O Preço Da Traição - Dramione escrita por Annie Malfoy, Maria Fe Rodrigues


Capítulo 7
Capítulo V - Voltando para casa.


Notas iniciais do capítulo

Olá, devo pedir desculpas pela demora do capítulo. Esse capítulo em especial, não foi o melhor e mais engraçado que já fiz, porém é necessário para a fic. Espero que todos gostem pelo menos um pouco desse, rs. Perdoem-me novamente por não ter aparecido por aqui ultimamente, eu realmente não conseguia. Dedico esse capítulo para Vector e para minha beta Maria Fe Rodrigues, amo muito todos vocês. Ultimamente, não tenho conseguido escrever muito, e novamente peço desculpas para todos. Vocês são especiais para mim, não se esqueçam disso.

Maria Fe Rodrigues: Oi, gente! *Lê o que a autora escreveu aqui em cima* Ai, pra mim? Que venham os lenços! Vou chorar! /Tá, parei. Enfim, gente, obrigada por estarem acompanhando *-----------* Já falei que eu adoro vocês? E me desculpem se eu não respondo os comentários, a preguiça é mais forte, haha! Vou tentar fazer isso a partir de agora, ok?



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"Deixe para dormir quando você morrer, aproveite a festa."

No capítulo anterior...

Fui para dentro de casa o mais rápido possível, subi as escadarias, segui para meu quarto no fim de encontrar Gina. Entrei e o que encontrei? Gina dormindo. Na minha cama. Tudo bem, eu também estava cansada. Aceitei meu destino de dormir no chão. Ela estava tão triste que não tive coragem de acorda-la. Peguei meu colchão de ar e deitei nele, caindo no sono.

****

POV Draco Malfoy

Já haviam se passado alguns dias desde aquela festa, devido aos desastres da guerra, não fomos para Hogwarts após o ano novo, como de costume. Acordei mais ou menos pelas oito da manhã, com “Lucinda” gritando ao pé de meu ouvido. Levantei-me arrasado, não tenho dormido bem ultimamente. O nosso mordomo veio entregar meu café e se retirou.

Torradas com passas e geleia de maçã. O que eu mais odeio.

Abri um bilhete que estava sobre a torrada e li.

“Aproveite seu café da manhã, queridíssimo filho. São seus favoritos, não?”

Pelo visto, sairei daqui com estomago vazio.

Hoje, atrasados, partiremos para a estação King Cross novamente, pela ultima vez. Estou me sentindo tão poético hoje. É como se fosse a minha ultima chance de ser feliz. Pelo visto, não poderei com a Granger por perto.

****

Adentrei junto à Lucius e minha mãe na estação já cheia de pessoas. Percorri meu caminho para ficar mais próximo ao trem, esbarrando em várias pessoas, principalmente nela. Hermione. Eu não havia falado com ela desde aquele dia, nem mandado cartas como disse que iria. Sorri levemente para a garota, que não demonstrou nenhuma felicidade.

– Onde estava, Malfoy? – Perguntou Hermione. – Sabia que o trem sai daqui a pouco? Ah, e você sumiu, pensei que eu estaria livre daquele acordo.

– Não ache que se livrará de mim tão fácil, Granger. – Pelo visto, meu jeito de sempre voltou. Granger bufou, virando-se para o outro lado, indo se encontrar com a amiga ruiva.

– Ora, ora, meu filho. Para que tanta formalidade com sua namorada? – Lucius, o cosplay de loira do banheiro perguntou enquanto se aproximava. – Talvez, ela não seja realmente sua namorada, hein? A senhorita Greengrass ficaria feliz em ouvir isso.

Papai, Hermione é minha namorada, por favor, não implique com minha escolha. – Resmunguei. Mesmo sendo uma péssima escolha momentânea, terei que conviver com isso por algum tempo. – Eu sei o que eu faço, não sou mais criança.

Eu realmente não sei o que eu fiz. Estava realmente desesperado quando falei que a Granger era minha namorada. Merda.

