Barco Da Depressão escrita por MafagafoGirl


Capítulo 1
Capítulo 1- Introdução


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo, serão apresentados os personagens e o local da reunião.



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Cinco pessoas, dentre homens e mulheres, avançam por um pequeno salão, que parecia uma garagem. Mas era grande, ah, isso era. Não havia nenhuma janela grande o suficiente para ver o lado de fora. Na parede do fundo, havia alguns objetos, mesas e balcões, porém longe o suficiente das luzes para que não possam ser identificados com precisão.

Bem ao centro da sala havia um tapete grande, redondo e fofinho, de cor avermelhada, meio rosa. Nesse tapete, haviam 7 ou 8 cadeiras dispostas em um círculo.

O grupo, mesmo sem saber quem estaria os supervisionando ou o que iriam fazer, sabiam o que fazer imediatamente a seguir, e se sentaram nas cadeiras, alguns afastados, outros mais juntos.

Ficaram assim por alguns minutos. Não conversaram. Não falaram nada. Não procuraram por ninguém. Apenas ficaram lá, esperando que alguma coisa acontecesse.

Então, alguém, que ninguém notou que estava lá, chegou, vindo das sombras no fundo do salão.

"Bem vindos" Ele começou "Ao Barco da Depressão!"

Uma música, basicamente composta de um violino e piano, começou a tocar, em algum lugar, e ao fundo dessa música, podia distinguir-se um som de ondas, um som de mar.

O homem, que saíra das sombras, se juntou a eles na roda. Usava um sobretudo marrom e uma camisa roxa. Tinha cabelos louros, quase brancos, e olhos marrons bem claros, quase cor de mel. Tinha um cavanhaque, também. Exibia um sorriso animador e parecia confiante, diferente de todos ali.

"Muito bem, muito bem" Disse ele, se sentou junto aos outros. "Vocês sabem por que estão aqui?"

"Porque vimos seu anúncio na biblioteca." Falou uma garota, de pouco mais de 15 anos, sentada isolada do resto do grupo.

"Também." O sorriso do homem desapareceu por um momento mas rapidamente reapareceu. "Por que está ai, isolada? Vem para cá, compartilhe sua depressão conosco, Aye?" Ele indicou a cadeira ao lado dele.

Parece que quando indicou também lembrou-se de sentar, mas, ao invés de usar o assento como assento e o encosto como encosto, usou o encosto como assento e o assento como um "apoiador de pés". Resumindo, estava literalmente sentado em cima da cadeira.

"Certo, vocês estão aqui porque, obviamente leram o anúncio na biblioteca," e cutucou a garota com o cotovelo "mas acima de tudo, é porque estavam tristes, e precisavam de algum lugar onde precisavam compartilhar essa tristeza. Vocês todos" Ele olhava para cada rosto, cada lembrança profunda que deve estar marcada ali, cada coração lutando por liberdade, ou felicidade "têm histórias diferentes, mas vieram aqui pela mesma coisa. Todos estão no mesmo barco agora. Por isso, que o nome do grupo é Barco da Depressão."

Os cinco olhavam pacientemente para ele, enquanto a música ao fundo se repetia, sempre com o mesmo som de ondas ao fundo.

"Então, qual são os seus nomes?" O homem sorriu, e apontou para as pessoas, á medida que elas se apresentavam.

"Eis." A garota que havia se sentado ao lado do homem falou primeiro. tinha cabelos pretos, usava óculos com armação lilás e tinha olhos azuis, cor de gelo. Tinha uma expressão triste e rude.

"Eis! Alemão para gelo! Interessante!" O homem sorriu e apontou para o homem algumas cadeiras afastado dela.

"Hanz. Com Z." O homem deveria estar em seus 22 anos, seus cabelos eram marrons, quase ruivos, tinha uma barba um pouco avantajada, da mesma cor. Seus olhos, puxa, seus olhos, eram de uma cor linda. Eles eram de cores diferentes, uma coisa chamada Heterocromia. Um deles era azul escuro, e o outro, cor de mel, quase laranja.

"Hanz com Z, um nome simples com uma coisa incomum, adorei! Você?" Ele continuou sorrindo e apontou para a mulher ao lado de Hanz.

"Elisabeth." A mulher também tinha cabelos e olhos marrons. Era um pouco gordinha e deveria estar na casa dos 40. Haviam olheiras em seus olhos. Ela havia falado baixo, com um tom triste.

"Elisabeth! A melhor Rainha que o Reino Unido já teve tinha esse nome, sabia?" O homem continuou sorrindo e apontou para o quarto homem, sentado uma cadeira depois de Elisabeth.

"Charles." Sua voz era fina, e ele deveria ter a mesma idade que Elisabeth, talvez um pouco mais velho. Tinha cabelos pretos, já começando a ficarem grisalhos, e olhos da mesma cor que os de Eis. Era um homem magro, e muito branco, porém sem chegar a ser pálido. Tinha algum tipo de cicatriz na ponte de seu nariz, e parecia de alguma forma assustado.

"Charles! É um nome lindo! E você, gracinha?" Ele apontou para uma garota, a última, duas cadeiras depois de Charles e três cadeiras afastada do homem.

Ela hesitou um pouco antes de responder "Marianne." Ela deveria ser mais nova do que Eis, porém seus olhos castanhos haviam círculos escuros e profundos ao redor. Ela estava usando uma touca com orelhas e cara de urso, sendo que onde seria a boca é onde o rosto dela estava. Seu cabelo estava oculto, mas três mechinhas escapavam da touca, e eram marrons, de um tom mais escuro que os cabelos de Elisabeth, talvez. Seus olhos eram marrons. Ela olhava fixadamente para algum ponto no chão perto do Homem, com uma cara indecifrável.

"Marianne. Eu gostei desse nome. Muito bem, agora que todos sabem o nome de todos, temos que dar alguns apelidos para que nós possamos... Nos comunicar melhor, talvez." Ele estalou os dedos e olhou para a face das pessoas enquanto dava seus apelidos. "Eis, seu nome é curto, não precisa de apelido, Hanz também, Elisabeth, podemos te chamar de Betty ou de Lisa ou do que você quiser, Charles, Charlie é um apelido perfeito, e temos também a pequena Mari. Todos concordam?"

Os cinco acenaram afirmativamente. Após alguns instantes de silêncio, Charlie falou:

"E você, como devemos chamar?"

"Ah, de qualquer coisa que queiram. Tio, Irmão, Amigo, Sobrinho, Filho..." Ele hesitou, procurando mais algum nome "Cara... Mano..."

"Não" Charlie continuou "Seu verdadeiro nome. Qual é?"

"Ah... É... Só me chama de Doce. Ou de outra coisa, tanto faz." Ele sorriu, e se levantou "Bem, agora que sabemos os nomes de todo mundo, vamos fazer o seguinte: A cada dia, vocês vão compartilhar a história de vocês, vão ter o encontro inteiro para fazer isso e os outros podem perguntar o que quiserem desde que você esteja confortável em dizer a resposta. Começamos com isso amanhã"

"Tá, mas quem vai começar?" Eis interrompeu

"Quem vai começar?" Doce olhou para Eis e sorriu "Quem quiser." Depois, se virou para os outros "Hoje a gente vai só conversar, sobre coisas normais, como o tempo ou as notícias ou o tempo ou culinária ou esportes ou então o tempo." Ele sorriu de novo.

Os outros ficaram em silêncio.

"O que estão esperando! Vão ser sociáveis, por favor!" Ele deu uma risadinha e se sentou. Diante disso, os cinco começaram a conversar.

O Barco da Depressão partiu pela primeira vez.


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