- Gente eu tenho um plano! - Diz Saya confiante.

- Manda ver Saya! - Disse Saeko apoiando-a, pois mesmo estando confiante, todos nós sabíamos que a Saya estava muito mal pelo modo de como foi tratada pelo seu pai.

- Bom antes de sairmos da casa dos meus pais eu peguei algumas coisas, como... - Saya dizia enquanto mexia na mochila que ninguém havia percebido que isso estava nas costas dela. - Comidas e bebidas, é óbvio, e o resto tudo em munições e armas. - Depois que ela falou isso lembrei que podíamos ter ficado mais tempo na casa dela, pois havia um quarto cheio de armamentos e munições, o Kouta tinha até ficado paralisado, segundo ele "Essas são armas raras que poucas pessoas tinham licença para manter em casa".

- Uau! - Dizia Kouta impressionado - Ainda bem que você pensou nisso Saya!

- É lógico! Você acha que eu sou uma idiota?

- Não, não... Exatamente o contrário, você é muito inteligente!

- Não baba Kouta! - Disse Rei com um sorriso malicioso.

- E o pior é que ele esta babando pelas armas e não pela Saya. - Disse Saeko.

- Ainda bem que é só pelas armas! - Disse Saya enojada.

Todos riem menos o Kouta.

- Haha! Muito engraçado! - Disse ele com aquela carinha de injustiçado.

- Qual é Kouta! Até parece que você liga pra isso. - Diz Rei.

- É tem razão... Que se dane! - Diz ele dando de ombros.

- Bom... Continuando... - Dizia Saya - A única coisa que preciso saber é para onde vamos. Precisa ser um local seguro!

- Ei! - Grita a Srta. Shizuka lá do lugar do motorista, afinal ela que estava dirigindo para longe daquela casa linda, porém terrível - Tem um hotel lá perto do Museu Nacional de Tóquio, mas é caro, sempre sonhei em ir para lá. - Suspira.

- Provavelmente, não terá ninguém para nos cobrar. - Dizia Saeko.

- Ei quando eu vou conseguir dormir em paz? - Dizia Alice enquanto recebia lambidas de Zeke.

- Ei Zeke - Falo rindo - Deixe a Alice dormir um pouco garoto! Depois vocês brincam. - Dou um largo sorriso.

Zeke da dois latidos e se aconchega perto de Alice e dorme profundamente.

- Obrigada Takashi - Diz Alice sussurrando e depois deita em um dos assentos do ônibus e dorme.

- Bom, quando chegarmos nesse hotel ela terá tempo para dormir. - Digo preocupado.

- Eu não acho uma boa ideia ir para lá - Dizia Saya um pouco tensa.

- Por que não? - Pergunta a Srta. Shizuka, afinal ela estava muito ansiosa para ir para lá.

- Desculpe Srta. Shizuka, mas esse seu sonho de ficar uns dias lá vai precisar ser adiado. Você mesma disse que esse hotel fica per do Museu Nacional de Tóquio, isso significa que...

- É um hotel luxuoso... - Srta. Shizuka a interrompeu e deu um suspiro.

- Também, mas por ser um hotel luxuoso e se encontrar perto de um dos principais pontos turísticos de Tóquio...

- Irá ter muita gente lá. - Eu disse completando a frase.

- Isso mesmo Takashi, e por ter muitas pessoas lá, significa que...

- Terão muitos zombies. - Disse completando a fala de Saya novamente.

- Uhum, era ai que eu queria chegar. Agora você entende por que não podemos ir para lá Srta. Shizuka?

- O.K.! Eu não vou mais insistir.

- Bem, agora quem tem outra ideia de onde ir? -  Dizia Saya.

- Bom, eu não faço ideia. - Eu disse com uma cara pensativa.

- Nem eu. - Disse Rei.

- Muito menos eu. - Disse Kouta.

- Bem, eu acho que eu já sei... - Dizia Saeko com um pouco de incerteza. 

- Aonde? - Perguntou Saya.

- Tem uma vila, ela não é muito conhecida.

- Uma ótima escolha! - Elogiou Saya - É disso mesmo que precisamos, uma vila desconhecida, se dermos sorte, talvez o vírus que transformou pessoas em monstros, nem tenha chegado lá.

- Talvez você tenha razão. - Falei dando um sorriso.

- Eu sempre tenho Takashi. - Ela retribuiu meu sorriso.

- Nem um pouco convencida né. - Falou Kouta ironicamente.

A Saya fez uma careta fazendo com que todos rissem.

- O.K.! Onde estão as coordenadas dessa vila Saeko? - Perguntava a Srta. Shizuka ainda dirigindo o ônibus.

- Bem, eu não sei direito mas, tenho quase certeza que é por ali. - Dizia Saeko insegura.

- Você tem que ter certeza. - Dizia Saya.

- Bem... Eu não posso afirmar isso ainda... - Ela ficou pensativa - Lembrei! É por ali mesmo, agora eu tenho certeza!

- O.K.! - Disse Srta. Shizuka virando o ônibus com tanta força que fez todos que estavam em pé, ou seja, todos nós menos a Alice e ela mesma caírem.

- Ai! - Todos disseram.

- Foi mal! - Disse Srta. Shizuka e depois riu alto. - É melhor vocês se sentarem. - Riu novamente.