– Aos meus olhos, isso só parece mais uma de suas armações para não se casar com Greengrass. Não, não parece. Isso é um fato. – Lucius fuzilou-me com o olhar, soltando um pequeno risinho tosco.

– Não importa. O senhor nunca vai acreditar mesmo que nós estamos namorando. Lucius, meu caro, você não acreditaria que eu e Hermione estamos namorando nem que eu me ajoelhasse aqui e agora, pedindo-a em casamento. – Debochei, revirando os olhos.

– Até que não é má ideia, Draco.

– Tsc, viu? Você nunca se conven... Espere, o que disse?!

– Peça-a em casamento, oras. Se estiveres levando isso a sério, se queres mesmo esta mulher ao em vez de Astoria, vá em frente. – Seu típico sorriso sádico estampou sua face.

Uma leve agonia se apoderou de meu corpo, poderia ele estar falando sério? Ele não poderia ir tão longe.

– Lucius, cá entre nós, eu e Hermione começamos a namorar faz pouco tempo, não temos certeza de nada, nem sabemos como será o amanhã. Por favor, eu vou lhe convencer de que nosso relacionamento pode ser levado a diante, que ela é uma moça prendada mesmo sendo uma simples... Sangue-ruim. – Comecei a explicar pensando em palavras existentes em meu vocabulário mental que pudessem ajudar-me no momento. – Farei com que ela tenha todos os requisitos para ser uma... Uma... – Suspirei fundo, não acreditava em minhas próprias palavras, como ele poderia acreditar? – Uma Malfoy. Provarei que não estamos mentindo, lhe convencerei.

PAROU. Que droga eu falei?

– Belo discurso, quase que eu adormeci aqui no meio de tantas palavras... Tocantes, por assim dizer. – Falou com seu tom rígido e frio de sempre. Esse homem (Se for um) sabe como me tirar do sério. – Sabe, Draco... Para convencer-me de que Hermione lhe ama e que você a ama, primeiramente vocês mesmos tem de se convencer. Faça-me acreditar no amor de vocês e eu lhe deixarei em paz. Mas cá entre nós, isso será difícil, muito difícil. Tenho informantes em Hogwarts. E como tudo tem um prazo, isso também terá. Veremos se não se casará com a senhorita Greengrass. Coisa que eu acho bem impossível no momento, considerando o fato de que sua namorada lhe trata como se fosse apenas um rato de esgoto insignificante.

Ok, não precisava exagerar. Travesti maldito.

Merda. Três vezes merda. Merda de novo. Hoje estou falando muitas coisas sem pensar.

–E-e qual será o prazo? – Perguntei gaguejando.

– Obviamente, até o fim do ano letivo. Mas duvido que dure até lá.

Velho safado.

Tenho três vontades no momento. Primeira: Acabar com a vida de Lucius Malfoy usando como principal arma mortal um macaco voador. Segunda: Enterrar seu corpo gordo e pesado num cemitério de peixinhos dourados. Terceira: Dançar sobre seu túmulo.

– É o que veremos. – Sorri irônico. Contornei seu corpo, rumando até minha mãe.

– Meu menininho cresceu tanto... – Comentou, esboçando um triste e leve sorriso no rosto. – Se cuide em Hogwarts, o trem já vai sair. – Terminou a frase, voltando à seu tom de voz frio e sem emoção, retirando o sorriso da face.

E como sempre, ela parte sem me dar ao menos um abraço (Só para avisar, mamãe querida, não seria ruim se você demonstrasse sentimentos de vezem quando). Lucius esbarrou em meu ombro, sorriu de canto. Não um sorriso amigável, mas sim seu famoso sorriso.

Com esse jeito dele e com esse sorriso, creio que o clube no qual participou na escola foi o SM, sem dúvida alguma.

Merlin... O que eu fiz para merecer essa família? Eu sempre fui um bom rapaz... Eu não brigo com ninguém faz quanto tempo? Uns dois dias? Eu daria de tudo para ter pais como os da Granger. Bem... Tirando a mãe dela. Ela me assusta. Assusta-me MUITO.

