Radioactive. escrita por nsengelhardt


Capítulo 1
Meu baile de formatura vira um inferno.


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse é o primeiro capítulo de uma nova história. Eu espero que vocês gostem, eu estou realmente trabalhando duro para me superar nessa história.



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A música bate estaca estava quase me ensurdecendo. Todos dançavam alegremente à minha volta.

Pessoas comuns, em uma cidade comum. Nada de ruim poderiam acontecer com elas. Ou será que poderia?

Senti que meus tímpanos explodiriam a qualquer minuto. Estava encarando o meu celular há meia hora, esperando algum sinal de Alice. Ela viria um pouco mais tarde para o baile, porque, de acordo com ela - uma "mediúnica experiente" - sua casa estava infestada de energias negativas e espíritos indesejáveis. Claro que ela se atrasaria para limpar a casa, jogando fora objetos que pudessem atrair aquelas energias.

Eu não zombava dela, pois eu também sou mediúnica. Eu sinto arrepios, cócegas, energias e presenças o tempo todo, em qualquer lugar. Minha mente estava cansada. Minha cabeça doía, não só pela música, mas pelos pensamentos das pessoas.

Gwen Troisgos, por exemplo, não conseguia parar de pensar em Eddie Linffet e sua falta de inciativa. Os dois já estavam saindo há um tempo, mas ela queria namorá-lo seriamente, mas ele não sabia como tomar essa iniciativa.

Outro exemplo de pensamentos que mais pareciam gritos de ajuda é Jean Winch, uma garota alguns centímetros mais alta que eu - que meço apenas um metro e cinquenta e quatro de altura, do qual eu não sou muito fã. Ela tem olhos verdes, intensos como um vasto campo. Cabelos ondulados, que caíam em cascatas até metade de suas costas, donos de um tom acinzentado de louro.

A garota não parava de pensar em seu par, Marco Rancy, que dançava com uma garota do primeiro ano do colegial. Não sei o que as garotas viam de mais nele, além de bom gosto musical. Mas nenhuma outra garota ligava pro fato de ele curtir indie rock, mas defender a musica popular, elas ligavam apenas pra aparência dele - que na verdade não era das mais atraentes, não pra mim.

Eu tamborilava meus dedos na minha coxa direta, que estava cruzada por cima da coxa esquerda. Senti meu celular vibrar, então ele parou.

Era uma mensagem de Alice. "Estou chegando ai, guarde sua animação pra mim e pra Dave!". Como se eu estivesse animada em um baile como aquele.

Eu preferia estar em casa, terminando de ler O Hobbit e ouvindo meu bom Imagine Dragons, mas eu tinha que ficar ali, de olho nas pessoas. Se algo saísse do comum, eu estaria ali pra ajudar.

Com "algo sair do comum", eu me refiro à aparição de espíritos, vampiros e outras coisas estranhas que não se vê no dia a dia.

Na verdade, nos tempos de hoje, está comum demais ver coisas estranhas, por isso eu estou aqui.

Não sei bem de onde eu sou, só sei que eu posso ler mentes, sentir, ver e ouvir coisas que estão à metros ou até mesmo quilômetros de distância.

– Lieni Russo Engelhardt, dá pra você voltar ao normal? - Alice gritava no meu ouvido, enquanto estalava os dedos na frente dos meus olhos.

– Ah, desculpe. - eu falei. - E não me chame pelo meu nome completo, não preciso sofrer mais, Alipse Tursttley.

– HEY! - ela disse, indignada. - Você também falou meu nome completo.

– Estamos quites, Al. - eu ri.

Nos encaramos por alguns segundos, até que caímos na gargalhada.

– Ei, vocês duas vão ficar de papo ou vão dançar? - gritou Dave, à alguns centímetros de nossa mesa.

– Já vamos, Davone Reynolds. - falei, rindo.

– Ok, já encheu o saco isso. - ele se levantou e veio na minha direção. - Vamos dançar.

. . .

A música era lenta. As mãos de Dave envolviam minha cintura. As minhas mal alcançavam os ombros dele, pois ele tinha seus perfeitos um metro e 87 centímetros de altura.

– Ai! - ele soltou um gemido quando eu pisei em seu pé.

– Desculpe, Dave. - falei. - Você sabe que não sou boa com dança.

– Tudo bem, até porque você não é muito forte, hein? - ele riu.

Ele sabia o quanto eu era forte. Ele e Alice sabiam de todos os meus segredos.

– Haha, você é muito engraçado. - falei, ironicamente. E então sorri.

– Eu sei. - ele retribuiu o sorriso. Eu nunca percebera o quanto ele é parecido com Mako, de Avatar. Eu gastava horas assistindo àquele anime, junto com meu gato caolho, Sr. Batatas.

– Lie, precisamos ir! - disse Dave, meio assustado.

– Por quê? - perguntei, confusa. Olhei para os lados. Todos estavam saindo do salão onde acontecia o baile. Uma luz forte e vermelha vinha de um canto do salão. Alguma coisa estava pegando fogo.

Antes que Dave pudesse dizer alguma coisa, eu corri até o local do incêndio. Haviam tubos de água no forro do salão. E também tinha alguns galões d'água ali, para beber.

Era o suficiente para eu ajudar.

Reuni todas as minhas forças, então senti um impulso e quando me dei conta já estava dominando a água, jogando-a no lugar do incêndio. Pareceu não ajudar, pois era um incêndio elétrico.

Procurei a mesa onde eu estava sentada há alguns minutos. Meu casaco estava jogado em uma cadeira.

Eu aprendera a substituir energia por matéria, então era, basicamente, só mentalizar e imaginar o casaco em minhas mãos.

E assim foi. O casaco logo apareceu em minha mão direita. Molhei-o e então procurei o foco do incêndio. Era em uma tomada que estava estragada. Bati várias vezes com o casaco no fogo.

Quando a tomada finalmente se apagou, eu pude apagar o resto do fogo.

Eu suava. Eu estava física e psicologicamente cansada. Desabei no chão.

Dave e Alice logo apareceram pra me levantar e me levar até o carro de Dave.

Dave me aconchegou no banco de trás do carro, me cobrindo com um cobertor.

A polícia já havia chego. Eles faziam perguntas à Alice e Dave, mas nenhum deles sabia como responder. Um dos policiais veio falar comigo, mas eu só resmunguei algo como "Salvar...Baile...", e caí em um sono profundo. O estranho é que eu não sonhei com nada, apenas as sirenes da polícia ecoavam em minha mente.

Aquilo tinha mesmo acontecido?

Ou era tudo fruto da minha imaginação?

Era a primeira vez que eu salvara, pelo menos, 30 pessoas de serem queimadas vivas.

Os policiais continuavam falando do lado de fora do carro. Então Dave e Alice entraram na velha caminhonete de Dave.

– Precisamos levá-la à um hospital. - disse Alice, me encarando.

Eu estava tonta. Minha cabeça ainda doía. Agora eu estava focada nos pensamentos de Dave.

Não pude acreditar no que ele pensava. Não pude acreditar que ele sentia algo por mim, além do afeto e da amizade.

Recostei minha cabeça na janela, encarando o lado de fora do salão, que ia se distanciando à medida que o carro acelerava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. É a primeira vez que eu escrevo um capítulo mais longo como esse (:



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