POV Emma.

Me acordei. Tinha passado um dia e Klaus estava frio comigo. Garanto que ele queria o que todos queriam. Só uma noite de prazer. Ri de mim mesma. Sua idiota. Me levantei e vesti um short jeans curto e uma blusa ligada ao corpo. Iria correr. Sim, eu corro. Coloquei o tênis e sai.

Senti alguem esbarrar em mim.

- Desculpa.- Disse o cara.

- Não foi nada.- Disse.

 - Sou Robert, prazer.- Ele disse sorrindo.

- Sou Emma.- Sorri.

- Tambem gosta de correr?- Ele pergunta.

- Eu amo correr. Me faz relaxar.- Disse sorrindo.

- Muito stress? Trabalho ou namorado?

- Faculdade.- Sorri.

- Voce estuda o que? Tudo bem se eu te acompanhar?- Ele me perguntou.

- Claro.- E começamos a correr.- Estudo artes. Você faz faculdade?

- Estou no ultimo periodo de Administração.- Ele disse.

- Que legal. Você faz na Issac College?- Perguntei.

- Sim, voce tambem?

- Faço. No 4º piso.- Disse.

- 8º. Pena nunca ter nos encontrado lá.- Ele disse.

 Sorri.- Uma pena mesmo.

- Voce é muito bonita. Seu namorado deve ter ciume.- Ele disse.

- Não tenho namorado.- Disse.

 Ele sorriu.- Isso é bom.

- Mais ou menos.- Sorri.

- Eu acho que é.- Ele começou a correr mais perto de mim. Entravamos em uma rua que estava vazia.

- Depende do ponto de vista. É bom ser solteira. Mas nem tanto.- Disse.

- O meu é excelente.- Ele disse.

Olhei pra ele.- É melhor eu ir.

- Tão cedo? Fica mais.- Ele passou o braço dele pelo meu.

Parei de correr.- Estou ficando com fome, então é melhor eu ir.- Sorri.

- Ei, vamos até uma cafeteria que tem na proxima quadra.- Ele disse.

- Sério mesmo. Eu preciso ir. Vou comer e depois tenho um compromisso.- Disse me afastando um pouco.

- Por que a pressa?- Ele me puxou para mais perto.

- Será que você pode me soltar?- Olhei séria pra ele.

- Por que? Achei que estavamos nos dando bem.- Ele diz sorrindo.

- Estávamos até você passar dos limites.- Disse me soltando dele.

- Que isso linda.- Ele me puxou para forçar um beijo, mas de repente parou.

- O que...- Comecei.

- Ninguem mexe com a minha garota – Klaus estava com o coração de Robert nas mãos

- Meu Deus. Você... você matou ele.- Olhei pra Klaus.

- Por que? Você estava gostando do jeito que ele estava te tratando?- Ele pergunta olhando pra mim.

- Não...- Ela olha pra ele.- Por que você se importa?

- Eu disse que protegeria voce. Agora vamos dar um jeito nisso que daqui a pouco aparece gente.- Ele disse.

- Eu podia me virar com ele. Hipnotiza-lo, sei lá...- Disse.

- Mas não tinha feito ainda e eu não estava afim de ver ate onde ele iria.- Ele disse.

Estava perplexa.- Você estava me seguindo?

- Perseguir é muito pesado, digamos que iamos para o mesmo lado.- Ele disse.

Ri.- Ok... eu vou voltar pra casa.- Disse me virando pra sair.

- Eu lhe alcanço em um instante.- Ele disse.

- Você tem algo pra falar comigo?- Perguntei confusa.

- Não posso mais te fazer companhia?- Ele me pergunta.

- Tem um dia que você nem olha pra minha cara, então...- Disse.

- Eu ...não fiz intencionalmente. É que estou com muita coisa na cabeça, muito o que decidir e algumas que não afetam somente a mim.- Ele disse.

Olhei para ele- Você...- Parei.- Eu vou ir pra casa.- Disse enquanto começava a andar.

- Emma, pode falar.- Ele disse.

-Não, é melhor conversamos em outro lugar. Aqui é muito... publico.- Disse.

-Tudo bem, não demoro. Pode ser no meu apartamento?

- Pode.- Disse.

-Tome a chave, pode ficar a vontade.- Ele me alcançou a chave.

Peguei a chave.- Não dá ideia. Eu sou bem espaçosa.- Sorri.

- Senti falta disso.- Ele disse.

- Do que?- Perguntei confusa.

- Do seu sorriso.- Ele disse.

Sorri.- Eu te espero.- Sai dali.

Entrei. Era bem decorado. Pinturas, plantas, os moveis eram lindos e bem acomodados. E tinha o perfume dele. O que me fez suspirar. Era tão bom sentir esse perfume de novo. Sorri. Peguei um whisky e me deitei no sofá. Como disse eu sou espaçosa.

POV Misto ( Emma e Klaus)

Me livrei do corpo facilmente. Agora pensava nela. Será que ela aceitaria a mim por inteiro? E agora não era só a mim, tinha o bebe tambem, por mais que não quisesse ter Hayley por perto ela era a mae dele. Tinha todo o meu passado que eu sabia que não era nada aceitavel. Ainda tinha todo o meu receio de aceitar que me importar com alguem a ponto de amar. Mas de uma coisa estava certo, não queria magoa-la mais. Quando vi o olhar dela dizendo como fui frio, doeu em mim.

