New Life On The New Orleans escrita por Jéssica Lima, PriMSalvatore


Capítulo 31
Capitulo 31- I Don't Deserve


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, mais um capitulo o/

Esse capitulo terá uma dose de drama :3 Eu e a Priscila choramos escrevendo, sério HAHA´ - eu pelo menos né? HAHA´-

Espero que gostem! :)

Vamos ao capitulo e nos vemos lá embaixo...



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POV Misto. ( Emma e Isa.)

– Amor, vem cá.- Chamei

– O que foi? Pra quem é isso tudo?- Klaus disse olhando para a bandeja.

– Para nosso garoto, ele está com fome. Leva lá pra mim?- Pedi.

– Tudo bem, quero falar com ele mesmo.- Ele pegou a bandeja e subiu.

–Vamos para o meu quarto? Lá a gente fica mais confortável. Você quer alguma coisa? Um suco ou chá?- Questionei.

– Não, obrigada. Estou bem.- Falei.

– Vamos então.- Disse.

Subimos pro quarto dela. Era grande e espaçoso.- Lindo quarto.

– Obrigada, mas acho ele um pouco exagerado. Klaus sempre teve essa coisa de muito espaço.- Disse.

Ri.- É sempre assim. Meu... - Parei. Não iria falar daquele desgraçado agora.

Sentamos na cama.– Tudo bem querida, pode falar. Sei que pelo o que você disse nem sempre foi ruim.

– Não gosto de falar mal dele. Mesmo sabendo que tenho todos os motivos do mundo para odiar ele. Ele é meu pai.- Disse com vergonha de mim mesma. Como podia amar ele mesmo depois tudo?

– Você é uma menina de ouro, qualquer outra não teria hesitado em pedir a morte dele.-Me aproximei dela.

– Eu não quero que ele morra. Eu quero que ele mude, volte a ser quem era, só isso. - Disse com os olhos cheios de lágrimas.

Puxei ela para meus braços.– Você já conversou com alguém sobre tudo isso? Sua irmã e você falavam uma com a outra?

– Não, não tinha como falar. Ele não nos deixava muito tempo sozinhas. E a Gabi mal falava comigo naquela época.- Disse.

– Com a gente é a primeira vez que você fala?- Perguntei.

– Sim. Uma vez tentei falar com a minha professora, mas ai ela iria mandar prender ele e eu e a Gabi iriamos pro reformatório e eu também não queria ver ele preso.- Disse não conseguindo impedir de deixar uma lágrima cair.

Deus o que essa menina passou calada?– Você quer conversar? Por que estou aqui pra caso você queria desabafar com alguém que não seja um homem.

– Obrigada Emma. Mas acho que você não iria querer saber. Foi horrível e você viu o que aconteceu com Alex.- Falei.

– Isa? Posso chamar assim? Primeiro, eu não posso entrar na sua cabeça como ele, então só vou saber o que você falar. Segundo, meu filho te ama e isso é motivo para eu querer te ajudar no que puder.- Disse.

Sorri fraco.- Mas prefiro não falar. Me lembrar me faz mal, não hoje. Amanha eu conto mais pra vocês. Acho que aquela amostra que dei na sala foi um começo um tanto desagradável.

Ofereci um abraço a ela que aceitou.– Você sabe que não tem culpa alguma de nada disso? E que deve lutar com a força que você já demostrou que tem para não deixar a chance que você está tendo escapar. E não estou falando isso pelo Alex, podia ser com qualquer rapaz de boa índole. Você merece ser feliz e apagar o máximo possível dessas lembranças para uma vida futura.

– Emma, você e sua família são ótimas. Mas eu não consigo não me sentir culpada. E acho que não mereço o Alex. Não gosto de me sentir assim. Mas estou falando a verdade. Me sinto culpada e não mereço o Alex. Ele é seu filho, você deveria querer alguém melhor pra ele do que eu.- Disse.

– Se você conhece a história de todos nós você não nos acharia tão ótimos assim. Cada um já teve o seu momento de maldade. E como você pode dizer que não o merece? Se eu tivesse qualquer duvida, a maneira que você se arriscou enfrentando o lobo dele acabou com as reservas. E o que você disse em relação ao desejo a aquele ser confirmou mais ainda.- Falei.

– Eu enfrentei o lobo por que eu o amo, mas não quer dizer que isso faz eu o merecer. Sabe em que situação eu estava quando ele foi falar comigo?- Questionei.

– Qual? Mas nada que fale vai mudar a minha opinião já formada.- Disse.

– Estava indo fazer programa. Sabe por quê? Por que depois de tudo, eu puxei minha mãe. Depois de tudo que passei eu não passo de uma vadia, como meu pai me chamava.- Disse.

– Não, você não é. Pensar assim só vai justificar o que ele te fez todos esses anos, e isso é errado. Tudo que ele fez você fazer, mesmo que você cedesse era por obrigação não algo natural que você gostasse. Como se sentia quando estava com ele ou com outro que ele deixasse?- Questionei.

Só tinha uma palavra no mundo pra responder o que ela me perguntou.- Suja.

– E como se sentiu com o Alex? Sim, nós sabemos.- Disse.

– Me senti bem.- Disse meio sem jeito.

– Bem ou amada, feliz, como se quisesse ficar ali pelo resto da sua vida?- Perguntei.

– Eu me senti livre, eu amo ele. Então foi a melhor sensação do mundo.- Disse.

– Viu? Tudo depende da situação. Onde você se via por obrigação era esse terror, mas onde você queria estar foi a melhor de todas. Você achou que era tudo isso por que estava gravado na sua mente como verdade absoluta, mas agora você não tem opinião diferente? Depois de saber como pode ser, você acredita que é tudo isso que ele dizia?- Questionei.

