Final Fantasy VII - Haku Ryuu No Saga escrita por Kira


Capítulo 14
Capítulo 14 - A consequência de nossa escolha


Notas iniciais do capítulo

Oia eu de volta ^w^ como estão vocês pessoal? Bom, eu gosto muito de um filme antigo chamado "Coração de dragão", para esse capítulo,eu tirei de lá uma ideia que sempre achei muito legal, para aqueles que não assistiram ainda, recomendo que vejam. Eu modifiquei essa ideia base mas boa parte dela se mantém intacta. Sem mais delongas, espero que vocês gostem. Boooa Leitura!



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* 2 meses depois*

Paz, Ah a paz, se o povo de Midgard soubesse o quanto essa palavra tinha sido próspera nos dias que se foram, não teriam reclamado da mesma, os ataques de criaturas pelo ar e pelo solo somados aos ataques do trio de Kadaj se tornaram frequentes, a cada semana, mais de quatro ataques eram registrados pela polícia local e nada podiam fazer, seu poder bélico e humano era limitado diante de seus novos inimigos.

A equipe Avalanche tentava fazer o possível porém enfrentavam um dilema terrível, seu contingente era pequeno e não eram fortes o suficiente para dar conta de tantas criaturas que surgiam do chão e dos ares, todos tentavam mas nenhum de seus esforços havia feito um efeito considerável e a ausência do poder de Azera deixavam as coisas cada vez mais injustas na hora da batalha.

Mais uma semana se passou, Midgard se tornava, aos poucos, uma cidade em ruínas, corpos das vítimas inda estavam nas ruas, casas e edifícios destruídos, igrejas em pedaços, o povo trancafiado em casa ou nos abrigos, tudo aquilo que o Lifestream havia levado para longe, agora, estava lá outra vez.

Naquele dia nublado, o inverno mostrava aos poucos a sua chegada, pelo grande painel da nave de Cid, Cloud observava com olhar tristonho, a paisagem cinzenta e nevoada que se formava em baixo deles, os braços cruzados deslizavam pelo tecido de sua blusa e inúmeros suspiros deixavam seus pulmões:

—Cloud?

—Ah, Vincent, olá.

—Vejo que você ainda está aqui.

—É, ainda.

—Cid está te chamando para começarmos o procedimento.

—Ele ainda quer tentar?

—Claro que sim, nenhum de nós quer desistir... Você quer desistir soldado? - o híbrido para do lado dele-

—Não, mas não sei até quando terei forças Vince.

—Estaremos com você, continue tentando meu amigo. - pousa a mão sobre o ombro do loiro-

—Obrigado meu amigo- sorri de lado-

—Vamos, estão nos esperando.

Um longo suspiro deixa os lábios do loiro que segue Vincent até a sala de treinos, se separa do amigo e entra no amplo salão avistando sua Buster Sword no apoio do centro. Ele vira o corpo para a direção oposta e observa sua equipe ali, monitorando tudo na sala de comando junto de Cid, todos mostravam sorrisos e gritavam palavras de motivação para o rapaz que apenas aguardou a confirmação de Cid para começar.

Segurou o cabo da espada e, fechando os olhos, respirou bem fundo e a ergueu com ambas as mãos, se equilibrou e já na posição certa atacou os robôs de treino, sua habilidade não havia caído em nenhum ponto mas quando robôs maiores surgiram o corpo do loiro estremeceu. Em sua mente, a imagem do cavaleiro sombrio que o marcou com uma ferida profunda, no orgulho e no corpo, se formou e atormentou a mente do rapaz que sentiu o peito doer e caiu de joelhos.

Preocupado com o amigo Cid interrompe os movimentos dos robôs e liga o microfone:

—Cloud, ei Cloud, tudo bem aí cara?

—Tu... Tudo, não pare o treino! - grita ofegante-

—Você consegue ficar de pé?

—Consigo! - se levanta com certa dificuldade-

Diante da vontade do loiro Cid reativa os robôs e observa a tentativa dele que corria, girava a espada e até acertava os alvos, porém, era fácil ver que seu corpo tremia fortemente e seus pés vacilavam, o que resultou em mais uma queda. Há vários dias a equipe tentava superar esse obstáculo. Depois que fora seriamente derrotado Cloud não conseguia mais lutar, somente derrubava robôs pequenos mas diante dos maiores o rapaz tremia, caía, reclamava de dores no peito e não conseguia vencer, estava traumatizado.