O apito do trem soou por toda estação, despertando-me de meus pensamentos. Peguei meus malões pela alça e segui para dentro do trem. Passei por vários vagões, observando cada pessoa. Continuei observando e observando.

Onde a maldita da Granger se enfiou, não era ela que prezava tanto a pontualidade?

– Malfoy! – Ouvi sua voz gritar por meu sobrenome. Virei rapidamente em sua direção, aliviado por encontra-la.

Falando na cópia de Voldemort.

– Finalmente lhe achei. Tome. – Joguei as bagagens para ela, que as deixou cair no chão. – Ei, segure-as! Elas são caras, não podem ficar no chão.

– Eu? Segurar suas malas? Nunca. – Resmungou, irritada. – Pare de ser preguiçoso e leve-as. Seu mimado.

Assim parece que estamos tendo uma briga. Tenho informantes em Hogwarts. As palavras de Lucius ecoavam em minha cabeça, preocupando-me.

Bufei, sem escolha. Forcei meu melhor sorriso, pegando minhas bagagens do chão.

– Desculpe, querida. – Ironizei um pouco na ultima palavra, fuzilando-a com o olhar, porém mantendo o sorriso. – Isso nunca mais vai se repetir, perdoe-me por meu comportamento um tanto que... Infantil. – Dialoguei de um modo mecânico e sem vida, fazendo com que Granger soltasse pequenos risinhos.

Risinhos irritantes.

– Ótimo. Leva as minhas também? Estou tão cansada... Ai, ai. – Pediu, atuando de uma maneira um tanto que... Falsa. Obviamente, aproveitando-se da situação.

– Argh... Claro, porque não? – Sorri novamente, retirando as bagagens de suas mãos. – Em troca, devo pedir que minha adorável dama dividisse comigo seu vagão, sim?

– Tudo bem. – Concordou contragosto, como se não estivesse gostando da situação.

Obviamente, não é o caso, né? Quem não gostaria de passar horas dividindo um vagão de trem com a minha pessoa? Tsc.

– Ah, e pense um pouco sobre fazer aulas teatrais. Seu desenvolvimento não vai nada bem. – Comentei enquanto tentávamos achar um vagão.

– O seu também não é um dos melhores, Draquinho.

Revirei os olhos e continuei procurando, ignorando-a.

****

Acomodamo-nos em um dos últimos vagões, pois todos já haviam sido ocupados por pessoas desconhecidas. Passaram-se alguns minutos de silencio, até que a porta se abriu. Era ninguém menos do que meu companheiro Theodore Nott e logo atrás... A ruiva Weasley.

Que ânsia de vomito, tão de repente.

Peguei em meu bolso uma lista que carregava para todos os lugares. As 137 coisas para fazer antes de morrer. Já havia feito apenas quarenta e quatro coisas, ainda faltavam noventa e três. Analisei a lista, observando o que faltava.

– Hermione, o que é um sarau? – Perguntei para a garota, que estava distraída com seu livro.

– O que?

– Um sarau.

– Deixe-me ver... É um evento cultural ou musical realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente. – Explicou, voltando a se concentrar no livro.

Essa garota fala Alemão? Isso não é inglês, não pode ser. Necessito urgentemente de um dicionário.

– Hã? – Foi a única coisa que consegui dizer.

As palavras dela foram confusas para minha cabeça, como se falasse grego.

– É uma festa organizada em um local privado onde as pessoas se expressam no meio da arte, entendeu agora?

– Entendi... Nossa, como você se irrita facilmente.

– Tem como você calar sua boca? Estou tentando ler, se não percebeu.

– Se acalme, senhorita violência.

Pelo o que percebi, ela deveria estar naqueles dias, pois sua violência diária não era como aquela. Theodore e Gina conversavam baixinho, ignorando o ocorrido entre nós.

