Apocalipse Zumbi (interativa) escrita por Nymeria


Capítulo 24
Casa é onde está o coração...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora... De novo... *desvia de uma chuva de pedradas* É, eu sei, demorei demais dessa vez, mas vou fazer o possivel pra valer a pena! Prometo! No clima da Pascoa, vou fazer um capítulo com bastante romance, ok? Pra matar a saudade... No proximo (que, se tudo der certo, sai ainda hoje) começa a violencia de novo, pode ser?



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– Chegamos! - gritou Harry, acenando próximo a uma trilha. O grupo o encarou - É por aqui! Só faltam mais alguns metros.

O grupo se mexeu em silencio. O loiro liderava o grupo, com as mochilas nas costas e ao lado da pequena Clear. Logo atrás, Gaspar e Lucie, lado a lado, com facas e cutelos a postos. Cristina e Damien, Katrina e Andrew, Kath e Derick, Maryanne e Jason... Todos, até mesmo Triz e o mais novo integrante do grupo, Kevin. Todos juntos. Todos em silencio. Todos andando pela Interestadual.

O Sol, mesmo que sob as cabeças dos sobreviventes, deixava a desejar no quesito calor. O inverno acertou em cheio a pele dos vivos, que sentiam o vento frio subir a espinha espinha sem dó. Dirigiram-se para a trilha que o loiro havia lhes apontado e seguiram viagem, por mais vinte minutos silenciosos.

Era para o melhor.

~#~#~

Cristina largou sua mochila no chão do grande chalé e se espreguiçou.

– Aaaaaaaah! Deus é pai! - ela exclamou, fazendo todos rirem - Sinceramente, já não aguentava mais... Foi muito mais tempo do que o esperado, Harry.

O loiro deu de ombros, desfazendo sua mochila.

– Eu simplesmente estimei. Hora nenhuma disse que seria com exatidão, disse?

Cristina mostrou a lingua para Harry e deu-lhe as costas, indo dar um abraço em Damien. Harry fez o mesmo com a pequena Clear, que foi levantada aos ares pelo loiro. Lucie e Gaspar se abraçaram e deram um beijo.

– Ainda bem que não aconteceu nada no caminho... - murmurou Lucie, acariciando o rosto do ex-major. Passou os dedos pelo tapa-olho dele, tremeu e abaixou a cabeça - Estamos bem, pelo menos...

Gaspar sorriu.

– Vamos ficar bem agora - disse ele, dando um beijo na testa da outra líder - Prometo.

Katherine ajeitou seu tapa-olho e foi falar com Derick.

– Foi torturante, não? - ele perguntou, antes que Kath pudesse dizer alguma coisa.

– Foi... - ela disse, cabisbaixa. Envolveu a cintura dele num abraço - Tudo vai ficar bem agora, estamos a salvo.

Derick apoiou seu queixo na cabeça de Kath.

– Sim... Tudo vai melhorar...

No canto da sala, Maryanne, Triz e Jason brincavam com Kevin. O pequeno loiro via Jason como um pai e Maryanne como uma tia ou, talvez, como uma segunda mãe. E ele adorava aquela atenção toda.

– Mamãe! Mamãe! - ele exclamava - Essa é a tenda mais legal que eu já vi!

Os três riam do menino. Triz deu-lhe um beijo na testa e sorriu.

– Não Kevin. Isso é um chalé - ela explicou.

– Isso mesmo - disse Jason - Antes dos "monstros" aparecerem, todas as casas eram parecidas com isto... Fora os prédios, mas tudo bem!

Os olhos do pequeno Kevin brilhavam.

– Todas as casas eram grandes assim? Que legal!

Maryanne sorriu e bagunçou os cabelos loiros do menino.

– Não é legal pensar que vamos morar num chalé assim? Dormir em camas e comer comida quente todos os dias?

Kevin fez uma cara pensativa.

– Cama? O que é cama?

O chalé em que eles se encontravam ficava na frente de um riacho com água pura. Era feito de pedra e madeira e tinha, pelo menos 8 quartos. Harry conhecia bem aquele chalé. Passou a maioria, se não todas as suas férias de verão naquele mesmo chalé com outros 10 meninos aprendendo a "sobreviver" na mata. Foram meses bem úteis na sua vida. Era rodeado por arvores, portanto, era de difícil acesso para errantes. Era um lugar bem tranquilo.

Naquela noite, o grupo se reuniu na sala do chalé. Almoçaram e festejaram tudo. Festejaram a nova casa, festejaram o grupo e festejaram suas próprias vidas. Gaspar levantou seu copo de água, como se fosse um copo de vinho.

– Hoje - começou Gaspar - Nós encontramos um novo lar. Foram tempos difíceis, eu sei. Fomos saqueados por um bando de ladrões, mas lutamos de corpo e alma para continuarmos vivos. Somos uma família e nada vai mudar isso. E hoje, a nossa família celebra uma grande vitória. Conquistamos um lar, um novo lar... E eu sou grato a isso! A nós!

O sobreviventes levantaram seus copos e disseram em uníssono:

– A NÓS!

E celebraram. Celebraram como uma família de verdade celebraria. Mas, naquele momento, não importava se não tinham laços de sangue um com o outro e nem que eles não tinham um lugar para ficar para sempre. Família era quem cuidava um do outro e casa era onde o coração estava.

Os casais se beijaram, a mãe abraçou o filho e a noite correu com o ponteiro dos segundos de um relógio que vai rápido. Eles estavam felizes e era isso que importava. No meio dessa felicidade, Gaspar se levantou e puxou consigo Lucie para o centro da sala. Todos pararam para observar o ex-major se ajoelhando na frente da outra líder. Ela ficou vermelha.

– Lucie... - ele começou - Sabemos que o tempo passa rápido e, hoje em dia, não sabemos quanto tempo ainda temos de vida. E pensar nisso me fez refletir... Então eu percebi. Não preciso de uma eternidade vivo nesse inferno, por que nem essa eternidade valeria mais do que um dia casado com você, então... Lucie, aceita se casar comigo?

E as lagrimas rolaram pelo rosto da outra líder enquanto ela dizia sim e o grupo comemorava mais uma vez.

Naquela noite, foram cinco pedidos de casamento. Gaspar pediu Lucie, Harry pediu Clear, Derick pediu Katherine, Andrew pediu Katrina e Damien pediu Cristina. E foram felizes naquela noite particularmente feliz.

A última das noites felizes.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^