Cid, Barret e Vincent estavam na função de psicólogos, sempre faziam perguntas sobre o que ele pensava, sentia e queria durante as inúmeras tentativas e as respostas era sempre as mesmas, sempre que lutava com robôs grandes a imagem do cavaleiro surgia em sua mente e o atormentava, estava cada vez mais complicado ajudar o rapaz, o trauma era muito grande. Duas horas se passaram e Cloud ainda estava lá, tentando e tentando, caindo e caindo mas nunca desistindo, apesar do enorme esforço que estava fazendo e da dorzinha incomoda que pulsava na cicatriz, tentou mais uma vez se levantar, caindo na metade de sua tentativa, sendo então obrigado a dar o treino por finalizado:

—Cid, pode desligar.

—Chegou ao limite cara?

—Já, não dá mais. - observou suas mãos tremerem-

—Vem cara, eu te ajudo.

—Valeu Barret. - Segurou a mão deste e se levantou-

—Você foi bem, resistiu mais tempo hoje.

—Ainda estou péssimo, não estou conseguindo mais lutar como antes.

—Você vai conseguir cara, sei que vai.

A equipe seguiu junta para a frente da nave ficando próximos do leme, o clima estava meio pesado diante da tristeza do loiro e assim que se sentaram acomodados para descansar, o piloto percebeu que a porta de acesso da nave estava aberta:

—Poh! Esqueci a porta de acesso aberta. - Ele aberta o botão, cerrando-a -

—Mas Cid, ela estava fechada. - Cat avisa sobre o lombo de Red XVIII-

—Ué, então quem foi que...

—Ah, não imaginava que essa viagem ia ser ão longa.- Uma voz sutil ecoa no saguão-

—Ahn? Quem esta aí?

—Eu só fiquei fora dois meses, que exagero esquecer da minha voz não é Cid? - Uma sombra esquia pouso no centro deles e retira o tão conhecido capuz, expondo olhos azuis e um sorriso acolhedor-

—Azera? Sua filha de uma porca, onde estava?

—Desculpe demorar tanto para voltar, o assunto ficou extenso.

—Poxa, nos deixou preocupados.

—Desculpe, mais uma vez.... Cloud!

—Olá senhorita, onde esteve? - Recebe um abraço saudoso-

—Bem longe daqui, e como você está?

—Ah, melhorando aos poucos.

—Você viu a cicatriz que ele ganhou Azera? - Yuffie dá um pulo com as mãos na cintura-

—Cicatriz? Não estava sabendo de cicatriz nenhuma.

—Cloud, mostra pra ela. - O loiro puxa a blusa para baixo, mostrando a marca-

—Nossa, o que causou isso?

—Foi um cara estranho, vestindo uma armadura preta, acertou ele em cheio, você não lembra?

—Eu acho que eu estava afastada quando aconteceu. Uau, é um alívio que esteja bem. - ela sorri-

—Mas depois disso, ele não consegue mais lutar. - Yuffie se vira para ela-

—Como assim?

—Toda vez que ele tenta lutar com robôs grandes, ele começa a tremer e cai no chão.

—Yuffie, não deveria expor a dificuldade alheia dessa forma.

—Ah, desculpe Vince, acho melhor o Cloud explicar então.-Sorri sem graça-

—Toda vez que luto aquele cara aparece na minha mente, me atormentando e não consigo lutar, meu corpo perde as forças.

—Entendo, que tipo de criatura ele era?

—Não sei te explicar, era feito de uma matéria estranha.

—Lembrava o que?

—Chamas, densas chamas.

—Hun, e a sua ferida? Que tipo de criatura ajudou a criar essa cicatriz tão precisa?

—Foi feita por um dragão.

—Oh um dragão? Sério? Como ele era?

—Totalmente branco, você não o viu? Era enorme!

—E-Eu não vi... P-Por incrível que pareça.

—Ele tinha uma marca na testa igualzinha a sua sabia? - Vincent encara a menina-

—Sério? Nossa.......Pelo que sei os símbolos repetidos são raros.....Só aparecem no casso de filhotes gêmeos... Ele deveria ser um eu acho. - Ela leva a mão ao queixo-

—Azera, já que você voltou, viu como está a cidade certo?

—Sim.....Infelizmente.-Seu olhar foca o chão-

—Não estamos com poder suficiente para dar um jeito nas coisas lá em baixo, nosso poder bélico está limitadíssimo...Você vai entrar na ativa conosco?

—Claro que sim.

—Mas mesmo com ela, talvez continuemos limitados. - Red suspira cansado-

—Eu posso dar uma ajudinha com isso.

—Como?

—Posso recarregar o sistema de energia das armas- Sorri-

—E você pode transferir sua energia para o tambor?

—Só me mostre onde ele está que eu faço o resto.