****

Depois daquela cena, não comentei mais nada com o grupo, apenas comecei a ler um livro recém-publicado chamado “A liberdade”. A história era ótima, a autora escrevia muito bem, mas algo me incomodava.

Como os personagens daquele livro conseguiam serem tão felizes mesmo vivendo daquela maneira, escravizados? E eu aqui, com tudo o que quero, nesse estado.

– Draco? – Theodore chamou-me, afastando-me de meus pensamentos.

– Sim?

– Responda-me.

– O que?

– Quando será a próxima festa? – Fiquei calado, perguntando-me do que ele estaria falando. Ele revirou os olhos. – Quando será a próxima festa da comunal? E a da sala precisa?

– A sala precisa foi destruída, não? – Hermione perguntou. Ignoramos totalmente a presença dela, continuando a conversa.

– Ah, sim... Vou planejar uma para amanhã a noite, não se preocupe. – Comentei, dando uma piscadela.

– Sabiam que festas na sala precisa e nas comunais são extremamente proibidas? Principalmente uma festa noturna, depois do toque de recolher. – Hermione fuzilou-nos com o olhar, abaixando o livro que estava lendo.

– Se acalme, lindinha. Fazemos isso há anos. – Theodore explicou, sorrindo maliciosamente, provavelmente se recordando.

– Não. Me. Chame. De. Lindinha. – Granger gesticulou pausadamente, aparentemente irritada com o apelido.

– Lindinha, para que tanta violência? – Provocou, sorrindo mais abertamente.

Só pude lembrar-me de duas coisas: Hermione fechando seu livro, impulsionando seu braço para trás e para frente, porém, o livro não ia à direção de Theodore e sim na minha.

****

Acordei algumas horas depois, no mesmo vagão. Levantei-me e avistei a ruiva Weasley (que estava extremamente quieta hoje), Theodore e Hermione.

– Argh, ele não morreu. – Hermione comentou.

– Por pouco, pois a ferida foi feia. – Theodore cutucou a própria testa, logo depois me dando um espelho.

Os hematomas não eram tão graves, claro, se uma pessoa tivesse me espancado e não um livro. Um livro não poderia ter feito isso, meu santo Merlin de cueca laranja fluorescente.

– Desculpe, Draco. Quando eu fui acertar o Nott, o livro escorregou de minha mão.

Draco... Pelo menos ela já se acostumou a me chamar pelo nome. Isso é um bom sinal.

– Tudo bem... Mas você pelo menos acertou Theodore? Isso me deixaria aliviado.

– Sabe, eu ainda estou aqui e... – Foi interrompido pelo livro assassino grudado em seu rosto. O garoto cambaleou para trás, mas não desmaiou. – Isso prova que o Draco é fraco.

– Hã? Como assim?

–Você desmaiou por culpa de um livro. – Riu, passando a mão pelo rosto que já se formavam pequenos inchaços roxos.

– Argh... Eu vou...

– Alguém quer fazer uma sessão de Karaoke? – Ginevra interrompeu-me, era a primeira vez que a ruiva falava hoje.

Estava tão bom sem a voz dela irritando a sala. Mas como tudo o que é bom dura pouco...

– Vamos! – Theodore concordou aparentemente animado.

Já Hermione...

– Mas não tem musica. E só faríamos barulhos, assim atrapalharemos as outras cabines. – Granger explicou, tentando convencê-los.

Estragando sempre a diversão dos outros.

– Você só pensa nas outras pessoas, Hermione. Pense em si mesma pelo menos uma vez na vida. – Reclamei, revirando os olhos.

–Mas...

– Não fale nada, apenas concorde. Vamos fazer um karaokê.

– Mas... Eu não conheço nenhuma musica.

– Pensando bem, nem eu. – Theodore comentou cabisbaixo.

– Érm... Eu também não.

– Weasley, como você quer que façamos um Karaokê sem ao menos conhecer uma musica?

– Pensei que vocês conhecessem, ora. – Emburrou-se, cruzando os braços. – Bem, eu sei cantar brilha, brilha estrelinha, se quiserem...

