nave, temia baixar a guarda. Vincent e Yuffie, um casal já assumido, treinavam juntos todos os dias e revesavam a escolta em Midgard, queriam manter a cidade sempre segura. Cloud e Tifa faziam o mesmo do outro lado da cidade e gostavam de tirar um tempo para ficarem juntos, Denzel e Marlene ficavam sempre com RED XVIII, Cid e Barret.

Aquele dia porém, ninguém saiu da nave, a forte chuva matutina impediu a Avalanche de sair, mas não impediu o dragão branco de voar. O frio das gotas da chuva lhe faziam bem, muito bem e aumentavam sempre sua força, revigorando sua energia e até seu humor. Enquanto isso todos arrumaram algo para se distrair dentro da nave, fazendo brincadeiras com as crianças e contando histórias engraçadas mas Vincent porém, estava excessivamente calado:

–Vince, tudo bem? - Yuffie sentou-se junto a ele- Por que não vem brincar com a gente?

–Não obrigado, não estou no ânimo de brincar.

–O que acontece? Algo errado?

–Não sente esse clima pesado nos rondando?

–Um pouco sim mas achei ser impressão minha.

–Não, algo vai acontecer e não vai demorar.

–Mas o que você acha que é?

–Eu não sei, mas é um pressentimento de catástrofe.

Yuffie engoliu seco e apoiou a mão no braço de sue parceiro, sorrindo gentil a ele que suspirou e devolveu o toque.

Do outro lado de Midgard, Cloud e Tifa faziam sua parte da patrulha, caminhando lado a lado por todas as ruas conhecidas, esquinas e praças, tudo estava muito tranquilo. O dia agora estava perfeito, céu azul, brisa e paz, era como se nada pudesse estragar aquele momento. O casal já havia terminado sua obrigação então resolveram passear um pouco, escolheram uma doceria e se sentaram em uma mesa da varanda:

–Nossa, que dia lindo! Faz muito tempo que não temos um dia assim, tão agradável não acha?

–Sim, muito tempo- O loiro admirava a beleza da morena-

–Ei, está prestando atenção?

–Ah, claro que sim! Só estava observando.

–Observando o que exatamente?

–Seu rosto, o quanto ele é bonito e fica ainda mais quando sorri...Tão bonita.

–Oh....Obrigada- A morena ganhou um leve rubor nas bochechas-

–Já escolheu o que vai pedir?

–Hum, sim. Já posso chamar o garçom?-O loiro assentiu e os pedidos foram feitos-

–Eu estava pensando um pouco sobre os últimos meses Tifa. Eu estranhei as coisas ficarem calmas tão rápido mas, eu já sentia falta de uma folga de tanta confusão.

–Eu também Cloud, eu também. Poxa, nossa vida quase se resume a lutar a cada instante, proteger a cidade e derrotar mais gente ligada a Jenova. Será que ela não vai sumir de vez nunca?

–Vaso ruim demora muito de quebrar- um sorriso lateral surge nos lábios finos dele-

–Eu achava que a aparição da Azera tinha sido ruim sabia?

–Por que?

–Foi só ela aparecer e as lutas começaram de novo, mas dessa vez o inimigo é diferente, muito além do que conhecemos.

–Se refere às Harpias?

–E a tudo o que escutamos até agora. Dragões que podem falar e virar gente, Harpias estranhas que se duplicam, guerreiros com lanças que mudam o cenário inteiro e destroçam corpos.......É muito para minha cabeça.

–Eu ainda não absorvi bem toda essa história também, e ainda mais agora, que sou um meio dragão.

–Mas.....Apesar de atribuir a ela a culpa pelo início de novas lutas, eu devo agradecê-la por te salvar.

–Eu sou grato a ela por mais motivos. Ela me ajudou a ficar junto com você Tifa.

Qual é o coração que resistiria a essas palavras sinceras de alguém que sempre desejou ter ao seu lado?

Tifa desmanchou-se num sorriso lindo, largo e cheio de sentimentos, tomou a mão de Cloud e ali depositou um beijo suave, recebendo dele o mesmo gesto e um sorriso pequenino mas belo. Aquele momento foi o mais esperado por ambos que não exitaram de trocar um beijo ali mesmo, um beijo apaixonado e tão bonito de apreciar. Pena que momentos bons assim terminam tão rápido.

