Halloween escrita por matheus souza


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

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Era noite de lua cheia, o vento estava um pouco forte fazendo com que algumas janelas abertas batessem contra a parede. Uma garota estava deitada no sofá da sala lendo um livro que a deixou tão entretida que ela não pode prestar atenção em mais nada, incluindo na porta de sua casa que foi aberta tão cuidadosamente. Estava deitada de barriga para baixo, de costas para a porta. Sentiu uma respiração por cima de seu pescoço que a deixou assustada. Virou-se rapidamente para olhar o que estava atrás dela, mas ao fitar o ser misterioso arrependeu-se profundamente de ter se virado. Conseguiu golpeá-lo com seu livro e saiu correndo em lágrimas. Suas lágrimas pareciam pesar mais que suas pernas que ardiam fortemente de tanto correr. Respirava ofegante com medo de virar para trás e ver o que não desejava. Mas acabou ficando muito tentada pela curiosidade, entretanto, quando virou já era tarde demais. Ele já estava muito perto. Perto demais.
~X~

Em rebe City o Halloween não é só um dia em que você vai pedir doces com fantasias fofas, ousadas ou muito mal feitas. Na verdade, lá não é somente um dia; são três dias. Três dias onde espíritos podem voltar do mundo dos mortos, possuir pessoas e fazer o que bem entenderem. Mas as vezes, há raras exceções em que o espírito volta em seu corpo normal, podendo até ter algumas sensações que tinha quando estava vivo. Durante esses dias as almas das pessoas correm perigo. Por isso todos devem tomar muito cuidado. Apesar de o dane ter estabelecido uma lei onde está escrito que espíritos maus não entram em rebe City, já ocorreram casos onde essa lei foi burlada e com isso, pessoas já foram mortas.
Em algum lugar de rebe City, um garoto que se chamava diego, andava cabisbaixo. Seus cabelos grisalhos balançando ao vento o fizeram olhar para o céu e por alguma razão, se lembrou que hoje era o primeiro dia de Halloween. Seus olhos vermelhos apresentavam um medo sombrio. Ficava assim todos os anos. Temia a morte; não a sua morte, mas a morte de pessoas queridas. Seus amigos, conhecidos e até aquela garota; aquela garota pela qual ele era apaixonado há anos e ainda não tivera a chance de lhe falar o que realmente sente.
Temia que ela nunca soubesse e acabasse ficando com outro. Ele não suportaria ver outro em seu lugar. Foi correndo para casa pensando em convidá-la para passar os três dias com ele, diria que era por mera precaução; mas na verdade ele precisava tê-la por perto, agora e sempre.
Chegando em casa viu um vulto que não conseguiu identificar até acender as luzes.
– roberta !O que faz aqui? - o garoto perguntou surpreso.
– Eu vim te ver diego. - a ruiva sorriu triste.
– E como você entrou?
– A porta estava aberta, você sempre a deixa destrancada.
– É verdade. - o garoto riu sem graça.
–diego...eu posso ficar com você esse ano? Eu estou com muito medo e...
– Não precisa terminar a frase. diego falou abraçando-a. - Vou adorar te ter aqui comigo. - sussurrou em seu ouvido.
– O-o-obrigada. roberta agradeceu com o rosto corado.
nagila- Vou pegar algumas coisas na minha casa e depois te encontro aqui amanhã. Hoje eu vou ficar com meu pai. Pode ser?
matheus- Sim.
– Até logo! roberta se despediu beijando-lhe o rosto.
Algumas horas depois, diego tomou um banho gelado, comeu o que encontrou na geladeira e foi deitar-se meia noite.
~X~
Estava em uma casa que não era sua, mas não lhe era estranha. Havia um vulto em sua frente que não conseguiu identificar. Ouvia choro e uma respiração ofegante. Sentiu uma necessidade de ir atrás e descobrir quem era, o que fazia e porque chorava. Foi se aproximando devagar saboreando o momento daquela busca e quando achou o procurava, não pensara duas vezes e matou a facadas.
A cada facada, o sangue da vítima ia mais um pouco para o rosto do agressor. O sorriso malígno em seus lábios aumentava ainda mais. O prazer em matar falava mais alto que qualquer outro pensamento racional.
Minutos depois
Acordou em sua cama suado e assustado. O que foi aquilo? Um pesadelo? Mas estava parecendo tão real que qualquer um duvidaria.diego falou para si mesmo
Tomou outro banho frio e saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura e foi tomar um copo de leite gelado. Dirigiu-se para a cozinha e teve uma surpresa um tanto quanto agradável.
– roberta! diegoassustou-se e derrubou o copo de leite no chão.
– diegol. roberta falou chorando.
– O que houve minha linda?
– Por favor, se afaste de mim.
– Por quê você diz isso? diego perguntou mas acabou entendendo depois de tocar o braço da garota. A textura tinha mudado, ele sentia que passara a mão em seu braço, mas não totalmente. nagila o que está acontecendo?
– Eu...estou morta. - A garota caiu no choro.
– Quem te matou Roberta ? Me diga o nome do desgraçado que vou encontrá-lo e matá-lo.
– Não posso lhe dizer quem foi.
– Como assim não pode? Você só pode estar brincando!
– Por favor...me perdoe.
– Te perdoar porque roberta ?! Você não fez nada.
– Fiz sim. Eu fiquei sozinha ontem. Meu pai disse que estaria em casa mas acabou indo para um bar e voltou só hoje. Pelo menos tenho mais um dia para ficar com você.
– Não...me perdoe você. Se eu tivesse ido com você. Se eu tivesse pedido pra você ficar aqui desde ontem. Talvez você ainda estivesse viva. Roberta preciso te contar uma coisa. Eu te amo. Mas agora já é tarde demais para dizer isso.
– Não é tarde não. Estou muito feliz e aliviada. roberta se aproximou encostando seus lábios nos dele. Teve uma pequena sensação de tato e começou a imaginar como seria a sensação se ela estivesse viva. - Isso significou muito para mim e com isso eu parei de duvidar de você.
– Duvidar de mim roberta...duvidar sobre o que?
– Nada, esqueça.
– Me conte, eu lhe imploro. Quem te matou?
– Te contarei amanhã. Por enquanto vamos aproveitar o pouco tempo que eu tenho aqui.
– Me prometa que voltará em todos os Halloweens?
– Prometo. - a garota sorriu.
Os dois visitaram todos os amigos deroberta, alguns conseguiram vê-la, outros só conseguiram ouví-la, mas todos choraram ao saber da notícia. Seu corpo seria enterrado no dia seguinte e ela não queria ficar para seu enterro.
~X~
–roberta, hoje é seu último dia aqui. Por favor me conte quem te matou.
– Promete não ficar bravo e nem tentar se matar?
– Não prometo nada.
– Então não contarei.
– Tudo bem...eu prometo.
– Foi você.
Ao falar isso a garota sumiu e nunca mais voltou. Em todos os Halloweens diego vai para o cemitério e fica lá durante os três dias, ao lado da lápide de roberta, com a esperança de que ela algum dia voltasse para ele nem que fosse apenas nos três dias de Halloween. Sentado ao lado da lápide de sua amada, chorando e dizendo sempre a mesma frase.
– Por favor...me perdoe Roberta.


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Notas finais do capítulo

;)



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