– Não mesmo. – Falamos todos em uníssono.

E o clima fica tenso novamente...

– Bem, futura senhora Malfoy, você e a sua amiguinha agora andarão conosco, certo? – Theodore sorriu.

– Bem, não sei... Não pensei a respeito disso. Meu único circulo social era Harry, Ronald e Gina... Mas seria estranho conviver com Ronald assim novamente...

– Tanto que eu não permitiria, não é? Cof, cof. – Fingi tossir.

Como ela ousa pelo menos citar a possibilidade de falar com aquela doninha ruiva novamente?! Na minha frente. Isso é muita ousadia.

– Mudando de assunto... Como vai sua lista, Draco? Aquela de coisas para fazer antes de morrer.

– Que bom que perguntou, Theo. Ela vai bem, porém falta muita coisa... Precisarei da ajuda de Hermione para fazer algumas coisas.

– Que coisas? – Perguntou a menina, fitando-me.

– Bem, deixe-me ver... –Peguei a lista em meu bolso e comecei a falar. – Fazer sexo em um local publico, fazer um ménage e plantar uma horta.

Falei maliciosamente.

– Por que plantar uma horta? – Theodore questionou.

– Porque eu não sei plantar uma horta.

– Não vou nem comentar nada sobre as duas primeiras coisas. São repugnantes. – A garota resmungou e voltou a dar atenção a seu livro.

Dei algumas risadinhas por seu comentário.

Granger, eu sei que você quer meu corpo nu.

– Granger, eu sei que você quer meu corpo nu. – Repeti em voz alta, sem querer. Arregalei os olhos, notando a droga que eu disse.

Ela apenas me fitou. Sua expressão facial dizia que queria me matar, já seus olhos diziam “Malfoy. Eu, você, tortura, depois do jantar, em Hogwarts”.

Nossa, como um olhar podia ser revelador.

Eu sorri. Hermione não ficou nem um pouco feliz com isso, pelo visto.

– Tenha um pouco de humor, Hermione. – Tentei falar, mas quem disse foi Theodore. – Não entendo como vocês foram ficar juntos, sério. Nem parece um casal.

Talvez pelo fato de não sermos um casal real...

– Vocês precisam ter aquele fogo... Aquela chama que aquece a relação... Mas vocês não tem isso! Vocês são tão secos e indiferentes um com o outro que chega a dar raiva! – Exclamou de um jeito melancólico, como se aquilo fosse um pecado.

– Theodore... Você é gay? – Perguntei. Ele apenas ignorou.

Se nós tivéssemos “fogo”, com certeza faríamos questão de apagar.

– Por isso eu estou fundando o... – Pausou em forma de suspense. – Theodore Nott terapia de casais! – Praticamente gritou, levantando-se do estofado e abrindo os braços, jogando-os para cima.

Ok, ele certamente pirou.

– Esse doce está com um gosto estranho para vocês? – Ginevra perguntou, como se nem tivesse ouvido Theo.

Todos nós ignoramos.

– Nott, não precisamos de terapia de casais. – Revirei os olhos.

– Não precisamos mesmo. – Pela primeira vez, Hermione concordou comigo.

Isso já é um avanço, não?

– Obvio que precisam! – Gritou o maluco. – Não estão vendo?! Não estão vendo como isso não parte só o coração de vocês, mas quem esta ao redor de vocês? Eu e Ginevra cansamos de ver suas indetermináveis brigas, não é Ginevra?!

– Hã? – A ruiva perguntou confusa, mordendo um doce.

– Ai, ai, Ginevra. Você está muito desatenta hoje, nem parece aquela garota da festa. – Theo revirou os olhos. – Continuando... Não podem continuar assim!

Seu modo teatral e melancólico já estava me dando náuseas.

– Pode parar de ser tão meloso? – Pediu a minha suposta namorada.

– Tudo bem, mas eu avisei. – Cessou a fala, fechando o punho esquerdo, sentando-se. – Mas eu sei que não me procurar. Só vou esperar.