Todos foram em direção aos bancos e se sentaram. A Rei fez um sinal para eu me sentar ao lado dela, mas fiz que não com a cabeça e depois fiz um sinal para que ela esperasse. Ela fez um bico mas depois concordou com a cabeça. Fui em direção a Saya e me sentei ao seu lado.

- Está tudo bem? - Perguntei.

- É lógico, por que não estaria? - Ela responde com uma cara triste.

- Eu se que você não está. - Olho nos olhos dela.

- Takashi, eu... - A voz dela falha um pouco - Eu queria te agradecer por hoje no quase jantar.

- Não foi nada.

- É sério, se não fosse você, provavelmente, agora eu estaria com uma mancha roxa na minha cara.

- Já disse que não foi nada... Eu não podia deixar ele fazer isso com você.

Ficamos em silêncio.

- Seu pai é mesmo um idiota.

Ela sorri ao ver que eu concordo com ela.

- Pelo menos eu tenho vocês ao meu lado. - Ela sorri novamente.

- Bom crianças, essa noite teremos que parar para descansar em algum lugar antes de chegar na vila, eu estou quase desmaiando aqui. - Dizia a Srta. Shizuka enquanto bocejava.

- Tem casas ali em frente. - Dizia Kouta.

- Tem zombies também. - Disse Saeko - Aguente mais um pouco Srta. Shizuka, já estamos chegando.

Sabíamos que não poderíamos parar agora, porque além de estarmos chegando na vila, tinha muitos zombies por ali.

- Tem certeza Saeko? - Perguntou a Srta. Shizuka.

- Sim, eu tenho,

- O.K., então eu consigo aguentar mais um pouco.

Quando a gente chegou no portão da vila, conseguimos entender o porquê de não haver nenhum zombie por perto, havia uma escadaria enorme até lá em cima e, ainda bem que, os zombies não conseguiam subir devido a escadaria ser ingrime e os zombies não conseguiam se equilibrar por muito tempo e caiam.

- Agora entendi - Disse Saya - Nossa, queria ter essa sorte que eles tiveram, provavelmente não devem nem estarem sabendo o que aconteceu.

- Mas e as pessoas que trabalham fora? - Elas devem ter visto isso e ido avisar os outros habitantes da vila.

- É, deve ser por isso que além dessa escadaria, existe um portão de mais de três metros de altura lá no topo. - Diz Rei apontando para o portão.

- Bom, agora é só a gente descer em silêncio e subir as escadas. - Disse Srta. Shizuka.

- Temos que acordar a Alice. - Lembrou Kouta.

- Não será necessário, eu levo ela no colo. - Eu disse.

- É melhor não, você precisa ajudar a carregar as coisas. -Disse Saya.

Resmunguei um pouco mas depois concordei com a cabeça.

- Alice, querida, acorde... -Sussurrava Saeko perto dos ouvidos de Alice.

Alice acordou, se espreguiçou e depois acordou o Zeke, que fez a mesma coisa antes de ser pego por Alice.

- Então vamos! - Disse Saeko.

Pegamos todos os nossos pertences e descemos do ônibus com todo o cuidado para não fazer nenhum barulho.

Passamos por todos os zombies com sucesso, porém na hora que fomos em direção a escada e começamos a subir, Alice não conseguiu segurar um espirro.

- Fudeu - Murmurei quando eu vi que todos os zombies se direcionaram para nós e estavam vindo.

- Corram! - Gritei apontando para a Srta. Shizuka, Saya e a Alice que estava segurando o Zeke. - Kouta, Saeko e Rei, se preparem para a exterminação total. - Sorri de canto preparado para a matança.

A Saya e a Srta. Shizuka pegaram todos os pertences e correram para cima.

- Vem Alice! -Gritou Saya.

Alice saiu correndo atrás dela com seu amigo inseparável, Zeke.

Eu, a Rei, o Kouta e a Saeko pegamos nossas armas e partimos pra cima dos malditos. A cada golpe que eu dava na cabeça deles eu sentia que estava eliminando a raiva que estava dentro do meu corpo, e estava cada vez mais feliz por matar, e isso me assustava.

Parecia que a Rei e a Saeko também sentia a mesma coisa, o Kouta nem tanto, pois já estava acostumado, isso era como se fosse um jogo para ele, mas com riscos reais e ele sabia disso, e por essa razão, era o mais atento para os imprevistos.

Nós matávamos todos, só paramos quando a Saya veio correndo e disse:

- Pessoal podem parar! - Ela gritava enquanto acenava pra gente - Eles já abriram o portão para nós, se vocês continuarem aqui, só atrairão mais zombies.

- O.K.! Já estamos indo! - Gritei para ela enquanto fazia um sinal para que todos me seguissem.

Saímos correndo escada acima enquanto o Kouta continuava atirando nos zombies.

- Kouta vem logo. - Gritou Saya.

- Estou indo. - Ele gritou de volta.

Ele saiu correndo atrás da gente, mas por ser gordinho, ficou um pouco para trás.

Quando chegamos lá em cima, tivemos que descer para ajudar o Kouta, pois ele estava suando muito e reclamando que a sua gordura não o deixava subir mais depressa.

Enfim, todos nós estávamos lá em cima protegidos.