– Ele falava de mim e não da situação. E se eu não fosse uma vadia eu não iria continuar dormindo com outros homens, Emma. Não tente diminuir esse fato. Eu estou dizendo uma coisa que EU, somente eu escolhi fazer. Não posso mudar isso na minha vida. Eu nunca gostei do que meu pai fazia, mas porque então eu escolhi fazer isso de novo?- Ri sem vontade.- Eu sou igual a minha mãe.- Me levantei e fui até o espelho que tinha ali no quarto dela.- Um corpo bonito pode trazer problemas as vezes.

– E sabe o que eu vejo?- Perguntei.

– O que?- Questionei.

Fui até o espelho.– Eu vejo uma garotinha que foi machucada de forma que ninguém nunca deveria ser por uma pessoa que ela confiava e acreditava no que dizia. Uma garota que se viu numa situação que era fazer ou apanhar e ter castigos inimagináveis, que fez o que estava ao seu alcance para sobreviver ao inferno. E quando eu digo que não julgo sua atitude, é porque já vi gente por muito menos desistir e se entregar a essa escuridão. Mas você não o fez. Esta aqui, forte experimentando pela primeira vez em anos a sensação de carinho de verdade, não algo distorcido, sabendo que é amor de família.

Olhei pra ela. Eu queria muito acreditar no que ela estava dizendo. Mas eu me culpava e não iria sumir tão fácil assim.- Obrigada Emma.- Mesmo não acreditando que fui somente uma vitima. Eu me odiava e eu odiava me odiar. Mas não iria conseguir mudar aquilo tão cedo e não queria mais discutir.

– Eu entendo que o que você sente não vai mudar assim de um dia para o outro, mas só você pode decidir se quer viver com a opinião dele ou com a nossa.- Disse.

– Não é tão fácil Emma. Vocês me conhecem a menos de 48 horas e acham que sou uma santa. Eu não sou. Nunca vou ser. E também eu não quero viver nem com a opinião dele e nem com a de vocês. Eu quero viver com a minha opinião. Não quero parecer ingrata. Mas vocês não podem me ver como uma santa que não sou.- Falei.

– Santa? Não querida, sei que você não é. Mas alguém aqui é? Klaus era temido só pelo nome, Elijah não ficava atrás, Katherine até hoje é considerada por muitos uma vadia sem coração, Rebekah como mimada e irritante, Matt como inútil e eu, bem, eu já fiz muita coisa da qual não me orgulho e prefiro esquecer. E todos nós já estivemos no fundo do poço e reagimos quando decidimos que ninguém ia atrapalhar nossa felicidade.- Disse.

– Fico feliz por vocês. Mas eu sou diferente. Vocês vieram de épocas diferentes, tem cabeças diferentes. Mas fico muito feliz por vocês, sinceramente e desejo que sejam felizes tipo eternamente né.- Falei.

– Posso perguntar uma coisa?- Questionei.

– Claro.- Disse.

– Se pudesse escolher entre ser tudo isso que você disse e ter uma vida com meu filho o que escolheria? Sem merecimentos, apenas escolhas.- Disse.

– Eu escolheria ficar com ele. Como disse, eu o amo.- Falei.

– Mesmo que não queira considerar tudo o que eu disse, agarre-se a isso com todas as suas forças e faça desse sentimento sua tabua de salvação. Por que se continuar deixando que tudo que foi colocado aqui – Toquei na cabeça dela– Prevaleça, vai acabar destruindo o que esta aqui.– Coloquei a mão no coração– E você não quer não é? Não quer perde-lo?

– Como eu disse ele ficaria melhor sem mim. Se ele me ama vai querer ficar comigo com meus defeitos e qualidades. Esse é um defeito. Se ele não aguentar, eu vou entender. E infelizmente não posso dizer que vou conseguir esquecer tão fácil, Emma. Eu amo seu filho. Então eu ficaria aliviada se ele visse o quanto é maravilhoso e o quanto sou desprezível. Mas ele sente pena.- Vi o olhar dela.- Não tente dizer que não, ele sente pena.

– Acho que você deveria conversar com o Klaus e não comigo, ele é o especialista a achar que não merece nada. Apenas achei que queria desabafar com alguém que acredita mais em você do que você mesma. Desculpa se fiz você achar que é por pena.- Disse.

– Emma, eu não disse que não queria conversar com você. Eu só estou cansada de ouvir a mesma a coisa. Eu não quero falar sobre isso, eu não quero pensar se tenho culpa ou não tenho. Isso já passou. Não tem o que mudar. Não dá mais pra mudar.- Falei.

– Mas pode mudar o seu futuro! Eu não quero ver você se acabar com toda essa porcaria na sua cabeça, como eu já vi acontecer.- Disse.

Suspirei.- Ok, chega. Eu não quero mais saber de passado ou de futuro. Eu tenho mais 60 anos pela frente. Então tenho muito tempo pra pensar nisso.

Respirei fundo. Não ia adiantar insistir. Ela foi tão machucada que ainda não consegue sair disso e deixar a gente se aproximar muito.– Tem alguma coisa que você quer fazer? Porque o Alex dificilmente vai sai daquela cama hoje.

– Eu vou sair e caminhar um pouco sozinha. Vou ir falar com o Alex e dizer que volto à noite. Obrigada.- E sai dali.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? :3 Eu tenho tanta pena da Isa que entendo muito ela... acho que não superaria assim tão fácil também... palavras são palavras não é? Sentir é algo bem mais profundo e complexo :/ Bem, esperamos que ela supere isso :)

Nos vemos nos comentários e até o próximo! ;)