Amores Distantes escrita por Karina Barbosa
Notas iniciais do capítulo
E aí?
Nesse cap., o tão esperado nascimento do bebê! Foi com esse cap. q eu aprendi que é sempre bom estar com o livro de biologia por perto kkkkkkk
Boa leitura!
Minhas contrações aumentaram. Minha bolsa rompeu e o líquido amniótico derramou sobre o chão do táxi. Gritei mais uma vez.
– Get out of my cab! (Saiam já do meu táxi!) – gritou o taxista. Ele também disse que não sabia como ia conseguir pegar um cliente com o carro melado. Também disse que sentia nojo de tudo aquilo.
– Que foi que ele disse? – perguntou Jonas.
– Mandou a gente sair do carro! – falei com a voz fraca.
– Como será “vá se fuder” em inglês? – perguntou Jonas a si mesmo. Saímos do carro.
As contrações aumentaram de intensidade e frequência. Jonas e eu começamos a caminhar devagar, com ele me apoiando. Avistamos de longe um garoto que parecia ter dezoito anos de idade, cabelos castanhos, pele clara, rosto retangular e usava um terno preto. Ele era lindo, mas... Quem era ele? Ele estava saindo da minha casa e estava acompanhado por uma garota de cabelo castanho liso com as pontas cacheadas, pele branca e usava um vestido tomara-que-caia azul escuro metálico rodado. Amanda.
Jonas e eu olhamos para o Nicolas. Esse estava com uma expressão de: quem é esse engomadinho? Suas narinas bufaram enquanto ele balançava a cabeça negativamente.
– Filha. – chamei com a voz fraca. Ela olhou para mim e um sorriso se abriu em seu rosto.
– Mãe! – ela veio até mim sorridente. Ela me abraçou, mas me soltou quando viu que eu não estava nada bem – A senhora está em trabalho de parto? – olhou rapidamente para Nicolas – Nicolas? – ela ficou séria e perplexa.
– Amanda, eu estou tão feliz em te ver... – começou Nicolas. Ele andou até ela, mas essa se afastou.
– Ah, crianças. – disse Jonas – O amor de adolescente é lindo, mas agora não podemos dar atenção, porque a Liz está parindo.
– Onde fica o hospital mais próximo? – perguntou Nicolas.
– Há meia hora daqui. – respondi. Eu não iria lá de jeito nenhum! Além de demorar, o local era imundo e pequeno. Meu corpo estava tão pesado. Mais uma contração. Estremeci. Amanda foi até o garoto que estava com ela.
– Your dad is a doctor? (Seu pai é médico?) – perguntou ela a ele. Ele confirmou - Where is he? (Onde ele está?)
– It's on my mother's house. (Está na casa da minha mãe.) – respondeu - He is without a car. (Ele está sem carro.) – o garoto pegou a chave do carro que estava no bolso da calça e destravou o carro - I go there. (Eu vou lá.) Be back as soon as possible. (Volto o mais rápido possível.).
– Thank you. (Obrigada.) – disse Amanda. O garoto entrou no carro e saiu em alta velocidade.
Entramos em casa. Minhas pernas estavam ficando fracas. Jonas me sentou no sofá.
– Não acredito que vou fazer isso. – disse Jonas nervoso – Amanda traga para mim toalhas limpas e gel anticéptico. – ela saiu – Nicolas tente ligar para algum pronto-socorro, ambulância, sei lá. – Nicolas saiu também.
Jonas me olhou preocupado. Sinto mais contrações. Uma mais forte que a outra. Gritei de novo. Fechei os olhos. Jonas me deitou no sofá. Senti alguém pegando nas minhas pernas. Jonas estava com as mãos por dentro do meu vestido. Olhei para ele.
– O que pensa que está fazendo? – indaguei enquanto corava.
– Que é? Não há nada abaixo desse vestido que eu já não tenha visto! – ele retirou a minha calcinha levantando a saia do vestido.
– Ei, qual é o endereço... – começou Nicolas. Ele me viu naquele estado, fez cara de espanto e corou. Virou-se rapidamente.
– EU NUNCA MAIS VOU CONSEGUIR OLHAR NA CARA DO NICOLAS! – falei. Cobri meus rostos com as mãos.
– Ah... É... Qual o endereço daqui? – perguntou Nicolas com a voz estranha.
Disse para ele o endereço.
– Toma. – escutei a voz da Amanda. Vi que ela entregou toalhas e gel anticéptico para o Jonas. Esse passou o gel nas mãos.
Mais contrações. Só que dessa vez, mais duradouras. Lágrimas escorriam dos meus olhos. Jonas ficou ao meu lado.
– Vai ficar tudo bem. – sussurrava ele no meu ouvido – Eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você nem com o bebê.
Aquilo me confortou um pouco. Tentei ao máximo deixar a respiração ritmada. Respirava pelo nariz e expirava pela boca. Tentei ficar confortável, afinal, eu já tive três filhos de partos normais e conhecia bem a dor.
Uma contração foi bem mais aguda. Gemi um pouco. Fiquei segurando a mão do Jonas. O tempo foi passando. Escutamos a campainha. Amanda correu até a porta e a abriu.
Era o garoto que estava com a Amanda e o pai dele.
Senti meu útero se contrair mais forte. Urrei de dor. O médico sentou no sofá.
– Make strength! (Faça força!) – disse o médico.
– Vai ficar tudo bem! Vai ficar tudo bem! – falava o Jonas. Minh cabeça estava doendo.
Senti uma sensação quente e de ardor. Fiquei o tempo todo de olhos fechados.
O médico disse para que parasse de fazer força um pouquinho. Fiz isso. Depois voltei a fazer força. Eu já não aguentava mais! Soltei a minha respiração de uma vez.
Escutei... Um choro. Abri meus olhos lentamente.
Uma criança recém-nascida estava nos braços do doutor.
– It's a girl! (É uma menina!) – disse ele sorridente. Ele pôs uma toalha amarela por debaixo do bebê, que só chorava. Uma lágrima de emoção, não de dor, escorreu do meu olho.
Jonas deixou o bebê numa posição que eu pudesse ver. Aquele ser tão pequeno de pernas e braços curtinhos e pouco cabelo. Vi o cordão umbilical. “Quem será o seu papai?” perguntei a mim mesma.
A ambulância chegou.
É! Santiago ganhou a aposta!
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O que acharam???
Santiago ganhou a aposta! (se não lembram da aposta é só voltar no cap. 30)
Coitado do Nicolas e da Liz kkkkk
"Quem será esse engomadinho?" só eu ri com essa parte?
Quem será o pai do bebê! Próximo cap. teremos a resposta hahaha!!!
Comentem, por favor!