—Azera! - Denzel, Marlene e Hana surgem correndo e abraçar a perna na réptil-

—Olá crianças, como estão? - Suas mãos bagunçam os cabelos-

—Bem, estamos felizes que você voltou. - O sorriso radiante de Marlene se expõe-

—Que bom que voltou Azera! - Hana sorri com os olhos fixos na imagem da maior-

—Fico feliz de estar de volta. - Encara os olhos da pequena abraçada a si-

—Venham por aqui, vou levar vocês lá na sala de armas.

Cid guia-os até o segundo subsolo da nave abrindo uma grande porta cinzenta que guardava a enorme sala, os tambores de energia com o logotipo da Shinra estavam acoplados nas paredes em uma longa sequência, nenhum membro da equipe conhecia aquele lugar.

Um longo suspiro deixa a boca de Cid antes dele mostrar a abertura dos tambores e o potencial da energia ali acumulada, Azera se aproxima e constata que o potencial estava abaixo do necessário para abater criaturas como Harpias. Leva então as mãos para o topo do primeiro tambor e fecha os olhos, passando parte de sua energia para a acumulada no tambor, aumentando seu potencial. Após passar por todos os tambores, a munição foi checada das menores as maiores balas, cartuchos e canos extras:

—Pronto, se quiser testar a energia agora, você já pode.

—Pela análise do computador, o potencial da energia realmente aumentou, boa jogada.

—Obrigada Cid, se me dão licença, eu vou esticar um pouco as pernas, volto já. - Ela sai com a mão direita levada ao peito-

Vincent apenas observa a saída apressada da draconiana desconfiado de algo acabando por segui-la silenciosamente, parando um pouco atrás da porta que saída no saguão perto do enorme painel de vidro frontal da nave. A menina retira o manto que cobria seu corpo deixando que este caia no chão, vira-se de lado e cobre uma parte de seu peito com as mãos, fechando os olhos e franzindo o cenho como se sentisse dor.

Os longos cabelos loiros, que cobriam parte da camiseta cinza claro, se iluminam de uma fraca cor azulada que se projetava da peça de roupa e passavam por entre os dedos finos, Vincent sai de seu lugar e se aproxima cauteloso, podendo ver em partes, o brilho fraco e pulsante pelo tecido:

—O que tanto esconde aí?

—Ah! Vincent! Eu não vi você, a quanto tempo está aí? - Se vira de costas-

—Tempo suficiente para ver que você está escondendo algo, o que é isso na sua pele?

—N-Não é nada.

—Se não fosse algo não esconderia, muito menos gaguejando. - Cruza os braços-

—...N..... Não é nada... De mais.....

—Azera, como quer que eu confie em você se não confia em mim?

—Eu.....-Os olhos se tornam dourados-

—A Avalanche confia em você, só você que não confia em nós pelo visto, então por que continua em nosso meio?

—Não é que eu não confie... Eu..... Só tenho.... Medo.

—De que?

—Da escolha que eu fiz, não sei se..... Não sei se eu vou suporta a consequência.

—E qual seria essa escolha?

—Posso confiar mesmo em você?

—Pode.

—Está bem. - Ela se vira de frente e tira as mãos do peito, permitindo que a fraca luz chegue aos olhos rubros-

—O que é isso?

—A marca da minha escolha. - Ela puxa o centro da blusa um pouco para baixo, mostrando a ele, uma cicatriz de tamanho, cor e formato iguais à de Cloud.

—Isso.... É....

—Eu...... Admito que omiti naquela hora que me perguntaram se eu não tinha visto o ataque feito ao Cloud, enquanto eu lutava com as Harpias eu subi no topo daquele prédio e de lá de cima, mesmo na luta eu vi, o momento em que ele foi ao chão, perfurado por aquela lança. A crueldade daquele ser foi tanta que eu não suportei, mesmo sabendo que eu ia me expor no meio dos humanos eu me permiti voltar ao meu eu original, a intensidade da minha raiva e a ansiedade causaram a explosão no topo do prédio. Quando pousei e o vi tão pequeno e ferido perto das minhas patas, fiquei com raiva não só do inimigo mas de mim também.... Por não proteger uma das pessoas que me acolheram sem medo, eu sabia que se deixasse ele nas mãos dos humanos ele morreria. Minha única saída seria reconstituir a carne dele com........

—Com?

—Com parte da minha própria carne.

—Com a sua?-Ele se aproxima curioso-

—Sim, se parte do coração estava despedaçada e os pulmões quase dilacerados, juntar metade do meu com o dele funcionaria bem já que os órgãos de um dragão adulto são grandes o suficiente para aguentarem trabalhar com metade de seu tamanho original. Eles foram refeitos com energia de matéria pura, não me deu efeitos colaterais... Mas...

