Radioactive. escrita por nsengelhardt


Capítulo 7
Um novo sentimento?


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tá um pouco meloso, mas enfim, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/362839/chapter/7

Continuei segurando na mão de Doze até chegar na sala de treinamento. Quando entramos, vi que a sala parecia mais um ginásio de esportes de uma escola.

Uma parede inteira estava coberta com armas, escudos e armaduras de couro preto, prata e alguns coletes a prova de balas.

– Então... - diz Doze. - Quer escolher uma arma?

– Mas... - digo.

– “Mas”? - diz Doze.

– Eu não sei usar uma arma. - suspiro.

– Bem, eu posso te ensinar. - ele diz. - Se você quiser, claro. - completa.

– Seria ótimo. - digo, com um sorriso desajeitado.

Ele sorriu de volta e se dirigiu até a parede de armas.

– Pode escolher a que você acha que é mais fácil de usar. - ele diz.

– Okay... - digo. Passo os olhos em todas as armas, até achar um par de adagas escuras. Doze seque meu olhar e encontra as adagas.

– Adagas? - diz. - Tem certeza?

– Hã? Ah... - desvio o olhar para o chão. - Não sei... É que...

– Bem, se você quer... - Ele se estica até alcançar as adagas, e então as entrega para mim. - É isso.

Analiso cada detalhe das mesmas, cuidadosamente. Cada uma tem o cabo de couro preto, e as lâminas são escuras, quase pretas também. Percebo, então, que cada uma emite um leve brilho. Uma emite um brilho prateado e outra, dourado.

– Por que elas brilham? - olho para Doze.

– Não sei. - diz. - Acho que uma pode matar, mas a outra apenas fere...

– Como sangue de górgonas? - pergunto.

– Mais ou menos isso. - diz.

– Mas como vamos saber qual é qual? - digo.

– Testando-as. - ele sorri maliciosamente.

. . .

Depois de vários tentativas de acertar os bonecos de silicone com as adagas, Doze resolveu que já era hora de tentar algo mais realista, algo que simulasse um verdadeiro ataque de mogadorianos.

– Aqui. - ele me entrega um par de óculos escuros, que mais parecem uma venda, antes de eu entrar em uma câmara escura. - Entre lá, coloque-os e grite quando estiver pronta, okay?

– Okay. - entro na câmara e coloco os óculos. Não consigo enxergar nada, mas Doze disse para eu confiar nele. Com uma adaga em cada mão, me posiciono, pronta para lutar. - Estou pronta!

Assim que grito, minha visão volta ao normal. Mas, dessa vez, a câmara é uma clareira no meio de uma floresta e eu estou cercada por uns cinco mogadorianos.

Assim que um se aproxima, parto para cima dele com um chute. Mas ele agarra meu pé e eu caio no chão. Me levanto rapidamente, e, assim que ele se descuida, enterro a adaga do brilho dourado em seu ombro.

Ele ruge de dor e cai no chão, se reduzindo a cinzas. A dourada mata!

Outro mogadoriano se aproxima. Ele tenta me acertar com sua espada prateada, mas eu me abaixo. Quando levanto, dou um giro e corto seu abdômen com a adaga do brilho prateado.

Ele se encolhe, mas logo volta ao normal e me ataca. Bloqueio seu ataque com a adaga do brilho prateado, enquanto cravo a do brilho dourado em seu cotovelo.

Assim como o outro mog, esse se reduz a cinzas antes de cair no chão. Então outro mogadoriano se aproxima.

Antes que eu possa me preparar, ele me acerta com a parte plana da espada na cabeça e eu caio no chão, batendo a parte esquerda do quadril no chão. A parte que eu havia machucado.

Mas, quando o mog está prestes a enterrar sua espada em mim, tudo fica escuro.

– Treze, você está bem? - ouço Doze gritar do lado de fora da câmara.

– Mais ou menos. - digo. Tiro os óculos e os deixo cair no chão. Meu quadril ainda doía. Encosto a cabeça no chão frio da câmara. Não sinto vontade de levantar, ou não consigo, tanto faz. Só sei que não iria levantar sozinha.

A dor era tanta que eu cobri meu rosto com as mãos para Doze não me ver chorando. Mas era tarde demais.

Ele já estava agachado ao meu lado, me observando.

– Tudo bem ai? - ele sussurra.

– Não. - choramingo. Mesmo que eu diga “sim”, ele vai perceber que não está tudo bem. Impossível mentir sobre isso agora. - Meu quadril...

– Okay, deixa eu te ajudar... - Ele me levanta, mas antes que eu possa dar um primeiro passo, ele me pega no colo. - De jeito nenhum você vai andar por ai com esse quadril machucado, Treze.

– Mas... - suspiro.

– Relaxa, Treze. - diz, rindo. - Vou sempre estar aqui pra ajudar.

. . .

A enfermeira não queria me liberar da ala hospitalar até que tivesse certeza de que eu estava bem.

– Você vai ficar aqui, descansando. - disse. - Entendeu, mocinha?

Ela deu um tapinha em meu ombro e saiu de perto de mim. Deitei na maca em que eu estava e fechei meus olhos. Por que Doze está sendo tão legal comigo?, pensei.

– E ai? - ouço uma voz. Abro meu olhos e vejo Doze apoiado com o braço na minha maca. - Se sentindo melhor?

– Claro, mas a enfermeira não acredita em mim. - digo. Ele ri e se aproxima.

– Eu fiquei preocupado. - diz. - Sabe, quando você caiu... - ele cora. - É que... - ele desvia o olhar. - Ah, você entendeu, não é?

– Sim, entendi. - rio dele.

– Não ria de mim, poxa. - ele suspira.

– Okay, não vou mais rir de você. - digo, me sentando na maca. Meus olhos encontram com os dele. Nossos rostos se aproximam até meus lábios estarem a menos de cinco centímetros distantes dos dele. Mas Doze recua, desviando o olhar.

– Desculpe... - diz.

– Tudo bem. - mordo o lábio inferior, olhando para o chão.

– Eu acho que já vou indo... - ele diz. Mas antes que ele vá, eu seguro sua mão. - Que foi? - ele me olha.

– Nada, desculpe. - digo. - É que eu vou ficar sozinha e...

– Quer que eu fique? - diz.

– Você quer ficar? - pergunto, com um brilho nos olhos.

– Você quer que eu fique? - ele pergunta novamente.

– Seria bom... - sorrio para ele, e então ele retribui o sorriso e senta na maca comigo.

Passam-se horas até que eu pegue no sono e Doze vá embora. Queria que ele ficasse mais, mas parecia que estavam querendo que ele fosse em algum lugar.

– Se cuida, hein. - disse ao sair, sorrindo.

– Cuide você de mim... - murmuro.

– O que? - diz.

– Hã? Ah, nada não. - digo, envergonhada.

– Estou de olho em você, Número Treze. - ele ri e vai embora.

Encosto minha cabeça no travesseiro. Eu estou começando a gostar dele..., penso, muito mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? (:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Radioactive." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.