Rivais escrita por Lady Park Bom


Capítulo 4
Jantar parte I




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--Olá Camus—falou Delancy—faz tempo que não nos vemos. Não sabe o quanto eu senti a sua falta.

            O francês se levantou e deu um abraço na prima, sentira a falta dela quando se separaram, mas com o tempo quase a tinha esquecido.

            --Sei que cheguei mais cedo do que o planejado, perdão.

            --Não se preocupe—falou—tenho certeza que o Hyoga ficará muito feliz com isso.

            --Hyoga...—ela falou um tanto decepcionada.

            Não era ele que ela gostaria que ficasse mais feliz. Para falar a verdade, Camus sempre fora o grande amor da sua vida e tudo que tinha feito foi para chamar mais atenção do primo, ele sempre fora o mais inteligente e o “cabeça” e ela, ela era a fútil que muitas vezes parecia não merecer atenção só que por algum motivo delancy conseguiu chamar atenção dele na adolescência e a promessa que foi feita não devia ser esquecida assim tão rápido—7 anos não é rápido, mas de qualquer forma se tornava doloroso.

            --Por favor leve as malas dela para o quarto—falou ao mordomo—você se lembra da casa não é?—perguntou para saber se teria que ser o guia para alguém novamente.

            --Como poderia me esquecer dela Camus? Passei um bom tempo, depois dos colégios internos nesta casa.

            --Você vai ficar no quarto ao lado do de Hyoga.

            Assim que subiram as escadas Camus bateu na porta do irmão.

            --Hyoga—falou abrindo a porta—tem alguém que você vai adorar ver aqui.

            O loiro estava na cama jogando no Wii—apesar de possuir uma sala de jogos ele tinha um Wii no quarto—a maioria podia ser jogada em pé, mas esse não tinha tanta necessidade. Resident Evil.

            --O Ikki já chegou?—perguntou pulando da cama e indo em direção a porta.

            --Hyoga—falou Delancy o surpreendendo.

            O jovem ficou estático por um tempo, mas logo correu para abraçar a prima. Ela era a que tinha mais proximidade e também a favorita.

            --Que saudade!—gritou Hyoga—Que bom que está aqui, a casa vai ficar cheia.

            Delancy olhou para o primo mais velho. Será que havia chegado na hora errada? Ou será que foi realmente para estar ali?

            --Cheguei em má hora?—a morena perguntou se virando para Camus.

            --Não, para falar a verdade essa é a hora melhor. Os integrantes da banda Doze Casas vão estar aqui esses dias também.

            --Doze Casas?!—berrou tão alto que provavelmente quem estava fora da casa podia ouvir—Como eles vêem para cá Camus?

            --Meu melhor amigo é irmão do vocalista principal—falou o loiro—você vai adorar ele e o irmão dele até que não de se jogar fora.

            Camus estranhou aquele comentário. O que Hyoga tinha na cabeça? Vento, como podia dizer isso de uma forma tão natural? E para melhora o francês ficou sentindo as faces esquentarem, já devia estar bem vermelho. Afinal, já experimentou e sabia que o grego não era de se jogar fora. Que pessoa maluca faria isso?

            --Terá bastante tempo para conhece-los, eu vou conhecer algum dos integrantes hoje. Só te aviso uma coisa: não podemos sair de casa por muito tempo porque um dos integrantes da Doze Casas quase foi morto.

            --Em que quarto você vai ficar?—perguntou o loiro.

            --Ela será sua vizinha de quarto Hyoga—Camus apontou para o quarto que ela ficaria.

            Pode ouvir a campainha de novo. Dessa vez era o grego, ou será que o destino mandara outra surpresa?

            --Acho que são eles—falou Camus—perdão a minha falta de educação Delancy, mas eu tenho que recebe-los agora—se virou para o irmão—o Hyoga te ajuda a organizar tudo.

            A prima assentiu e ele desceu. Estava tão ansioso que podia sentir os batimentos cardíacos, seu coração só faltava sair pela boca. Sentia novamente esse sentimento considerado “adolescente”.

            Milo estava na Sala com os integrantes da banda dele, os mesmo pareciam bem chocados com tudo porque não paravam de olhar para a decoração.

            --Camus!—falou o grego indo na direção do anfitrião—como vai?

            Ele ia dar um beijo no francês, mas Camus desviou o rosto—atitude que com certeza causou arrependimento, mas não sabia como Delancy reagiria se visse a cena dele beijando Milo.

            Milo com toda a certeza ficou com uma “cara de paisagem”, como ela pode ter feito isso?

            Camus olhou ao redor, os amigos do grego estavam abafando o riso e se focou na escada. Ela não desceria, se descesse teria que arranjar uma boa desculpa.