—......

—Com isso o corpo humano dele ainda não está aceitando, o tecido da minha carne é mais denso, ele vai sentir dor por um bom tempo e ele será considerado híbrido mas se o corpo não costumar, pode ser seu fim.

—Você não pode fazer nada para parar então? Afinal, o tecido que está lá no peito dele é seu.

—Sim mas o jeito que tenho só pode funcionar se o Cloud quiser.

—E que jeito é esse?

—Há bom um tempo, minha mãe me contou sobre um elo que humanos faziam com dragões para que suas vilas fossem protegidas, não era um elo onde eles ofereciam comida em troca de proteção, os humanos se feriam gravemente, no coração ou em outro órgão vital, para que o dragão de confiança dele restituísse o órgão com parte de sua própria carne. O animal e o humano entrelaçavam suas vidas uma na outra.... Mas se o dragão morresse, o tecido no corpo humano pararia de funcionar e ele morreria junto; Se o humano morrer o dragão fica fraco e perde quase toda a sua força, ficando vulnerável ao ataque de outras criaturas ou até mesmo dos humanos.

—Isso acaba sendo desvantagem, mas você o fez por ele não?

—Fiz, mas de um jeito diferente.

—O que você fez?

—Normalmente, os dragões não cedem sua energia para o humano no elo mas eu cedi parte da minha, o que vai alimentar a parte minha nele, ou seja, mesmo que eu morra o coração não vai parar de bater porque já terá a energia que precisa no próprio corpo humano.

—Você o tirou da zona de risco, mas e você?

—Meu corpo ainda não é o de um adulto, os dragões demoram para chegar a fase adulta e eu ainda sou uma jovem, por isso eu sinto a dor da transfusão, não sei por quanto tempo eu a sentirei mas vou ficar bem.

—Você ficou fora por 2 meses por conta disso?

—Sim, para restaurar a minha energia, fiquei isolada numa montanha no meio do inverno local e o gelo, a neve e o vento ajudaram a fechar de vez meu corte e fizeram os meus níveis subirem.

—Mas na hora você não cortou suas escamas.... Como fez a transfusão?

—Foi feita por magia, se assim posso chamar, a minha carne se tornou fisicamente tocável quando a energia passou pela pele e tocou o lugar dilacerado.

—Fez isso porque o Cloud não aguentaria mais um corte não é?

—Isso, ele já tinha perdido muito sangue.

—E porque a cicatriz fica cintilando? Pesquisei sobre magia ancestral mas não encontrei nada referente ao caso dele.

—A minha energia vital de nascença é azul, por causa dela meu coração cintila essa luz mas com pouca intensidade e a cicatriz reflete o que está dentro. Ela só vai cintilar quando as emoções e desejos dele forem fortes, sejam eles bons ou não.

—Isso é tudo o que queria me dizer.

—Sim.....

—Sua escolha foi digna, você salvou a vida do meu amigo, eu e os outros ficamos muitos gratos por isso..... Cloud também, estamos em dívida com você.

—Eu sempre estarei em dívida com vocês, obrigada por me acolherem....

—Agora, por que não conta isso para ele?

—Eu.... Não tenho coragem...... Eu soube de humanos que foram salvos dessa forma e......

—Foram ingratos?

—É, além de ingratos eles rejeitaram o dragão, o submeteram a coisas que nem me atrevo a comentar..... Essa é outra coisa ruim, porque quando esse elo é feito o dragão e o humano precisam ficar relativamente próximos um do outro, caso contrário ambos enfraquecem.... Mas o dragão enfraquece primeiro, é muito comum acontecer com dragões mais amigáveis ou ingênuos, mais mansos e até descuidados

—Realmente é uma situação complicada.

—Além do mais, eu chamo a atenção das Harpias e não quero colocá-los em risco, ele tem minha energia então não ficaria fraco se eu........

—Se está pensando em partir, pode tirar essa ideia da cabeça.

—Por que?

—Você é parte da Avalanche agora, indo para longe não vai aliviar as coisas.

—Mas..... Vincent.....

—Acredite em nós, como acreditamos em você... Isso já basta.

—Aah, está bem..... Mas o que eu faço?

—Converse com ele sobre isso e veja o que ele vai decidir.

—Submetê-lo a isso? Vincent eu não aguentaria vê-lo preso a algo que vai fazê-lo ter ódio de mim, que vai fazê-lo sofrer.

—Como pode saber se ele vai sentir isso?