Como a calmaria passageira antes da tempestade, pareceu que tudo foi arrastado por um vendaval, começando pela correria das pessoas assustadas na rua. O casal teve de deixar seu momento romântico e correram para fora, tendo a visão de um céu quase totalmente negro, preenchido pelo bater de milhares de asas e guinchados estridentes. Mal deu tempo de pegar as armas, e a cidade foi coberta pela nuvem negra de Harpias em alta velocidade.

Em poucos minutos tudo se tornou um caos, Harpias atacando pessoas, virando carros, destruindo fachadas e parte de edifícios com suas colisões fortíssimas, erguendo objetos e soltando em cima de tudo que viam em seu caminho. Tifa e Cloud tentavam afastar os lagartos do maior número de pessoas que podiam, mas estava muito difícil lidar com tantas asas, garras e dentes se batendo contra eles. Porém no meio de tanta confusão, um rugido seguido de chamas azuis abriu um espaço e afastou-os um pouco.

Azera chegou já desferindo golpes fortes com suas garras, sua cauda também acertava os Dragões Harpia no ar, mas o mais eficiente eram suas rajadas de chamas azuis:

–Azera, de onde eles vieram? - Cloud teve de gritar um pouco, o barulho das Harpias era muito alto-

–Eu não sei! Vi a massa deles vindo para cá, mas apareceram do nada!

–São muitos, e barulhentos! - Foi a fez de Tifa aumentar a voz -

–Eu vou tentar dissipar um pouco, protejam os civis como puderem, tirem as pessoas da rua.

A draconiana não exitou em abrir suas asas alvas e voar por entre as milhares de outras, desferia mordidas, batidas com a cauda e rajadas de chamas que queimavam pela temperatura incrível e extremamente baixa, mais letais, ferozes e se alastravam mais rápido que o fogo comum. Cloud e Tifa cooperavam juntos para tirar as pessoas das ruas, ajuntando o máximo que podiam em lojas, mercados, qualquer lugar que oferecesse mais proteção. Os inimigos iam caindo aos montes.

A sensação ruim abateu-se com força, o que fez a menina baixar os olhos para a rua e encontrar a imagem do Rei Harpia lá, rodeado por mais pessoas. Uma delas era uma mulher, altiva e trajada de vermelho-escuro, o fatídico lanceiro que quase matara o loiro e mais um rapaz de pele pálida e capa, carregando um arco e várias flechas nas costas. O instinto de dragão não lhe permitiu pousar, logo começou a desviar das flechas velozes do rapaz pálido.

Assim que o grupo de um passo a frente, os olhos brancos do lanceiro sobre o imponente cavalo se cruzaram com os mako em choque do loiro, seu peito ardeu e seu coração acelerou, ele pode escutar de longe a voz sombria e irônica do oponente:

–Olha só, achei que tinha morrido SOLDIER. - Se aproxima devagar -

–Como pode ver, não foi dessa vez. - Falou firme apesar do temor -

–Cloud...... - A voz de Tifa surge trêmula -

–Fique afastada Tifa, vou ficar bem. - Sorri gentil – Confie em mim.

–É muito raro alguém sobreviver a um ataque daqueles, ainda mais de minha lança rapaz. Dessa vez eu vou me certificar de que morra.

–Acho que não – segura firme a Buster -

–Você teve a sorte de ser salvo por um dragão, mas não será assim dessa vez. -Aponta a lança para o loiro- Venha, mostre-me o que pode fazer agora, meio dragão. - Desce do cavalo e se coloca diante do rapaz, a poucos metros de distância -

Os poucos metros que os separavam deixaram de existir quando ambas as armas se chocaram, os que acompanhavam o lanceiro se afastaram e se dispersaram entre os pequenos Dragões Harpia, deixando os dois com o espaço necessário para a luta. O cenário mudou diante da presença de Hickarium, era até possível sentir o cheiro de morte no ar, a luta estava violenta.