            O francês segurou o rosto do grego com as duas mão e levou os lábios até os dele—Milo não virou o rosto para sua sorte, pensara que ele ia fazer isso—logo colocou a ponta da língua para pedir passagem para aprofundar o beijo, passagem que logo foi concedida. Logo já havia se formado uma batalha dentro das bocas, esse beijo podia ser considerado vulgar... Muito vulgar.

            Quando se separaram o grego corou, não era só ele que estava corado. Os outro integrantes da Doze Casas também estavam, Camus parecia ter bastante experiência com beijos desse tipo.

            --Desculpe—sussurrou no ouvido de Milo—minha prima está aqui e eu não posso arriscar ser visto.

            O grego logo ia se afastar e falar alguma coisa, porém Camus foi mais rápido.

            --A mãe dela disputou a guarda do Hyoga comigo e eu não posso arriscar que ela faça qualquer coisa que consiga fazer com que um juiz tire o meu irmão de mim e passe para ela.

            --Tudo bem—falou Milo—acho que vai ser difícil ficar com você do jeito que eu queria, mas a casa é grande deve ter como desenrolar.

            O francês deu um sorriso e direcionou sua atenção para os outros.

            --Sejam bem-vindos, meu nome é Camus e...

            Saga, Kanon, Shura e Máscara chegaram até a sala. Haviam acabado de tocar alguma musica no studio—por isso não foram para o cômodo com a chegada da prima de Camus, não a ouviram chegar—a primeira atitude deles foi olhar para os “convidados que acabaram de chegar”.

            --Cada um de vocês terá uma pessoa responsável—continuou—Mask vai ser responsável pelo Aiolia, Shura vai ser responsável pelo Mu, Saga será responsável pelo Aiolos e o Kanon será responsável pelo Afrodite.

            --Isso significa que...?—perguntou Afrodite querendo uma continuação.

            --Significa que eles vão mostrar a vocês a casa e que se algo acontecer terão completa responsabilidade, ou seja, se fizerem alguma brincadeira de péssimo gosto vocês podem bater neles com toda a certeza que eu dou meu apoio.

            Obviamente cada um já sabia quem era quem e nem foi preciso trocarem muitas palavras, apenas cada um foi com o seu “responsável” para o determinado cômodo que ficariam. Assim que chegaram no primeiro andar Camus gritou:

            --A Delancy também está aqui, ela chegou adiantada.

            Eles ouviram, se entreolharam e voltaram a mostrar aos outros seus devidos lugares. No primeiro andar a direita da escada ficariam Afrodite, Máscara, Milo e Camus. À esquerda ficariam Aiolos Shura, saga e Kanon, Aiolia, Delancy e Hyoga, os responsáveis ficaram distantes para existir uma socialização maior entre as pessoas.

            --Quem será o meu guia?—perguntou Milo fingindo que não sabia a resposta.

            --Eu, mas manere porque serei responsável por você e pela minha prima—virou-se para Ikki—no momento Hyoga está com ela, você pode subir que vai se encontrar com ele.

            Sendo assim, ao perceber a “expulsão” Ikki começou a subir as escadas e se direcionar para o quarto de Hyoga.

            --Os cachorros estão nos quartos aqui em baixo—falou—como eles são grandes eu terei que libera-los, se importaria de ficar comigo na biblioteca?

            --Biblioteca?

            --Eles não podem entrar na biblioteca, foi a única restrição que demos ao adestrá-los.

            --Tudo bem então, se eles não vão poder ir para lá. Existe outro lugar que eles não possam ir?—perguntou já subindo a escada com Camus.

            --Eles não podem entrar no studio, sala de filme, cinema e na sala de jogos, mas como preferem ficar lá em baixo deve ser mais confortável para você ficar no primeiro andar. Algum deles tem medo de cachorro?

            --Medo não, nojo sim.

            --Esse será o seu quarto—apontou Camus—qualquer coisa estou no quarto ao lado, voltando... Quem tem nojo de cachorro?

            --O Dite—Milo riu—ele se comporta como uma bicha esquizofrênica e fica dando gritinhos ridículos dizendo: “meu Deus isso pode fazer mal a minha pele”, “tire esse leão gigante daqui”.

            Ao falar o grego começou a fazer caras e bocas do jeito que o Afrodite fazia. Se fosse igual a imitação feita pelo grego o tal de “Afrodite” ia entrar em desespero assim que visse os cachorros, inclusive o tamanho deles.

            --O melhor—falou Milo—é que uma vez compraram um Yorkshire e deram para ele para ser uma atitude mega fofa e o cachorro era até bonitinho, e foi número zero que era o menor tamanho que tinha.