Estava deitada no sofá tomando o whisky. Pensava nele e em como eu o amava. Mas ele não me amava e isso me matava por dentro. Eu teria que por um ponto final nisso. Se ele não me ama, vou ter que sair daqui. Não queria ficar me mantando aos poucos a cada olhar que ele me desse.

Ao voltar a olhar ela diretamente, senti tudo aquilo de novo, como se tivesse um coração de novo, era algo mais forte do que sentia por Caroline, estar com ela era como finalmente ter paz.

Ele entrou e eu ainda estava deitada no sofá lendo uma revista.

- Você realmente é espaçosa.- Ele disse entrando.

Ela sorri.- Eu disse. Ainda mais depois de correr. Fiquei cansada.- Ela ri da piada.

Ela continuava linda, mas tinha um olhar que parecia triste. Eu melhor que ninguem sabia que apesar de tentar esconder o olhar sempre nos entrega.- Iria te oferecer uma bebida mas voce já se serviu.

Ela se levanta e coloca o copo na bancada.- Seu whisky é muito bom.

- Esse que voce está tem uns 50 anos, excelente mesmo.- Ele disse.

Ela sorri.- Então, o que você quer?- Ela olha pra ele.

- Mostrar a você as pinturas que falei. Trouxe algumas para cá.- Ele indicou pra ela o acompanhar até um dos quartos.

- Ok.- Ela acompanhou ele.

Chegamos no quarto e ele tinha uma janela ampla que dava para a cidade e tinha um dos quadros que estava pintando ontem a noite. Era New Orleans pela vista da janela. E tinha varios outros pelas paredes.

Ela olha pros quadros.- Você pinta magnificamente.- Ela sorri.- Sério.

- Não é pra tanto. É só um passatempo.- Ele disse.

- Não, é sério. Você pinta muito bem.

- Obrigado, quem sabe um dia pintamos juntos?- Ele disse sorrindo.

- Você iria rir dos meus rabiscos.- Ela ri.

Estava tão proximo a ela. Mas como podia ser tão dificil decidir se iria a abrir meu coração ou não.- Uma hora vou querer ve-los.

- Talvez, se nos vermos de novo.- Ela disse.

- Por que diz isso?- Ele se virou pra ela.

- Estou indo viajar.- Ela disse.

- O que? Por que?- Aquilo me abalou iria ficar longe dela. Não.

- Sabe como é...conhecer pessoas novas, lugares novos é sempre bom.- Ela disse.

Ela parecia não estar certa sobre isso.- Emma não vá, por favor.

Ela olhou pra ele.- Klaus...Eu te amo, você não me ama. Não posso ficar mais aqui. Preciso te esquecer antes que isso me mate aos poucos.

- Eu...- Mas que droga, não queria aceitar que o que sentia por ela e isso ia tirar ela de mim. Me virei e me encostei na porta da sacada.

-Você...- Ela se aproximou dele.

- Não posso fazer isso de novo, confiar demais, confiar o meu coração a alguem.- Ele disse.

Ela olha pra ele.- O que fizeram com você? Você foi machucado não é?

- Toda vez que o confiei, ele ficou destroçado.- Ele disse.

- Sabe, isso está acontecendo comigo nesse momento. Por que o homem que eu amo, não confia em mim. Mas isso é muito comum, então...

- Não é com voce, eu é que estou preso nessa barreira que eu mesmo criei e agora que quero sair dela, não consigo.- Ele disse.

-Você quer minha ajuda? Sabe, eu tenho esse negocio de ajudar..- Ela sorri.

- Você não faz ideia da batalha que estou enfrentando desde que te conheci.- Ele disse.

- Que tal começarmos assim... me conta o que aconteceu com você.- Ela disse.

- Por onde começaria? Pelo homem que conheci como pai e que me matou uma vez e me perseguiu por toda a minha vida para faze-lo de novo ou pela minha mãe que junto com um dos meus irmãos tentou matar todos nós de uma vez? Ou descobrir que a primeira garota que amei estava me traindo com meu irmão. Ah não posso esquecer o caso mais recente da mulher que estava quase amando mas que não me deu se quer uma oportunidade de mostrar o que sentia por ela. Mas se quiser posso colocar mais algumas coisas.- Ele disse.

Ela acaricia o rosto dele e secou uma lágrima que caiu dele.- Essa mulher não sabe o que está perdendo.- Ela sorri.

- Essa é só uma parte da historia. Ela não me quer pela outra parte. A que todos me odeiam e me temem.- Ele disse.

- Repito o que disse. Ela não sabe o que está perdendo. Eu amo essa sua parte.- Ela sorri.

- Você não me conhece tanto assim. Já fiz coisas que nem em um pesdelo você imaginaria.- Ele disse.

- Mesmo assim. Você já se imaginou com você mesmo? Me diz uma mulher que não quer estar com o homem mais forte do mundo e que pro resto do mundo é mal, só que pra ela ele é bom, amoroso, doce...- Ela sorri.

- Você me acha tudo isso?- Ele pergunta sorrindo.

- E um pouco mais.- Ela disse sorrindo.

-Tem mais.- Ele disse.

- Diga então.- Ela disse.

- Eu sei que parece loucura, eu tambem achei quando fiquei sabendo. E você tem que prometer não contar a ninguem, somente quem esta envolvido é que sabe.- Ele disse.

- Eu prometo.- Ela disse olhando pra ele.

- Eu vou ter um filho.- Ele disse.

Ela cai na risada.- O que?