Continuamos a conversar por algum tempo. Hermione tinha largado seu livro assassino e se juntou a conversa, já Ginevra... Continuava em seu mundo, distraída.

O tempo passava devagar, eu continuava a ler meu livro, Granger o dela, Theodore jogava um jogo enquanto conversava com Ginevra, que estava degustando um sanduiche de presunto. Tudo ia bem, tudo ia legal, estava tudo calmo, até que Pansy adentrou a cabine sem ao menos pedir licença.

– Malfoy, precisamos dar logo uma festa para a Sonserina, os alunos estão impacientes. Por causa da guerra nós não tivemos a The last party ano passado.

Deixe-me explicar, a The Last Party é organizada pelo escolhido da turma, no caso eu. É como se fosse uma prévia do baile de formatura de Hogwarts. É como se fosse uma festa como todas as outras que organizamos na própria comunal ou sala precisa, mas com uma diferença. Tem a entrega de prêmios. O mais pegador, rei e rainha, casal do ano, bêbado da noite... Essas coisas. É a melhor festa de Hogwarts, onde somente os alunos do sétimo ano de todas as casas podem comparecer. Penetras? Não existem, pois todos do sétimo ano são marcados com uma tatuagem invisível no pulso, que abrirá passagem para a sala.

E acredite, eu inventei tudo. Principalmente a ultima parte para a segurança da festa.

Se algum professor aparecer, a única coisa que verá é uma ilusão de todos do sétimo ano estudando, ajudando os mais novos. Não vão ouvir nada e nem ver nada do que fazemos. E se brigarem conosco por estar fora da cama, a ilusão fará ele pensar que estamos todos voltando para os dormitórios.

Eu sou um gênio.

– Pansy, já estamos vendo isso... Vamos ver se conseguimos fazê-la amanhã.

– Não, não pode ser amanhã. Passei na cabine dos professores e ouvi a conversa deles, amanhã eles farão uma reunião lá. Tem que ser hoje. Hoje só voltaremos para lá, não terá nada, amanhã só terá o banquete principal. Já depois de amanhã... As aulas.

– Mas Pansy, eu preciso descansar e tudo mais... – Comentei. Não estou com vontade de dar festas a essa altura.

– Pode deixar comigo a parte da organização, Draco. Só precisamos de sua presença, o chefe do conselho.

Nott, minha salvação.

– Obrigado, mas não é muito encima da hora?

– Eu cuido de quem será convidado. – Pansy tomou a palavra. – Vou chamar todas as pessoas de sétimo ano, afinal, esse é o ultimo ano que passaremos aqui. Temos que socializar. Só não chamarei os dois monitores da Grifinória e os da Lufa-Lufa. Eles são dedo duro.

– Ótimo. – Respondi.

Sem falar mais nada, a Sonserina se retirou da cabine. Para o meu alivio.

– Pensei que a sala precisa tivesse sido destruída. – Ginevra Weasley comentou.

– Reconstruíram. Reconstruíram tudo o que tinha em Hogwarts, por isso aconteceu o atraso do ano letivo.

– Ah, entendo. – E assim, voltou a comer doces.

– Hermione? – Chamei-a.

– Hm?

– Você vai gostar.

– De que? – Perguntou, ainda lendo.

– De conviver com a Sonserina.

– Duvido muito. E desde quando vou conviver com as cobras?

– Nossa, obrigada pela parte que me toca. – Nott se intrometeu.

– Podemos parecer mesquinhos e chatos, mas somos legais se você nos conhecer melhor. – Falei para a menina, ignorando totalmente o meu amigo. – E você é minha namorada, terá que conviver com meus amigos também. – Passei a mão envolta de seus ombros, sorrindo sarcástico.

A parte mais legal de tudo isso é poder provocar a Granger.

– Eu não vou conviver com seus amigos. E eu não acredito que possa me dar bem com eles. – Falou pegando meu braço com a ponta dos dedos, retirando-o de seus ombros. – Sem gracinhas, Draco.