            Entraram na biblioteca, Camus fechou a porta e se direcionaram ao sofá.

            --O Dite deu um grito tão grande que assustou até o cachorro—riu com  lembrança—você o convidou para ficar aqui então é bom que esteja preparado para tudo.

            A risada tinha saído tão alta que fez eco pela biblioteca. Aquele era o cômodo mais reservado da casa após o quarto de Camus que era uma entrada restrita para qualquer tipo de pessoa.

            --Quem é a sua prima?—perguntou Milo curioso.

            --Minha prima se chama Delancy e ela é o paparico do Hyoga. Havíamos combinado que ela viria para cá ver o Hyoga, mas ela chegou mais cedo.

            --Ela mora longe?—sua curiosidade só aumentava, afina, estava ficando com o francês.

            --Ela sempre morou, mesmo quando era perto se tornava longe. Ela estudava em um colégio interno e só podia manter o contato com os familiares através de cartas, a visita para a reunião de família era feita sempre no meio do ano porque ela estava de férias.

            --Posso acreditar que ela não vai desgrudar de você e do Hyoga?

            --Pode, mas enquanto esse grude não começa podemos aproveitar—disse mordendo o pescoço do outro.

            --Está absolutamente certo.

            Enquanto isso Máscara estava mostrando a casa para Aiolia—havia pedido a outro criado para colocar as malas de Aiolia no quarto—e a sua impressão em relação ao Aiolia foi até melhor do que esperava.

            A primeira surpresa que ele teve é que Aiolia gostava da banda, no começo achou que fosse mentira, mas não disse nada. Quando entraram no studio Aiolia conseguiu provar que realmente gostava da banda, pois viu o CD mais antigo dela e começou a fazer comentários, muito interessantes por sinal.

            A segunda surpresa foi que o leonino—acabou sabendo que Aiolia era do signo de leão—preferia músicas estrangeiras que não soubesse o que elas diziam porque muitas vezes você se decepciona com uma musica que acha boa e quando vê se revela horrível, por isso ele não gostava muito de bandas nacionais e preferia as estrangeiras.

            Por último lhe mostrou o quarto que o convidado ficaria. A biblioteca não foi mostrada porque ele sabia que Camus estaria lá.

            Ao contrário do que Máscara da Morte achou, Shura decidiu que Mu é uma pessoa ainda mais chata do que pensava. Ele ficava muito tempo calado sem apenas observando, a melhor parte do “turismo” pela casa foi quando levou Mu para o quarto. Mu fora o único que ficou no primeiro andar, tudo indica que Camus colocará Shura para ficar perto dele para se algo acontecer. Shura decididamente precisava falar com o francês, mas também sabia que ele estava aproveitando na biblioteca.

            Saga achou Aiolos bem divertido, riu várias vezes com o que ele dizia. Parecia bastante entretido, pois quando Kanon passou por ele não foi notado—o que deixou o gêmeo com muita raiva, primeiro por não ter gostado de Afrodite e segundo por ter passado por ele e nem ser notado.

            Afrodite garantiu a alegria da maioria das pessoas, principalmente Ikki já que Hyoga dava mais atenção a prima do que a ele. O kanon tinha avisado que ia soltar os cachorros e como Afrodite já sabia onde ia ser o quarto o geminiano foi soltar os cachorros.

            Afrodite deu um grito estérico quando o husk siberiano pulou em cima de si. Kanon saiu correndo assim que escutou o grite, era responsável por ele e tinha que ver o que estava acontecendo. Claro que quando viu a cena começou a rir, mas tirou o husk de cima de Afrodite e o ajudou a levantar—como o husk pulou em cima de si ele foi derrubado.

            --Está tudo bem?—perguntou ainda rindo.

            --Não—falou Afrodite—pare de rir! Que eu saiba isso não é uma coisa feliz e saliva de cachorro não faz bem a pele.

            --Desculpe, mas foi inusitado. Nunca vi alguém dar um grito tão alto.

            O vocalista ainda estava no primeiro andar quando foi atacado pelo cachorros. Todos já sabiam que isso ia acontecer—menos Kanon—porque avisaram ao outros convidados que havia cachorros na casa e todos falaram que o Afrodite ia armar um escândalo.

            --Tem um banheiro ao lado do studio para você lavar o rosto—apontou parra o local—ou você prefere tomar banho?

            --Vou tomar banho claro.

            Kanon assentiu.

            --Qualquer coisa é só me chamar, eu fico no ultimo quarto a direita. Ele também é do lado direito.