—Eu preciso dele daqui para frente, vou depender dele para ficar no meu normal até minha fase adulta, é bem possível que mesmo depois disso eu vá continuar precisando dele. O Cloud é jovem, tem a Tifa e terá uma família no futuro, não posso mantê-lo preso numa responsabilidade eterna como essa..... E não quero perder um amigo. - Cobre o rosto com as mãos-

—Se acalme, escute o que o Cloud tem a dizer primeiro.

—Está bem, eu vou procurá-lo.

—Não precisa me procurar. - O loiro surge em passos calmos-

—Cloud?! - Ela se sobressalta e da dois passos para trás-

—A quanto tempo está aí? - Vincent se vira na direção do rapaz-

—Eu te segui alguns minutos depois de você ter saído, ouvi a conversa desde o começo.

—Então não é preciso recapitular nada certo?

—Não....... Eu pude pensar sobre isso enquanto ouvi a conversa.

—E o que tem a dizer a respeito disso tudo que escutou?

—Não precisa ficar receosa Azera, eu não tenho raiva nem ódio a seu respeito. - Fica perto de Vincent-

—N-Não? - Se aproxima devagar-

—Eu estou muito grato na verdade, você salvou minha vida, se não fosse por você eu nem chegaria ao hospital.

—Mas........ Eu....

—Eu entendo que a situação é delicada e que tem muita coisa para ponderar, mas eu estou disposto a continuar.

—Ahn?

—Eu não me importo de ficar atrelado a um dragão, não a este, porque eu confio nele..... Ou melhor, nela. Você salvou meus amigos, ajudou a cuidar de pessoas inocentes e salvou a mulher que eu amo... Quais motivos eu tenho para não retribuir?

—E as dores?

—Acho que vamos achar uma solução para eles, mas o que importa agora é...... Decidir se vou aceitar esse elo ou não certo?

—Sim... Sim...

—Eu já tenho uma resposta para isso.

—E... Qual é? -Ela segura o braço direito com a mão esquerda-

—Eu aceito o elo.

—Vo-Você....A.... Aceita? - Ela arregala de leve os olhos-

—É, vale a pena. - Sorri de leve, de lado-

—Cloud......

—Nem precisa dizer nada, é uma forma de retribuir o que você já fez por nós. - Abraça a menina-

—Obrigada. - Retribuí o breve abraço – Eu, acho que tenho uma solução para seu trauma.

—Tem? - Os olhos mako focam os dourados, ansiosos-

—Conheço um pouco sobre o seu oponente, talvez eu consiga fazer algo, agora que temos um elo...... Eu posso conseguir ajudar.

—Então, conto com você. - Ele estende a mão-

—Sim.... Senhor- Aperta a mão dele com um ligeiro sorriso-

—Não disse que conversar com ele ajudaria?

—É... Disse sim, obrigada Vincent.... Já que agora a nossa relação aqui é mais profunda e com maior confiança não preciso mais camuflar nada. - Ela toca o próprio cabelo tornando os mesmos completamente prateados, com várias mechas negras distribuídas pelos fios-

—Mas o que?

—Outro disfarce?-Vincent observa atento-

—Humanos perceberiam se eu saísse na rua com o cabelo assim e com olhos amarelos não acha? Loira de olhos azuis é um bom disfarce. - Um largo sorriso abre-se no rosto jovem-

—Huum, verdade, tem razão. - O híbrido suspira-

—Agora só nos resta uma coisa a fazer.-O loiro bagunça os próprios cabelos-

—Qual?

—Contar pro resto da Avalanche.

—Sério?

—Ainda tem medo Azera?

—Na verdade  tenho, e muito.

—Sabe que não faremos nada contra você.

—Sei que não....Mas tenho medo das reações.

—Não precisa, confie em nós está bem?

—Está bem, eu acho.

O loiro segura a menina pelo pulso sem usar força alguma e guia-a junto de Vincent de volta a sala de armas, o coração da draconiana estava muito agitado, sua respiração ofegante demonstrava a ansiedade que corroía sua mente, não demoraram de chegar na porta cinzenta, agora fechada. Os olhos amarelos alcançaram os rubos à sua esquerda e depois os mako à sua direita, respirou bem fundo e viu os dois abrirem a porta, não podia mais fugir, teria que engolir o medo que crescia em seu âmago.


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Notas finais do capítulo

E ai meu povo, o que acharam? Por favor não esqueçam de comentar ok? Quero aproveitar para agradecer a vocês que leem a história, até mesmo os leitores "fantasmas" viu? kkk obrigadinha da mesma forma ^.....^ .

Até mais pessoal, beijokas!



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