Por outro lado, Azera ainda se batia contra as Harpias, chacoalhava-as para os lados entre suas mandíbulas, as garras cortavam assas e sua cauda se batia forte contra elas. Mas em meio ao combate, tudo se tornou meio cinzento e sua pele se arrepiou, apenas virou os olhos para o lado e viu Hana ali, olhando com um sorriso cínico para ela antes de juntar as mãos e formar um vácuo ao separá-las. Tudo a sua volta desapareceu e só podia ver Hana em meio a escuridão, até mesmo o chão havia desaparecido mas aquele lugar estava extremamente quente:

–Hana...Mas o que....

–Finalmente eu tive a brecha que precisava, foi bem complicado burlar você dragão.

–Eu sabia que tinha algo errado com você.

–Pena que seus amigos humanos não notaram isso não é?

–Quem é você?

–Eu sou a alma das sombras, o próprio caos!

–Isso...não é novi...dade...

–O calor já te incomoda não é? Dragões do seu símbolo são tão sensíveis – ri -

–Sua.....- sente as pernas mais fracas -

–Esperei por muito tempo para que um novo dragão lua surgisse, mas finalmente você já é uma jovem adulta, com a força no auge para que nosso mestre retorne.

–Vocês...Pretendem mesmo...Trazer.....

–Você já entendeu bem. O nosso mestre, o dragão negro Uriel. Graças a sua ancestral somente um dragão do mesmo símbolo dela pode desfazer aquele selo. Foi muito conveniente ela ter uma descendente com a chave do selo.

–Hunf.....-Cai com um joelho no chão-

–A temperatura está bem alta né? Uns 60° graus ou mais? - Ri irônica -

A draconiana rosnou baixo e se pôs em pé, sentindo fraqueza pelo calor que só subia, fazendo mal para suas escamas. Hana apenas ergueu a mão e abriu os dedos, sendo isso o suficiente para lança-lá longe:

–O que eu mais gosto de ambientes de vácuo como esse é o fato de poder manipular a gravidade, já que eu mesma criei.

–Azera puxa o ar com dificuldade-

–Vamos dragão, levante-se, lute!

Uma das mãos da pequena se deforma, se tornando maior e cheia de espinhos, pele escura e garras enormes, emanando energia vermelha escura. Com uma gargalhada cruel, desferiu vários golpes ferventes contra a draconiana que mal podia se defender. Suas asas brancas, sendo usadas como escudo, eram feridas pelos golpes de Hana, extremamente quentes e velozes. A temperatura ambiente só aumentava mais e cada vez mais rápido.

A menina só parou de golpear quando as asas de Azera já estavam cortadas e sangrentas, pele ferida e já sem força para resistir ao ar quase sem umidade nenhuma:

–Fiz questão de deixar o ar com pouquíssima umidade, eu sei que pode absorver ela e torná-la bem fria em seus pulmões, me preparei muito para esse momento, onde eu mesma te capturaria!

Mais uma risada e Hana ergueu a mão, parando no ar logo em seguida ao sentir um arrepio na coluna. Varreu os olhos pelo vácuo procurando o que havia interrompido. Parou estática ao encontrar um par de olhos alaranjados na escuridão, com pupilas afiladas, finas como a de um dragão. Encarou-os séria e eles brilharam, desfazendo o vácuo e trazendo ambas de volta a Midgard, Hana caiu entre as Harpias e Azera, tombou de barriga para baixo. Os olhos amarelos se abriram aos poucos, vendo agora a equipe Avalanche derrubando Harpias e Dargak, líder delas.

Seus braços feridos e asas quase mutiladas apoiaram seu corpo para poder se sentar, reclamou de dor e mordeu o lábio, segurando para não gritar. Pode escutar o grito de Cid lhe chamando e virou os olhos a ele, respirando fundo para a umidade do ar se resfriar em seus pulmões e lhe ajudarem a se regenerar. Se arrastou um pouco na direção de Cid mas sentiu suas pernas e a base de suas asas serem seguradas por correntes, muito quente. Soltou um rugido doloroso e tombou, sentiu o corpo ser enrolado por elas até não poder mais se mexer.

Cid chamou a equipe para ajudar mas foram impedidos de continuar por Hana, que destruiu o chão e os separou por uma enorme cratera, a draconiana só podia rugir pela dor e ser colocada na garupa do cavalo do lanceiro. Hana riu e apenas disse um “ Até mais!” e desapareceu junto dos comparsas, levando consigo o dragão que perdera a consciência.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam dos comentários ok meus fofinhos??? té mais o/



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