            Kanon logo seguiu para o studio. Estava tocando antes deles chegarem e agora tocaria de novo. Dessa vez teria uma pessoa vendo, a prima de Camus desceu para ver o que estava acontecendo e seguiu Kanon.

            --Como vai Delancy?—perguntou Kanon.

            --Vou bem e você?

            --Bem, como foi a viagem?

            --Ótima, sempre é bom vir para cá. Sempre é bom sair de casa por algum tempo, eu amo os Estados Unidos, mas é bom sair de lá de vez em quando.

            --Quer que eu toque alguma coisa?-perguntou pegando o violão.

            --Não sabia que gostava de tocar violão—falou—tem como voe tocar our last summer?

            Raramente podia-se encontrar Kanon tocando violão, mas como ela também estava lá se tornaria um pouco desagradável tocar musicas de bandas como AC/DC que usam bastante o instrumento.

            --Eu toco sem problema nenhum—falou—adorei a escolha.

            Havia adorado. Está era uma musica da banda ABBA e que teve um versão um pouco melhorada no filme Mamma Mia, Kanon adorava esse filme por isso já sabia como era e as cifra.

            --Vou tocar a versão do filme ok?

            --Sim, obrigada e Kanon...—fez uma longa pausa.

            --O que foi?

            --Você se importaria de cantar?

            --De modo algum.

            Kanon começou a cantar:

I can still recall

Our last summer

I still see it all

Walks along the Seine

Laughing in the rain

Our last summer

Memories that remain

We made our way along the river

And we sat down in the grass by the Eiffel tower

I was so happy we had met

It was the age of no regret

Oh, yes

Those crazy years

That was the time of the flower-power

But underneath

We had a fear of flying

Of growing old

A fear of slowly dying

We took our chance

Like we were dancing our last dance

I can still recall

Our last summer

I still see it all

In the tourist jam

Round the Notre Dame

Our last summer

Walking hand in hand

Paris restaurants

Our last summer

Morning croissants

Living for the day

Worries far away

Our last summer

We could laugh and play

And now you're working in a bank

The family man, a football fan

And your name is Harry

How dull it seems

Yet, you were the hero of my dreams

I can still recall

Our last summer

I still see it all

Walks along the Seine

Laughing in the rain

Our last summer

Memories that remain”

            Embora a musica não tenha nenhum sentido em relação ao momento, mas era bom ouvi-lo cantando. Ela fora a primeira que o ouviu cantando de verdade—Kanon nunca cantou na frente das pessoas, inclusive na frente de Saga, mas ainda sim tinha um talento muito grande como sua voz era tranqüila o que é raro para um cantor de rock.

            --Canta muito bem Kanon—disse o olhando nos olhos.

            O gêmeo direcionou o olhar para o chão, ficara um tanto constrangido.

            --Sempre que te vi cantando no show dos meninos você não cantava, ficava falando e depois passou a cantar raps no meio das músicas. Porque?—perguntou.

            --Nunca cantei na frente deles, não tem sentido fazer isso já que em nossos shows ele cantam rock ou qualquer outra coisa.

            --Devia cantar na frente deles.

            --Não tem porque, o que a gente canta é completamente diferente do que a minha voz é.

            --É um absurdo você fazer isso Kanon, não te incomoda ficar sem cantar?

            --Não vejo problema nos meus absurdos, incomodar incomoda só que eu consigo conviver com isso.

            Delancy se deu por rendida porque Kanon já estava ficando alterado e não queria aborrece-lo mais.

            --Kanon vem no quarto comigo que eu quero te mostrar uma coisa—falou—acho que ela deva ficar com você.

            Delancy se levantou e foi para o quarto junto com Kanon mostrar o que queria. Ficaram lá durante uma hora e maia, saíram apenas por que Kanon se lembrou que era a hora do jantar e que Camus iria ficar com muita raiva se ele não chega-se na hora.

            A mesa da sala de jantar era gigante, parecia uma mesa de filme antigo onde podia-se acomodar 22 pessoas. Todos já estavam na mesa menos Kanon, Delancy, Camus e Milo.

            Dos que faltavam Kanon e Delancy foram os primeiros a chegar.  A rotina do geminiano era sempre ficar na frente ou ao lado de Saga, dessa vez esses lugares já estavam ocupados, mas ele nem percebeu. Chegou conversando com Delancy e acabou sentando ao lado dela, perto do lugar tradicional de Camus. O assunto? O que ela mostrou para ele que havia gostado muito da ideia e tinha  aceitado numa boa.

            A reação de Saga? O Saga não é ciumento e ele diz que “se garante”, mas essa é a última vez que não tem ciúme porque muita coisa ainda está por vir.


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