– Viu o Theo? Ele é a prova concreta disso. – Comentei, ignorando sua ação repentina.

– Ele? Tem certeza? Ele está mais para um idiota que gosta de chamar atenção.

– Cof, eu ainda estou aqui, sabia?

– Ele pode ser assim, ele pode ser idiota, gostar de ser o centro das atenções, se exibir às vezes, ser irritante, ele pode ser tudo, porém é uma pessoa boa. – Defendi o meu amigo, de uma maneira estranha, mas defendi.

– Obrigado por seu apoio, querido melhor amigo. - Revirou os olhos.

– De nada. – Sorri irônico. – Enfim, Hermione. Você vai gostar ou pelo menos se acostumar, não se preocupe.

Notei a castanha bufar, provavelmente irritada com a situação.

O tempo passava, Hermione se perdia nos livros e a ruiva Weasley em pensamentos. Já eu e Theodore conversávamos animadamente sobre a tal festa.

Ano passado, antes da guerra, havíamos planejado uma festa de despedida para todos os alunos do sétimo ano. Mas um dia antes da maldita festa, tudo começou. Fiquei com tanta raiva. Eu tinha planejado aquela festa há mais de um mês e meio, ai Voldemort me aparece e estraga tudo. Pode isso, produção? Aquele velho sem nariz que parece mais o papai Noel dessas estórias trouxas.

Ok, tivemos outras festas antes disso, mas todas são importantes. Cada uma com seu tema. A the last party ia ser apenas um baile de mascaras com tudo o que temos direito, porém tem a mesma importância. Esse ano será diferente. Será como eu disse antes.

No momento a minha única preocupação não é a festa e sim a Granger. O que fazer a respeito? Ela não se esforça para parecer uma boa namorada. Ok, eu posso não ser o namorado falso dos sonhos, mas pelo menos tento me esforçar.

Já estava escurecendo, a ruiva Weasley cochilava sentada em sua parte do banco, Hermione continuava lendo, como sempre. Como ela consegue ler tanto? Já estou a um ano tentando terminar “A liberdade” E esse que está nas mãos dela já é o segundo livro que lê hoje.

Já estava de noite, o trem parou brutamente. Já sabíamos o que deveríamos fazer, então pegamos nossas bagagens. Retirei do suporte não só as minhas, mas as de Hermione também. A castanha acordou Ginevra, pegou suas malas brutalmente de minhas mãos e seguiu para fora do trem junto à amiga, deixando-nos para trás.

– Que namorada legal você foi arranjar hein, Draco? – Theodore revirou os olhos, pegando sua bagagem.

– Tsc. Ela é legal de vez em quando. – Comentei. – Vamos logo. – Falei por fim, atravessando a porta para o corredor.

Não, ela não é legal. NEM UM POUCO LEGAL.

****

Adentramos a comunal Sonserina, de certa forma, ela estava diferente. Era estranho entrar naquela sala depois de tantas coisas, de fato. Subi junto à Nott as escadarias que levavam aos dormitórios, joguei minha bagagem sobre a cama.

– Vou tentar achar Hermione, chamá-la para a festa.

– Pansy está cuidando dos convidados. – Falou Nott.

– Acha mesmo que a Hermione que nós conhecemos e suportamos vai mesmo escutar a Parkinson? Eu acho que não. – Falei atravessando a porta.

Onde Hermione se meteu?


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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem nos comentários sua opinião, gostaria muito de ouvir o que todos tem a dizer, seja positivo ou negativo. No próximo capítulo, creio que terão uma surpresa. Como será POV Hermione, será mais engraçado e animado, diferente desse capítulo, okay? Não se preocupem. Espero escrever o capítulo e postá-lo antes do natal, mas se isso não vir a acontecer, um feliz natal e um próspero ano novo para todos vocês. Não sabem como são importantes e especiais para mim. Por favor, comentem no capítulo! Se quiserem, também aceito recomendação como presente de natal, rsrs. Um beijo para todos e uma boa noite. POR FAVOR, Comentem!